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O sábado, 14 de março, amanheceu ensolarado na Baía de Turiamo, um dos principais destinos turísticos do Estado venezuelano de Aragua. Mas, nesse dia, o programa não era de paz.

A Infantaria de Marinha da Armada Bolivariana da Venezuela escolhera a data para testar o estágio de prontificação de uma grupo-tarefa anfíbio, constituído pelos navios de desembarque Goajira (T-63) e Los Roques (T-93). O exercício fazia parte das grandes manobras militares Escudo Bolivariano 2015.

O Goajira é um classe Capana, de desenho inspirado nos LST (acrônimo de Landing Ship,Tank) produzidos nos Estados Unidos ao tempo da 2ª Guerra Mundial. Fabricado na Coreia do Sul na década de 1970, ano passado ele completou 30 anos na Esquadra venezuelana. Na baía de Turiamo o navio exibia forte desgaste no casco – visível porque a embarcação estava bastante leve.

Designado para transportar cerca de 400 homens da 1ª Brigada de Infantaria de Marinha venezuelana, o Goajira cumpriu a missão levando a tropa no convés principal.

O Los Roques, da classe Los Frailes, foi construído em Cuba recentemente e, apesar da rampa na proa, está classificado como “transporte multipropósito”.

Seu desenho corresponde àquilo que os cubanos chamam de um buque multipropósitos de cabotaje modelo holandês Damen Stan Lander 5612. Trata-se, portanto, de uma embarcação desarmada, não projetada originalmente para o uso militar, apesar de capacitada a receber metralhadoras nos dois bordos do passadiço e a exercitar seus préstimos sob condições favoráveis – como as que existiam na baía de Turiamo.

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Lagoa – Além do pessoal da 1ª Brigada, as duas embarcações transportaram um grupamento de viaturas anfíbias: cinco Norinco 8×8 VN-1 chinesas (todas embarcadas no Los Roques), e quatro LVTP-7, de origem americana – ambas de transporte de pessoal.

Os resultados do exercício foram plenamente satisfatórios, ainda que seu nível de exigências tenha sido, praticamente, nenhum.

A simulação não opôs à força de desembarque qualquer tipo de resistência armada, o mar estava calmo, o vento fraco, e as águas da enseada no fundo da baía de Turiamo mais pareciam as de uma lagoa.

Foi a primeira vez que os fuzileiros venezuelanos fizeram seus blindados chineses descerem de uma embarcação e os conduziram, por cerca de 200 metros, em navegação de formatura até a areia, a uma velocidade em torno dos 5 km/h. Não houve registro de incidentes. Os blindados mostraram boa flutuabilidade e aceleração adequada dentro d’água.

As viaturas chegaram à Venezuela em dezembro de 2014, e antes do exercício de 14 de março haviam sido testadas apenas no mês de janeiro, nas águas interiores da base naval Contra Almirante Agustín Armario, em Puerto Cabello (a oeste da Baía de Turiamo). Nessa ocasião, os VN-1 deslizaram, pacificamente, entre fragatas e navios-patrulha da Esquadra venezuelana.

O blindado que a Norinco entregou à Marinha venezuelana pode transportar entre sete e 10 combatentes (dependendo do equipamento que eles tenham consigo). Está dotado de um canhão de 30mm e de metralhadora coaxial de 7,62mm. Rampas instaladas nas laterais da torre permitem que o carro dispare mísseis antitanque HJ-73.

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Venezuela treina desembarque com blindados chineses - 7

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