Porpoise class submarine
Classe Porpoise

Os britânicos continuaram construindo submarinos convencionais durante a maior parte da Guerra Fria, alguns deles figurando entre os melhores do mundo em termos de discrição acústica, como os classe Porpoise e Oberon, este último exportado para diversas Marinhas, inclusive a do Brasil.

HMS_Otus_1
Submarino da classe Oberon

Mas após a introdução do submarino com propulsão nuclear USS Nautilus em 1954, o Reino Unido buscou também a evolução e fechou em 1958 um Acordo de Defesa Mútua com os Estados Unidos para obter um reator nuclear naval S5W americano destinado ao seu primeiro submarino deste tipo.

O HMS Dreadnought lançado ao mar em 1960 com reator americano permitiu a entrada do Reino Unido ao clube submarino com propulsão nuclear, juntamente com EUA e URSS.

Os submarinos das classes seguintes receberiam os reatores produzidos no Reino Unido, com transferência de tecnologia americana.

O HMS Conqueror da classe “Churchill” foi o primeiro com propulsão nuclear a ter batismo de fogo. O submarino britânico perseguiu e afundou o cruzador argentino ARA General Belgrano na Guerra das Malvinas em 1982. Depois deste afundamento, a Marinha Argentina se recolheu aos portos até o final do conflito.

No inícios dos anos 1990, a Marinha Real Britânica incorporou sua última classe de submarinos convencionais, conhecida como Type 2400 ou classe “Upholder”. Projetada para complementar os submarinos nucleares britânicos, a classe Type 2400 mostrou-se problemática e cara. Seus quatro submarinos acabaram sendo desativados prematuramente e depois vendidos para a Marinha Canadense.

Submarino Type 2400 HMCS Windsor da Marinha Canadense
Submarino Type 2400 HMCS Windsor da Marinha Canadense

 

As gerações de submarinos nucleares do Reino Unido

I GERAÇÃO

Classe Dreadnought (1960)

HMS Dreadnought 2

Classe Valiant (1966)

Valiant class

Classe Resolution – Nuclear-powered ballistic missile (1966)

Resolution class

II GERAÇÃO

Classe Churchill – (1970)

Churchill class

Classe Swiftsure – (1973)

Swiftsure class 2

III GERAÇÃO

Classe Trafalgar – (1983)

IV GERAÇÃO

Classe Vanguard – Nuclear-powered ballistic missile (1993)

vanguard-03

Classe Astute (2010)

Submarino nuclear classe Astute

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Carlos Crispim

Os ingleses ( e russos) sempre projetaram o timão horizontal na parte da frente do casco do sub, já os americanos ( e franceses) sempre preferiram tê-los na vela, quais as vantagens e desvantagens?

Jose Souza

a classe Astute ficou famosa pela magnitude de problemas…

john Paul jones

Não é verdade José, o Astute por ser o primeiro da Classe teve alguns problemas corrigidos ao longo do seus testes e o Reino Unido tem uma transparencia com o dinheiro publico muito maior que a França e os USA, no ano passado tivemos a visita de 03 SSN no Brasil em Mocanguê e tive a oportunidade de conhecer o Ambush, o segundo da classe, meu amigo esse navio é uma maquina de guerra ….. O Classe Astute inicialmente seria chamado de Trafalgar Batch, 03 mas como incorporou uma série de novidades na propulsão ganhou o status de classe nova.… Read more »

john Paul jones

Carlos, posicionamento dos transdutores do sonar …. Os americanos e franceses colocam os lemes na vela para diminuir o ruido de fluxo próximo ao domo sonar na proa, no entanto os lemes tem uma atuação hidrodinamica muito mais forte e efetiva na proa (momento). Os ingleses mantiveram os lemes na proa e posicionaram os seus domos mais distantes (no convés – Oberon) ou perto da quilha (astute) para reduzir este problema, no entanto os ingleses continuam com um procedimento operativo para patrulha ultra silenciosa que é de “pinar” internamente os lemes, travando-os no mecanismo de acionamento hidraulico, assim eles não… Read more »

Carlos Crispim

john Paul jones , Valeu, obrigado!

Dalton

Carlos… a palavra “sempre” não está correta…veja que dos 53 SSNs da US Navy apenas 8 possuem os lemes na vela ! Os futuros SSNs da França hora em construção não terão os lemes na vela e ainda estão comissionados na marinha russa 9 “Deltas” que também possuem lemes na vela. Os britânicos, estes sim nunca adotaram o leme na vela. x Ambas as formas costumavam ter vantagens e desvantagens, note que os primeiros SSNs da US Navy não tinham os lemes na vela, mas, na época, o fato dos lemes ficarem na parte dianteira do casco causavam mais barulho… Read more »

Dalton

JPJ…

o “Astute” não apenas ganhou “novidades na propulsão” , mas, é um submarino muito maior que o “Trafalgar” , evidentemente que vc sabe isso
apenas clarificando para os leitores.

abs

paulo sergio mendes thimoteo

Boa tarde a todos.Para os MOs os Oberons eram horriveis ,praça de maquinas apertada, muito quente,a descarga interna que era operada pneumaticamente emperrava durante o snorquel(principalmente durante a volta ,que e a situaçao mais critica).Entre outras.Servi no riachuelo em 1993.feliz 2016

Marcelo

Passaram a bomba para o Canadá. Cheios de defeito até hoje….

Jose Souza

John Paul jones …
Em 2012 o The Guardian fez uma matéria sobre a Classe Astute o chamando de “Lento, Gotejante, Enferrujado”. Nesse mesmo artigo o jornal constatou que essa classe não tinha como manter velocidade para escoltar os novos Porta Aviões… bem como muitos outros problemas… http://goo.gl/sxYOwM … nesse outro link … http://goo.gl/TorUs4

Outro periódico inglês .. o Telegraph… também com matéria sobre os problemas da Classe Astute…

Não estou afirmando que o submarino não teve seus problemas sanados… só levantei o fato que em 2012 foram relatados muitos problemas…alguns são erros crasso de planejamento.

Jose Souza

John Paul jones…

Se tiver interesse vá no goolge e digite… uk submarine astute problems

Leia as materias de 2012 no The Guardian e Telegraph … sobre os inúmeros problemas apontados… alguns são erros crasso de projeto…

só para constar.. o The Guardian.. o chama de “Slow, leaky, rusty” …em tradução livre… Lento, Gotejante, Enferrujado.

ps. não posto os links visto que o portal não aceita…

Dalton

Jose… acredito que o JPJ também tenha lido sobre isso, mas, foi em 2012 ! O que foi publicado a partir daí é que estava se aprendendo com os erros e foram feitos progressos desde então. . Claro que dos 3 SSNs que visitaram o Brasil em 2014, mencionado pelo JPJ, o classe “Astute” destacou-se, sendo o maior e mais moderno já que os outros 2, o USS Dallas é bastante antigo e o FS Amethyste francês é bem menor. . Problemas com o navio/submarino líder de uma classe, ainda mais quando se trata de uma plataforma muito sofisticada, são… Read more »

Jose Souza

Dalton…

Concordo que provavelmente os problemas foram sanados…. e deve possuir tecnologia estado da arte… mais fica o fato… nasceu “torto”.

e fica difícil de entender como um projeto orçado em mais de £10bi … com o histórico inglês de construção naval…ter tido tantos percalços.

Bosco

Se formos levar em conta o que a mídia ocidental critica o próprio Ocidente, em especial os caríssimos e complexos sistemas de armas, como se culpando por investir em armas em vez de usar os recursos para causas mais nobres, chegaríamos à conclusão que um monte de armas de sucesso hoje em dia não teria passado do protótipo.
Há vários exemplos mas um em especial foi o LPD-17 que a mídia simplesmente dizia que nada prestava e dava a entender que estava irremediavelmente perdida. Hoje a classe San Antonio é um sucesso.

Bosco

No Ocidente ocorre literalmente o contrário do que ocorre na Rússia ou na China. Lá cada sistema é saudado com adjetivos como “o mais moderno no mundo” ou “sem igual no mundo” ou “sem defesa”, etc.

Dalton

José… complementando o que o Bosco escreveu acima é importante frisar que “tradição” não significa capacidade de construir muito e bem…os britânicos constroem muito pouco hoje em dia e assim fica difícil manter a “expertise” tanto que o “Astute” teve alguma ajuda dos EUA para retificar alguns problemas enquanto outros problemas foram constatados como simples falta de controle de qualidade, coisa que aliás também afetou alguns submarinos classe “Virgínia” , os 3 últimos apresentaram problemas de “soldagem” e estão sendo inspecionados por exemplo. . Recentemente foi noticiado, novamente pois não é coisa nova, que pessoal da guarda costeira dos EUA… Read more »

Iväny Junior

O Oberon foi a belonave que deu ingresso para MB entrar em uma escola de submarinos de verdade, treinando a tripulação diretamente na Royal Navy, bem como, em um pequeno espaço de tempo se usou o vetor aqui e lá ao mesmo tempo. Tal doutrina foi aperfeiçoada com o Type 209 e agora está seriamente ameaçada pelo “insubmersível” que não pode guerrear, o qual não se pode dizer o nome.

Saudações a todos.

john Paul jones

O Astute era não só o primeiro da classe como também o primeiro SSN com todo o projeto da propulsão feito pela RR Inglesa e sem apoio dos EUA, a informação que tenho de amigos daquela marinha é que o navio vem paulatinamente crescendo operativamente estão muito satisfeitos …. Eu desconfio um pouco do que a midia escreve, muitas vezes são a partir de informações de concorrentes e cito como exemplo o primeiro 214, o Papanicolous da Marinha da Grécia, a midia publicou na época que os gregos tinham se recusado a receber o submarino por problemas de projeto, noticia… Read more »

Carlos Crispim

Bosco, esses adjetivos muito utilizados pelos países comunistas como “o mais moderno no mundo” ou “sem igual no mundo” ou “sem defesa”, etc, são também usados aqui no Brasil, vira e mexe tudo que sai da boca de militares brasileiros, e, consequentemente, da imprensa e mídia ignorante em geral, é que tudo que fazemos é “o mais moderno do mundo”, é incrível como temos o mesmo cacoete dos países comunas. Fora isso, outra característica bem brasileira, e percebemso isso aqui no fórum, é sempre culpar os outros pelo nosso fracasso, a culpa é sempre duzamericanusmalvadus, tem sempre uma teoria da… Read more »