Divididos, argentinos definirão em abril o NaPaOc que desejam operar
Uma delegação da Marinha argentina embarca para a China no começo de abril, para definir com representantes da indústria naval local os requisitos que desejam ver atendidos no navio-patrulha oceânico tipo P-18N, de projeto chinês, escolhido para formar a nova classe de embarcações de águas azuis de sua esquadra.
As autoridades argentinas gostariam de receber um OPV (sigla em inglês de navio-patrulha oceânico) de préstimos ampliados, apto, por exemplo, a se desincumbir de missões antissubmarino (ASW). Para isso, os militares sul- americanos pensaram em um navio com velocidade no patamar dos 25 nós, dois sonares – sendo um rebocado (ativo e passivo) –, um moderno sensor de leitura de assinaturas acústicas e convés de voo reforçado, apto a suportar helicópteros médios ASW.
Os militares argentinos consideram que suas exigências não são descabidas. Eles argumentam que o P-18N é um modelo de navio derivado da corveta rápida Type 056A, da Marinha do Exército Popular de Libertação, concebida para, entre outras funções, se engajar na guerra antissubmarino. Em razão disso, a 056A alcança velocidades em torno dos 30 nós, e é equipada com dois reparos triplos de torpedos Yu-7, de 324mm, 4 tubos para torpedos Yu-8 e dois lançadores quádruplos de foguetes.
O governo de Buenos Aires autorizou seus chefes navais a negociarem a obtenção de cinco patrulheiros chineses, sendo que os três últimos devem ser montados e acabados em território argentino. A Marinha nigeriana, que em 2013 adquiriu dois P-18N, também solicitou que seu segundo barco fosse montado e terminado em seu estaleiro de Port Harcourt (modernizado para receber o navio chinês), mas não foi atendida.
Mar 5 – Dentro da Marinha argentina o assunto do navio P-18N divide opiniões. E cada vez com mais força.
Parte da oficialidade preferiria que sua corporação tivesse mantido o plano original de construir cinco OPV classe Fassmer, alemã, de 80,6m de comprimento, velocidade máxima de 23 nós e capacidade de abrigar ao menos 30 pessoas, além da tripulação. A administração Cristina Kirchner pagou ao estaleiro chileno Asmar, de Talcahuano, 3 milhões de dólares pelos planos de construção do barco alemão.
Essas vozes discordantes ressaltam que o P-18N é maior (95,5m de comprimento) e, portanto, mais custoso de ser mantido; tem só 21 nós de velocidade e necessita de 70 tripulantes (enquanto o Fassmer, em situações de emergência, não requer mais do que 35). Além disso, o barco chinês não foi desenhado para acomodar eventuais vítimas de um sinistro no mar, e custa, em média, 50 milhões de dólares, quase o dobro do modelo alemão. Em um artigo recente intitulado “Argentina, a meio caminho entre guarda costas e barcos de guerra”, o jornalista Eduardo E. Andres Saralegui, um dos principais comentaristas argentinos de assuntos militares criticou duramente o modelo P-18N chinês:
“Estes cascos [dos navios chineses] tampouco resolvem a necessidade da Armada de operar um helicóptero médio em uma condição ‘Sea State 5’ (World Meteorological Sea State Code). Quer dizer: com ondas entre dois e meio e quatro metros de altura, factíveis no Atlântico Sul. Atualmente a Argentina não possui navios para a guerra ASW e AAW que embarquem helicópteros médios, menos ainda em patrulheiros”.
Popa – Contudo, estimulado pelas facilidades de crédito para a aquisição dos navios chineses e premido pelas deficiências das suas corvetas MEKO 140 (de procedência alemã) e das suas corvetas A-69 (francesas) – que operam sem as modernizações que deveriam receber –, o comando da Armada argentina decidiu deixar de lado os planos do OPV 80, considerado um navio “demasiadamente civil” – ou de armamento excessivamente fraco.
Segundo o Poder Naval pode apurar, para aumentar a polêmica em torno dos préstimos do OPV 80, da Fassmer, alguns chefes navais argentinos foram informados de que a indústria naval colombiana aprovou, ano passado, ao menos duas importantes modificações no projeto original do navio: (1) a substituição de seu canhão de proa 40/70mm, por uma peça Oto Melara 76/62mm; e (2) a extensão da popa por cerca de 10m, para que o barco possa operar um helicóptero MH-60 Sea Hawk americano, de 9,9 toneladas (carregado), ou um sofisticado Super Lynx Mk.88A.
A Argentina está num mato sem cachorro, mas a opção chinesa, ao que parece, é por conta da forma de pagamento (com commodities), apesar de ser mais caro do que o modelo alemão (conforme a matéria), se há mais facilidade de pagamento, então a racionalidade diz que a opção chinesa é a mais interessante (em tese). É aquela estória, eu preciso de um equipamento, mas não tenho dinheiro em caixa, mas tenho alguns sacos de arroz. O comerciante do lado vende mais barato tal equipamento, em compensação não quer receber os meus sacos de arroz, quer que eu saia pra… Read more »
Oganza,
vamos voltar ao ensino primário ?
Essa história de OPV que vira Corveta ASW/ASuW me parece um pouco com a história das Corvetas Inhaúma. Mas afastando-se um pouco de comparações da ARA com a MB… Hoje em dia com o mercado de vasos usados escasso (salvo as OHPs americanas que devem estar no osso), as opções para marinha que não podem investir em vasos novos são a aquisição de OPV e sua anabolização. Uma corveta pode fazer o trabalho de um OPV ( a um custo bem maior), mas um OPV não pode realizar o inverso. Pelo projeto do P18N ser derivado da simplificação das corvetas… Read more »
Mas ai jok, voltamos a velha discução sobre NaPaOc (lembrar doa Amazonas) o pessoalenquanto não entender oconceito de navio de combate e navio de patrulha irá patinar nesta (lembra as exigencias sobre o”baixo” calibre’ do armamento deles).NaPaOc / OPV vai ser sempre isto,quem tem um destes vitaminado é pq tem isso como escoltae emio para quase tudo A Argentina tem um bom pedaço de mar e neste pedaço de mar sãomares de gente grande, não sei até onde vale aq pena colocar embarcações menores para serviços longos naquele tipo de agua salgada …. Para evitar eventuais não compreensões, concordo com… Read more »
O problema é que transformar um OPV em uma Corveta custa caro, muito caro.
Um exemplo é o preço dos nossos NaPaOcs de suas Corvetas Khareef.
http://www.naval.com.br/blog/2012/09/11/o-primo-pobre-e-o-primo-rico/
No caso dos navios chineses, a diferença pode até não ser tão grande, mas também deve ser substancial.
Mas o que eu mais achei interessante no texto foi a diferença entre o OPV da Fassmer e o chinês. Salta aos olhos a superioridade do navio alemão.
Acho que a primeira coisa que os Argies tem que responder é: “Temos condições de comprar 5 ou 6 (seria o ideal) Fassmers com no$$os parco$ bolso$? Ou seja, sem as “facilidades” de créditos oferecidas pelos Chineses?” Se sim, então vamos de Fassmer (-$) se não é Chinês mesmo apesar de ser mais caro. Agora essa discussão de ser bombado ou não, tem uma solução meia boca, e põe meia boca nisso: Faz um 50-50 de Corveta-OPV do mesmo casco… se adquirirem 6, em caso de necessidade eles poderiam escolher se teriam 2 OPVs ou 2 Corvetas no mar. E… Read more »
MO,
coisa técnica: Esses Fassmers com casco de alumínio aguentam ao longo da vida as condições de mares típicas do Atlântico Sul?
Ou pode ser necessário reforços em longarinas, cavernas, hastilhas, anteparas, etc?
Grande Abraço.
melhor perguntar aos engenheiros, mas aparentemente oesforço do mar batido afeta com o tempo as estruturas menos resistentes, mas com a precisão das infos, engenheiros pls
“Oganza em 20/02/2015 as 16:16
Esses Fassmers com casco de alumínio aguentam ao longo da vida as condições de mares típicas do Atlântico Sul?”
Casco e superestrutura são de aço, segundo os links abaixo do fabricante sobre dois navios da família. Apenas o passadiço é de alumínio.
http://www.fassmer.de/fileadmin/user_upload/Downloads/Shipbuilding/salesblaetter/SB_43B_OVP_80_Offshore_Patrol_Vessel_Web.pdf
http://www.fassmer.de/fileadmin/user_upload/Downloads/Shipbuilding/salesblaetter/SB_60_OPV_90_Offshore_Patrol_Vessel_Web.pdf
“Construction
Hull shipbuilding steel
Superstructure shipbuilding steel
Wheelhouse marine aluminium”
MO,
pois é, essa é a minha dúvida, no mais os Argis nos anos 70 montaram uma esquadra muito interessante que se desmantelou ao longo dos embargos pós 1982…
…Todo mundo tem o direito de plantar, mas tem a obrigação de colher. – A. Luís.
Grande Abraço.
Vejo a situ argentinica pre 1982 meio que semelhante a nos a época, com uma pequena melhoria com as Meko 360 (tbm a época), a esquadra preh até então, não via muitas diferenças com o estado da MB, foi uma guerra da Lagosta versão Hermana, so que os ingleses encararam o Blefe e deu no que deu (somado a embargos e afins)
em tempo =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2015/02/imagens-do-graneleiro-tipo-supramax.html
12 photos
Bom eu estava dando força para a Argentina fecha com os China mas to começando achar que não é uma boa rsrs…
Acho que os Args tem capitular de vez explico assinar um documento abrindo mão das malvinas pedindo perdão a Rainha e abrir os seus porto aos Ingleses talvez os Âmis comecem a confiar nos Hermanos e liberem empréstimos e com isso os Hermanos voltem a serem aliados do Âmis e da União Europeia.
Meu deus nem acredito que escrevi isso!!!!!
My good…..
Assim os navios Alemães são os melhores e os oficiais Argentinos sabem disso hehehe…..
Nunão, vlw… 🙂
Se querem algo pequeno mais com poder de fogo falem com Israel eles são especialista nisso. vejam o link em ter outros tantos
http://www.naval.com.br/blog/2013/05/20/corveta-saar-72-israelense/
http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/nav.aspx?nn=44
Obviamente Israel pode trocar os armamentos americanos por outros de diversas origens.
Abraços
Marcos, ninguém aqui quer um navio pequeno, muito menos a Argentina, para patrulhar o extremo sul do Atlântico.
Navegar em barquinho por lá é coisa para a finada turminha do Shackleton rsrsrs.
Fora que o precinho deve ser bem maior do que as opções cogitadas pela Armada Argentina.
Pequeno , mas muito mortal e 3.000 mn de alcance acho que não é pouca coisa e essas mini corvetas são bem melhores que os OPVs. Quanto ao preço você supõem
e se formos ficar na suposição então eu suponho que não seja mais caro e sim mais barato que o do Chinês.
Abraços
Nem estava me referindo ao alcance, mas, como tocou no assunto, o OPV da Fassmer tem 12000 nm. Ou seja, o quádruplo. Quis enfatizar a questão das condições do mar. No texto, fala-se ““Estes cascos [dos navios chineses] tampouco resolvem a necessidade da Armada de operar um helicóptero médio em uma condição ‘Sea State 5’ (World Meteorological Sea State Code). Quer dizer: com ondas entre dois e meio e quatro metros de altura, factíveis no Atlântico Sul. ” A SAAR S72 é ainda menor e mais leve e foi projetada para ser usada no mar Mediterrâneo, com condições de mar… Read more »
É exatamente isso que eu estou falando suposição, ter ideia….
Abraços
Afora os projetos indonésios atuais de navios stealth de patrulha costeira da classe Klewang (o primeiro da série teve perda total devido a um incêndio), sempre soube que os cascos eram feitos em aço, apenas a super estrutura (as vezes apenas algumas partes dela, como hangar por exemplo) eram feitos de alumínio, como os navios Type 21, 22 e Vosper Mk10. Quanto a projetos chineses, seria interessante a MB avaliar o projeto LPD Chinês Type 071 com capacidade para 20 mil ton., custando algo como US$ 300 milhões zero milhas. A MB está estudando o Siroco com capacidade para 12… Read more »
Wellington,
Sou fã da classe Makassar. Mas ela foi projetada e construida pela sul-coreana Daesun.
Ainda dá pra comprá- la, se tivermos dinheiro Rsrs
Abraço.
Sério? Eu pensava que eram indonésias. Em todo caso, obrigado!