Marinha gastará 352.000 Euros no conserto, na Itália, dos hélices da fragata ‘União’
A Marinha do Brasil contratou os préstimos da empresa Consorzio Navalmeccanico Taranto (C.N.T.), da cidade italiana de Taranto, 428,5 km a sudeste de Roma, para executar o “Serviço técnico de retirada e troca dos Hélices de Passo Controlável (HPC) da Fragata União, incluindo os serviços de engenharia e de apoio decorrentes desta atividade, tais como o a disponibilização de equipamentos de manobra de peso, fornecimento do material e ferramentas comuns”.
O descritivo consta do Extrato de Dispensa de Licitação TJDL Nº 1/2015, assinado nesta segunda-feira (27.04) pelo diretor de Engenharia Naval da Marinha, vice-almirante Francisco Roberto Portella Deiana.
O reparo custará 352.300 Euros, valor que foi fechado pelos chefes navais pelo montante de 1.174.709,12 Reais.
A fragata União (F 45) se encontrava em rota para cumprir missão de patrulhamento na costa libanesa quando apresentou o problema nos hélices.
Apa – Entre os dias 26 e 28 de março, uma equipe da Marinha do Brasil reuniu-se com representantes da empresa C.N.T., em Taranto, para tratar de detalhes da docagem do navio brasileiro.
O grupo era formado pelo capitão-de-mar-e-guerra Marcio de Vasconcellos Rocha e pelo capitães-de-fragata (Engenheiros Navais) Alvaro Fernandes França Júnior e Márcio José Carlos.
O navio-patrulha oceânico Apa (P121) transportou para Taranto diversas peças que serão usadas nos reparos da União. Depois disso a embarcação seguiu para o porto de Beirute, a fim de render a fragata Constituição (F42) na Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL). A F-42 se encontra na costa libanesa desde o fim de 2014.
O conserto da União deve estar concluído até o dia 6 de junho próximo.
Superada essa fase, a embarcação deve retomar a viagem para a costa libanesa e assumir seu posto na FTM-UNIFIL. A F45 permanecerá por seis meses em comissão no Líbano, conforme havia sido programado originalmente.
Especialistas – A Marinha também já designou 19 militares e civis especialistas para viajarem à Itália, onde vão supervisionar e ajudar nos reparos da fragata.
O Poder Naval obteve, com exclusividade, a lista dessas pessoas, acompanhada do período em que cada uma delas foi autorizada a se ausentar do país:
Primeiro-Tenente (RM2-T) ÉRICO FERNANDES TAVA RES.
Período – de 27 de abril a 5 de maio de 2015, podendo se ausentar do País a partir do dia 24 de abril de 2015 e retornar ao País até o dia 7 de maio de 2015.
Capitão-Tenente (EN) AMILTON DE SOUSA LINS JUNIOR.
Período – de 14 de maio a 6 de junho de 2015, podendo se ausentar do País a partir do dia 10 de maio de 2015 e retornar ao País até o dia 8 de junho de 2015.
Primeiro-Tenente (RM2-EN) FELIPE FRANCO DA ROCHA;
SO-CI 86.5006.19 AILTON RODRIGUES CUBAS JUNIOR;
SO-EL 85.9776.41 ALDO PEREIRA EVANGELISTA;
3ºSG-OR 01.0372.69 JÉDSON GUERRA FERREIRA; e
3ºSG-TE 02.1438.01 PEDRO PAULO LUCKVU DA COSTA SANTANA.
Período – de 26 de maio a 6 de junho de 2015, podendo se ausentar do País a partir do dia 23 de maio de 2015 e retornar ao País até o dia 8 de junho de 2015.
Agente de Serviços de Engenharia, Matrícula SIAPE nº 00975571, FRANCO BRUNO; e
Artífice de Carpintaria e Marcenaria, Matrícula SIAPE nº 00976795, ALMIR CARVALHO DE SOUZA.
Período – de 27 de abril a 5 de maio de 2015, podendo se ausentar do País a partir do dia 24 de abril de 2015 e retornar ao País até o dia 7 de maio de 2015.
Técnico Industrial, Matrícula 1451, empregado da EMGEPRON, GLAUCIO LOPES;
Artífice de Mecânica, Matrícula SIAPE nº 00979517, CARLOS ALBERTO QUEIROZ;
Artífice de Mecânica, Matrícula SIAPE nº 01047461, OLI VEIROS G. DOS SANTOS JUNIOR;
Técnico de Tecnologia Militar, Matrícula SIAPE nº 01735103, LUIZ FELIPE RIBEIRO MONTEIRO DE PAULA;
Técnico de Tecnologia Militar, Matrícula SIAPE nº 01735571, ROGERIO PEREIRA DE MENDONÇA; e
Artífice de Mecânica, Matrícula SIAPE nº 00978429, SILVIO VIEIRA.
Período – de 14 de maio a 6 de junho de 2015, podendo se ausentar do País a partir do dia 10 de maio de 2015 e retornar ao País até o dia 8 de junho de 2015.
Agente de Serviços de Engenharia, Matrícula SIAPE nº 00976226, ETELVINO RODRIGUES DO NASCIMENTO FILHO;
Agente de Serviços de Engenharia, Matrícula SIAPE nº 01045485, MARCELO ALVES LOPES;
Agente de Telecomunicações e Eletricidade, Matrícula SIAPE nº 00974409, JOSE ANTONIO SILVEIRA DE ANDRADE; e
Agente de Telecomunicações e Eletricidade, Matrícula SIAPE nº 00974358, GILBERTO SANTOS DE MOURA.
Período – de 26 de maio a 6 de junho de 2015, podendo se ausentar do País a partir do dia 23 de maio de 2015 e retornar ao País até o dia 8 de junho de 2015.
Se fosse feito no Arsenal de Marinha seria o dobro !!! ha ha ha ha.
Há informação sobre que tipo de avaria deixou dois hélices inoperantes ao mesmo tempo?
perdoem-me a ironia….
imagina se não tivesse passado pelo ModFrag…..
enfim….
o questionamento do Farragut deve ser respondido.
Esse barco tá velho. Modelo Vosper Mk10, a frente do seu tempo e que ficou em estado interessante até a década de 90 (quando poderiam ter sido construídas mais unidades). Quando as tubulações das caldeiras começarem a estourar e machucar os marujos (como no são paulo), quem pagará a conta da revolta?
Os Helices ja estavam dando fora, so nao ficou claro se nas pas ouno sistemade passo variavel, mas tem qe ser feito
Em tempo =
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Jovem Iväny,
A propulsão da União e toda a classe Niteroi é CODOG (Combinação Diesel ou Gás), com 4 (quatro) motores diesel de 15.000 hp e 2 (duas) turbinas a gás de 50.080 hp.
Não imagino a que caldeira vc se refere.
Abraço,
Ivan, o antigo.
kkkkk
Ivan…. o importante é reclamar !!
Gente com certeza no AMRJ ficaria mais caro o reparo!
Hoje o Arsenal mau tem pessoal para colocar um parafuso em uma antepara!
Garanto que 75% dos serviços realizados são feitos por empresas terceirizadas, a um custo altíssimo!
O Arsenal dos anos 1980 já era!!!
Ivan
Quis fazer um paralelo entre os acidentes com as tubulações de vapor do A12 com possíveis acidentes com as tubulações de gás (mais sensíveis que as de vapor, até) na Vosper Mk10, vulgo classe Niterói.
Sendo que no calor da urgência, não mencionei o resto do texto, rsrsrs
Saudações.
Ivany, Sem querer ser chato, mas já sendo: não há “tubulações de gás” na propulsão das fragatas de forma que tenha algum paralelo com redes de vapor de navios com propulsão a vapor. O combustível para as turbinas é liquido, da mesma forma que num avião a jato, transformando-se em gás na combustão. Com sua expansão na forma de gás, dentro da turbina, faz girar suas pás. A não ser que você esteja falando de outras tubulações, como redes de água quente, fria, ar refrigerado etc. Redes de gás eu desconheço, a não ser que existam na cozinha, que nunca… Read more »
O questionamento do Farragut ficou sem resposta.
Talvez o navio tenha encalhado assim como encalhou o USS Port Royal no lugar menos provável do mundo para
um navio da US Navy encalhar…Pearl Harbour !
Este tipo de coisa acontece o tempo todo, encalhes, avarias de última hora que impedem o navio de zarpar na data marcada, etc…ao menos com navios que não passam a maior parte do tempo atracados como tem sido por aqui com as 3 fragatas que fazem o rodízio na UNIFIL.
O navio será reparado voltará a cumprir seu papel e no
momento oportuno a causa ou causas serão reveladas.
Nunão
Tubulações do combustível que vira gás…
Sem problemas, Ivany. Lembrando apenas que tubulações (redes) de combustível existem tanto no São Paulo quanto nas Niterói, mudando apenas o tipo de óleo que cada uma transporta, então são igualmente seguras ou perigosas em caso de rompimento, não cabendo muito bem um paralelo ou comparativo entre redes de combustível mais sensíveis ou menos sensíveis a acidentes entre ambos. Já as tubulações ditas “sensíveis” de vapor de alta pressão para o sistema de propulsão de turbinas a vapor (para as quais você fez um paralelo com as redes de combustível de uma fragata com turbinas a gás) só existem na… Read more »
Nunão Entendo perfeitamente. Veja no ultimo post do Roberto Lopes que uma das Vosper Mk.10 sofreu um pequeno incêndio recentemente. Tivessem elas sido ainda fabricadas na década de 90, mais umas 5, teríamos uma força de escolta razoável com as atuais 4 dando baixa agora nesta década. O problema é que houve um encolhimento técnico-científico e de infraestrutura no setor. Hoje em dia o Arsenal da Marinha não consegue montar mais estas fragatas (que poderiam ser interessantes em um conceito de corvetas pesadas). Sobre o combustível, sei que existe um conceito de motor que usa a combustão de hidrogênio pra… Read more »
O propósito da pergunta sobre as causas da avaria foi o básico: aprender o que houve para evitar que ocorra novamente. As FFAA de nações mais avançadas não podem abrir mão da transaparência, em incidentes semelhantes, das causas e das punições. É simplesmente a sadia cultura de que se deve prestar contas do dinheiro tirado dos cidadão em forma de impostos, principalmente quando as despesas poderiam ser evitadas. No caso das nações sem essa cultura, não são discutidas ostensivamente as avarias graves nem se pune em toda extensão dos regulamentos os responsáveis porque a apuração pode mostrar que meios são… Read more »
correção: “dos cidadãos”
Quando acontece esse tipo de evento, uma investigacao tecnica apura a situacao…
Pelo menos foi assim qyando tivemos um incendio na propulsao da Saudosa V33, na area do Cabo Frio, em 2001… eu tinha passado a manobra do Navio alguns minutos antes do sinistro…
No caso do post, parece que a avaria foi grave (tornou indisponível o meio) e o competente procedimento seria uma sindicância. Independentemente do formato da investigação, o comentário não visa a “caça às bruxas”. O propósito foi lembrar que nações avançadas democráticas de fato cultivam a transparência e o aprendizado das lições.
Exemplo de uma busca rápida no Google: encalhe do USS GUARDIAN. Relatório disponível em http://www.cpf.navy.mil/foia/reading-room/2013/06/uss-guardian-grounding.pdf
Pois é Farragut,
Como bem disse o Daltonl, encalhar é fato. Acontece.
Mas a questão é: o que aconteceu?
Abraço a todos.
Varis coisas podem avariar um Helice, não esquecer por exemplo que a Bailha do Governador perto da Ilha da guanabara a maré eh um prior de lipesa parece ate a polinesia … entre outras coisas que poderiam ter levado a avariar os Helices
…
em tempo =
um dos nossos mais novos =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2015/05/nm-americo-vespucio-ppse-nossos-navios.html
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