Indústria colombiana muda projeto e aumenta capacidade de seus navios de desembarque
O comando da Marinha colombiana e a direção da Cotecmar (Corporación de Ciencia y Tecnología para el Desarrollo de la Industria Naval Marítima y Fluvial), empresa vinculada à Força Naval que se constitui, hoje, na principal indústria naval da Colômbia, decidiram alterar algumas importantes características do navio de desembarque Golfo de Tribugá (240) – denominado tecnicamente de Buque de Desembarco Anfíbio (BDA) Mk.II –, durante a construção da segunda unidade dessa classe, batizada de Golfo de Urabá (241).
O modelo Mk.II tem 45,8 m de comprimento, 11 m de largura e um deslocamento (carregado) de 626 toneladas. Ele pode transportar dois botes de patrulha fluvial de 13 m de comprimento mais cinco embarcações menores, além de quatro blindados de transporte de pessoal sobre rodas Urutu, ou embarcar 250 combatentes completamente equipados.
O Golfo de Urabá teve sua área de convés ampliada em 10% (em relação à do navio que o precedeu), mediante o reposicionamento do guindaste de oito toneladas fixado no bordo direito da embarcação.
Além disso, os compartimentos armazenadores de água e comida e uma câmara frigorífica foram redesenhados, de forma a ampliar a capacidade do navio de permanecer em operação no mar.
Com essas providências, o barco, que opera com uma tripulação de 15 oficiais e praças, pode agora acomodar 36 passageiros e, eventualmente, ainda atende-los em um ambulatório capaz de receber até quatro pacientes simultaneamente.
O Golfo de Tribugá ficou pronto em abril de 2014 e hoje serve na Força Naval do Pacífico da frota colombiana. O Golfo de Urabá foi incorporado à Flotilla de Superficie del Caribe, controlada pela Força Naval do Caribe.
Os quatro navios tipo Golfo de Tribugá previstos para serem incorporados à frota colombiana até outubro de 2016, vão substituir as sete lanchas de desembarque tipo LCU-1466, de 375 toneladas, que essa Marinha recebeu dos Estados Unidos.
Os Mk.II têm uma velocidade máxima de 12 nós – igual à dos barcos americanos quando novos –, mas seu alcance, de 1.500 milhas náuticas (o equivalente a 2.700 km) é muito maior que o das pequenas LCU-1466, tripuladas por apenas 10 militares.
250 militares ??? Onde ???
Acho que cabem até mais do que 250 militares, desde que seja adotado o padrão de transporte dos refugiados africanos no Mediterrâneo rsrs.
Brincadeiras à parte, acho que eles estão realmente considerando o transporte dos militares no convés.
É isso mesmo Rafa…250 , em viagens curtas, como alternativa se veículos não estiverem sendo transportados !
Foi o que imaginei… entao ele somente serve para o MNT (movimento Navio para terra)… acompanhar a ForTarAnf vazio ??? Ou sera que caberia em um NDD ??? No Mattoso, nao cabe, pela boca… bem, OpAnf nao eh minha praia, mas nao vislumbrei o emprego desse meio…
XO…
a embarcação em questão não caberia nem nos maiores navios de assalto anfíbio da US Navy !
Elas podem passar alguns poucos dias no mar, com aproximadamente 50 pessoas além de veículos e demais equipamentos e transportar um maior número de tropas em viagens curtas e inclusive como o texto menciona podem ser usadas em missões fluviais.
Poderiam receber carga a partir de um navio adequado
e entregar diretamente na praia, mas, não envolvendo grandes distâncias, enfim é ideal para a marinha colombiana.
abraços
Prezado Dalton,
Su análise é perfeita quanto à adequabilidade para os colombianos… mesmo assim, se a AOA (área do objetivo anfíbio) fôr distante, não sei como eles fariam o transporte de pessoal… só fazendo transbordo mesmo, como você sugeriu… talvez o melhor fosse apenas levar material, a depender de avaliação quanto à previsão meteorológica, ameaças esperadas etc…
Agora, se fôr possível o emprego em águas interiores, gostaria de saber mais sobre esse meio…
Abraço e obrigado…
XO…
a Colômbia não tem grandes pretensões nem condições para algo maior em termos de doutrina anfíbia, mas, tais embarcações similares com algumas modificações simples foram utilizadas pelos EUA em rios do Vietnã durante a guerra além de operações litorâneas.
Não à toa, apesar dos EUA já terem iniciado um programa para substituir seus LCACs (hovercrafts) também irão substituir seus atuais e velhos LCUs, menores que os da Colômbia, porém, capazes de operações independentes também e como você bem sabe, poderão ser embarcados nos “anfíbios” da US Navy.
abraços