AF-1M

Roberto Lopes

Editor de Opinião da Revista Forças de Defesa

As restrições orçamentárias que se abateram sobre a Marinha do Brasil também estão causando impacto negativo no programa de modernização de 12 caças AF-1 (ex-A-4KU e TA-4KU) da Força Aeronaval, que serão modificados por um pool de empresas liderado pela Embraer Defesa & Segurança, para o padrão AF-1B.

A primeira aeronave remodelada, de numeral 1001, foi entregue à Marinha nesta terça-feira (26.05) – com um ano de atraso em relação ao previsto em 2013 pela própria corporação –, durante cerimônia que contou com a presença do almirante-de-esquadra Eduardo Leal Ferreira, comandante da Força, e do presidente da Embraer Defesa, Jackson Schneider. Mas o segundo avião a ser modernizado não ficará pronto antes do primeiro (ou do segundo) semestre de 2016.

Isso não é, necessariamente, ruim, já que o próprio programa de modernização precisa ser reavaliado, e ter os seus conceitos confirmados (ou ratificados).

E isso só será obtido com o AF-1B 1001 em voo, por meio da validação das várias alterações introduzidas na aviônica do jato, que recebeu sistemas de navegação, RWR (Receptor de Alerta Radar na sigla em inglês), gerador de energia, computadores, comunicação tática e um radar multimodo Elta 2032, de procedência israelense (leia o texto O novo radar dos AF-1, publicado pelo Poder Naval em 29 de abril de 2011).

E, sobretudo, ainda é preciso fazer com que todos os novos equipamentos instalados no cockpit do AF-1B “conversem” entre si. Uma das principais dificuldades é estabelecer a compatibilidade do radar Elta, de controle de tiro, com os demais sensores da aeronave (como o RWR).

AF-1M-Cockpit
Novo cockpit do AF-1 modernizado

Limitações – Os novos equipamentos permitirão aos pilotos de caça da Marinha se familiarizar com recursos técnicos (sensores e tecnologias) muito mais avançados que os instalados no A-4KU durante as décadas de 1970 e 1980. A partir de agora, os aviadores brasileiros poderão detectar e engajar possíveis ameaças aéreas e de superfície em consideravelmente distâncias maiores do que faziam (ou fazem atualmente).

Contudo, a grande crítica ao programa de modernização repousa no fato de que, por uma estrita falta de recursos da Marinha, ele não inclui os equipamentos que permitiriam a integração à aeronave de mísseis BVR (Beyond Visual Range) ou mesmo de vetores ar-superfície.

Com o modelo AF-1B da maneira que está, a Força Aeronaval terá, portanto, uma aeronave somente capacitada a disparar mísseis para o chamado dogfight – combate aéreo a curta distância.

De forma resumida pode-se dizer que faltam aos AF-1 equipamentos como os pods de designação/reconhecimento de alvos tipo LANTIRN (Low Altitude Navigation and Targeting Infrared for Night) e LITENING III, de 206 kg e projeto americano-israelense.

Também estão ausentes no AF-1B sistemas de guiagem de bombas como LIZARD (LaserGuided Bomb Adapter) ou o Rafael SPICE (Israel).

AF-1A N-1023
Células de AF-1 separadas para o programa de modernização nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto (SP)

Ou seja, os caças da Marinha vão detectar o possível alvo, mas não poderão combate-lo além do alcance visual, e nem na superfície do mar…

Para que não haja dúvidas: no que se refere ao combate (função principal de qualquer equipamento militar), apesar da festejada modernização conduzida pela Embraer e da notável ampliação de sua acuracidade (precisão de informações), o avião fará exatamente o mesmo que já fazia antes de ser modernizado…

Os aviadores navais poderão empregar seu aparelho para treinar a aproximação e o ataque a um barco na superfície, por exemplo, mas não irão dispor das tecnologias que lhes permitiriam conferir o resultado dos seus procedimentos. E isso nada tem a ver com a competência técnica da Embraer ou de suas associadas no projeto, mas, tão somente, com a falta de fundos na Força Naval.

Estudo – A partir de 2010 a Marinha começou a preparar laudos técnicos sobre o estado de conservação de 20 dos 23 caças recebidos, no final da década de 1990, da Força Aérea do Kuwait. O objetivo era selecionar o primeiro lote de aviões que seria submetido ao programa de modernização contratado à Embraer Defesa e Segurança.

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A-4KU em uma base do Golfo Pérsico

Em 2013, o então comandante da Marinha, almirante Moura Neto, encomendou um estudo de viabilidade para a modernização de outras células de Skyhawk.

A conclusão foi de que havia oito, ainda, merecedoras de atualização. Mas antevendo as limitações financeiras de sua corporação – e a necessidade de recursos para os programas de renovação e modernização das unidades de asas rotativas da Força Aeronaval –, Moura Neto achou mais prudente, de início, tentar viabilizar o serviço em apenas uma dúzia dessas aeronaves.

Hoje, essa postura cautelosa não mudou. Mergulhada em uma dramática escassez de verbas, a Marinha não mandará novas células de AF-1 ao programa de modernização.

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daltonl

A prudência do Almirante Moura Neto ao selecionar “apenas” 12 aeronaves para modernização foi providencial
algo que mesmo a duras penas é factível.

É o mínimo do mínimo e levando em conta que os 3 bipostos não serão embarcados no NAeSP algo como entre 6 e 8 monopostos poderão ser embarcados.

Capacidade semelhante de defesa de frota que os australianos tiveram nos anos 70 quando normalmente embarcavam 8 A-4s no HMAS Melbourne embora pudessem embarcar alguns poucos mais se necessário pois dispunham de um número de células um pouco maior.

Guilherme Poggio

daltonl

Lembrar que esta também era a capacidade dos argentinos na mesma época. Eles podiam embarcar algo em torno de oito A-4Q.

Ozawa

Com o devido respeito às opiniões publicadas, mas as ilustrações feitas, conquanto evidentemente de cunho cronológico, não podem estar dissociadas da evolução técnica/operacional/estratégica do que se debate…

Nas décadas de 70 e 80 “A” ou “B” teriam a mesma capacidade embarcada… 40 anos depois sequer isso temos, apenas a intenção de se, quando, talvez, ter, sabe-se lá quando !

E o upgrade realizado, como destaca o post, sequer vai se realizar num patamar mínimo aceitável…

O tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus e a MB ou já não existem ou não andam muito boas…

ernani

Resumo da ópera: Continuamos jogando dinheiro fora.

Por qual motivo continuamos, ainda que a passos de tartaruga, com um programa que não nos levará a lugar nenhum, até porque o NAe em que deveriam operar, não está e tudo indica que nunca estará disponível ?

Poderíamos vendê-los aos argentinos ? Certamente lá haveria alguma utilidade para eles.

a.cancado

Realmente, torrar uma fortuna pra modernizar uma sucata velha, com cerca de 50 anos de serviço, que nem sair pro mar mais consegue, pra operar aeronaves com mais ou menos o mesmo tempo de serviço, ambos total e completamente obsoletos, só mesmo nas cabeças doentes de gente muito sem noção…

a.cancado

Sob essa lógica, poderíamos trazer de volta craques como Gerson, Pelé, Rivelino, Clodoaldo, Tostão, etc, pra compor nossa Seleção…Basta dar um Vitasay pra eles…rsrsrsrsrsrsrsrsrss

ernani

O dinheiro economizado nessa reforma, poderia ser reinjetado na EMBRAER, para o desenvolvimento do KC390.

Corsario137

Quem muito quer, nada tem.

Marcelo

Armamentos e pods podem ser integrados futuramente se a MB assim desejar e possuir os recursos. A modernização executada permite que sejam integrados posteriormente. O radar é compatível com mísseis BVR.

a.cancado

Marcelo, por mais que seja modernizado, o Skyhawk é uma plataforma OBSOLETA, um projeto de mais de 50 anos, total e completamente incompatível com doutrinas operacionais e equipamentos modernos…

Marcelo

a.cancado,

então avise para a USAF desativar os B-52, pois é um projeto de mais de 50 anos, total e completamente incompatível com doutrinas operacionais e equipamentos modernos…

Abraços!

Roberto Lopes

Boa noite.

“Armamentos e pods podem ser integrados futuramente se a MB assim desejar e possuir os recursos. A modernização executada permite que sejam integrados posteriormente. O radar é compatível com mísseis BVR”.

Estas considerações do forista Marcelo estão corretas.
Esperemos que a MB priorize tais investimentos no futuro, o que permitirá o aperfeiçoamento do adestramento dos seus pilotos.

daltonl

Poggio…

minha alusão aos A-4Gs australianos veio do fato deles serem capacitados a lançar o “sidewinder” ou seja eles
eram usados na função “defesa de frota” algo similar ao que se espera dos A-4Ks adquiridos pela marinha
enquanto os A-4Qs argentinos não dispunham de tal capacidade.

Claro que não dá para desafiar a IV Frota dos EUA nem a esquadra chinesa que será baseada na costa africana nem franceses e britânicos que irão nos cercar a partir das Falklands e da Guiana Francesa,mas, pode ser um começo 🙂

ernani

Os AF-1B até poderão incorporar futuramente novas capacidades, mas o nosso problema de verba é agora ! Daqui a 10, 15 anos, a modernização feita agora já deverá estar defasada e é bem provável que não tenhamos um NAe operacional para receber esses caçaas. Nesse meio tempo, é mais provável que o Gripem navalizado seja uma aposta mais racional do que continuar investindo nesse projeto que já deu o que podia dar. Vale lembrar que para o A-12 operar plenamente, ainda faltam outros projetos, como por exemplo os “Traker”, os escoltas, um apoio logístico, etc. Ou seja: Para o Opalão… Read more »

Marcos

Em 2073, quando modernizarem o último A-4, os mesmos terão cem anos.

daltonl

ernani… o problema é que o “gripen navalizado” ainda não é uma realidade e está fora de alcance no momento. A modernização de 12 A-4s é o que se pode fazer no momento na esperança de que atuem como uma “ponte” para o Gripen M, algo que necessitará um aporte financeiro considerável. Claro que sempre há possibilidade de tudo virar fumaça mas, entre comprar fragatas de segunda mão ou duas inteiramente novas por exemplo que não irão mudar muita coisa, se for possível paralelamente investir na aviação de asa fixa embarcada visando a década de 2030 o binômio A 12… Read more »

joseboscojr

Eu não sou piloto e posso estar completamente equivocado, mas pra que um caça bombardeiro subsônico (avião de ataque subsônico) precisa ter mísseis ar-ar BVR?
O combate BVR implica em se posicionar de forma favorável ao lançamento de mísseis e agir primeiro, inclusive usando a velocidade para maximizar o alcance do “petardo”.
Vamos esquecer isso de Derby pra esse A-4, que non ecziste.
O AV-8B+ é uma exceção muito particular.
Já quanto a não ser capaz de lançar a bomba Lizard, é uma lástima.

Marcos Gilbert

Não gastem $$$ para modernizar o AF1, só deixem eles em condição de voo com treinadores e compre os F-18 C/D do Kuwait como caça tampão até poderem encomendar os Sea Gripens

Não sei bem mas acho que isso merecia uma matéria e não esse rabisco que estou fazendo aqui.

http://www.arabianaerospace.aero/kuwait-enhances-fighter-force.html

http://www.scramble.nl/orbats/kuwait/airforce

http://www.globalsecurity.org/military/world/gulf/kuwait-af.htm

http://www.defenseindustrydaily.com/f18-hornets-keeping-em-flying-02816/

http://wiki.scramble.nl/index.php/Boeing_F/A-18_Hornet

Control

Srs Ao avaliar a necessidade ou não do AF1 ou do NAe SP é necessário se considerar: 1. Qual a necessidade de meios que a MB precisará daqui a dez anos ou mais. Sempre é bom lembrar que a missão da MB é a defesa do Brasil e de seus interesses no mar e para tanto ela precisa estar preparada para enfrentar todas as possíveis ameaças, ou seja, precisa dispor da capacidade de combater com razoável capacidade de sucesso qualquer marinha de um outro país que possa entrar em conflito com o Brasil. Como tanto a obtenção de meios como… Read more »

rafael oliveira

Caro Control, Talvez eu apenas esteja servindo de exemplo para o seu diagnóstico, mas por que você faz essa crítica: “• Sofre do mal nacional da paixão pelo novo: entre comprar um novo e manter um antigo, a opção primeira é comprar o novo, independente de isto custar muito mais caro;”? Claro que existem casos em que o “antigo” ainda dá para o gasto, mas não acho que seja o caso da maioria dos navios da MB. Na verdade, acho que a MB sofre exatamente do contrário: uma dificuldade imensa de descomissionar navios antigos e que não cumprem a missão.… Read more »

a.cancado

Ô Marcelo, os B-52, na versão H, são tão importantes às doutrinas da USAF hoje, quanto quando foram concebidos. Além de serem de uma versão mais moderna e atual de um projeto realmente antigo, têm sido sempre modernizados, com aviônicos e equipamentos atualizados, além da constante integração de armamentos modernos, o que faz com que continuem sendo, apesar de, repito, serem um projeto realmente antigo, parte indispensável e fundamental da primeira linha de ataque daquela força.
Peça VOCÊ à USAF que os desative. Vamos ver a resposta que eles te dão…

a.cancado

Aliás, aproveite o ensejo, e pergunte à US NAVY por quê seus Skyhawks foram desativados no final da década de 1970, vai…Pergunta por quê eles não foram modernizados…Eu, hein??!…rsrsrsrsrss

Wellington Góes

Eu apoio e acho louvável a MB insistir em tentar manter o São Paulo e os A-4, o problema da falta de verba não está relacionado a estes vetores, muito menos de que sem estes vetores, o dinheiro fosse direcionado a outros equipamentos, quem sabe como funciona a elaboração de orçamento público sabe do que estou falando, ou seja, não ter o A-12 e os A-4 não garantiria a mesma verba para outros fins, já com eles o dinheiro estará garantido. Outra coisa certa é que se a MB desistir de um NAe e sua ala aérea, nunca mais ela… Read more »

lynx

A verba para a modernização do A-12 pode sim ser remanejada para outros fins, dentro da rubrica OCC do orçamento da MB. Essa rubrica é dividida em “projetos”. Cada projeto é submetido ao MD e, posteriormente, ao MPOG com a respectiva solicitação de recursos. Uma vez aprovado o orçamento e o montante para OCC, a alocação de recursos para cada projeto, dentro do montante total recebido, é ato discricionário do ordenador de despesas, no caso o CM. O que não pode é alocar a um projeto mais do que foi solicitado, sem autorização do MPOG. Mas, a nossa realidade, é… Read more »

Wellington Góes

Sim Lynx, dá pra fazer muita coisa, suplementar, remanejar, etc e tal, mas tudo restrito a um único ano fiscal, no próximo, sem a obrigação específica, o orçamento pode ser cortado pelo planejamento. Estou falando de real, no dia a dia, tentando convencer o Planejamento de que aquilo disponível ainda é necessário, só que agora para outro vetor. Exemplos é o que não falta de navios que a MB descomissionou para manter outros e nunca mais viu a cor do dinheiro. No mais, quanto às questões legais no remamejamento orçamentário do pessoal inativo, se não for uma cláusula pétrea, mas… Read more »

lynx

De novo eu vou discordar de você. É claro que tem que ser restrito a um mesmo ano fiscal. O próximo nem proposto foi ainda. Quem te falou que a MB perdeu dinheiro porque des comissionou navios? Se fosse assim, o encouraçado Minas Gerais ainda estaria atracado no AMRJ, para que a sua verba não fosse perdida! O projeto para manutenção dos meios nem sequer é separado navio por navio. Tem o nome de PROGEM e é repartido por Distritos e pela Esquadra. E ali dentro está incluso a manutenção das aeronaves, no mesmo saco que a dos navios. Quando… Read more »

rafael oliveira

Lynx abateu alguns mitos que vira e mexe dão as caras por aqui sobre orçamento.

Marcelo

a.cancado 29 de maio de 2015 at 10:34 # OK. Usando suas próprias palavras: “…além de serem de uma versão mais moderna e atual de um projeto realmente antigo,…” assim como o A-4KU, na verdade um A-4M, são versões mais modernas do A-4, e as últimas a serem produzidas. “…têm sido sempre modernizados, com aviônicos e equipamentos atualizados,…” oras, mas foi exatamente isso que foi feito com o AF-1B/C… quanto à integração de armamentos, repito, a modernização executada permite isso, só não foi feito por falta de solicitação/recursos, mas pode ser feito se assim a MB desejar… na verdade só… Read more »

Marcelo

a.cancado 29 de maio de 2015 at 10:39 #

mas os A-4 de Israel, da Nova Zelândia, de Singapura e da Argentina foram e prestaram bons serviços…isso é fato. A MB não solicitou nada de novo ou absurdo.

Guizmo

Hahahaha, Bosco perfeito!! Bvr em subsônico não dá…

A manutenção desse binômio A-4/A-12 está afundando a MB. Nesse ritmo De gestão aloprada, daqui uns 10 anos teremos a 6a força naval da Am do Sul…….e nego com medo da marinha chinesa ou 4a frota…..temo é a marinha peruana, chilena, venezuelana, etc

Control

Srs Prezado Rafael Em nossa cultura administrativa, especialmente, do setor público, há muitos exemplos da escolha preferencial pelo novo, a maioria das vezes casada com deterioração do antigo pelo abandono total às boas práticas de conservação e manutenção. Diferente de outros países como os EUA, onde os equipamentos, enquanto úteis, são mantidos (vide B52 e T38), no Brasil os equipamentos raramente passam por modernizações e são substituídos com um tempo bem menor de uso. Para ficar na MB, podemos citar a classe Inhauma e até o caso Tupi/Scorpene. É claro que os navios, como qualquer outro equipamento, precisam ser substituídos.… Read more »

Farragut

e com relação ao pessoal? os cronogramas serão revistos também ou continuaremos recrutando gente com vistas à segunda esquadra e a outras demandas do PAEMB que parecem ainda mais improváveis?

a.cancado

A diferença, Marcelo, é que os Skyhawks foram desativados, e os B-52, não. Os B-52 têm uma função específica, praticamente insubstituíveis até o momento.
Sinto muito, mas os Skyhawks, até por sua limitação conceitual, são, como eu disse, plataformas obsoletas, por mais que sejam modernizados. E desculpe, mas só um louco faria isso.
No meu mundo, eles só teriam lugar como aeronaves do tipo ‘agressor’, ou ‘adversário’, nos moldes da US Navy, que inclusive já os substituiu por F-16 e F/A-18. E olhe lá!
Abraços.

a.cancado

E deixo a todos um lembrete, antes de deixar esse debate inútil e estéril: falamos do A-4, não do F-4, ou seja, de uma avão projetado há mais de 50 anos, limitadíssimo, até por uma questão de conceito e de design, já desativado em praticamente todas as forças nas quais operou, e projetado como AERONAVE DE ATAQUE, que não é, nunca foi, nunca pretendeu ser, e jamais será, de forma alguma, não importando o que quer que se incorpore nela, uma aeronave de caça. Simples.

Roberto Lopes

Boa tarde.
Pois é, Farragut, essa questão que vc coloca é muito importante.
A explicação que me deram é que os planos de contratação estão sendo revistos sim, mas alguns, relativos a funções de alta tecnologia, que exigem qualificação mais demorada (para o sub “Álvaro Alberto”, por exemplo), precisarão ser mantidos.
O problema é como pagar toda essa gente, alimentá-la, acomodá-la em salas de aula para os cursos que precisam realizar, ou até enviá-las ao exterior.

Haja plata…

ernani

Não acho esta discursão inútil. É exatamente discutindo, no bom sentido, que pontos de vista diferentes levam a formação de massa crítica, evoluímos os nossos conceitos, popularizamos um tema tão importante para todas as nações sérias. Voltando ao tema, se é para mantermos a doutrina enquanto não podemos adquirir meios efetivos, que se modernize o mínimo de células possível e ainda assim fica a questão: vão operar onde ? A refirma do A-12 ou a aquisição de um novo NAe, deve estar sincronizado com a entrada em serviço do Sea Gripen ou com a aquisição de um tampão plenamente capaz… Read more »

Wellington Góes

Volto a afirmar, o problema não é tão somente falta de dinheiro, mas a priorização dele. Exemplo simples, além das questões sobre o orçamento dos inativos, é a questão da quantidade de pessoal em cada força para cuidar de questões meramente administrativas, como RH, saúde, habitacional, etc… O São Paulo e sua ala aérea não é inútil para a defesa da nação, inútil no meu entender é queremos manter uma a vinculação de uma estrutura administrativa, treinamento, aquisição, de pessoal e pensionista, na base do cada um por si, como era feito a mais de meio século atrás, quando potências… Read more »

Farragut

Agradeço a atenção do sr. Roberto Lopes a meu comentário e “copio e colo”, sem julgamento, alguns trechos de parecer do TCU que entendi relevantes para o debate: “… Não verificamos no Prosub, nem no Projeto H-XBR, medidas formais para mitigar o risco de desvio de pessoal militar qualificado dentro das próprias forças ou perda destes profissionais para outras entidades governamentais ou para o setor privado. … Os grandes interesses nacionais não justificam a atitude adotada. Não procede a afirmação de que os valores empregados no Prosub são irrisórios diante dos benefícios que o alcance de seus objetivos trará para… Read more »

daltonl

O A-4 apesar de todas as suas limitações é a única aeronave de asa fixa a jato com bom custo-benefício capaz de operar do NAeSP.

A modernização dos A-4Ks visa principalmente diminuir o
“gap” tecnológico de um A-4K original de um possível sei lá, se Deus permitir, Gripen “M” como vem sendo chamado um
possível Gripen naval.

Quanto aos “Aggressors” citados pelo a cancado só como curiosidade ainda estão ativos o F-5N em 2 esquadrões da US Navy e um esquadrão do USMC.

joseboscojr

Como não existe NAe só podemos divagar acerca dos A-4 operando de bases em terra, que se bom senso fosse uma característica das autoridades brasileiras, os colocavam pra operarem a partir delas, fosse pela FAB, pela MB ou pelo raio que os parta. E mais, tivessem bom senso pelo menos mandavam integrá-lo a um míssil anti-navio para que fosse usado de forma minimamente racional, não tendo a FAB ou a MB que contratar instrutores japonêses ou argentinos, para adestrarem nossos pilotos em técnicas kamikases. Um boa opção de arma antinavio stand/off seria a bomba irmã da Lizard, a Opher, israelense,… Read more »

Lyw

Bosco, pegando um gancho nas suas “dicas” de armamentos para o AF-1B, o Penguin seria uma ótima opção.

A MB já têm “experiência” com a versão lançada de helicópteros (Penguin Mk 2 Mod 7). Como o Penguin 3 (criado para aeronaves de asas fixas) possui os mesmos sensores e é compatível com pequeno porte do A-4, além de ter um custo reduzido (a MB comprou oito mísseis Penguin Mk 2 Mod 7 e equipamentos associados por 15,7 milhões de Euros) acredito que seria excelente.

joseboscojr

Lyw,
Mas acho a integração de uma arma nova num velho avião americano reformado por israelenses algo improvável nesses tempos de crise econômica (e moral, e política, e ética, e cultural, e tecnológica, etc.)
A Lizard/Opher e o Python já devem ser compatíveis, que de bobo os israelenses não têm nada. rrsss
Mais fácil que o Penguin talvez seja introduzir um quinto tipo de míssil antinavio nas forças armadas brasileiras, que seria o Maverick F. Há grandes possibilidades dele ser compatível com nossos A-4.

Mauricio R.

“…mas os A-4 de Israel, da Nova Zelândia, de Singapura e da Argentina foram e prestaram bons serviços…” Os A-4 de Israel foram substituídos a pelo menos 30 anos, por uns 150 F-16. Até na função de treinamento avançado, nada perto de treinamento de combate aéreo dissimilar, já deixaram de operar. Os da Nova Zelândia além de desativados a décadas, passaram outros tantos anos, literalmente ensacados, aguardando quem os comprasse. Os de Cingapura tb já foram embora, substituídos pelos F-15SG, suas fuselagens cheias de rachaduras devido a troca de turbina. Sobraram os da Argentina que junto c/ o Brasil, são… Read more »

daltonl

Mauricio… mas onde diabos iria encontrar-se A-7s, FA-18s e AV-8Bs para operar do NAeSP ? Mesmo SE: por exemplo, os FA-18s operados por países que os utilizam de bases terrestres, tivessem o software para operar de Naes, não necessitando incorporar …ou…estejam em boas condições…ou…haja interesse de venda por parte dos donos, ainda teria a questão de serem mais caros para adquirir ,operar e manter ! Não vejo muita dificuldade em manter 12 A-4s voando por outros 10 anos ou pouco mais enquanto aguarda-se por mais verbas e/ou uma decisão final se de fato haverá um substituto para o NAeSP. A… Read more »

Ozawa

joseboscojr 30 de maio de 2015 at 16:53 # “(…) Ou seja, basta que o A-4 seja operado de bases em terra (política), esteja integrado a misseis de curto alcance (Python IV ou V, Piranha 2 ou A-Darter) e à família de bombas Lizard/Opher israelense que ele já poderia prestar bons serviços à dissuasão nacional e melhor, dentro de nossa realidade pindaibística imediata.” daltonl 31 de maio de 2015 at 12:22 # ” (…) A ideia de adquirir o “Foch” e pouco antes os A-4s pareceu muito boa na época e o atual comando da marinha não pode ser responsabilizado… Read more »

daltonl

Ozawa… não havia F-4s da Royal Navy disponíveis no final dos anos 90 quando o Foch foi selecionado para compra e o mesmo não poderia operar com F-4s a menos que passasse por significativas e custosas alterações. Quanto aos 12 A-4s que deverão ser modernizados, eles sempre poderão operar de bases terrestres da mesma forma como os A-4s da marinha argentina durante o conflito das Falklands que ficaram orfãos depois que o “25 de Mayo” recolheu-se à base. Mas, ter um punhado de aeronaves baseadas em terra, nem mesmo todas as12 estarão sempre disponíveis, capazes de atacar alvos no mar… Read more »

Ozawa

Dalton… No tocante ao assunto Phantom que aludi anteriormente, conquanto, se adquiridos, certamente estaríamos passando pelas mesmas agruras de obsolescência e falta de recursos como os A4’s, havia opiniões divergentes da sua no início desse século… Nessa esteira, fiei-me em um dossiê escrito pelo nosso editor Guilherme Poggio aqui mesmo nesse espaço, cujo link está indisponível atualmente, mas que imprimi em 16/05/2001 e ainda o tenho comigo… Nesse dossiê, o editor, empolgado como todos nós com uma lufada de esperança na Aviação Naval, analisava os possíveis candidatos à eleição de “Caça de Defesa da Frota” na MB, diante das opções… Read more »

MO

emtempo to de volta apos capote de moto = femur e pulso quebrado …

http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2015/05/mv-kota-latif-9vbr6-descarga-e-embarque.html

14 photos

Vader

Putz, não acredito que tem gente aqui que ainda apóia isso aí, my God…

Moderniza meia dúzia pra usar de treinador e o resto faz de alvo. Junto com o Opalão. Matamos dois coelhos com uma cajadada só.

ernani

Apoiado, Vader.

Os responsáveis pelo planejamento orçamentário da MB agradeceriam, pela economia desses recursos, que poderiam ser disponibilizados para outros projetos mais realistas.

MO

sei nao qdo nao tinhamos o sp, tbm nao eramos uma maravilha ….

daltonl

Ozawa… a Royal Navy recebeu 28 F-4s e pelo menos 9 foram perdidos em acidentes e estavam pelo que já li os restantes bem usados. Outros 20 pensados para a RN foram direcionados para a RAF devido à diminuição do número de NAes. Supondo que dos 40 em bom estado conforme sua informação, ainda restassem ao menos uma dúzia de ex-RN seria impossível a marinha brasileira mante-los, mesmo que comprados a preço simbólico. Imagine uma aeronave do porte do F-4 com 2 motores bebendo muito , 2 tripulantes, células que precisariam passar por uma revitalização para depois sabe-se lá quanto… Read more »