Força de superfície da Marinha Indiana começará, este ano, a receber mísseis Barak-8

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O destróier “INS Kolkata” foi comissionado em julho de 2014

 

O destróier porta-mísseis INS Kolkata, navio de 7.500 toneladas construído pela indústria naval indiana com tecnologia stealth (furtiva), sob os planos do Projeto 15-A, receberá, no último trimestre deste ano, os novos mísseis de defesa aérea Barak-8, com alcance de 70 km.

A informação foi dada por fonte da Marinha Indiana, que acrescentou: depois do Kolkata (comissionado em julho de 2014), será a vez de os destróieres INS Kochi e INS Chennai, do Projeto 15-B – que usarão o mesmo casco do primeiro, mas terão a superestrutura redesenhada de forma a acentuar a característica de furtividade –, receberem o mesmo armamento.

A instalação do Barak-8 nessas unidades acontece em decorrência de o vetor ter cumprido satisfatoriamente os seus primeiros testes de voo, realizados há pouco mais de três meses em Israel.

O Barak-8 é um míssil de 4,5 m de comprimento e dois estágios, que pesa 275 kg e voa à velocidade de Mach 2 (620 m por segundo), transportando uma “cabeça de guerra” de 60 kg detonada por espoleta de proximidade.

Ele vem sendo desenvolvido desde 2006, por meio de um esforço conjunto das empresas Rafael Defense Systems e IAI (Israel Aerospace Industries), israelenses, com a Organização de Desenvolvimento e Pesquisa para a Defesa da Índia.

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O Barak-8 mede 4,5 m de comprimento

 

Estatal – A produção em série do míssil para a Marinha Indiana ficará a cargo da estatal local Bharat Dynamics Limited – já incumbida de, inicialmente, fabricar o lote de 32 Barak-8 que serão instalados no Kolkata. Atualmente o navio dispõe do míssil antiaéreo Barak-1.

A família de mísseis Barak começou a ser desenvolvida na década de 1990, como uma alternativa dos engenheiros e projetistas militares de Israel ao sistema CIWS Phalanx – arma para defesa antiaérea a curta distância de altíssima cadência de fogo.

A Marinha chilena adotou o Barak-1. Nos últimos anos, mísseis da família Barak têm sido insistentemente oferecidos pela indústria israelense (sem sucesso) à Marinha do Brasil, como forma de incrementar o poder de fogo dos navios de guerra que estão sendo desenhados e fabricados em território nacional.

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