Batalha do orçamento da Marinha dos EUA coloca navios contra caças
Uma diretiva recente dada pelo secretário de Defesa dos EUA que coloca caças contra navios no próximo plano de gastos de cinco anos da Marinha será um confronto para se acompanhar em 2016, com o aumento de gastos em jatos F-35C e F/A-18 às expensas dos Littoral Combat Ship.
O memorando de 14 de dezembro do secretário Ashton Carter sugere uma mudança orçamentária para ser feita ao longo do plano de gastos de 2017-2021, com menor prioridade no número de navios e mais investimento em aviões de combate, armamento e as capacidades de guerra eletrônica.
O memorando direciona o secretário da Marinha a adicionar fundos para mais 31 caças F-35C do que o número proposto e a continuar a compra de caças F/A-18E/F Super Hornet no ano fiscal de 2018.
Estas medidas seriam parcialmente compensadas pela redução nos contratos do Littoral Combate Ship (LCS) para 40 navios em vez de 52 e a seleção de apenas um fornecedor: Lockheed Martin ou a General Dynamics.
A diretiva aparentemente contraria outras propostas controversas, como o corte de três aviões Northrop Grumman E-2D, 420 mísseis Raytheon AIM-120D e um drone MQ-4C Triton.
Outras medidas orçamentárias poderiam “interromper” o desenvolvimento e implementação de novos sensores infravermelhos de rastreamento, jammers e upgrades de radar para jatos de combate da Marinha.
Enquanto essa inversão é uma boa notícia para o setor aeroespacial, o setor de construção naval e defensores dos LCS não vão afundar silenciosamente. Como observa um comentarista, a objeção declarada de Carter para a construção de 308 navios da Marinha descarta uma recomendação do painel de defesa nacional de 2014 para a construção entre “323 e 346 navios”, e negligencia a natureza de longo prazo de financiamento e construção de navios em comparação com os caças.
“Essa história ainda não acabou”, adverte o analista aeroespacial e de defesa Tom Captain da Deloitte. “O processo político está agora tomando o controle, e pode haver pessoas fazendo lobby para fazer algo diferente. Eu não acho que já acabou.”
Como exatamente esta saga orçamental vai moldar-se depende dos detalhes finais da proposta de gastos da Marinha – que deve sair no final de janeiro ou fevereiro – e a reação dos defensores do LCS no Congresso.
Legisladores dos EUA enviaram um sinal encorajador em novembro pela adição de fundos no ano fiscal de 2016 para 11 caças F-35 extras, sete EA-18G Growlers e cinco F/A-18E/F Super Hornet.
O caloroso abraço vem em um momento fortuito para o programa F-35, que garantiu um contrato de US$ 1,2 bilhão no final de dezembro para financiar partes para 94 aeronaves “Lote 11”.
Com a diretiva de Carter para comprar mais caças Super Hornet em 2018 e o dinheiro extra do Congresso para 2016 firma-se a linha de produção da Boeing em St Louis, Missouri, que poderia ser encerrada, sem mais encomendas.
FONTE: flightglobal.com
Um respiro de vida para a linha de produção do Super Hornet!
Com certeza é briga de gente grande.
Os EUA tem um industria enorme com vários fornecedores nessa cadeia de produção de equipamentos militares, e todos eles querem e com toda razão uma fatia dessa grana, e a conta é simples, se comprar mais míssil, não compra avião radar, se compra navio, não compra avião de caça, só para dar exemplo.
É mais pura essência do capitalismo, todo mundo disputando uma fatia do mercado, e que inveja boa eu tenho deles nessa parte, parabéns por terem conseguido desenvolver uma industria militar nesse porte.
Sim, a linha do SH ganhou um respiro, agora imagina o lobby que rolou no congresso americano, como disse é o mundo dos negócios.
Ainda sonho com o SH por aqui…
E imagina a grana que rolou por fora para cooptar os congressistas. Ah! Desculpa! Corrupção é só aqui no Brasil.
Já eu, ainda sonho com o Gripen em céus Tupinikins… Deixando o tecnicismo de lado, o FX-2 ainda pode melar.
–
Grande Abraço.
Eu tb queria o SH, fazendo hi-low com o Gripen.
Off Topic: A netflix incluiu no seu acervo a serie Inventos de Guerra sobre as forças colombianas e as tecnologias desenvolvidas pelas mesmas, são três episódios: O primeiro é sobre a marinha e seus navios patrulhas fluviais porta helicópteros blindados PAF e as lanchas rápidas blindadas, fala inclusive sobre a construção do modelo encomendado pelo Brasil. O segundo é sobre o exercito e seu fuzil adaptado Galil Ace, inclusive sua fabricação e munição, robô anti-minas, alimentação em combate, rádios de comunicação, francos atiradores, pistola cordova, coletes a prova de balas e os comandos do exercito. O terceiro é sobre a… Read more »
Oganza 8 de janeiro de 2016 at 20:46
Concordo e acrescento:
Pode melar sim, o JM tem mais dados.
cerberos 8 de janeiro de 2016 at 23:54
Valeu.
Jucá Freire 8 de janeiro de 2016 at 19:00
Sempre fui e sou SH.
Mas creio que hoje estaria na “chon”.
Voltando, as diretrizes vão pro papel ?
Caso a economia americana continue a crescer, sai para “esse curto prazo” o que está posto e em seguida os meios navais. Será ? Ó dúvida cruel, esses Âmis ! Gostaria de ter um problema desses (rs).
E o F-35 continua fazendo os seus estragos…os azarados da vez foram os LCS.
Consulta aos universitários. A redução de 52 para 40 é significativa na prática?
Qual dos dois PCS vcs escolheria?
Faz sentido optar por apenas um tipo?
* LCS?
Nonato… a US Navy tem como meta ter um total de cerca de 308 navios dentro de cerca de 5 anos na sua chamada “Battle Fleet” e isso é considerado o mínimo do mínimo, portanto, cortar 10 cascos, ainda mais 10 cascos do que será um LCS melhorado com direito a ser reclassificado como uma fragata é um golpe duro, pois significará menor “presença” em áreas críticas, mas, não se pode ter tudo, nem a US Navy pode. . Hoje a “Battle Fleet” compreende 271 unidades portanto os 32 LCSs incluindo possivelmente melhorias nos 8 últimos e as fragatas derivadas… Read more »
Dalton 9 de janeiro de 2016 at 11:56
Afirme direto:
Estamos ou não buscando algo de oportunidade lá fora ?
Sim ou Não ?
Em caso afirmativo o quê ? A madame vai liberar a grana ?
A quanto anda a modernização dos A 4 ?
As células recebidas já estão configuras em armamentos ?
Ou pelo menos no “desenho” ?
No aguardo Colega, Sds
F35 de novo criando estragos, primeiro foi o veículo de desembarque dos Marines agora os navios da USNavy. Vejo USNavy pensar na forma mais pragmática possível os cenários de combate do futuro, o F18G até hj pelo menos em treinamento que eu saiba foi o único que derrubou um F22, acho que tem que ser assim mesmo, o F18G cega o que pode ver o F35 e o F35 destroi e derruba o que caça ele.
Boa Tarde
E só cancelar a classe Zumwalt e já se terá uma economia de US$ 12 bilhões.
Carlos Campos, – O F-22 não é imbatível e em treinamentos e Red Flags da vida já foi “abatido” por EF2000, Rafales e a rumores que até de que por um Mirage 2000, e isso sem levar em conta os treinamentos internos da USAF onde ele já deve ter sido alvo de muito F-15 e F-16 e até por T-38 em Dogfight! Mesmo assim, é o maior desafio a ser batido na caça. – Eurofighters: http://theaviationist.com/2012/07/23/f-22-raptor-kill-markings/ – Um vídeo bem interessante que mostra um Dogfight entre Rafale e F-22, onde o F-22 é abatido: https://www.youtube.com/watch?time_continue=330&v=oGuWadoTgkE – Ps.: Em treinamentos, se… Read more »
Bardini sobre o Rafale achava que era invenção dos franceses, quando li a notícia vi ela como “supostamente”. Sobre . EF2000 vs F22 não sabia disso. Sobre o Gripen vs F22 nunca ouvi falar, vou atrás. Muito obrigado por todos os links
Jackson… é impossível cancelar a classe Zumwalt…o primeiro será comissionado dentro de alguns meses e o segundo já está uns 80% completo e deverá ser entregue ano que vem. . Quanto ao terceiro cogitou-se o cancelamento, mas, recentemente foi publicado que ele será terminado até porque as multas impostas pelo cancelamento seriam altas então no fim das contas pouco seria poupado. . E justamente por ele estar ainda no início da construção existe uma possibilidade ainda que remota que um dos 2 canhões de 155 mm seja substituído por um “rail gun” cuja tecnologia estará mais madura dentro de 3… Read more »
Todo caça que “derrubou” um F-22 tem a foto dele travado no HUD pra provar. Ou seja, o combate foi visual. No combate visual o F-22 é somente “aceitável”. Sua tecnologia o deixa superior no combate fora do alcance visual, onde os caças são adquiridos por sensores que não o olho humano.
Após anos dessa discussão, pelo menos na Trilogia isso já parecia estar entendido.
Aliás, o F-22 é pior que muitos caças no combate visual tendo em vista que ele ainda não integrou mísseis de 5ªG e nem um capacete HMD/S.
Cerberos excelente off topic o seu, sobre o documentário seriado que esta disponível no Netflix – Inventos de Guerra – retrata os avanços militares da Colômbia. Eu vi os 2 primeiros episódios da serie e achei bem interessante, e acabou gerando algumas duvidas, acho bem pertinente para aqueles aqui da trilogia que puderem ver para discutirmos. Fatos que me chamaram a atenção: 1- numero de rações de combate utilizada mês pelo exercito da Colômbia 2- numero de baterias para comunicadores utilizadas em um ano 3 – numero de projetil calibre 5.56 utilizado por mês Eu não tenho a menor ideia… Read more »
mestre Bosco, sim sei que no BVR o F22 é o cara! mas li no PA que o F18 derrubou um F22 no BVR, isso foi a um certo tempo então por isso citei o caso.
Carlos, Realmente teve esse caso. Não ficou claro como ocorreu esse “abate”. Se foi no BVR ou no WVR. Apesar do EA-18 só ter o Amraam ele pode operar no visual no modo LOBL. Eu duvido muito que tenha sido no BVR. Mesmo o EA-18 tendo vasto recursos de ECM ainda assim isso teria maior relevância em não ser atingido e não necessariamente em detectar ou atingir o F-22. Em relação ao combate visual a superioridade do F-22 sobre o EA-18 é maior tendo em vista que o primeiro é mais manobrável, tem mísseis WVR e canhão. Mas claro, tudo… Read more »
Provavelmente usou os pods de ECM para cegar o radar do f-22 para dar tempo de chegar até o combate visual possibilitando dispara conta o raptor
Pois é Rafa, mas eu acho que foi só um treino de combate aproximado. Duvido muito que tenham simulado os parâmetros referentes ao que seria possível de acontecer num combate real.
Um dado interessante que devia ser divulgado é quantos combates houve e quantas vezes o EA-18 perdeu.
Do jeito que a mídia divulga fica parecendo que esses caças que “abateram” o F-22 fizeram isso em 100% das vezes.
Um abraço.
Não sei os amigos, mas todas as vezes em que vejo essas classes de LCS americanas, eu visualizo o futuro… Pra mim, esse deveria ser o caminho para as unidades menores da MB, entre 2000 e 3000 toneladas… Enfim, assinatura eletrônica reduzida, waterjets ligados a turbinas a gás, sensores bons o bastante e capacidade de operar com dois helicópteros do porte do SeaHawk… A classe Freedom em particular, se fosse dotada de capacidade anti submarino, seria o melhor dos mundos, nessa categoria, para o País.
Deveriam prestar e tratar mais atenção os prazos de construção, incorporação e comissionamento dos meios ora em construção, independente se CVN, DDG, LCS, o que for. Tem um banner circulando pela internet, referente a classe “Ford”, o sobrepreço do 1º da classe, mais o sobrepreço do 2º, quase que financiariam mais um casco, exceto pela ala aérea. E tem mto teste, teste, teste e mais testes e testa de novo e novamente e pq o Congresso mandou testar mais uma vez e por aí vai. Mas aí devido ao “requirements creep”, que assolam ambos os designs de LCS e o… Read more »
em tempo: 124.500 t. e 10.950 teus (containers) de capacidadr
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2016/01/mv-cap-san-artemissio-9v2238-29122015.html?m=1
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