ICN adquire duas homologações no âmbito do PROSUB

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O primeiro submarino S-BR em construção em Itaguaí-RJ - Foto Ricardo Pereira
O primeiro submarino S-BR em construção em Itaguaí-RJ – Foto Ricardo Pereira

 

Conquista é resultado da transferência de tecnologia com empresa francesa

Rio de Janeiro, 2 de março – A Itaguaí Construções Navais (ICN) conquistou duas homologações, conferidas pela empresa francesa Direction des Constructions Navales et Services (DCNS), dentro do programa de transferência de tecnologia estabelecido pelo PROSUB. Com a obtenção das últimas homologações, a empresa agora está habilitada para realizar a instalação de Peças de Penetração e de Braçolas nos submarinos.

As homologações adquiridas estão relacionadas às áreas do casco resistente que estabelecem comunicação entre o interior do submarino com a área externa. Os testes para a conquista (das homologações) foram realizados na seção de qualificação, sendo acompanhados e avaliados pelos técnicos da DCNS, sem restrições ou observações, atestando o sucesso dos procedimentos.

“As Peças de Penetração estão associadas à passagem de cabos eletrônicos, comandos mecânicos, propulsão do navio, torpedo, entre outros. Já as Braçolas, que possuem uma estrutura própria e maior dimensão, estão mais relacionadas às áreas do casco resistente voltadas para a entrada e saída de pessoas, como as escotilhas”, explica Darwin Monteiro da Silva Filho, coordenador técnico da ICN.

Os testes, desenvolvidos ao longo de dois meses, envolveram aproximadamente 30 profissionais da ICN, das áreas de Marcação, Mecânica, Estrutura, Solda e Controle de Qualidade. Com as recentes conquistas, a ICN está agora apta para implementar estes procedimentos nos submarinos em construção.

Uma das seções do submarino S-BR
Uma das seções do submarino S-BR

Sobre a ICN
A Itaguaí Construções Navais (ICN) é composta pela Odebrecht Defesa e Tecnologia (59%) e pela companhia francesa Direction des Constructions Navales et Services – DCNS (41%), tendo ainda a participação da Marinha do Brasil, por meio de uma “Golden Share”, detida pela EMGEPRON. A empresa foi criada para a construção dos cinco submarinos – quatro com propulsão convencional e um com propulsão nuclear – previstos no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), da Marinha do Brasil.

Sobre o PROSUB
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (PROSUB), firmado no final de 2008 como parte do Acordo Estratégico Brasil-França, prevê a construção de quatro submarinos convencionais, um submarino de propulsão nuclear, um Estaleiro e uma Base Naval, em Itaguaí (RJ). O acordo prevê ainda que o submarino de propulsão nuclear seja totalmente desenvolvido no País.

DIVULGAÇÃO: CDN Comunicação Corporativa

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Israel E S Martins

E o conhecimento adquirido com a Alemanha? não serve para nada?!?! não influiu em nada?!?! vai ser descartado? é isso?

Oganza

Israel E S Martins,

meu caro, não estou aki para defender a DCNS e muito menos a Odebrecht ou a MB, mas esse post tem uma ligação direta sobre a nossa relação com a Alemanha e seus Subs construidos no Brasil.

Entre uma “coisinha” e outra, eles sempre se recusaram a nos repassar o expertise justamente das “Peças de Penetração”, principalmente no caso dos Tubos de Torpedo.

Mas no fim, DCNS e Odebrecht são um bando de aproveitadores.

Grande Abraço.

Oganza

Para pensar. “A Itaguaí Construções Navais (ICN) é composta pela Odebrecht Defesa e Tecnologia (59%) e pela companhia francesa Direction des Constructions Navales et Services – DCNS (41%), tendo ainda a participação da Marinha do Brasil, por meio de uma “Golden Share”, detida pela EMGEPRON.” – Os caras estão sendo pagos e absurdamente bem pagos com um verdadeiro assalto aos cofres públicos para literalmente ganharem um estaleiro… o pior é que a DCNS ganhou “casinha”, comida e roupa lavada para continuar imolando os cofres públicos junto com a PHD nesse assunto: a Odebrecht. A ICN é tudo, menos um estaleiro.… Read more »

eddie

Haveriam de utilizar esse mar de dinheiro para melhorar a saúde e educação, quem precisa de armada nuclear alem de Rússia e usa?
esses vão está eternamente de lados contrário do tabuleiro
e qualquer país esperto usa isso ao seu favor a não ser que alguém imagine os dois a favor de uma invasão conjunta a determinada parte

Há o risco mais o bom do nuclear sem duvida é mesmo as termoelétricas

paulão

Se dependesse do governo do PSDB as forças armadas brasileiras estariam bem equipadas com 38.
Se não fosse o PT isso nunca seria realidade.