Corte de recursos enfraquece defesa brasileira, diz comandante da Marinha
O corte de cerca de 30% no orçamento deste ano da Marinha prejudicou projetos estratégicos para a área da defesa, afirmou hoje (14) o comandante da força, almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, durante café da manhã com jornalistas no navio-veleiro Cisne Branco, no Rio de Janeiro.
“Hoje a Marinha não tem o mesmo grau de prontidão que deveria ou precisaria ter. No momento, estamos vulneráveis”, disse Ferreira. Segundo o almirante, as ameaças ao Brasil são muito difusas, mas existem e podem aparecer. “Há dois anos, ninguém falava em Estado Islâmico. As surpresas surgem a cada ano, e a preparação de uma defesa demora uma geração para ser feita. Podemos ter uma crise a qualquer momento e a fronteira brasileira mais vulnerável é a marítima”, destacou Ferreira.
Ele lembrou que 10% do que se transporta no mundo pelo mar saiu ou chega aos portos brasileiros.“Nossos navios estão envelhecidos, são de manutenção cara – essa é nossa preocupação para ameaças de maior nível. Temos muitas carências neste momento.”
Além da falta de verba para renovar a esquadra, já antiga, o almirante citou o corte de recursos para 2016, estimados em cerca de R$ 4 bilhões, o que obrigou a Marinha a adiar vários projetos. Um deles é o Programa de Construção de Submarinos da Marinha do Brasil (Prosub). O submarino de propulsão nuclear, cuja conclusão estava prevista para 2023, deve começar a funcionar em 2027. “O orçamento do Programa Nuclear, que chegou a R$ 400 milhões, teve que ser cortado e caiu a R$ 200 milhões, e já tínhamos vários compromissos assumidos que tivemos que saldar. Não foi uma transição fácil. Tivemos que readequar programas, renegociar contratos e atrasar muita coisa.”
A crise também provocou a suspensão do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) por tempo indeterminado. O almirante também citou as aeronaves, quase todas antigas e muito usadas. “A cada vez, o número de aeronaves com que podemos contar diminui, e algumas têm que ser mudadas no curto prazo. Temos que enfrentar esse problema e arranjar os recursos necessários.”
O comandante da Marinha adiantou que está sendo estudada possibilidades de permuta de imóveis, sobretudo nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste para aliviar o problema orçamentário.
Lava Jato e projetos da Marinha
“A Lava Jato ainda não chegou à Marinha”, afirmou o almirante, ao comentar as investigações do contrato da Odebrecht para construção do submarino nuclear. O Prosub é desenvolvido pela Marinha em parceria com a empresa francesa DCNS e pela Odebrecht, cujo presidente está preso por suspeita de crimes de corrupção investigados na Operação Lava Jato.
De acordo com o almirante, o Prosub está sendo auditado de forma rigorosa desde o início da assinatura do contrato. Ele disse esperar que não haja problema nenhum. “Temos vários órgãos auditando os vários setores. Até agora, nenhuma irregularidade chegou a mim. O contrato está sendo executado”, afirmou Ferreira, ressaltando que a Odebrecht está cumprindo os prazos e que a questão orçamentária foi o principal fator para o atraso das obras.
Ferreira disse que outra parceria entre a Marinha e a Odebrecht prejudicada pelas investigações da Lava Jato foi a da empresa Próton, que sequer saiu do papel. O contrato foi firmado em 2014 entre a Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) e a estatal Amazônia Azul Tecnologias de Defesa, criada em 2013, para apoiar o desenvolvimento do submarino nuclear. Após o envolvimento da Odebrecht nas investigações de corrupção, o projeto foi suspenso.
O almirante ressaltou, no entanto, a necessidade de criação de uma empresa nesses moldes para garantir a autonomia tecnológica do Brasil na área nuclear. “O desenvolvimento tecnológico envolve a criação de firmas de alta tecnologia. Se queremos ter tecnologia de ponta, precisamos criar empresas desse tipo.”
Olimpíada e crise
O almirante garantiu que os cortes não vão afetar atuação da Marinha durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro, que serão disputados em agosto e setembro. “Em termos militares, a operação é muito simples. É uma área restrita. O nível de ameaça é considerado relativamente baixo. Estamos prontos para a Olimpíada.”
A Marinha atuará na área de Copacabana, que engloba a zona sul da capital fluminense, com a força de contingência, e na área marítima.
FONTE: EBC
Tao comecando a entender q tem q cortar na propria pele. Mas o q isso significa ainda nao entendi. No resto, a mesma mesmice e chororo de sempre…a culpa eh no corte do orcamento, mas nunca das decisoes equivocadas q sempre permeiam a instituicao.
A Defesa….sempre a Defesa é quem paga o pato!!… Desse jeito, a unica tecnologia de ponta que teremos continurará sendo a de Ponta Porã!!!
Se tem que corta, que corte os banquetes, festas e reuniões onde é gasto uma fortuna em comida e bebidas tudo importado, sei porque fui taifeiro. Para a guarnição a famosa galinha atropelada acompanhada da jacuba de groselha tudo uma delicia ( com fome tudo fica mais gostoso), para os oficiais e servidores civis o melhor ate sorvete de sobremesa. Se o desejo é corta gastos que comece com os fartos banquetes ai sim acredito que sobre algum para comprar ou reformas. Viva a MB.
Eu respeito muito o atual CM mas ele já está no cargo a mais de um ano e até agora não vi a baixa de navios velhos e de manutenção cara como o Ceará e o São Paulo, bem como uma redução significativa das OM de terra e de pessoal. Sem ações sérias e significativas é apenas o mesmo choro de sempre ….. A MB tem restrições orçamentarias de longa data, assim já era hora dela entender qual o tamanho que o orçamento suporta, ou seja, qual a Marinha que o orçamento pode pagar …. Resumindo, se fosse uma empresa… Read more »
Prezado Mauro, este é outro calcanhar de Achilles da MB que acredito que o atual CM está acabando, no entanto concordo com voce que até em passado muito recente esta era a MB que viviamos ….
JPJ…
o “Ceará” já saiu de serviço conforme portaria em vigor de 29/04/2016. Quanto ao NAeSP será
que é tão simples assim a marinha livrar-se dele ? Não seria necessário aprovação ou discussão com mais alguém, o Congresso por exemplo ?
Dalto, boa questão, será que o congresso tem gente interessada o suficiente para quiçá saber que temos um NAe, quem dirá saber que depende deles tbm aprovar algo ?
JPJ, já foram a V33, F48, G30, M19, o PIraim… e ainda tem outros 2 que não posso divulgar…
o atual CM está fazendo o que pode, nesse curto período de gestão, mas, convenhamos, tirar o passivo atual vai demorar… opinião minha, claro… abraços..
Com relação aos banquetes e tal, não é de hoje que existem orientações claras sobre esse tipo de gasto… se tem gente que não cumpre, sei de uma publicaçào que resolve isso aí… abraço…
As vezes me pergunto, quando a Lava-Jato vai Chegar no próprio Judiciário…….
o brasil não é um país sério…
Não sei se a baixa do A12 daria tanta economia assim… alguém tem os valores ? Ademais, quem garante que esta economia seria repassada à própria MB para uso em outra rubrica ?? Talvez seja mais econômico, para a MB, manter o A12 no atual estágio para, se as coisas melhorarem na próxima década, poder reforma-lo por completo, com certeza mais barato que um novo ficaria. Mas se houvesse um acordo com o governo e o MD de que os valores economizados na baixa de unidades não serão cortados do orçamento, sou a favor da baixa do A12 e direcionar… Read more »
Se o CM da MB tivesse soltado uma nota elaborando tudo que foi exposto na reunião, o efeito seria o mesmo, ou seja, nenhum… . De que diabos adianta fazer reunião com a imprensa pra falar mais do mesmo? A imprensa esta se lixando para a MB. Em um momento que o Brasil desmorana políticamente, o que da “ibope” é lava-jato, a MB só vai ser lembrada se for envolvida na corrupção. Fora isso, o destino é o “roda pé”. . Não é só em meios que nossa marinha é ultrpassada, o seu discurso já deixou de funcionar a muito… Read more »
Prezados Dalton e XO, é isso ai, 29 de abril de 2016, um ano e caqueirada pra decidir por esta baixa ??, aliás vcs conhecem a MB e sabem que portaria é um simples pedaço de papel, dá uma voltinha na BNRJ e vc vai constatar o navio lá com grande parte da sua tripulação ainda a bordo … Quanto ao NAe não é uma questão de estudar, acho que isto já foi estudado e feito, o problema é como explicar para a midia os anos de investimento errado em um navio velho, assim se der baixa agora é a… Read more »
A foto já é um sinal grave do problema, se estamos com falta de recursos, dá-se entrevista, faz reunião com água, café e bolacha de água e sal.
Um leigo que olha a foto e a reportagem vai pensar o que?
rsrsrs…John……as vezes olhar para o outro lado nos traz mais e diversas informacoes….valeuuuuu, eh exatamente disso q vc comenta q eu e dezenas de outros tidos como agressivos em relacao a MB escrevemos aqui. Mas sobre estes assuntos, ninguem la na MB quer comentar ou dar uma posicao honesta. Vai cutucar a ferida pra ver no que da….sempre tem alguem aqui e acola mandando bala na verdade e distorcendo a realidade da coisa toda. Decisoes boas ou mas, incomodam e muito, porem ja sabemos quais sao as decisoes q estao sendo tomadas e os seus resultados Sds
Celso, meu caro, a questão é que ninguém, como eu na ativa e que costuma participar dos debates, tem autorização para pronunciar-se pela MB… fato… e não corporativismo, como pensam alguns… e ademais, eu, por exemplo, sei pouco ou nada para para dar as respostas que vocês merecem… abraço…
XO……..nao se preocupe, nao comentei no sentido de rebater qualquer opiniao sua ou de outrens….afinal, este ainda eh um pais livre para opinar ou escrever o q entenda sem agressoes. No mais, entendo muito bem sua posicao e saiba q eh muito bom te-lo aqui, sua condicao de sofredor e q vive o dia a dia da MB eh muito importante e nos da a real dimensao da coisa toda. Sds
JPJ… claro que vc sabe até mais do que eu da necessidade de se manter parte da tripulação de um navio descomissionado a bordo seja para o processo de inativação e\ou manter o navio seguro contra incêndio, alagamentos, etc. . Quanto ao NAeSP de fato não é fácil justificar a baixa o que é irônico é que a ideia original era que ele permanecesse em serviço até pouco mais de 2020 ou seja a construção de um NAe já estaria ao menos contratada nos dias de hoje, . Como de fato as forças armadas não são e nem serão prioridade… Read more »
Prezados, Complementando o texto desta matéria, trago outras informações passadas pelo Alte. Leal Ferreira. A minuciosa análise do casco do NAe ‘São Paulo”, realizada pela ZENTECH constatou que o navio, apesar da idade, encontra-se em ótimas condições, o que permitirá sua operação por muitos anos após sua modernização. Existem pareceres favoráveis da ZENTECH e da DEN pela modernização do NAe. Desta forma, foi decidido por modernizar o ‘São Paulo’. Contudo, a extensão dos trabalhos a serem realizados e o período de modernização não estão definidos. Neste momento, a DEN busca soluções técnicas e viáveis financeiramente. O PROSUB sofrerá atraso em… Read more »
Notícias auspiciosas por parte do Almirante Luís Monteiro.
Quando ouça falar da modernização do nae chega a dar vontade de rir,,, Este navio ficará mantido como está, parado e servindo de heliporto às autoridades. O navio tem uma série de problemas crônicos que custará uma infinidade de milhões de reais para repará-los, sem nenhuma garantia palpável que dará certo. Enquanto isso, sua tripulação sofre para manter um ferro velho e sendo cobrada como se o mesmo fosse novo. Não entendo como a força vira as costas tanto para o pessoal embarcado, a galera que mais sofre no exercício de suas funções. Não tem adicional por estar embarcado, não… Read more »
Apocalipse 15 de junho de 2016 at 19:07
“O navio tem uma série de problemas crônicos que custará uma infinidade de milhões de reais para repará-los, sem nenhuma garantia palpável que dará certo.”
Poderia compartilhar quais são estes “problemas crônicos”???
Os comentaristas John Paul Jones e Apocalipse trazem pontos relevantes para o Poder Naval que não foram debatidos antes com a profundidade adequada e que continuam com baixa precedência mesmo quando a crise se agrava. Por isso, alguns dizem que há duas MB: uma do Brasil e a outra DE BRASÍLIA.
Apocalipse, ja havia sido tentado criar um adicional para o pessoal embarcado… e um outro por tempo de embarque/dias de mar… nao passou no MD… acredito que algo como as cotas do pessoal de mergulho, Submarino e da Aviacao Naval seria uma alternativa para melhorar o moral de quem sua e muito a bordo… abraço…
Ferreras. Pensei a mesma coisa. Parece um banquete. Se bem que só aparece o pão na foto. Rs.
O que poderia ser feito? Não fazer reunião alguma com a imprensa?
Fazer reunião em outro horário com direito a chá e bolacha cream cracker?
Ou fazer café da manhã com. Aviso traga uma caixa de suco ou bolo.
Não concordo com permutas de imóveis. Imoveis e terrenos Ben localizados são bens preciosos. Jamais vender ou permutar. Concordo até em alugar para shows coisa do gênero. Colocar outdoor. Vender jamais. Tem que fazer um estudo. Vai que tem mais pessoal de apoio, médicos, enfermeiros, pessoal administrativo etc, do que marinheiros. Quem poderia fazer esse estudo? Qual o efetivo? Qual o valor médio do soldo? Quantas unidades militares, bases, etc? Será que é necessário uma base naval em cada capital? Cada base implica quantos servidores? Compensa? Talvez apenas umas cinco a dez bases no litoral mais algumas unidades na Amazônia… Read more »
Olá a todos! . O orçamento de 2016 ainda não estão fechado no Portal da Transparência. Somente em 2017 será possível ter estes gastos. O orçamento da Defesa em 2015 foi de R$ 76 bilhões. . O orçamento da Marinha foi de R$ 19.298.297.502,10 (19,3 bilhões). . O gasto com pessoal da Pagadoria de Pessoal da Marinha (PAPEM) foi de R$ 16.516.482.563,81 (16,5 bilhões). Isto representou 86% do total do orçamento e referem-se somente ao pagamento de ‘salários’. Os gastos com pessoal não são somente estes. Gastos com diárias, auxílio alimentar (vale refeição) e outros, estão em cada unidade gestora,… Read more »
“zorannn em 16/06/2016 às 3:32 Os gastos com pagamentos de financiamentos e juros da Diretoria de Gestão Orçamentária da Marinha (DGOM) somaram R$ 1.288.109.986,57 (1,3 bilhões)” . Zorann, bom dia. . Muito interessante todo o seu comentário sobre o orçamento 2015 de 19 bilhões de reais da MB e quanto representou cada parte (pessoal, pagamentos de financiamentos, submarino nuclear, sistemas de armas etc). . Estou sem tempo nesses dias de apurar qualquer coisa nas fontes, então só me resta perguntar rapidamente: seria esse 1,3 bi que destaquei acima de seu comentário o conjunto de pagamentos de programas de novos meios… Read more »
Este tipo de reclamação não convence. . Hoje vi uma matéria na TV onde um dos comentaristas citava exatamente isto. Uma parcela cada vez maior da população começa a questionar a qualidade dos gastos públicos. Discursos prontos, ou reclamações sobre falta de verbas não convencem mais esta parcela da população. Este tipo de pronunciamento só chama atenção para a má gestão dos recursos públicos. O comandante ganharia mais se tivesse ficado calado, ou feito um pronunciamento mostrando oque está sendo feito de concreto para melhorar a qualidade dos gastos. Porque para a parcela mais esclarecida da população, que forma a… Read more »
Curiosidade: . Na última vez que citei dados do Portal da Trnasparencia sobre o orçamento de Defesa de 2015, o valor total do orçamento era de R$ 68 bilhões. Isto possivelmente porque não tinham sido lançados no site todos os gastos de 2015. . Sempre citei que o orçamento de 2014, de R$ 74 bilhões, tinha sido récorde e que houve uma redução nominal do orçamento em 2015. mas vendo os dados hoje (atualizados desde a minha última consulta), o orçamento de 2015 foi aproximadamente R$ 2 bilhões maior do que o orçamento de 2014, oque é um novo récorde.… Read more »
O Problema não está no orçamento, o problema está em que ninguém quer largar osso. Todos falam em corte de gastos mas, quando o corte chega até eles o primeiro que você escuta é: “mas vai mexer no meu, tendo tanto lugar pra mexer?” E por ai vai. A situação atual as FFAA não se justifica no orçamento e sim, numa falta de objetivos concretos por parte do gerenciamento dos fundos destinados à defesa. Não sei se é verdade mas já escutei que até a Maite Proença morde um pedaço. E falando em Maite, tá aí o Ministério da Cultura… Read more »
É a Marinha do coquetel…rs.
É importante contrair empréstimo internacional, com pagamento a longo prazo, e adquirir novos navios e aeronaves para a Marinha do Brasil. Alguém dirá: vamos dever a bancos internacionais; tudo bem isso faz parte das relações empresariais internacionais. Joelmir Beting, comentarista da BAND disse certa vez: “Quem não deve não tem”.
zorannn. Perfeito, os números mostram a realidade.
glaxs7, exato. Infelizmente acredito que as mudanças estruturais só ocorrerão quando houver pressão da população. Sabemos que a população em geral não dá atenção para a marinha, mas ela dá cada vez mais para como o dinheiro dela é utilizado.
Olá Colegas. Temo que suas análises não contemplem as prioridades de nossa sociedade. Já foi colocado que os gastos militares são coordenados por riscos prováveis e temos uma situação internacional bastante tranquila. Por outro lado, a situação interna ainda demanda muito investimento em educação, saúde e infraestrutura. Não faz sentido adquirir equipamentos caros no exterior para montar uma marinha poderosa. É melhor pensar em forças armadas a partir de investimentos na indústria nacional (gerando emprego e renda). É interessante notar que nosso sistema integrado de defesa aérea e controle aéreo é mais barato e eficiente do que o modelo americano,… Read more »
Penso que programas como o ProSub, KC390 e Guarani são mais adequados por priorizar a geração de empregos e renda no país e ainda fornecer um equipamento adequado para as forças armadas atuarem nos cenários de maior probabilidade. Sobre os gastos com pessoal superarem os investimentos, talvez o problema esteja no tamanho de nossas forças. Tenho a impressão que seria possível reduzir o número de militares adotando equipamentos mais modernos e pensando estratégias mais efetivas. Talvez ampliar a integração das forças, padronizando equipamentos, otimizando a estrutura fosse possível reduzir o número de militares sem afetar a eficácia das forças armadas.
Aliás, a informação do Sr. Monteiro que a MB irá priorizar a construção das tamandaré ao invés de adquirir equipamento estrangeiro estaria de acordo com essa estratégia de priorizar a economia nacional ao invés de reforçar o poder militar contra ameaças improváveis.
Que a MB (e toda a administração pública neste país) gasta mal o dinheiro do contribuinte, isso não é novidade. Gastou-se na “copa das copas” mais de R$18Bi, e …nada. O brasileiro não se mexe. A MB tem sua parcela inegável de culpa nessa má gestão de recursos. É uma estrutura arcaica, assistencialista e ineficiente. A existência do A12 é o maior exemplo disso, pois garante a necessidade de maiores quadros e “almirantes”. Acreditar que uma inspeção do casco revelou “condições excelentes” chega a ser pueril. Isso é óbvio, caso contrário não se conseguiria justificar o gasto de R$1Bi, por… Read more »
Como seria bom que alguém realmente influente analisasse os comentários e opiniões deste blog, sem se deixar levar por excessos e desabafos… Eu creio que todos nós sentimos orgulho de nossa Marinha e queremos o melhor para a nossa pátria. Eu não tenho a pretensão de ter o conhecimento necessário, mas a minha opinião pessoal é que se a MB pudesse se esforçar para a construção de uma esquadra sendo composta em sua maioria de submarinos convencionais (com AIP) e complementada por Fragatas corretamente equipadas, estaria, sem sombra de dúvidas, mais apta para cumprir a sua missão. NAe, novas aeronaves,… Read more »
Prezados, pensando em contribuir com a discussão sobre os gastos de pessoal, dei uma olhada rápida em alguns documentos, quais sejam, o Anuário Estatístico da Marinha e o Plano Corrente de Oficiais… destaco o seguinte: – a MB tem um excedente de 483 Oficiais (dados de 30/04/2016) – temos um planejamento de admitir cerca de 570 oficiais em 2016 e 570 em 2017, seja para cursar a Escola Naval, seja para o CIAW. – as informações mais recentes sobre saída de pessoal datam de 2014, quando tivemos o desligamento de 2416 Oficiais. Embora os dados estejam defasados no tempo, acredito… Read more »
Desculpe… são 570 em 2016 e 550 em 2017…
Xo, o problema, acho eu, que temos hoje uma marinha que quase na sua totalidade só tem capacidade de flutuar. Tinha-mos que dar baixa em tudo que não estivesse verdadeiramente apto a cumprir sua verdadeira missão. Além disso o corpo de fuzileiros esta hoje superdimensionado, poderia ser a metade. Ainda no campo do achismo, não devemos comprar nada usado novas não podemos, mas temos ainda seis fragatas flutuando, ainda que seu desenho não sejam modernos, stelth, ainda são bons cascos, faça-se deles “novas” fragatas imediatamente, se necessário for troque tudo, teremos essas seis fragatas pelo menos por mais 15 anos,… Read more »
“Ádson Caetano Araújo em 16/06/2016 às 11:13
….mantem-se o São Paulo em doca seca”
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Ádson, não é crítica, é apenas a título informativo para futuros comentários: o NAe São Paulo é mantido atracado ao cais do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), não em doca seca. O dique Almirante Régis, único do AMRJ capaz de docar o NAe, precisa ficar livre para outras docagens de meios da Esquadra, e manter um navio desse porte por longo período em seco deve ser mais prejudicial à sua estrutura do que flutuando.
Ádson, as baixas já começaram e vem mais por aí…
Reduzir a Força de Fuzileiros da Esquadra não é uma boa… são 3 Btl de Infantaria e 1 de OpEsp… os demais são de apoio e compõem a estrutura típica desse tipo de tropa… extinguir grupamentos, só mexendo na estrutura da MB, pois eles estão subordinados aos DN e tem sua parcela de responsabilidade na missão do respectivo Distrito…
Mais uma vez, sua idéia de sobre a Barroso-mod é muito interessante.. se fosse algo modular, melhor ainda, poderia ser empregado para diferentes tarefas… abraço..
Srs O problema fundamental da MB não é seus navios velhos que precisam de manutenção. O seu problema é uma gestão sem lógica onde queimasse a maior parte do orçamento com pessoal não sobrando dinheiro para a manutenção/aquisição de meios. Para sair desta armadilha, ou se corta as despesas com pessoal (o que é difícil, mas não impossível) ou se consegue um orçamento bem maior (o que é impossível). A gestão da MB precisa cair na real e começar a cortar despesas em terra e com pessoal. O que menos ela pode fazer, sob pena de se tornar extinta como… Read more »
Faltou falar sobre os navios patrulha classe Macae que estão do estaleiro Eisa>
Control, a questão de gastos com pessoal é de certa forma fantasiosa. Se forem separados os inativos da folha real todos perceberam que na verdade o gasto com pessoal não é tão grande. A solução seria criar uma secretaria no MD com orçamento próprio para pagamento de inativos e pensões, tirando das três forças a falsa impressão que se tem um orçamento inchado, o que não é fato. Continuariam esses aposentados na esfera militar e não na previdência, porem em uma secretaria própria no âmbito do MD com orçamento próprio.
Minha visão da coisa como um todo: . Uma série de medidas já deveriam ter sido tomadas a um bocado de tempo, para que no longo prazo, sobre mais recursos para o que realmente importa, equipamentos e operações, afinal, uma marinha, nos dias de hoje, é feita de navios no estado da arte e marinheiros bem treinados… . Já poderiam ter, basicamente, terceirizado tudo que é possível. Dos hospitais aos burocratas, do pessoal de manutenção ao pessoal de serviços gerais, e por ai vai. Esta medida, a longo prazo, tiraria um peso enorme do orçamento da força, pois diminuiria gradativamente… Read more »
Bardini ( 16 de junho de 2016 at 12:16 ), . A marinha considera o NDM Bahia um meio multipropósito. Não creio que pense em um LHD/LHA. . Por mais longe que vá uma aviação baseada em terra, ela ainda está limitada aos seus aeródromos no solo. Há questões como tempo de reação somados a permanência e persistência na área pretendita. Nisso, um NAe oferece uma perspectiva mais atrativa. . Há de se ter cuidado quando se fala em “navio mais barato”… Muitos dos valores que se encontra na Internet são incompletos. Preço também vai depender do que se põe… Read more »
ahh vá que enfraquece? E gastar o pouco que tem de maneira no mínimo pouco estratégica enfraquece mais ainda né comandante!
RR, ai entra minha ideia de uma duzia de cascos Barroso-mod porém equipados como NaPOc e como sugere XO sejam projetados de forma modular para poderem ser equipados emergencialmente como corvetas.
Tbm uma aviação de patrulha bem equipada com aeronaves de grande capacidade de carga e alcance fariam a negação de nosso mar e de praticamente de grande parte do Atlântico Sul a um hipotético inimigo. A negação do mar é o que se espera de uma marinha de um país que não tem pretensão de projetar poder militar. Uma aviação de patrulha que tenha grande autonomia armada com torpedos e mísseis anti navio negaria esse mar até a marinhas muito melhor equipadas. Ex: a Argentina tinha 5 Exocet e fez o que fez na marinha britânica. Já pensaram se FAA… Read more »