‘Compras de oportunidade’ como a do ‘Siroco’ permitem avanços à Marinha do Brasil

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Roberto Lopes

Editor de Opinião da Revista Forças de Defesa
e autor do livro “As Garras do Cisne”

A política das “compras de oportunidade” implementada até os últimos dias de sua gestão pelo comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, centrada na aquisição de navios modernos (novos ou de pouco uso) que se encontravam em circunstância de súbita disponibilidade, constitui, ao lado da elevação de patamar da flotilha nacional de submarinos, o grande legado da administração naval que se encerra.

O interesse sempre demonstrado pelo “Siroco” (apesar de até o início de 2014 ele ser dado como aquisição certa da Marinha do Chile), e agora a notícia de que os técnicos da Força Naval recomendam sua compra, equivalem a um apagar das luzes sereno – que certamente dá, ao chefe que deixa o comando, a sensação do dever cumprido.

O almirante Moura Neto é humano, e, portanto, sujeito a falhas (como sua tendência de ser um chefe concentrador), mas, no início da década, assistido por bons oficiais, ele mostrou competência e agilidade, ao liderar a compra dos três patrulheiros classe Amazonas. E exercitou esse seu bom senso, de novo, nos últimos meses, ao manter o “Siroco” sob mira.

Essas aquisições relâmpago – repito, centradas sobre embarcações que agregam modernidade (valor real) à Esquadra – permitem que uma Força de recursos limitados como a brasileira, sitiada por contingenciamentos orçamentários decorrentes de erros em setores governamentais que nada, rigorosamente, têm a ver com as Forças Armadas, mantenha o nível de adestramento do seu pessoal. E ainda coloque seus meios à disposição do Executivo, de forma a poder atender os requerimentos das Nações Unidas, e eventuais missões de mostrar a bandeira.

Siroco 2

“Menino” – A classe “Amazonas” – que a Marinha do Brasil deveria replicar no seu plano de obter novas embarcações de patrulha oceânica – multiplicou a capacidade de vigilância e fiscalização da Marinha, dentro e fora das águas jurisdicionais brasileiras.

As unidades dessa categoria contribuíram para o treinamento das nossas tripulações na custódia das bacias petrolíferas, no combate à pirataria e nas técnicas de abordagem – indispensáveis à repressão ao contrabando (especialmente de armas e entorpecentes) por via aquática, e à pesca ilegal.

Agora, também o “Siroco” vai, mercê das suas qualidades marinheiras e das suas capacidades, implementar um outro salto de qualidade. Na Armada e no Corpo de Fuzileiros Navais.

A equipe de vistoria técnica – seis militares e um engenheiro de Tecnologia Militar civil – que viajou ao porto francês de Toulon para inspecioná-lo, gostou do que viu.

Entre os dias 16 e 18 de dezembro de 2014 os sete cumpriram diferentes visitas ao “Siroco”, todas guiadas por oficiais da tripulação, que se estenderam aos mais diversos setores do barco.

O “Siroco” deveria permanecer na ativa da Marine Nationale até o ano de 2022, mas sua desincorporação foi antecipada no bojo de uma série de medidas de economia adotadas, ano passado, pelo Ministério da Defesa francês.

O barco é um LPD com doca alagável, que permite a saída de lanchas de desembarque, transportadoras de pessoal, viaturas e suprimentos. E é relativamente novo. Está em serviço há apenas 17 anos.

Mede 168m de comprimento por 23,5m de largura, e desloca, a plena carga, 12.400 toneladas. Apesar de pertencer à classe Foudre (atual “Sargento Aldea”, da Armada chilena), é um navio um tanto diferente e consideravelmente mais moderno do que seu antecessor (cabeça-de-série).

Talvez muitos não saibam, mas há entre eles mais de oito anos de diferença. E oito anos em termos de tecnologia naval não é pouca coisa.

Em relação ao porta-aviões “São Paulo”, ex-“Foch”, a distância é ainda mais gritante. Apesar de ambos exibirem a mesma origem – a indústria naval francesa – o “Foch” é uma embarcação dos anos de 1950; o “Siroco” é um “menino” 40 anos (!) mais novo.

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Doca – Em seu convés de vôo existem dois pontos de aterrissagem para helicópteros, e um hangar capaz de abrigar dois desses aparelhos de porte médio. Um terceiro heliponto pode ser improvisado por cima da área correspondente à cobertura da doca, na popa.

Em caso de emergência o “Siroco” é capaz de transportar um batalhão inteiro de fuzileiros navais. Além disso, é preciso ter em conta que a classe Foudre foi configurada para o transporte de uma dezena de viaturas blindadas AMX-10RC – um AFV 6×6 de 15 toneladas – e mais 50 veículos táticos de diferentes tipos e tamanhos. Caso a doca não seja utilizada, seu espaço interno acolherá um número bem maior de viaturas: entre 180 e 200…

Trabalhando por 30 dias a uma média de 15 nós horários, as máquinas do “Siroco” são capazes de levá-lo a qualquer ponto num raio de 19.000km.

Seu advento na Esquadra brasileira (entristecida pela falta de autorização da Presidência da República para a renovação da força de superfície) é, portanto, de se comemorar.

Ganha o pessoal da Armada, ganham os pilotos da Força Aeronaval e os fuzileiros, que sempre almejaram um transporte dessa comodidade e segurança.

Ganha o próprio Moura Neto que, nesta sexta-feira, ao despedir-se do cargo, percorrerá aqueles corredores monótonos (feiosos?) do Comando da Marinha, ladeados por divisórias claras de fórmica, com o semblante tranqüilo (apesar da emoção).

Sob o olhar de mudo agradecimento daqueles que continuarão a, literalmente, tocar o barco.

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Roberto Bozzo

Se for adquirido, ele substituiria qual embarcação ?

Alexandre Galante

Bozzo, ele vai ficar no lugar do NDD Rio de Janeiro que já foi desativado.

Roberto Bozzo

Agradeço Galante.

John Paul Jones

Sem comentarios para a analise acima …

Elogiar a compra de um navio velho, grande e gastoso ….

Antes de comprar esta goiaba naval deveriamos recuperar os desgastados Sabóia e Garcia Davila que estão esmerilhados de ir para o Haiti.

Lixo pra todos estes monstrengos anfibios !!!

Roberto Bozzo

John Paul Jones, mas com a compra do Siroco, se ocorrer, não permitiria a MB ter tempo de recuperar os navios citados ?
Enquanto se usa o Siroco para missões no Haiti, o Sabóia (ou Garcia Davilla) podem passar pela manutenção adequada…

Alfredo Araujo

Impressão minha ou já estão dando como certa a aquisição ?

Kojak

Fazendo o dever de casa, li os textos e os comentários de mais dois anos e meio, interessante …………

É a vela que posiciona o vento ………. se me entendem …? (rs)

Gostei dessas leituras, recomendo até para os especializados, texto e comentários, modestamente lógico.

http://www.naval.com.br/blog/2012/06/16/baixa-do-ndd-rio-de-janeiro/

http://www.naval.com.br/blog/tag/ndd-rio-de-janeiro-g-31/

http://www.naval.com.br/blog/2012/06/18/na-volta-do-bcp-dixmude-o-ndd-rio-de-janeiro-na-antevespera-de-dar-baixa/

Control

Srs Considerando que: – O planejamento estratégico da MB, teoricamente, tem como objetivo dotar o país de uma marinha de guerra de águas azuis; – A grana está curta e ficará ainda mais curta; – As escoltas estão indo para a sucata por idade e falta de manutenção. Investir num NDD neste momento é uma demonstração de um descolamento da realidade e até do planejamento tão elogiado da MB. Se os planos tem como foco dotar o pais com uma esquadra capaz de operar longe da costa e para tanto o NAe SP tem sido mantido, a prioridade devia ser… Read more »

daltonl

Uma das atuais missões da Marinha é a chamada Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti que está sob comando do Brasil, temporariamente ofuscado pelos EUA quando do terremoto em 2010, mas, seriamente, apenas os EUA poderiam ter feito o que fizeram por lá após o terremoto. Missões humanitárias fazem parte do perfil de toda Marinha que aspire ser uma marinha der “águas azuis”, então navios como o Siroco são fundamentais. Além disso, precisamos manter uma boa parte da força de fuzileiros navais, o que temos de melhor, capacitada a operações anfíbias, não necessariamente no estrangeiro. Também navios como… Read more »

rafael oliveira

Eu apoio essa compra.

Não é 0km, mas pelo menos é bem “menos velho” do que o Ceará e que o Almirante Sabóia, que já deveriam ter ido para o fundo do mar, junto com o NAe SP.

O problema é que a MB sofre da Síndrome de Diógenes: gosta de acumular compulsivamente lixo, sendo incapaz de descartar navios velhos e sem utilidade.

Kojak

http://www.naval.com.br/blog/tag/ndd-rio-de-janeiro-g-31/

http://www.naval.com.br/blog/2012/06/16/baixa-do-ndd-rio-de-janeiro/

Interessante ler os textos dos link’s e os comentários.

Recomendo a leitura.

Saudações

daltonl

Rafa…

apesar de conhecer Diógenes , não conhecia a relação
até imprópria do nome dele com a Síndrome…obrigado, é
algo mais que aprendi.

A Marinha grande campeã de tal Síndrome é a russa e existem inúmeras marinhas na nossa frente também.

Concordo que haja navios velhos, mas, discordo quanto aos mesmos não terem utilidade.

abs

rafael oliveira

Grande Dalton, Concordo que é uma relação bem imprópria entre e vida do Diógenes e os sintomas dessa síndrome. Pelo jeito, quem nomeou a doença não conhecia a biografia do filósofo. E sobre a “inutilidade” eu me referia ao estado atual de parte deles e do tempo e dinheiro demandado para cada PMG feito e a se fazer (se é que serão feitos). Além disso, o resultado costuma ficar bem inferior ao de seus pares mais novos de forma que sua “utilidade” é menor. Enfim, não acho que essa “estratégia” da MB de ter muitos navios velhos, em vez de… Read more »

daltonl

Rafa… navios mais novos são sinônimos de maior disponibilidade sem dúvida, mas, são poucas as marinhas que podem se dar ao luxo de terem suas frotas constituídas na maior parte por navios novos. A Royal Navy por outro lado, tem navios novos, os T-45s e relativamente novos ainda, as T-23s, mas, não os possuem em números adequados. Vejo a Marinha do Brasil como em uma corrida de São Silvestre…há um pequeno pelotão dianteiro, o grosso de corredores formando um segundo e maior pelotão, onde estamos bem colocados até e os retardatários. Não é ufanismo, muito menos excesso de otimismo de… Read more »

rafael oliveira

Mas Dalton, a gente não precisa comprar todos os navios novos. Aliás, nem teríamos condições disso. A problema não é comprar um navio usado com uns 30 anos. O problema é querer usá-lo por outros 30, como deverá acontecer com o Ceará. No caso do Siroco, que é um menino, como dito no texto, nós deveríamos comprá-lo mas, sabendo, que ele não deve ficar na MB até ficar sexagenário. Sendo assim, penso que e a MB poderia pensar num limite máximo de idade para os seus navios. Sendo otimista, 40 anos. Sendo mais realista, 50. Mas, 60, 70 de forma… Read more »

eparro

Kojak 4 de fevereiro de 2015 at 10:47 #

Pô Kojak (era um baita dum seriado, heim?) na “medalhinha” não vale. O tempo possibilita reavaliações!

Parece-me que seria uma boa oportunidade se houvesse $$$ para a aquisição.

E você pensa o quê?

daltonl

Rafa… se nós fôssemos a exceção eu estaria preocupado, mas, somos a regra e a única marinha que faz sombra à nossa é a US Navy no continente americano que é o que mais nos importa. A Marinha do Brasil não tem as mesmas necessidades da US Nayy e Royal Navy por exemplo..os navios aqui passam a maior parte do ano atracados, missões de curta duração, portanto navio velho aqui dura muito mais que por aquelas bandas. Mas, veja que, guardadas as devidas proporções, já foi anunciado que os Arleigh Burkes Flight IIA servirão pelo menos 40 anos, o que… Read more »

rafael oliveira

Dalton, primeiro obrigado pela aula. Agora deixa eu ver se eu entendi. A MB tem mais funções para cumprir do que outras Marinhas ao redor do mundo. Ainda, outras marinhas contam com a ajuda dos EUA e por isso podem focar em determinados meios, abrindo mão de outros que seriam indispensáveis à MB. Por essa razão a MB tem um monte de navios velhos enquanto outras marinhas tem poucos navios novos. Se for isso mesmo, não estou muito convencido. Parece-me ser possível diminuir a quantidade, aumentando a qualidade (ou, ao menos, diminuindo a idade) dos meios navais. Por exemplo, se… Read more »

rafael oliveira

Ops, NDC = NDD.

Iväny Junior

Bem, houveram pareceres técnicos favoráveis a época da compra do Foch.

E ele não está lá muito operacional agora…

X.O.

Prezados,

O problema da longevidade é o “inferno logístico”, procurar e obter itens cujos equipamentos e sistemas foram descontinuados… isso é muito agravado pela diversidade da origem (EUA, UK etc)… acreditem, chamar de “inferno” não é exagero…

X.O.

Complementando…

Mesmo que não tenham sido descontinuados, existe um limite no estoque físico de sobressalentes para equipamentos e sistemas mais antigos… e a gente quer sempre suspender !!!

daltonl

Rafa… é inegável que a presença de “tantos” navios da US Navy no Atlântico Norte e Mediterrâneo facilita muito as coisas para países que você e eu citamos o mesmo no Pacífico para a Austrália. Também é inegável que tais países não possuem uma força de fuzileiros como a brasileira, na minha opinião, uma de nossas virtudes nem precisam empregar pessoal e recursos no interior em larga escala e aqui nem mesmo há uma guarda-costeira, o que infla ainda mais a responsabilidade da marinha. Veja que tais países estão localizados próximos à ameaças, sem paranoia , mas, o hemisfério norte… Read more »

daltonl

X.O.

concordo plenamente, mas, SINKEX ou transformar
nossos navios em recifes artificiais não ajudará pois ainda continua valendo mais a pena manter navios velhos com utilização reduzida do que adquirir novos com dinheiro que ainda não existe.

abs

rafael oliveira

Dalton, creio que entendi bem o que você pensa sobre esse tema. Obrigado por me fornecer mais informações e colocar umas pulgas atrás da minha orelha. Para mim, é bem complicado discutir esse tema sem saber quanto custa manter navios atracados (há custos com pessoal? muito material “se perde” por não ser usado? etc). Só assim teria como imaginar se seria economicamente vantajoso afundar ou vender como sucata alguns navios e, com o dinheiro comprar algo “menos velho” ou novo em menor quantidade. Agora só mais uma dúvida sobre o que você pensa a respeito: Você trocaria todas as nossas… Read more »

daltonl

Por 4 fragatas apenas ? De jeito nenhum, mal daria para ter 3 em serviço. Nada de Missão no Líbano, nada de ir para Norfolk treinar com a US Navy nem teriamos um número decente para uma UNITAS por aqui além do que precisariamos de um número maior de OPVs. Temos 5 Niteróis uma Barroso e duas Greenhalghs relativamente em boa forma ainda. As Inhaúmas quando retornarem poderão ocupar o espaço de navios mais antigos a serem retirados e tem ainda a Defensora também, então, por um tempo dará para aguentar até o reforço do PROSUPER…mas, nada de Segunda Esquadra… Read more »

rafael oliveira

Rsrsrs imaginava que não trocaria mesmo. Ter apenas 4 escoltas (5, com a Barroso que é nova e eu não coloquei na troca) importa em uma redução de atividades. Mas, penso que a qualidade e disponibilidade de cada navio compensaria. Ir para Norfolk com uma Fragata com sistema Aegis é outra coisa. Líbano, idem. Em compensação, ficaríamos só com uma Fragata e a Barroso aqui no Brasil em condições de guerra. A outra fragata em manutenção. Com o tempo, duas em manutenção e só mandaríamos uma para outros países de cada vez. NaPaOc fariam o serviço de NaPaOc. Se necessário,… Read more »

X.O.

Prezado Dalton,

Manter o Navio operando de forma limitada gera pouco retorno, tipo alocar CCI para patrulha Naval… continua o gasto de uma forma geral, assim, mesmo parado ou navegando menos, esse meio vai “pesar” no orçamento… acredito que por esse motivo minha querida Frontin foi prá reserva…

X.O.

Prezados,

Mesmo que a gente sonhe com Navios estado da arte (eu gostaria muito de comandar qualquer um desses que são sugeridos, volta e meio, nos debates), temos de pensar em como manter e reparar… bato sempre nessa tecla, mais dificil do que adestrar o pessoal para um novo Navio, é criar ou aperfeiçoar uma estrutura dentro do sistema de abastecimento para deixar esse Navio no mar e não no cais…

rafael oliveira

X. O.

Quando eu defendo a compra de novas fragatas, defendo também que seja feito um contrato longo de manutenção junto ao fabricante.

Terceirizar esse serviço é uma importante medida de economia, pois paga-se pelo serviço realizado por x anos e não pela remuneração do pessoal pelo resto da vida, no caso dela ser feita pelo pessoal da MB.

daltonl

Rafa… você chegou a ler mesmo na wikipedia em inglês, que mal 2 das 5 classe Nansen estão em serviço por falta de peças ou mesmo tripulantes e isso que elas são novas ???? Pois é…é aquilo que escrevi, os europeus estão mal acostumados mesmo e dependentes dos EUA ! Mas a Nansen não é a última bolacha do pacote e contam apenas com o ESSM , nada de SM-2s de longo alcance e operam apenas um helicóptero mesmo este sendo o NH 90…oooppss…e não é que há um monte de críticas a ele 🙁 Quanto a ir treinar em… Read more »

MO

Dalto, por falar em Libios do libano, vc reparou a Barroso com treinamento em defesa de ponto em canis restritos … treinando tbm para lá ou situações de lá,melhor dizendo …

daltonl

X.O. mas esse problema de “reparar”, “manter”, “adestrar” é algo que até a US Navy tem. Costumo citar muito a US Navy como exemplo, pois é um dos meus hobbies malucos tentar acompanhar o que acontece por lá…são muitos esquadrões de navios e aeronaves, bases, locais de manutenção, etc o que é desafiador. Lá, na maior e melhor marinha, como em qualquer outro lugar, há navios que são canibalizados para permitir que outros navios suspendam para missões, inclusive cedendo tripulantes, silos de mísseis vazios, manutenção meia boca que cobra um preço maior quando o navio retorna, etc. Recentemente , uns… Read more »

daltonl

Oi MO…

também na entrada e saída de bases é importante tal treino e aproveitando o gancho, faz mais de um mês que não se consegue acessar o NGB já tentei do trabalho de casa e nada 🙁

abraços

MO

ta fora mesmo, deu probrema ($$$) to be arrumed ($$$$) …

_RR_

rafael oliveira, daltonl, Creio que podemos encontrar um ponto de equilibrio… Ao optar por navios de tonelagem mais modesta ( e mais baratos ), poder-se-ia ter qualidade com alguma quantidade. Um navio a mais que fosse possível adquirir com essa medida, já teria alguma valia… Entendo que a MB deseje tornar-se uma marinha de águas azuis, com capacidade de projeção de força para além da ZEE. E para isso, devem haver vasos de guerra correspondentes a essa meta. Contudo, também deve haver um “plano B” de aquisições, caso a oportunidade financeira não perdure ( e acredito que a MB certamente… Read more »

forte

Meu medo é esse navio ter que ser reparado aqui e acontecer uma modernização (no mesmo padrão da que está acontecendo no não) aí jogar o dinheiro fora…

X.O.

Rafael, precisamos ter uma estrutura permanente de manutenção que seja nossa… o fabricante pode até oferecer um serviço de longo prazo, mas vai enfiar a mao…. alem disso, vamos ter de entrar na fila, ja que o servico prestado nao sera exlclusivo, eles certamente terao outros clientes…

Dalton, certamente, ate a US Navy vive esse drama, apenas acredito que a estrutura deles atende… nos temos de revisar motor alem das horas previstas, porque tem de manter o Navio disponivel e cumprir as missoes designadas… e revisar com 15000h nao custa o mesmo se a revisao deveria ser feita com 10-12000…

X.O.

MO e Dalton, esse adestramento ja estava sendo cumprido faz um tempo, chma-se suspender sob ameaca assimetrica… diacho de teclado… sai tudo sem acento, sorry…

MO

opa Tks, a propósito, ja me falaram da requisição dela … ja vai ja ja o post e as fotos … TKS !

daltonl

RR… a comunidade naval diz que navios de cerca de 6000 toneladas, um pouco para mais um pouco para menos é atualmente o tamanho mínimo para um principal combatente de superfície. Uma mistura de tais navios, os 5 do PROSUPER, mais as corvetas classe Tamandaré, na verdade fragatas leves, parece-me o ideal mesmo que de momento fiquemos limitados a 10 unidades para então futuramente aumentarmos para o patamar de hoje ou pouco mais. Nuclear a marinha com navios de 4000 toneladas que servirão por décadas sem margem de crescimento para armas e sensores poderá nos condenar a um atraso muito… Read more »

FN

A obtenção de um NDD com cerca de 12.500 ton de deslocamento, por meio de compra de oportunidade já estava prevista para o PRONANF desde o início do programa em 2012. Este navio e imprescindível para a MB cumprir as missões que lhe são e serão atribuídas em razão dos compromissos firmados pelo Brasil com a ONU. Destaco que o único Programa estratégico da MB que prevê a obtenção de meios por compra de oportunidade é o PRONANF. Os demais, somente por construção no Brasil. Não tenho acesso ao relatório que recomendou a compra, mas certamente os responsáveis analisaram os… Read more »

daltonl

X.O.

não sei se interessa mas guardei no meu favoritos o link abaixo e é apenas um dos exemplos do que a US Navy anda encarando.

Guardadas as devidas proporções, claro, e sabendo que
outras marinhas de tamanho similar à nossa estão passando por problemas até piores também.

http://hosted2.ap.org/MAGRE/19da3d25e13941fb9821b170a649172f/Article_2015-01-12-US–Submarine%20Maintenance%20Delays/id-2eb5a1fee11a48088fd4fd7d8495f4ae

abraços

X.O.

Dalton, Obrigado, estou em DC, mas nem de perto tenho acesso ao que se passa com o pessoal do olho azul…

Rafael Oliveira

Dalton, Desculpe a demora, mas é que fui acompanhar o Coringão ontem rsrs. Sei que as Nansen não são a última bolacha do pacote e dá até para considerá-las inferiores às suas primas, herança do projeto NFR-90. Só as usei como exemplo por ter citado a Marinha Norueguesa como uma das marinhas de pelotão intermediário. Não sabia dessa questão da disponibilidade delas (li agora). Tem uma reportagem interessante na Alide sobre a Marinha Norueguesa. Mas se a gente for levar em conta disponibilidade, a MB também tem pouquíssimas escoltas operacionais. Sobre o helicóptero, nossas escoltas levam, no máximo, o Lynx.… Read more »

X.O.

Sem querer parecer incoerente com meus comentários – sempre penso na questão da diversidade de origem de meios como um problemão – esteve em Baltimore, ano passado, uma fragata da classe Niels Juel (Dinamarca)… não pude ir, infelizmente, mas o prospecto que enviaram, informamente, mostra um Navio muuuito interessante… OK, sou da Armada, difícil ser imparcial quando se vê um Navio que gostaria de comandar… em todo caso, o arquivo pode ser enviado prá quem se interessar… abraço a todos…

X.O.

Interessante artigo sobre escoltas na US Navy –

http://news.usni.org/2014/05/12/opinion-frigate-future

_RR_

daltonl, Concordo totalmente com sua analise. Debrucei-me apenas sobre um cenário no qual as finanças seriam afetadas ao ponto de minar o PROSUPER tal como está, o que exigiria um plano de aquisições alternativo… E assim sendo, tomei por base que considero existirem navios que, adquiridos novos, podem ser mais interessantes no custo/benefício que navios mais antigos ( mesmo considerando disponível algo de tonelagem superior ao que é atualmente usado pela MB ). E realmente não creio que se encontrará no “mercado de usados” nos próximos anos algo que seja muito superior ao que oferece uma classe Valour ou Formidable… Read more »

Rafael Oliveira

X.O., agradeceria se me fosse enviado o arquivo.

votox51@yahoo.com.br

Att.

X.O.

Prezado Rafael, já enviei… abraço…

Rafael Oliveira

Recebido. Muito obrigado.

Essa fragata “é loira, tem olho azul, e corpo de miss”, rsrs.

Abraço!

Baschera

A Armada do Chile adquiriu o ex-Foudre e não recomenda a aquisição de tal nave…. pois ficou na mão dos franceses e seus custos e preços estratosféricos.

Portugal também avaliou e desistiu…

Mas nós adoramos comprar sucata dos outros… se vier este vou chamar de Mavericão…. bebe pra kct e custa uma baba para manter e operar.

Vamos ficar com pois pares de vasos… um Opalão e um Mavericão.

Sds.

Dalton

Oi Rafa… só para deixar claro que não estou esnobando a classe Nansen. Quando escrevi que não fazia muita diferença , foi naquele exercício que mencionei quando a Fragata Independência operou com o USS Eisenhower. Ter o USS Eisenhower, um “Ticonderoga” 3 Arleigh Burkes FIIA como foi o caso além de aeronaves baseadas em terra e sabe-se lá o que mais que a US Navy possa enviar, torna a vida de qualquer navio bem mais confortável. Se você tivesse me proposto um número maior de Nansens, aí sim, mas apenas 4 não servem para nós e os noruegueses sempre podem… Read more »