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A Marinha dos Estados Unidos solicitou ao Congresso no orçamento do Ano Fiscal de 2017 um pedido de US$ 434 milhões para modificar 245 mísseis de cruzeiro Raytheon Tomahawk TLAM de 1.000 milhas náuticas de alcance para a função antinavio.

O pedido no orçamento segue-se após o Naval Air Systems command (NAVAIR) ter provado que o míssil Tomahawk Bloco IV TLAM – uma arma de ataque terrestre de longo alcance – pode ser guiado para um alvo marítimo em movimento, durante um teste no início de 2015.

A Marinha dos EUA chegou a empregar uma versão do Tomahawk antinavio brevemente na década de 1990, mas a confiabilidade inferior de sensores da época fez o uso do míssil ser arriscado demais a longas distâncias, pois poderia acertar o alvo errado.

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O Tomahawk antinavio chegou a ser usado na década de 1990, mas não era muito confiável. Na foto, um Tomahawk acerta um destróier desativado da classe Gearing

De acordo com o plano estabelecido no orçamento da Marinha (e aprovado pelo Pentágono) o Tomahawk de ataque marítimo modificado vai entrar em serviço na força de superfície em 2021 para testes e, em seguida, irá equipar todas as plataformas que podem disparar o míssil – atualmente o Tomahawk equipa os cruzadores classe Ticonderoga, contratorpedeiros classe Arleigh Burke, submarinos de ataque (SSN) e os submarinos de mísseis guiados da classe Ohio (SSGNs).

A modificação será parte de recertificação e da extensão da vida dos Tomahawks mais velhos da Marinha, que – com o novo ano fiscal de 2017 e o financiamento para novos TLAM – terá um inventário de 4.000 mísseis.

O novo míssil se encaixa na filosofia de letalidade distribuída da Marinha que visa melhorar o poder ofensivo dos navios e também adiciona uma nova arma para submarinos engajarem ameaças de superfície.

O Tomahawk antinavio visa enfrentar as novas armas anti-superfície que a China e a Rússia vem desenvolvendo nos últimos anos, possibilitando às forças de superfície dos EUA furar as “bolhas” anti-acesso e de negação de área (A2/D2).

A capacidade antinavio dos Tomahawk TLAM será somada à capacidade antinavio dos mísseis antiaéreos Standard SM-6.

Os submarinos da US Navy eram equipados anteriormente com uma versão do míssil antinavio Harpoon (UGM-84A), mas o míssil saiu de serviço em 1997. A introdução do Tomahawk antinavio seria a primeira arma anti-superfície na força de submarinos desde que os Harpoon deixaram o serviço.

Assista no vídeo abaixo o teste realizado com o míssil Tomahawk na função antinavio, no ano passado:

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