Vela para oito mastros e redutor de perdas no giro do hélice: marcas do novo Scorpene 2000
O projeto do novo SSK Scorpene que o grupo DCNS revelou durante a última Undersea Defence Technology, realizada em Rotterdam, Holanda, entre os dias 3 e 5 deste mês, mostrou um barco de desenho reformulado nos seus sistemas de navegação, de comunicações e de combate.
O chamado Scorpene 2000 manteve o mesmo diâmetro, mas não o mesmo deslocamento – que não foi informado oficialmente, mas será, com certeza, superior às 2.000 toneladas do navio dessa classe comercializado nos últimos anos pela indústria naval francesa.
As principais mudanças são uma vela de maiores dimensões – apta a conter oito mastros –, uma célula de combustível para sistema AIP de segunda geração, e uma carga de armas maior e mais diversificada: torpedos, minas, mísseis anti-navio, superfície-ar e, eventualmente, mísseis de cruzeiro.
A quantidade ampliada de mastros indica que os projetistas contemplaram os futuros tripulantes do modelo 2000 com novos recursos em comunicações via satélite, optrônica e visualização para o combate – a qualquer hora do dia e a qualquer tempo.
O novo Scorpene poderá receber uma tripulação pequena – entre 25 e 31 militares –, o que denota o alto grau de automação do navio, e ainda permanecer submerso por três semanas de forma ininterrupta.
A popa dessa nova versão também foi redesenhada, recebendo um leme em X para aumentar a manobrabilidade. A propulsão foi reforçada por meio da adoção de estatores que reduzem as perdas rotacionais sofridas pelo hélice, e ajudam a melhorar o desempenho do navio em deslocamento.
Sobre o lixosrpene, nunca foi nem será melhor que o U209.
Hahahahaha, quer dizer que agora tem AIP?
Aquele sistema que a MB (e boa parte dos “pensadores”) desdenha?
Cômico, não fosse trágico…
existe alguma possibilidade de algum dos nos scorpne(que ainda não tiveram suas chapas cortadas) ser atualizado para esse padrão 2000 ???
Nenhuma possibilidade wwolf, ! Ainda trata-se de um projeto e não seria tão simples incorporar as modificações,
mas, quem sabe no futuro !!!
Os nossos Scorpenes estarão aptos a receber a célula AIP, bastando apenas uma eventual decisão futura da Marinha. Portanto, isso é uma questão fácil de ser sanada.
O inovador no Scorpene 2000 seriam a vela para oito mastros, além do leme e propulsão e o emprego de mísseis superfície-ar e, no caso das eventuais três primeiras inovações, é necessário avaliar suas vantagens e desvantagens.
Ademais, é necessário considerar que trata-se ainda de um mero desenho e projeto preliminar!
Vader, Até onde sei o Scorpene sempre foi oferecido ao mercado com a opção de se acrescentar uma seção AIP (sistema francês MESMA), a critério do cliente. Augusto, Pode não ser algo fácil os Scorpenes da MB receberem AIP no futuro. Isso porque a opção da Marinha foi a de acrescentar ao comprimento do submarino a seção extra destinada ao AIP, porém sem AIP: usou-se o espaço extra que seria ocupado pelo sistema para ampliar a área habitavel (permitindo assim instalar os beliches no sentido longitudinal, e não transversal como era originariamente) e também ampliar a capacidade de combustível. Para… Read more »
Nunão, o Scorpene BR terá aproximadamente 5 metros a mais de comprimento, deslocando mais 100 toneladas, enquanto uma seção AIP acrescenta 305 toneladas e 8,3m ao submarino. O Comando da Marinha já reportou que o acréscimo de uma seção tem por finalidade aumentar o tempo de permanência no mar, inclusive o período submerso e que a decisão pela não inclusão do AIP tem a ver com três razões: aumento de custo de aquisição, aumentos de tempo e de custo para manutenção e problemas logísticos vislumbrados. Àquela época já era noticiado que uma futura inclusão da seção de AIP seria possível,… Read more »
Augusto, Também acompanhei à época as justificativas da Marinha para não utilizar AIP, assim como as vantagens de modularidade do Scorpene e outras vantagens e desvantagens. Elas estão aqui mesmo em diversas matérias do Poder Naval. O que procurei frisar é que, num submarino cujo comprimento já foi aumentado com uma seção (destinada a aumentar a capacidade interna de combustível e melhorar a habitabilidade, exigências da Marinha, ao invés do AIP), incluir mais uma seção para instalar o módulo de AIP é uma complicação a mais, não tão fácil como seria num submarino que já não tivesse sido aumentado, e… Read more »
Vou dizer o que me parece ser a razão para o almirantado não ter nunca optado pelos AIPs:
Se tivessemos subs convencionais que pudessem ficar semanas adicionais em missão submersa…. como eu justificaria a necessidade de investir bilhões em um subnuc? 🙁
Para mim a opção de não termos AIP é porque seria essa uma opção que tiraria um considerável tanto da justificativa pelo programa do subnuc!
#prontofalei
Bom dia, Augusto. Penso que o Nunão está correto. Me parece fora de questão uma modificação de projeto no nosso Scorpène para incluir o sistema AIP, e isso por muitos motivos técnicos e de arquitetura interna da embarcação, mas não apenas por eles. O AIP exige toda uma infraestrutura em terra firme, de recarregamento dos fluidos necessários ao funcionamento do sistema, que a MB decidiu, nesse momento, não adotar. Será muito mais fácil que isso aconteça no planejamento da série de submarinos convencionais que virá depois da atual classe Riachuelo, por causa das novas e modernas instalações da Base de… Read more »
Nunão e Roberto Lopes,
mas isso é exatamente o que eu disse acima quando falei que a Marinha justificou que o uso do AIP traria problemas logísticos, de aumento de custo e de tempo de manutenção.
Na época foi dito que a Marinha verificou com a DCNS a possibilidade de aumentar o tamanho do submarino visando aumento de tempo de permanência no mar e que, pela versatilidade do AIP projetado para o Scorpene, este sistema futuramente poderia ser cogitado para nossos SSK, houvesse necessidade.
Como a Marinha não encontrou esta necessidade no início do PROSUB, a solução foi outra.