Navio-patrulha oceânico francês L’Adroit visita o Rio de Janeiro
O navio-patrulha oceânico (OPV) francês L’Adroit está visitando o Rio de Janeiro, de 28 de janeiro a 2 de fevereiro de 2016.
Na segunda-feira haverá uma coletiva de imprensa com o comandante do navio, o capitão de fragata Nicolas Guiraud
e o Embaixador da França, Sr. Laurent Bili.
Fruto de uma colaboração inovadora, iniciada em 2011, entre a Marinha nacional francesa e a DCNS, o navio-patrulha oceânico L’Adroit, construído com capital próprio da DCNS, foi colocado à disposição da Marinha nacional francesa por um período inicial de três anos. O acordo entre a DCNS e a Marinha nacional francesa foi reconduzida por duas vezes por uma duração de 1 ano cada, levando ao final a disponibilização em proveito da Marinha para o dia 31 de julho de 2016.
O navio-patrulha oceânico L’Adroit tem capacidade de cumprir todas as missões de um navio-patrulha : vigilância marítima, proteção da ZEE, luta contra a imigração clandestina, policiamento da pesca, luta contra os tráficos ilícitos e contra a pirataria, emprego de forças especiais (locais específicos e alojamentos disponíveis para até 27 passageiros), remoção de nacionais.
O navio é inovador em numerosas áreas de atuação (sistema de lançamento na água das embarcações, convés 360°, mastro fixo único, tripulação reduzida (32 tripulantes).
Único navio da Marinha nacional francesa atualmente apto a operar o drone S-100 (Schiebel), o L’Adroit permitiu experimentar o SERVAL cujo objetivo era definir as características do futuro sistema de drone tático da Marinha nacional francesa e elaborar seu conceito de emprego.
O L’Adroit navegou além do estreito de Malaca, no mar da Chinaou e no Golfo da Guiné. Totalizando 530 dias de missões, foi integrado na CTF150, na missão contra pirataria ATALANTA e ainda em missões de vigilância marítima e de policiamento dw pesca no canal do Moçambique w no mar Mediterrâneo (missão Thon Rouge – Atum vermelho). Ao final de quatro anos de utilização pela Marinha nacional francesa, o navio está presente como “combat proven”, apresentando-se como vitrine da DCNS voltada para a exportação das corvetas do tipo “Gowind” para as quais contratos já foram efetivados com o Egito e em particular com a Malásia, após a visita do navio-patrulha.
Dimensões
Comprimento : 87 m
Boca: 11,7 m
Deslocamento: 1.500 toneladas
Calado: 3,2 m
Raio de ação
Velocidade | Alcance | Autonomia | |
Velocidade máxima | 21 nós | 4.500 milhas | 9 dias |
Velocidade de patrulha | 12 nós | 7.500 milhas | 27 dias |
Velocidade econômica | 10 nós | 9.200 milhas | 39 dias |
Área coberta em 24 horas com velocidade de patrulhamento: 8000 nq².
Meios de coleta de dados/informação:
- Radar de vigilância combinada ar/superfície: SCANTER 4102
- Radar de vigilância superfície SCANTER 6002
- Dois radares de navegação THEMYS
- Guerra eletrônica THALES (interceptor rádio, possibilidade interceptor radar)
- Vigilância ótica/infravermelha : EOMS NG e FLIR
- Sistema de combate POLARIS / ligação de dados táticos (L11) / ADS-B / warship AIS
- Capacidade de recepção de uma célula de reforço SIC (testada e validada em operações)
Meios de comunicação:
- Satélite : Inmarsat, Syracuse III
- Acesso às redes IP : Internet, Intradef, Intraced (SIC 21)
- Rádio : 1 V/UHF, 2 UHF, 2 HF, 2 VHF Marine, 1 VHF AERO, 1 PR4G, L11.
Meios de ação
- Zodiac 90CV – 8 lugares
Esse navio pode ser vendido para a MB? qual seu armamento?
Eita saporra ta indo ou vindo ? UQTR dos brabo Seu irmao quem é o L’Horrible ??? Mas independente fotos e buneu !!!
Souto na matéria fala que é de patrulha oceânica. Falam em atividades de patrulhamento, nada de guerra.
Na matéria nem fala em armamento nem em defesa antiaérea etc.
Talvez tenha só metralhadora e algum “canhão”.
Entendi que é so contra barcos de pesca e congêneres.
Mas pode ser que comporte algum armamento não tratado na matéria.
So não entendi esse enorme alcance para uma finalidade tão simples.
Deve ser porque a França ainda tem territorios distantes.
Não esta aqui por acaso, acho que teremos novidades em breve …
“…apresentando-se como vitrine da DCNS voltada para a exportação das corvetas do tipo “Gowind” para as quais contratos já foram efetivados com o Egito e em particular com a Malásia, após a visita do navio-patrulha.”
Acho que o que precisamos saber está escrito aqui.
Nonato ( 28 de janeiro de 2016 at 23:38 ), . É, se não me engano, armado com duas peças de 20mm e mais duas metralhadoras de 12.7mm. . Um navio de patrulha oceânica vai além de uma unidade de vigilância costeira. Normalmente é atribuído a navios dessa categoria a vigilância de zonas marítimas distantes da costa, podendo levar a presença de um país aos limites de sua ZEE ou mesmo além. Navios como esse também podem ser utilizados em SAR ( busca e resgate ) em alto mar… Ele tem que chegar na área pretendida, longe da costa, e… Read more »
Eu particularmente gostei do conceito do L´Adroit… Perfil de baixa detectabilidade associado a uma embarcação bastante racional; bem diferente dos “iates modificados” que se costuma ver…
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Salvo engano, o preço para a concorrência dos uruguaios estaria ficando em US$ 60 milhões por embarcação, o que entendo ser um preço razoável para uma embarcação desse porte e funcionalidade…
Segundo o fabricante, até 4 mísseis antinavio como o exocet podem ser embarcados entre a superestrutura e o canhão de 20mm.
Se for considerar que hoje temos a necessidade de somente uma guarda costeira bem preparada, para estar sempre em ação, vigiando e preparada para salvamentos neste mar, sem precisar intervir militarmente, deverá ficar com a Força Aérea a ação de interdição e neutralização de alvos assimétricos pelo mar, com o emprego de UAVs com grande raio de ação e armados com misseis e metralhadoras; tudo isto visando os custos no futuro próximo, pois possuir uma esquadra oceânica convencional, com fragatas, porta aviões, não será mais economicamente viável, esta configuração de embarcação se encaixa muito bem a este novo modelo de… Read more »
Para armamento, duas peças de 20mm e mais duas metralhadoras de .50 são pouco, na minha opinião. Tudo bem, o navio é para patrulha, vai se deparar provavelmente com pesqueiros, mas a emergência é um troço que sempre pode acontecer!! Na minha opinião, pelo pouco que li sobre armamentos para embarcações etc., seria melhor ter um canhão de 40 mm na proa, uma peça de 20 mm de tiro rápido contra ameaças aéreas e as 2 metralhadoras .50 nas laterais. Saber que ele pode levar até 4 contêineres de Exocet me conforta um pouco mais…
Abraço a todos
Poderia ter encaixado um sistema de defesa anti-aérea de curto alcance e anti-navio por desencargo de consciência.
Por mim teria um belo Bofors MK 4 naquela proa, sabe como é… Questão de tradição 🙂
Quem ganhou no Uruguai segundo a sites especializados foi a Lürssen alemã, a sua oferta teria sido a mais barata, tirando a dos chineses que parecem não ter muita simpatia da armada uruguaia. Quanto a esse navio nem a marinha Francesa o quer mais, parece que ele é muito caro de operar(novidade para um meio construido na França). Querem apostar quanto que ele vai acabar caindo no colo da Argentina ou Egito. Quanto a interesse da MB, esqueçam a visita é uma mera cortesia
Interessante, no convoo um NH-90, mas no hangar um Lynx. Xô tranqueira francesa, vá procurar o que fazer em seu país de origem.
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“Não esta aqui por acaso, acho que teremos novidades em breve …”
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“Acho que o que precisamos saber está escrito aqui.”
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Sobrou p/ as “Tamanduá”, aka “Tamandaré”, as “Gowind” existem em deslocamentos de 1000 e 2500 ton, então no lugar das míticas fragatas de 6000 ton é que essas aí não irão ficar.
Marcelo ( 29 de janeiro de 2016 at 12:15 ): . Aeronaves ou UAVs não cumprem funções de navios… . Um vaso de guerra pode permanecer por dias em uma localidade, varrendo o pedaço de mar que lhe corresponde com seus sensores, ampliando a consciência situacional como um todo; coisa que aeronave nenhuma pode fazer. . Uma fragata multipropósito, por exemplo, pode negar o espaço onde se encontra, providenciando uma reação imediata no exato local onde está atuando, diferente de uma aeronave baseada em terra, que pode não ter o tempo de reação adequado para a situação ( quanto mais… Read more »
MO 28 de janeiro de 2016 at 22:26
O Bunéu deve ser bonito, sucesso 1
“Amazonas” tá bom, já é muito.
A ideia do MO que foi encampada pelo Alte, LM é o ideal.
Enquanto isso na Banânia…
Parece que o canhão não opera no modo “controle remoto”, mas só manualmente.
Essa opção é no mínimo inusitada tendo em vista o projeto ser bastante avançado.
Fosse russo e teria um belo de um AK-630M2 com 2000 cartuchos pra mostrar quem manda.
_RR_ Importante perceber no texto acima: Que o emprego de UAVs 🙁 deverá ficar com a Força Aérea a ação de interdição e neutralização de alvos assimétricos pelo mar, com o emprego de UAVs com grande raio de ação e armados com misseis e metralhadoras; tudo isto visando os custos no futuro próximo, pois possuir uma esquadra oceânica convencional, com fragatas, porta aviões, não será mais economicamente viável,…) sim, o emprego de UAVs, somente para interdição de alvos assimetricos, na patrulha ostensiva pelo mar, permanecerá a futura guarda costeira ou antiga Marinha de Guerra, só que já tendo sido desprovida… Read more »
Mauricio…
não sei se vc entendeu dessa forma, mas, o que entendi é que o fato de haver um “lynx” no hangar como mostrado no desenho é que apenas um helicóptero leve do porte do ” lynx”, cerca de 5 toneladas peso máximo, pode ser abrigado no hangar enquanto um helicóptero médio como o NH-90,
cerca de10 toneladas de peso máximo, pode pousar no convoo que é reforçado para receber helicópteros médios, mas não ser recolhido no hangar.
abs
MO, fica longe desta tranqueira eurobambilatica, e perigoso, contamina. Deste agradecemos, mas dispensamos as fotos.
G abraco
Marcelo (29 de janeiro de 2016 at 23:48 ), . Observe o que os americanos estão pretendendo fazer com experimentos como o X-47… É um erro acreditar que não haverá uso para vasos de guerra de maior porte como os pretendidos pela MB, principalmente se se pretende exercer o domínio do mar… . Reitero o que disse: . “Um vaso de guerra pode permanecer por dias em uma localidade, varrendo o pedaço de mar que lhe corresponde com seus sensores, ampliando a consciência situacional como um todo; coisa que aeronave nenhuma pode fazer.” . E acrescento: quanto maior o navio,… Read more »
Caros Tendo em vista que o padrão a ser alcançado era de uma corveta de patrulha, com o CEO da dcns na época dizendo que “o projeto nasceria melhor que a MEKO 80” (a mesma que Israel opera como um mini-destroyer), a l’adroit assim como a gowind são projetos que deram errado, caros de operar e com capacidades limitadas, portanto, só espero que o malfadado flutuante não entre na “parceria estratégica entre frança e brasil”, para que nós, os otários aqui, sejamos obrigados a pagar por mais um negócio que não presta. Atenção editores: Aproveitando o ensejo do comentário, na… Read more »
Olhando a popa do navio, visualizei que um único navio ; além da patrulha oceânica; poderia ser também uma espécie de Navio Comando para as operações especiais da MB(GRUMEC/ COMANF) tanto para operações nas plataformas quanto para lançamento dessas forças em Operações Anfíbias ou missões de qualquer natureza na costa; pois o navio tem um certo nível STEALTH.
marinha pode compra e equipar canhão de 70 mm e míssil ante aéreo e navio ai sera bom escolta
Esse navio foi oferecido ao Brasil?
Caro MO, você tinha que estar lá:
http://noticias.uol.com.br/album/2016/02/01/navio-cargueiro-abandonado-a-deriva-ameaca-costa-francesa.htm
“Cargueiro” ???? Eu si mato … kkkkkkk eita emprenssa …
Em tempo:
M/V JIN HAO / VRKN2
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2016/02/mv-jin-hao-vrkn2-suspendendo-de-santos.html?m=1
2 photos (mobile phone)
Caro MO 2 de fevereiro de 2016 at 14:48
Jin Mao ?
Tsé Tung ?
rs
Não gosto desse sistema de portas para o lançamento de lanchas. Sistemas mecânicos podem apresentar problemas, ainda mais, sob condições de água, sal e temperatura variável ou então, sob fogo. Imaginem uma porta destas abertas, emperradas, sob mar brusco.
É um belo navio, mas acho um desperdício para ações de policiamento e patrulha. Picar pinçando o mar com o horizonte radar e a velocidade de um navio me parece já algo ultrapassado. Se pudesse ser utilizado em combate de guerra ok, mas…
Para patrulha oceanica e guarda costeira, porque não resgatam o conceito dos velhos dirigiveis ZPG-2w? oma tecnologia de hoje, daria para fazer muita coisa interessante, até os desembarque de inspeções e abordagens…
É tão bom, mas tão bom mesmo, que nem mesmo a Marinha Nationale o quer. Deus nos livre desta compra de oportunidade.
Ano passado em uma missão de 4 meses ao redor da África iniciada com uma patrulha no Mar Mediterrâneo, L’Adroit desceu pelo Mar Vermelho para participar na missão internacional antipirataria nas águas da Somália interrompida brevemente pela necessidade de evacuar cidadãos franceses de Aden e escoltar barcos do Djibouti para evacuar centenas de cidadãos e refugiados do Iêmen, rumando depois para o canal de Moçambique onde há uma ilha pertencente à França para monitorar a pesca e dobrando o Cabo da Boa Esperança ainda participou de várias operações conjuntas com as marinhas do Golfo da Guiné. . Acredito que esse… Read more »
Tá certo mestre Dalton…. se o bicho desempenho esta ficha de serviço….não dá para dizer que estas uvas estão verde não….senhora ficha…
Tão sofisticado e praticamente desarmado,eu não entendo o ocidente poque seus navios são menos armados que navios semelhantes da Rússia.
santos…
talvez vc não esteja comparando com os navios certos. Muitos navios da guarda costeira russa apresentam armamento e instalação para
helicópteros semelhantes ao L’Adroit, principalmente os mais recentes.