Marinha diz que NPa 500-BR é ‘evolução’ da Macaé, e que encomenda só em 2016
Um alta fonte da Marinha ouvida pelo Poder Naval na noite desta terça-feira (05.05), informou que o projeto do navio-patrulha costeiro de 500 toneladas que a EMGEPRON (Empresa Gerencial de Projetos Navais) entregou ao Centro de Projetos de Navios da Marinha para ser detalhado, não é um planejamento totalmente original, e sim uma “evolução” do navio-patrulha classe Macaé – derivado do modelo francês CMN Vigilante – já em operação no conjunto dos meios distritais da Força Naval brasileira.
Em função disso, muitos oficiais tratam o novo programa como “Macaé-Mod”.
De acordo com a mesma fonte, a necessidade de melhorar um projeto como o Macaé/Vigilante resulta da avaliação operacional dos meios. Somente operando uma determinada embarcação é que se identifica suas limitações, e se consegue propor, com precisão, os necessários aprimoramentos. Isso é muito comum e ocorre em diversas classes de navios ao redor do mundo.
O militar procurado por este blog esclareceu: a primeira encomenda do 500-BR só deve ser feita em meados de 2016. Nesse meio tempo, a Marinha continuará a aguardar os classe Macaé em construção pelo Estaleiro Ilha (EISA), do Rio de Janeiro, que, desde o mês passado, conta com o apoio técnico e gerencial do estaleiro espanhol Navantia.
As entregas dos cinco navios Macaé a cargo do EISA vão se estender até o fim de 2017.
Armamento – Na Diretoria-Geral do Material da Marinha não se comenta, claramente, que os patrulheiros tipo Macaé são ultrapassados em termos tecnológicos. Os oficiais preferem dizer que o programa 500-BR – ou Macaé-Mod – representa, apenas, um conjunto de melhorias ao projeto original da CMN.
As características dos dois patrulheiros são, efetivamente, muito parecidas.
O Macaé (P70) tem 454 toneladas no deslocamento padrão e 500 toneladas a plena carga – números iguais aos que foram imaginados para o Macaé-Mod. Mas o P70 tem 54,20 m de comprimento total, enquanto o Macaé-Mod terá 55,6 m. A boca das duas embarcações foi mantida em 9,3 m.
O Macaé-Mod será mais bem artilhado que o projeto Macaé/Vigilante: 1 canhão de 40 mm e quatro armas de fogo de menor alcance: duas de 20 mm e duas .50 (contra apenas 1 canhão e duas metralhadoras da classe Macaé). Os armamentos também devem ser de tipo diferente, aproveitando, por exemplo, a competência da empresa fluminense ARES em estações de metralhadoras remotamente operadas.
Ao contrário do que o Poder Naval noticiou em outro texto, não foi requerido aos projetistas do 500-BR um design furtivo, porque este navio foi concebido para cumprir tarefas essencialmente policiais, e não de combate a navios de guerra.
esses patrulheiros vão operar vants ??
Não tem mais imagens desse “Macaé-Mod”???
podem operar em rios com helicópteros para substituir os navios pluviais?
Não. Eles não tem convoo.
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Podem evidentemente operar em rios até o limite do calado, mas o formato do casco é otimizado para operações no mar.
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Para operações fluviais, o melhor é ter cascos otimizados para isso.
Saudações nunão, acho que o amigo acima quis dizer navios fluviais ao invés de pluviais, mas com as proporções que estão tomando os alagamentos de hoje em dia nada impede que daqui a alguns anos a MB terá que operar navios “pluviais” também.
Boa noite
Airacobra, bom dia. . Engano comum, nada demais. Fica engraçado, mas fez-se entender. . Navios pluviais deveriam ser os que operam preferencialmente em Santos-SP, pois não é à toa que o brasão dos colegas do “Santos Shipphotos” tem o jocoso lema “Nubis et pluvia perpetuum est”. 🙂 . Voltando ao tópico levantado pelo Kleber Oliveira, vale acrescentar que o Centro de Projetos de Navios da Diretoria de Engenharia Naval tem há anos a proposta de um navio-patrulha costeiro de pequeno porte (200t) para operar também em rios. Creio que foi pensado para substituir pelo menos uma parte dos velhos navios… Read more »