O sonar SQS-26 da classe ‘Garcia’
O Brasil teve quatro navios da classe “Garcia” que foram classificados como contratorpedeiros.
Os navios USS Bradley (FF-1041), USS Davidson (FF-1045), USS Sample (FF-1048), e USS Albert David (FF-1050) transferidos para o Brasil no final da década de 1980 foram rebatizados respectivamente como Pernambuco (D 30), Paraíba (D 28), Paraná (D 29), e Pará (D 27).
A classe “Garcia” de escoltas oceânicas da US Navy entrou em serviço na segunda metade da década de 1960, derivada da classe “Bronstein”, com o objetivo de fazer frente à crescente ameaça submarina soviética. Eram navios que deslocavam no máximo 3.400t, atingindo velocidade de 27 nós, movidas por um sistema de propulsão a vapor com um só eixo, empregando caldeiras pressurizadas.
Foram adquiridos para cobrir a lacuna do atraso da construção das corvetas classe “Inhaúma” e da desativação dos antigos contratorpedeiros das classes “Fletcher”, “Allen M. Sumner” e “Gearing”.
Um dos destaques desta classe era o grande e poderoso sonar de proa AN-SQS-26, que equipou 87 navios de várias classes especializadas na guerra antissubmarino (ASW), no período 1960/1990. Este sonar está presente em alguns navios que ainda estão na ativa em algumas Marinhas, como a classe “Knox”.
O equipamento era um sonar de baixa frequencia, passivo e ativo, desenvolvido pelo Naval Underwater Sound Laboratory e fabricado pela General Electric e EDO Corporation.
O AN/SQS-26 pesava quase 30 toneladas e podia operar no modo passivo na frequencia de 1.5 kHz e no modo ativo 3-4 kHz. A potência máxima de saída era de 240 kW e o alcance era de 18 a 64 km (35 milhas!).
Ele podia empregar as técnicas de zonas de convergência e reflexão de fundo para detectar submarinos a longas distâncias em águas azuis, como ilustrado nos gráficos abaixo.
Salto de fundo