Fotos: a Esquadra da MB neste início de 2016, na Base e no Arsenal
No segundo final de semana de janeiro de 2016, ao final de um voo São Paulo – Rio com pouso no aeroporto Santos-Dumont, foi possível fotografar alguns ângulos da Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ, na Ilha de Mocanguê, do lado de Niterói da Baía de Guanabara) e do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ, na Ilha das Cobras, no lado do Rio de Janeiro da mesma baía).
Compartilho com os leitores essas imagens que mostram praticamente a totalidade da Esquadra da Marinha do Brasil (MB), com seus navios atracados aos cais das duas organizações. Oportunidade para que os leitores, nem todos familiarizados com os navios e organizações da MB, tenham uma visão geral sobre os meios da Esquadra, onde se encontram e porquê, e sobre essas duas importantes organizações de apoio (AMRJ e BNRJ).
A foto de abertura desta matéria mostra o AMRJ a partir de seu Cais Leste, junto à Ilha Fiscal, mas voltaremos a essa imagem mais à frente. Nosso passeio pelas fotos vai começar pela BNRJ, onde em geral ficam atracados os navios que se encontram prontificados para operações – embora haja exceções, como veremos – ou realizando reparos de menor complexidade que os realizados no Arsenal, entre uma comissão e outra.
Na imagem abaixo, tomada de uma distância ainda considerável para se ver mais detalhes (ainda assim, vale a pena clicar para ampliar), podemos ver o pier da base, em formato de “F”. Naquela manhã de 9 de janeiro, estavam atracados na “perna” mais externa desse “F” oito navios da Esquadra: cinco fragatas classe “Niterói” (uma delas com a proa voltada para a baía), uma fragata classe “Greenhalgh”, o navio-tanque Marajó (G27) e um navio de desembarque de carros de combate (NDCC), aparentemente o Garcia d’Avila (G29).
Ainda na imagem acima, podemos ver que na outra “perna” estavam quatro navios, uma fragata classe “Greenhalgh”, um navio-patrulha oceânico classe “Amazonas” (este afeito ao 1º Distrito Naval – 1ºDN – e não à Esquadra), um NDCC, aparentemente o Almirante Saboia (G25) e o navio de desembarque-doca (NDD) Ceará (G30). Entre as duas “pernas” do “F”, estava atracado o navio veleiro Cisne Branco (U20). Percebe-se a ausência da corveta Barroso (V34), atualmente em comissão no Mediterrâneo (UNIFIL), assim como do navio-escola Brasil (U27).
Seguindo pelo pier onde estava o navio veleiro, pouco além do ponto em que este se conecta ao cais da Ilha de Mocanguê, pode-se ver semi-encobertos pelas árvores parte da superestrutura e dos mastros de uma corveta classe “Inhaúma”. No caso, a conclusão provável é que se trata da Frontin, desincorporada recentemente (nota: após a publicação desta matéria, um de nossos leitores informou tratar-se da Inhaúma – voltaremos a esse assunto).
É comum que navios recém-desincorporados sejam ainda vistos na BNRJ, e parece ser também o caso de uma das fragatas classe “Greenhalgh” vistas na imagem. Isso porque a Bosísio foi desincorporada há pouco tempo e, como veremos, das duas que restam comissionadas, uma estava atracada ao cais do AMRJ (a Rademaker) naquele dia, restando assim (por exclusão) na BNRJ a Grenhalgh, ainda na ativa, e a desativada Bosísio.
Na imagem acima, outro ângulo que destaca os navios atracados ao pier externo da BNRJ, embora a distância (e o fato de ser uma foto tirada de celular, com zoom) não permita ver detalhes das embarcações. É possível notar também uma barcaça a contrabordo de uma das fragatas classe “Niterói”.
Continuando a nossa aproximação para pouso no Santos-Dumont e deixando a BNRJ, a foto abaixo mostra o Cais Norte do AMRJ, onde tradicionalmente é atracado o navio-aeródromo da Esquadra – no passado, o NAeL Minas Gerais (A11) e atualmente o NAe São Paulo (A12). Independentemente dos porta-aviões estarem em reparos ou não, o Cais Norte do AMRJ sempre serviu como sua base ao longo das décadas, mesmo após a inauguração da BNRJ em 1977 (ainda como Estação Naval, renomeada Base Naval em 1986). Aliás, mesmo antes de navios-aeródromos fazerem parte da MB, e antes da implantação da BNRJ, quando o AMRJ fazia as vezes tanto de Arsenal como de Base, os grandes navios da esquadra como os encouraçados São Paulo e Minas Gerais atracavam no Cais Norte, que é o mais extenso do Arsenal.
Podemos ver nas imagens acima e abaixo que o São Paulo tem a companhia próxima, no Cais Norte, de uma fragata classe “Greenhalgh”. Clicando na foto abaixo para ampliar, percebemos ser a Rademaker (F49). Um pouco além, está uma fragata classe “Niterói”, a Defensora (F41). Esta última se encontra há vários anos realizando PMG (Período de Manutenção Geral) no Arsenal.
Junto à proa do São Paulo, pode-se ver parte da porta (pintada de preto) do dique Almirante Régis, o maior do AMRJ, capaz de docar o navio-aeródromo de 265 metros de comprimento, 51m de boca e cujo deslocamento totalmente carregado ultrapassa 32.000 toneladas. Na foto acima, percebe-se ao fundo o recém-inaugurado Museu do Amanhã com sua arquitetura surpreendente, construído sobre o antigo Pier Mauá. Falaremos dele mais tarde. Mais além, dois navios de cruzeiro.
A imagem acima mostra, também junto à entrada do dique, o navio-tanque Almirante Gastão Motta (G23). Percebe-se que estão sendo feitos trabalhos de manutenção no convés de sua superestrutura, à ré da chaminé, o que é denunciado pela pintura vermelha anticorrosão exposta.
Nas três fotos abaixo, além do Gastão Motta atracado ao Cais Norte já podemos ver o NDCC Mattoso Maia (G28) atracado ao Cais Leste. O navio é mais uma unidade da Esquadra que passa por um longo PMG.
Já próximos de tocar a pista do Santos-Dumont, surge em destaque junto ao Mattoso Maia a Ilha Fiscal, que é ligada à Ilha das Cobras por um molhe (atracável) formando uma grande doca abrigada (não confundir com dique). Esta doca abriga tanto parte do Cais Leste quanto o Cais Sul Interno.
Nesse trecho abrigado do Cais Leste podemos ver na foto abaixo (a mesma da abertura desta matéria) uma corveta classe “Inhaúma”. Provavelmente é a própria líder da classe (V30), embora o indicativo visual esteja coberto por pintura cinza, pois há alguns anos o navio ocupa essa posição, passando por longos reparos. (Nota: após a publicação desta reportagem, um de nossos leitores comentou que o navio seria, na verdade, a desativada Frontin, o que faria sentido por já se ver diversos sensores e armas retirados, além de pintura cinza cobrindo o antigo indicativo no casco, contrastando com a visão dos sensores instalados na corveta parcialmente visível na BNRJ, mencionada mais acima.)
Já na parte interna do Cais Sul, estão atracadas há alguns anos outras duas corvetas da classe, a Júlio de Noronha (V32) junto ao cais, com a Jaceguai (V31) a contrabordo. A Júlio de Noronha está mais próxima de terminar seu período de manutenção, após sofrer reparos extensos, em especial no sistema de propulsão.
Continuando na foto acima, vale acrescentar que, atrás das duas corvetas atracadas ao Cais Sul, está o navio-patrulha oceânico Warao (PC 22) da Venezuela, que passa por reparos no AMRJ após ter se acidentado no litoral brasileiro. Também a título de curiosidade, já que não fazem parte da Esquadra (objeto desta matéria), podemos ver quatro navios-patrulha do 1º Distrito Naval no Molhe Sul, que se inicia junto às carreiras de construção e conecta-se ao Molhe Leste (o qual está conectado à Ilha Fiscal). Três deles, mais à esquerda na imagem, são da classe “Grajaú”, seguidos por um exemplar da classe “Macaé”.
Mais atrás, perto das carreiras, estão outras embarcações de pequeno porte. Os navios-patrulha do 1º DN utilizam esse molhe como base. Bem ao fundo da parte esquerda da foto, e já no cais do continente, está atracado o navio-museu Bauru do Espaço Cultural da Marinha (atualmente fechado devido às obras viárias que se seguiram à derrubada da Perimetral).
Ainda sobre as corvetas, no dia 11 de janeiro, durante o taxiamento no Santos-Dumont para o voo de volta a São Paulo, foi possível fotografá-las em outro ângulo a partir da janela da aeronave. São as duas imagens abaixo. Na primeira vê-se também a proa do Mattoso Maia, enquanto na segunda, olhando mais à esquerda, destacam-se o galpão da Oficina de Submarinos (com a sigla AMRJ sobre sua grande para entrada e saída dos submarinos), estando atracado no cais contíguo o dique flutuante Almirante Schieck. Pelo ângulo raso das imagens, não foi possível conferir se algum submarino estava naquele dique, o que era uma visão bastante comum nos últimos anos para qualquer um que frequentasse a região do AMRJ, seja naquele cais ou no Cais Oeste.
Falando em submarinos, do dia 10 de janeiro uma visita à área externa do recém-inaugurado Museu do Amanhã (já mencionado mais acima) permitiu tirar fotos de vários detalhes do Cais Oeste do AMRJ, onde normalmente se concentram esses meios quando em manutenção. Os mais atentos perceberão claramente o perfil de um submarino classe “Tupi” perto do centro da imagem abaixo, que mostra todo esse lado do Arsenal.
A imagem seguinte, bem mais aproximada, permite ver com clareza o perfil do submarino e identificá-lo como o líder da classe, o Tupi (S 30), que há pouco tempo havia chegado às etapas finais de seu segundo PMG. Outros detalhes estão mais “escondidos” na imagem completa acima, e vale a pena checar outras fotos para percebê-los.
Na imagem abaixo, na direção da proa do Tupi, estão as portas dos outros dois diques do AMRJ, o Almirante Jardim, mais próximo à proa do submarino e cuja porta está pintada de preto, e o menor deles, o dique Santa Cruz, mais distante e com porta na cor cinza. Este último recebeu uma cobertura há alguns anos e passou a ser empregado prioritariamente na docagem de submarinos da Marinha. Aliás, clicando na imagem e olhando com atenção, por entre os pilares da cobertura, uma pequena silhueta escura denuncia a existência de uma vela de submarino em seu interior.
Para não haver dúvidas, a imagem abaixo, com a câmera apontada diretamente para a entrada do dique, mostra claramente a vela no centro do mesmo. Conclui-se que outro submarino dos cinco da classe “Tupi” / “Tikuna” da MB está docado no Almirante Jardim. Somando-se ao Tamoio, que em novembro de 2014 foi colocado na Oficina de Submarinos em manobra de “Load In” para corte de casco, troca e revisão de componentes internos em seu PMG em andamento (e que por isso mesmo não teria como aparecer nas fotos), podemos concluir que ao menos três dos submarinos passam por fases diferentes de manutenção no AMRJ. (Nota: outra fonte do Poder Naval informou, após a publicação desta matéria, que o submarino no dique é o Tikuna, que sofreu danos em seu casco externo de fibra durante comissão no Sul do Brasil em meados de 2014 e para o qual foi encomendado um hélice sobressalente ao final daquele ano – há matérias sobre esses assuntos aqui no site.)
Finalizando as imagens captadas a partir da área externa do Museu do Amanhã (cujas vistas que proporciona e a própria arquitetura impactante convidam a dedicar algum tempo a essa área exterior), podemos ver a já mencionada fragata Defensora, que passa por PMG também há vários anos no Arsenal.
Olhando com atenção, é possível ver que, além dos radares de busca e de navegação não estarem dos mastros (o que é comum durante os reparos, pois são levados para as oficinas do Arsenal), uma outra ausência bem menos comum é percebida: o lançador do lançador de foguetes antissubmarino Boroc foi retirado da plataforma logo atrás do canhão principal. Uma fragata classe “Niterói” sem o Boroc, mesmo em reparos, não é uma visão frequente.
Em resumo, pudemos conferir nas imagens acima os seguintes navios da Marinha do Brasil atracados à BNRJ e ao AMRJ:
Base Naval do Rio de Janeiro: cinco fragatas classe “Niterói”, duas fragatas classe “Greenhalgh” (uma delas desativada), um navio-tanque, dois navios de desembarque de carros de combate, um navio de desembarque-doca, um navio-patrulha oceânico (classe “Amazonas”, do 1º Distrito Naval), um navio-veleiro e uma corveta (desativada).
Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro: uma fragata classe “Niterói”, uma fragata classe “Greenhalgh”, um navio-aeródromo, um navio-tanque, um navio de desembarque de carros de combate, três corvetas classe “Inhaúma” e dois submarinos classe “Tupi” / “Tikuna”, além de quatro navios-patrulha (do 1º DN, que utilizam o Molhe Sul como base).
Ausências percebidas foram da corveta Barroso (V34) que como mencionamos está no Mediterrâneo, do navio-escola Brasil (U27), que no final do ano passado completou sua 29ª Viagem de Instrução, mas acabou não enquadrado em nenhuma foto (outro leitor comentou que o navio está docado no dique da BNRJ, não mostrado nas fotos) e dos demais submarinos da Esquadra, devido a um deles estar oculto pela Oficina de Submarinos do AMRJ e, quanto aos restantes, por não ter sido fotografada a Base Almirante Castro e Silva, que abriga as unidades quando não passam por reparos extensos ou navegam em suas comissões.
ADEREX 2016 – Uma parte dos navios da Esquadra que vimos atracados à BNRJ nas fotos daquele primeiro final de semana de janeiro suspenderam (saíram) em comissão uma semana depois. Trata-se da ASPIRANTEX 2016, iniciada no dia 18 e programada para terminar no próximo dia 28. São seis meios da Esquadra que participam da comissão: NDCC Garcia D’Avila e Almirante Saboia, fragatas Constituição, Liberal e Greenhalgh, e submarino Tapajó.
Excelente reconhecimento, ótimas fotografias.
Uma pena a esquadra ser tão diminuta e tão concentrada. Um pouco perigoso isso, não? Mas nossos políticos querem mesmo é um Brasil de joelhos e algemado com as mãos pra trás…lambendo as botas da China e de Cuba.
Parabéns pela excelente matéria.
Boas fotos, porém fica uma pergunta, é isso que vc chama de esquadra ? esquadra que esquadra ?
Parabéns ao sr Nunão,muito boa matéria,resumiu aos leigos como eu toda a marinha brasileira praticamente …e olha q moro Aqui no rio!salamaleico!!
Acho que até a marinha de Singapura está melhor estruturada hoje em dia…
O tamoio está na oficina de submarinos ainda!o dique flutuante encobre a visão do submarino!
Nunão, parabéns pela reportagem! Segundo um amigo do Poder Naval: Tupi no cais oeste em provas de Mar, Tamoio em Load In e o Tikuna docado no dique Santa Cruz.
Bom dia. Aproveito para informar que na verdade a Corveta Frontin é que está atracada no ARMJ, fato esse pôde ser verificado dando um zoom na foto, pois ela está sem o indicativo naval no costado e sem a bandeira do cruzeiro, características dos navios desincorporados da Esquadra. A Corveta Inhaúma é a que está atracada na BNRJ.
Muito legal as fotos! Parabens mesmo!
Excelente reconhecimento do Nunão,belo trabalho em ver alguns meios da MB que ainda estão operacionais. Mas parece que a MB se esqueceu do ataque aeronaval de Pearl Harbor? Não parece meio perigoso concentrar todos os seus meios num mesmo lugar assim? Fica a indagação.
Bom dia, excelente matéria com fotos esclarecedoras para leigos como eu. Parabéns! Lendo a reportagem e vendo as fotos vários pensamentos me assaltaram. – a esquadra está toda concentrada aí esperando por um telefonema de um Distrito Naval, chamando para a ação. Como em Peral Harbor em 07 de dezembro de 1941? – que meios ficam nos Distritos Navais, por exemplo, em Rio Grande/RS? – pelas fotos parece fácil saber (para qualquer observador mais atento), o que está acontecendo por ali. Quantos navios, tipos, quais disponíveis,… Tudo muito exposto. E, finalmente, não tem nada no mar navegando? Poucos navios pelo… Read more »
Cara, fico feliz de nossos navios ainda flutuarem pois as velhas e gastas embarcações já dando as últimas e prefiro acreditar no PROSUPER pra dar mais um gás na nossa cansada esquadra
Belo trabalho, cabe acrescentar que esses navios em períodos de manutenção geral, (PMG), em geral se arrastam por varios anos, em média 8 anos, o que é inconcebível como prazo de reparo destes meios navais. Mesmo no caso da corveta Julio de Noronha que no meio do período de reparo, teve acrescentado a necessidade de modernização da propulsão ja se vai completar esses 8 anos, quando o período normal previsto seriam no máximo 1 à 2 anos. Tudo explicável : a forte perda de mão de obra de qualificação especial em todos os órgãos da MARINHA devido ao processo de… Read more »
Pearl Harbor??? Só que no nosso caso, seria muitissimo mais fácil e rapido mandar esse pequeno esquadrão (porque frota não é) para as profundezas.
Eita. Entregando o ouro ao inimigo… assim os inimigos podem acabar com o poderio naval brasileiro em minutos. É bom lembrar que Evo Morales ameaçou invadir o Brasil… Todo cuidado é pouco. Mas muito interessante é reportagem. Uma aula para leigos. Deveria ser uma matéria diferenciada. Talvez vir na revista impressa ou tornar-se capítulo de livro…
É esse tipo de matéria que diferencia esse site dos demais! Sensacional, Parabéns!
Gelson, sao cumpridas comissoes de Patrulha Naval, mensalmente, mas a cargo dos Navios distritais… os meios da Esquadra nao cumprem essa missao. Normalmente, no inicio do ano, temos apenas a Aspirantex, comissao que serve para manter o adestramento do pessoal e possibilitar o embarque dos Aspirantes da Escola Naval… abraço…
No mais, excelentes fotos e comentarios explicativos… BZ…
Vocês viram a foto do Matoso Maia,pelo visto so falta a pintura e alguns poucos detalhes para sua volta.
Souto, o Mattoso deve dar baixa em breve… o Gastao deve encerrar as obras e passar por Inspecao operativa em breve… abraço…
Show! Acabei de compartilhar no Grupo “Turma Oscar EAMPE 1975/76”.
isso me lembra Pearl Harbor…
Muito boas fotos e ótima matéria. Uma das melhores no PN.
O Caro Almte LM poderia nos dar em resumo um briefing de todos os meios mencionados.
Agradecemos antecipadamente Almirante.
Caso esteja muito atarefado (certo) solicitar ao setor de comunicações da MB para que o faça.
G Abraço.
Parabéns Nunão ! Quanto à comparação feita com “Pearl Harbor” é preciso lembrar que a grande maioria das marinhas não conta com tantos meios assim para dispersa-los ainda mais quando muitos desses meios estão passando por algum tipo de manutenção. . Mesmo a US Navy enfrenta um problema sério com relação à área Norfolk-Newport News, onde sempre há um NAe em construção, outro passando por modernização de meia vida, outro passando por manutenção rotineira e um ou 2 atracados. . Antigamente nos “bons tempos” da guerra fria 2 NAes de propulsão convencional eram baseados no Estado da Florida em Mayport,… Read more »
Dalton 23 de janeiro de 2016 at 17:08
Caro Colega, essas áreas citadas dos Âmis são remotas e muito bem protegidas no seu entorno.
A parte periférica é bem “coberta”.
Quanto ao mini nuc, sei lá …. será é que é tão fácil ?
Mas sabemos que nunca acontecerá conosco, veja a “lancha” com os caras sem camisa numa das fotos, fosse no Iêmen.!
Toda vez que eu passava na Perimetral (foram incontáveis) eu planejava um kabum …. (brincadeira-rs), mas me perguntava: “Um bando de louco daqui faz a festa” !
“Bravo Zulu”
Senhores, Agradeço os elogios, embora na minha opinião as fotos tiradas do avião estão, em sua maior parte, muito aquém do que gostaria em qualidade, mas foi o que deu para tirar revezando celular e câmera, aproveitando a oportunidade não tão comum de ter tantos meios da Esquadra reunidos, e não em comissões diversas (tenho diversas fotos tiradas em outras ocasiões de voos ao Rio, e em geral só se vê metade dos meios fotografados neste início do ano). . Quanto a alguns questionamentos e complementos dos comentários, seguem respostas, na ordem: . “Roberto Santos 23 de janeiro de 2016… Read more »
Excelente oportunidade que o Nunão aproveitou e fez uma obra de Mestre, parabens ao PN! Uma tristeza conferir o estado lastimável de uma esquadra (teoricamente), que tem muitos de seus poucos meios, em estado de não prontidão para o combate. Não tenho dúvidas que afora as malezas que já conhecemos muito bem, uma das razões para esse descaso certamente é a falta de uma ameaça militar real ao nosso país. O problema desse estado de letargia, é que vai se desacreditando cada vez mais (outros estados) a já parca força que temos no cenário diplomático/comercial. Entendo que um país precisa… Read more »
Lembrando:
Se fecharem os compartimentos estes funcionarão como câmeras, portanto condensação.
Caso fiquem abertas, servirão como câmeras de névoa salina interligadas.
O tempo, sempre o tempo agindo.
Carlos… depois do “11 de setembro” as coisas ficaram mais complicadas, não se permite por exemplo andar pelo cais, mesmo assim, tem um ônibus de linha que entra na base e eu cheguei a descer dele e nada me aconteceu, isso alguns anos pós “11 de setembro” claro que não fui muito longe e tive que pegar o próximo ônibus, mas enfim,ao contrário do que me disseram no “tour” não se podia descer do ônibus utilizado no tour , mas consegui descer do ônibus de linha depois. . Enquanto estava na fila para embarcar no ônibus do tour, souberam que… Read more »
Matéria bacana!
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Parabéns!
Sr. Galante. podemos ter esperança para melhoria de MB? Quais seriam os meios disponíveis para minimizar esta situação? Por último, a MB já esteve em melhores situações ao longo da nossa história? Obrigado e desculpe pela inexperiência.
Parabéns pelo senso de oportunidade. muito boa e esclarecedora esta matéria, principalmente para leigos ( não militares ) mas que gostam do assunto.
Não sei dizer se é seguro ou não, imagino que depende mais das camadas de proteção do que do amontoado de navios, mas uma coisa é fácil de notar, a capacidade de crescimento da BNRJ e AMRJ chegou ao limite e o ideal parece ser achar um novo espaço com mais espaço para crescimento, melhores defesas e mais remoto.
“Moises em 23/01/2016 as 20:41 … uma coisa é fácil de notar, a capacidade de crescimento da BNRJ e AMRJ chegou ao limite…” . Creio que ambos estão longe dos limites para a nossa realidade, ta to hoje como no passado recente e próximas duas décadas, pelo menos. . Tanto o AMRJ quanto a BNRJ já apoiaram uma Esquadra ao menos 1/3 maior do que ela é hoje. Só para ter uma ideia, em 15 anos o número de escoltas caiu de 18 para 12 (incluindo as que se encontram há anos em reparos intermináveis). O AMRJ hoje abriga uma… Read more »
Não agora evidentemente, agora o máximo que dá pra fazer é tentar manter o que se tem.
O problema não parece estar na base naval mas sim nos navios, tudo parece velho! então as fragatas… o porta-aviões já vimos no post anterior que não funciona! restam os submarinos? a única coisa moderna que vi são aqueles dois fantásticos navios de cruzeiro atracados próximo. A base naval do Alfeite está bem dentro da barra do Tejo em frente à cidade de Lisboa. Para quem tem uma marinha assim não parece absurdo andar a encomendar submarino nuclear? O dinheiro que aí se gasta dava para uma força completa mais capaz… digo eu!
Um abraço
Excelente reportagem ! Aproveito para compartilhar que dia 21 estava eu em Ilhabela-SP na praia das pedras miúdas e vi os NDCC Almirante Saboia (G-25) e Garcia D’Avila (G-29) passando em direção ao Rio de Janeiro, inclusive com o Almirante Saboia carregando um Super Puma no seu heliporto. Ambos estavam bonitos e não pareciam descuidados. Abraços a todos
Alem de todas estas explanações, muitas técnicas, que foram publicadas, verificamos que a base naval brasileira é a unica no mundo que se permitiu submeter a passagem constante de aeronaves comerciais por sobre ela, demonstrando a total falta de avaliação das nossas autoridades militares no quesito de estrategia nacional de segurança e proteção para pessoas, equipamentos e navios estacionados no AMRJ…
“Marcelo em 23/01/2016 as 21:52
…a base naval brasileira é a unica no mundo que se permitiu submeter a passagem constante de aeronaves comerciais por sobre ela…”
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Marcelo, não é a única. Mencionei o exemplo de Pearl Harbor, que já sobrevoei em aproximação para pouso no aeroporto de Honolulu, com direito a uma excelente visão da Base Aérea de Hickam.
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E movimento comercial é o que não falta na ilha mais visitada do Havaí. Deve haver vários outros exemplos pelo mundo.
O navio-escola Brasil está no dique da BNRJ. Vi nesta quinta-feira.
“Michel em 23/01/2016 as 22h21”
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Obrigado pela informação, Michel, de fato faz todo o sentido que o NE Brasil esteja no dique após viagem de instrução de seis meses. Como não o vi nos diques do AMRJ restava o dique da BNRJ, mas este não foi possível fotografar na aproximação para o pouso por falta de ângulo. Grato!
Excelente matéria, e como dito, digna de virar uma matéria de revista.
Parabéns pelo empenho e dedicação realmente um diferencial do site.
Agora minha opinião, a esquadra quase que por completa se encontra com restrições, não tenho acesso e nem conhecimento técnico, mais me arrisco a dizer, que não há meio com 100% de operacionalidade ou como costuma-se dizer, sem restrições.
E de fato, o que pesa é a idade da esquadra e a falta de recursos, não da pra fazer milagre, mais poderia estar melhor logico.
Tenho outro questionamento aos colegas.
Sei que não seria o ideal, pois meios mais novos e modernos seriam necessarios de qualquer forma.
Mas se tudo que a MB possui hoje, de meios navais em termos de equipamentos estivesse bem cuidado, modernizado e com boa disponibilidade e com treinamento, já poderia ser considerado razoavelmente satisfatório ??? daria para cumprir o básico que dela se espera ??? em parte apenas ??
abraços
carlos alberto soares 23 de janeiro de 2016 at 17:58
Comentário no tópico tema errado. Desculpem-me.
Vergonha de ter uma marinha caindo aos pedaços como a nossa.
Oi Nunão Parabéns pela matéria; mas me permita não concordar com o seguinte comentário: “Coloquem no google maps as cidades de Toulon (França), Ferrol (Espanha), La Spezia (Itália), Esquimalt (Canadá) e Portsmouth (Reino Unido), procurem as bases e dêem zoom. Vocês verão uma situação não muito diferente da mostrada nas imagens da BNRJ e do AMRJ. Algumas instalações se mostrarão maiores, afinal essas marinhas também já foram maiores, mas a concentração de meios num só local (excetuando-se os que estejam em comissão) é bem similar ao caso da MB.” A situação pelo menos na Espanha, Itália, França e Reino Unido… Read more »
De fato, CVN76, exagerei um pouco. . Mas acho que o argumento principal se mantém, pois no contexto dos demais parágrafos do comentário, falei das razões históricas (de terem sido no passado marinhas bem maiores) e geográficas (terem parte do litoral em mais de um mar / oceano) para essas marinhas manterem hoje mais de uma base, com os custos decorrentes. . Porém, ainda que um ataque a um só lugar não destrua toda a marinha desses países (na hipótese de quase todos os navios estarem atracados, como foi o caso do fim de semana das fotos que fiz nessa… Read more »
Oi Nunão
Não se esquecendo que além da BNRJ e AMRJ, outro bom alvo na área é aquela ilha (prefiro não dizer o nome) onde fica o depósito de munições da MBB.
Concordo com as bases de apoio como Salvador/BA e Belém/PA; além de Rio Grande/RS.
Nunao, so para enriquecer um pouco mais seu comentario e exemplos….Pearl Harbour sempre pode ser vista do ar nas aproximacoes e decolagens do aeroporto de Honolulu. Alem disso, pode-se a qualquer momento fazer um tour em barcos especializados q adentram por sua baia (unica passagem) e ali fazer a volta completa no seu interior passando por todas as instalacoes da US Navy, onde sempre ha dezenas de belonaves atracadas e c um pouco de sorte pode-se ver ate e passar ao lado de um porta avioes ou um SubNuc…….ainda existem barcos q param junto ao monumento do Arizona para aqueles… Read more »
Exatamente, Celso. Quando visitei Honolulu há uns 17 anos, também fiz um passeio de barco em que pude ver os navios mais novos de um lado da estreita baía e o encouraçado Missouri ( ainda não transformado em museu) próximo ao monumento sobre o casco do Arizona. E, num voo em aeronave comercial menor para outra ilha, outra vez tive ótimas vistas das bases naval e aérea.
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Recomendo para quem estiver com (muito) dinheiro sobrando e na dúvida sobre um ótimo destino de férias – mas só para quando o câmbio para o dólar estiver menos indecente, é claro.
XO o Alte. Luiz Monteiro falou que a MB ainda vai decidir o futuro do Ceara e do Matosão,
acho eu que o Ceara vai dar baixa ,mas o Matoso Maia vai concluir seu PMG,bom caso os
dois deem baixa, a MB vai precisar de outro NDD que pode vir dos EUA,amigo XO você
sabe algo sobre a possibilidade da vinda desse navio dos EUA?
Celso… vc foi um privilegiado por ter visitado Pearl Harbor ainda durante a guerra fria quando a US Navy era o dobro do que é hoje. . Nunão esteve lá no fim dos anos 90 e eu estive em 2002 e na época apenas 11 combatentes de superfície eram baseados lá, 3 cruzadores, 6 destroyers e 2 fragatas o mesmo número de hoje sendo que agora há 2 cruzadores e 9 destroyers e o número de submarinos permanece quase inalterado, 18 unidades hoje. . Alguns dos navios estavam no mar ou não estavam visíveis talvez até em alguma doca seca… Read more »
Amigo Luiz Monteiro precisamos do senhor para nos responder as perguntas
sobre a MB,por exemplo as seis fragatas classe Niterói serão remotorizadas?
Parabéns Nunão, BZ pela matéria, a melhor que ja vi sobre o tema, a despeito do que você falou das dificuldades quanto às fotos, a matéria ficou perfeita, dando banho em algumas outras mesmo gênero.
Saudades dos tempos que via a Base cheia no dia a dia e umas 7 vezes por ano vazia, na boa epoca de aspirantex, tropicalex, adefasex, aderex, araex, dragão, unitas, fraterno hoje temos no maximo um aspirantex e unitas por ano.
Da um certo saudosismo tambem em ver o cais do NTrt (na frente do casop) vazio
Bons tempos
Parabéns, excelente matéria, por que a esquadra tem um navio com o nome de “Rademaker”, se fosse até Pelé eu aceitava.