Siroco volta à França para aguardar seu próximo destino, sob outra bandeira
O navio de desembarque-doca Siroco (L 9012), da Marine Nationale, ingressou, no início da tarde deste domingo (26.04), no porto da cidade francesa de Toulon, 938 km a sudeste de Paris.
O navio, de 12.000 toneladas, estava acompanhado do aviso de escolta Commandant Bouan, classe “D’Estienne d’Orves” (de deslocamento dez vezes menor).
O Bouan navegou ao lado do Siroco durante toda a temporada de quatro meses em que o navio de desembarque anfíbio participou de uma jornada de patrulhamento na costa ocidental africana. A missão na África foi a última que o Siroco cumpriu arvorando o pavilhão tricolor da França.
As Marinhas de Portugal e do Chile confirmaram seu interesse em ficar com o navio, mas observadores europeus consideram os portugueses favoritos, já que a Agência Europeia de Defesa está, nesse momento, empenhada em um programa de consolidação da sua capacidade de intervenção no mar.
O anúncio oficial acerca da alienação do Siroco é aguardado para os próximos dois ou três meses, já que a cerimônia de desativação do navio está programada para acontecer até o início de setembro.
A Agência Europeia é a mais forte candidata a receber o primeiro porta-helicópteros de projeção de força e controle de área, da classe Mistral, que o grupo DCNS construiu para a Marinha da Rússia. O navio foi batizado de Vladivostok, mas não será entregue devido às sanções político-econômicas que o governo François Hollande decidiu aplicar à administração do presidente Vladimir Putin.
Vistoria – Em dezembro de 2014 a Diretoria-Geral de Material da Marinha do Brasil enviou uma delegação à França para avaliar as condições em que o Siroco se encontrava, visando uma possível aquisição do navio.
O relatório foi favorável à compra, mas a Marinha não tem recursos disponíveis para poder concretizar o negócio. A embarcação precisaria ainda de um período de de reparos e modernizações em território francês.