Corveta ‘Barroso’ substitui fragata ‘União’ em missão de paz no Líbano
Beirute, 14/09/2015 – Com as presenças do comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira,ocorreu, no início da tarde desta segunda-feira (14), a substituição da fragata União pela corveta Barroso na Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil). O almirante Leal Ferreira representou o ministro da Defesa, Jaques Wagner, que não pôde participar do evento, mas encaminhou mensagem lida durante a substituição.
Homenagem à corveta Barroso
A mensagem do ministro da Defesa destaca a homenagem à corveta Barroso. Ele lembrou que a embarcação protagonizou “um notável episódio de ajuda humanitária: quase um mês após ter deixado o Rio de Janeiro para assumir sua missão no Líbano, ela ajudou a resgatar 220 imigrantes que tentavam chegar à Europa”.
“O resgate reforçou, além disso, valores como o da tolerância e o da inclusão, que estão presentes na formação nacional do Brasil e são, portanto, fundamento para o tipo de atuação pelo qual caracterizamos. Cito as palavras da Presidenta da República, Dilma Rousseff, em artigo recentemente publicado no Brasil: “nosso país é a terra do acolhimento, nós nos orgulhamos de ser um povo formado pela diversidade”. Transmito meus cumprimentos pela prontidão e pelo zelo demonstrados pela tripulação da Corveta Barroso e por seu Comandante neste recente e importante episódio”, informou o texto lido.
Na oportunidade, a embarcação foi condecorada com a medalha da Ordem do Mérito da Defesa, honraria concedida pela presidenta Dilma.
Unifil
Jaques Wagner lembrou, na mensagem, que a Unifil foi criada, em 1978, com objetivos de “manter a estabilidade durante a retirada das tropas israelenses do território libanês e de trabalhar na garantia da paz internacional na região”. Ainda de acordo com o texto, a participação do Brasil na força-tarefa da ONU teve início em 2011.
“A cerimônia de hoje, que marca a substituição da fragata União pela corveta Barroso como Navio-Capitânia da Unifil, oferece oportunidade de agradecimentos e de reflexão sobre a participação do Brasil nesta missão”, diz a mensagem.
E continua: “Por meio do comando da Força-Tarefa Marítima da Unifil o Brasil contribui significativamente para a segurança de uma região sensível e estratégica e, além disso, adquire uma visão de mundo distinta, que permite melhor avaliar os riscos do presente e as oportunidades de atuação em futuras missões.”
Segundo o ministro, por causa do ineditismo da força marítima “as lições aprendidas vêm consolidando também um valioso acervo de experiências que poderão ser extremamente úteis para as Nações Unidas no planejamento de futuras missões dessa natureza”.
Wagner registrou também agradecimentos aos integrantes da fragata União que concluiu nesta data a terceira participação na Unifil. Após a passagem de comando ocorreu uma recepção no interior da fragata União, ancorada no porto de Beirute.
FONTE: Ministério da Defesa
Se fosse seguido o cronograma implantado desde 2011 para as 3 fragatas classe Niterói, União, Liberal e Constituição, seria agora a vez da Liberal fazer sua terceira participação na UNIFIL, mas, aparentemente a mesma não estava disponível obrigando a Marinha a incluir um quarto navio a corveta Barroso já que 4 navios são mais adequados para um rodízio ao longo de uma missão que já
dura 4 anos.
Dalton,
A MB abriu licitação na semana passada para contratar empresa especializada para realizar Serviço técnico de engenharia de instalação e manutenção do módulo SCMPA de controle de potência (EPC) das turbinas da Fragata “Constituição” que irá para operação UNIFIL.
Abraços
Sim LM lembro que você já havia escrito algo a respeito
aqui talvez como um “off topic” e deduzi que após a Barroso a Constituição será enviada alterando a sequencia União, Liberal e Constituição, para União, Barroso, Constituição e Liberal , faz sentido ?
abraços
Considerando que a MB ja acumulou uma razoavel experiencia na area da UNIFIL, a substiruiçáo das fragatas por uma corveta Barroso parece que representa uma perda, nada desprezivel na capacidade de controle do espaço aereo. Por outro lado, no controle do trafego irregular maritimo parece até que é uma melhoria, por diminuir a assimetria na abordagem. Essa suposiçäo é razoável? Nāo poderia ser uma solução mais adequada para a missão a ser cumprida?
Rommelqe, nao entendi qual a grande diferenca.
Para controle do espaco aereo, tanto a Barroso quanto as fragatas classe Niteroi tem o mesmo modelo de radar de busca aerea.
A unica perda que vejo e de um radar de direcao de tiro a menos, que pode ser usado eventualmente em conjunto com o de busca para fornecer dados mais precisos de altitude de um contato aereo (embora iluminar alvos com DT possa ser algo nao muito desejaval na regiao, conforme o caso).
Mais importante do que capacidade de defesa antiaérea parece-me a capacidade de operar um helicóptero orgânico que foi marca registrada dos navios que precederam os navios brasileiros que atuaram como navios capitânias da força naval da UNIFIL que também contavam
com boa capacidade de comando e comunicação algo que me parece melhor em combatentes de superfície “escoltas” do que em navios de patrulha oceânicos por exemplo.
Notícia interessante a respeito da Barroso:
https://www.facebook.com/delbrasonu/posts/1625897717663757
Obrigado Nunäo. Pensei q a Barroso não possuia o mesmo radar de busca aerea que as fragatas.
Por outro lado, Daltonl, imaginei que a capacidade de patrulha naval poderia ser pelo menos equivalente; mas, se bem entendi de suas observaçōes, a corveta tem uma capacidade inferior quanto à intercomunicação com os demais meios da Unifile e menores condiçōes para operar um heli organico.
Enfim, para a MB esta missão na Unifil tem sido muito util. Para a Unifil, parece que o Brasil tem correspondido positivamente, certo? abs
rommelqe…
interpretei sua dúvida, talvez erroneamente, como sendo de que um grande navio de patrulha oceânico como o Apa poderia fazer o mesmo ou quase o mesmo com menor custo que uma corveta/fragata leve como a Barroso.
E sim também acredito que a marinha brasileira está
fazendo um ótimo trabalho junto à UNIFIL.
abraços
Nunão,
Mas a capacidade de controle do espaço aéreo é diretamente proporcional à capacidade de intervir nele diretamente. No caso as fragatas têm mísseis com 20 km de alcance enquanto a Barroso só conta com armas de defesa de ponto com 4 km de alcance.
Há uma sensível redução nessa capacidade independente dos dois navios terem o mesmo sistema de radar de busca aérea.
Bosco, aí vamos para o campo das interpretações sobre o que foi perguntado no comentário em questão.
Se a pergunta tivesse sido feita sobre a comparação de capacidades de defesa do espaço aéreo, é óbvio que não teria dado a resposta que dei.
Mas a pergunta foi feita especificamente sobre controle do espaço aéreo (que, embora possa abranger a intervenção direta na defesa numa visão global sobre o tema, não parecia ser o caso da pergunta).
Nunão,
Independente de qualquer coisa é difícil a um navio que não tem um radar 3D efetuar o controle do espaço aéreo já que não seria viável usar os radares DT para aferir a altitude dos contados (múltiplos), mesmo porque ele tem curto alcance e os contatos têm altitude variável no espaço de tempo. Sem falar ser altamente temerário utilizá-lo nesse TO, como você lembrou.
Esse fato deixa claro a falta que o radar 3D faz à nossa marinha.
Infelizmente (mas compreensível por ser um navio de patrulha) nem a novíssima classe Amazonas os utiliza.
Bosco, Não há dúvida que radares 3D fazem falta à MB, pensando nas suas operações de hoje e do futuro, por isso mesmo se espera que as próximas classes de escolta (corvetas e fragatas) sejam equipadas com eles – se elas vingarem, é claro. É o caso de radar de busca 3D BAE/Bradar desejado para a classe Tamandaré. Ainda assim, para o que se espera da Força Tarefa Marítima a serviço da Unifil, o radar 2D e outras características das fragatas brasileiras (e, provavelmente, também da Barroso a partir de agora) tem se mostrado suficientes para a missão. Alguns links… Read more »
Nunão,
Você sabe se o radar 2D das fragatas operam também como um “radar secundário” da aviação civil, interagindo com o transponder?
Se sim, só os contatos não cooperativos e potencialmente hostis é que seriam objeto do radar DT, claro, quando entrassem no alcance.
Não sei.
Mas será que os 300 e tantos contatos de aeronaves israelenses, mencionados no link que coloquei, fariam missão de reconhecimento com transponder ligado?
Não sei a relação direta do seu comentário com o que eu disse rsrsrsrs mas se imaginarmos que o tráfego aéreo na região é um dos mais densos do mundo vale a pena ter que lidar “só” com 300 contatos suspeitos em 6 meses, que dá uma média de menos de 2 contatos não cooperativos por dia.
Bosco, só comentei que acharia estranho missões de reconhecimento em que o contato seja cooperativo (ou seja, transponder ligado). Mas não conheço os detalhes. Se no meio desse tráfego todo foram detectados alvos que puderam ser identificados claramente entre todos como aeronaves israelenses em missão de reconhecimento, eu acho que é um bom desempenho, mesmo sendo 2 por dia (quantidade que faz sentido em missões de reconhecimento diárias) Aproveitando, até procurei por aí alguma brochura antiga com especificações sobre o Alenia RAN-20S que equipa a Barroso e as fragatas classe Niterói. Mas não tive sucesso. Provavelmente só deve haver brochuras… Read more »
Eu tenho aqui encaixotada uma velha revista Segurança e Defesa com matéria sobre o modfrag, que traz algumas informações sobre o radar RAN-20S. O problema é que não estou com tempo ou saco de me aventurar nas caixas empoeiradas hoje… Mas, para ajudar em alguma coisa (ainda que não seja para a questão específica que você levantou), achei na internet uma tradução para o espanhol da matéria da velha revista: “Radares Si en el sector de armamentos mucha cosa fue mantenida, en términos de radares el cambio fue total. El radar de búsqueda combinada Plessey AWS-2 fue sustituido por el… Read more »
Beleza Nunão.
Com certeza há como o navio fazer identificação amigo/inimigo de forma cooperativa já que isso é básico.
Imagino que seja através do radar principal, de busca combinada, embora isso não tenha ficado claro nas especificações que você postou.
Um abraço.
Prezados,
O RAN-20 tem IFF associado… pode ser feita a interrogação em diferentes modos, obtendo-se informações sobre contato, inclusive altitude… agora, se o cidadão estiver “piando”, claro… como aquela área é turbulenta, acredito que a maioria das ANV tenha o seu equipamento acionado, mas isso somente que foi ou está lá pode confirmar ou não… abraços…
rsss imagino o alerta aereo por ali, pior o aerta de aproximação de embarcações, ali desve ser punk
Em tempo =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2015/09/mv-msc-alabama-3edk7-imagens.html
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Em tempo = novo novissiomo e grande para carai, saiu com 14,00 m de calado, olha ae Oganza
MSC Meline – 2nd call Santos (Maiden Voyage)
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2015/09/mv-msc-meline-3flw2-completando-sa.html
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Beleza MO!
Um abraço.
Dada as incertezas projetadas pelo ajuste fiscal nos possíveis planos de reaparelhamento da MB, incluído ai a obtenção de meios por oportunidade e/ou a obtenção das “Tamanduás”, qual opção abaixo seria factível p/ se manterem minímas capacidades operativas: a) a replicação de mais cascos da CCB (V-34) em sua configuração atual? b) a construção de mais OPV classe “Amazonas”, no Brasil? c) o SLEP de alguns dos cascos em melhores condições de conservação das FCN e CCI? d) a aquisição de meios por oportunidade e um SLEP que lhes permita a operação até a implementação dos planos existentes de reaparelhamento?… Read more »
Acho que uma Fragata seria mais interessante que o navio Siroco que dizem estar vendido a marinha do Brasil.
A construção de mais OPV classe Amazonas.