Charles de Gaulle em exercícios com Neuron e Osprey
No dia 6 de julho, o navio-aeródromo francês Charles de Gaulle, de propulsão nuclear, participou de dois testes com aeronaves com as quais não costuma operar: o demonstrador europeu de tecnologia / drone de combate Neuron e o tiltrotor V-22 Osprey americano. Notas publicadas pela Marinha Francesa na sexta-feira, 8 de julho, divulgaram informações e imagens sobre os experimentos.
No caso do Neuron, o drone realizou diversas passagens a baixa altitude sobre o navio, em ensaio organizado pela Direção Geral de Armamento (DGA) da França em conjunto com a Marinha Francesa e a Dassault, empresa aeronáutica francesa que lidera o programa do Neuron (do qual fazem parte a italiana Alenia Aermacchi, a sueca Saab, a Airbus Defence & Space por parte da Espanha, a Ruag pela Suíça e a grega HAI).
Entre os objetivos das passagens realizadas, uma das quais o drone é visto com um caça Dassault Rafale na ala, estão o estudo da utilização de um drone de combate em ambiente naval, junto a diversos navios da Marinha Francesa, além de avaliações da furtividade do Neuron frente aos sensores das plataformas navais.
Também no dia 6, a tripulação do Charles de Gaulle experimentou pela primeira vez a operação de um tiltrotor V-22 Osprey do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (USMC), no caso uma aeronave operada pelo Esquadrão VMM 263, baseado na Espanha (Moron). O objetivo foi validar pousos e decolagens, posicionamento no convoo por longos períodos com motores em funcionamento, o reabastecimento da aeronave e reboque / movimentação no convoo, entre outros procedimentos.
Segundo o informe da Marinha Francesa, o trabalho permitirá a operação do V22 no navio-aeródromo francês em futuras comissões em conjunto com a Marinha dos EUA (USN), em especial levando em conta a futura desativação do C2 Greyhound. Espera-se também aproveitar novas perspectivas em missões nas quais o Charles de Gaulle faça parte de forças-tarefa, havendo uma vontade comum de manter a interoperabilidade das forças aeronavais americanas e francesas, em intervenções conjuntas.
VEJA TAMBÉM:
- Aeronaves Osprey dos Marines batem recorde em voo da California ao Rio de Janeiro
- Destróier HMS Defender junta-se ao porta-aviões Charles De Gaulle em operações contra o Daesh
- HMS ‘Albion’ opera com Osprey do USMC
- Aeronave não tripulada X-47B realiza primeiro reabastecimento em voo
- Drone descontrolado atinge cruzador da classe Ticonderoga
- Caças Rafale do porta-aviões Charles de Gaulle atacam Estado Islâmico na Síria
- Marinha testa drone para patrulhar a Amazônia Azul
- Aeronaves V-22 Osprey do USS ‘America’ já pousaram no Rio
- ‘Viraat’ e ‘Charles de Gaulle’ na 14ª edição do exercício indo-francês Varuna
- Navio-patrulha francês L’Adroit testa drone de asas rotativas S-100
- Aeronave não tripulada X-47B realiza operações com caças F/A-18
- Belas imagens do ‘Charles de Gaulle’
- V-22 Osprey para a MB?
- 10 de julho de 2013: o dia em que a aeronave não tripulada X-47B enganchou
- PAN ‘Charles De Gaulle’
- EUA: Marinha planeja um V-22 de maior versatilidade
- Vídeo da primeira catapultagem do UCAS X-47B a partir de um navio-aeródromo
- Navios de propósitos múltiplos: vetor anfíbio do futuro
- Fuzileiros Navais do Brasil e dos EUA realizam exercícios de intercâmbio na Marambaia
A despeito de qualquer coisa, o CDG é um ótimo NAe. Algo neste porte com propulsão diesel-elétrica é que deveria ser pensado pelo brasil, antes de todas as bad-trips de maionese que resultaram no quadro atual.
A França até um tempo atrás tentava uma certa independência. Mas com o novo presidente têm tentado posar de bonzinhos e cooperar muito com os EUA.
PORTUGAL OLÉ, PORTUGAL OLÉ!!!!!!!
CAMPEÕES DA EUROPA
PARA TODO O MUNDO DE LÍNGUA PORTUGUESA…. UM ABRAÇO DE CAMPEÕES!
Fidalgo, boa noite.
.
Acabamos de criar no Poder Aéreo um post destinado aos portugueses e brasileiros que queiram comemorar a final da UEFA EURO 2016. Fique à vontade para comentar lá, se assim desejar, mas deixemos esta matéria aqui apenas para quem quiser falar do porta-aviões francês e assuntos correlatos.
.
http://www.aereo.jor.br/2016/07/10/parabens-aos-portugueses-melhor-sorte-na-proxima-aos-franceses/
PS – parabéns!
Obrigado Fernando!
O “CDG” teve uma gestação difícil…uma série de problemas posteriores que foram sanados e apesar de algumas limitações como catapultas mais curtas tornou-se um bom navio, mas, seu tamanho é considerado o mínimo para ser eficiente e se os franceses tivessem reunido recursos suficientes para um segundo NAe, este seria de propulsão convencional e maior que o “CDG”. . Os reatores do “CDG” precisam ser reabastecidos a cada 7/8 anos quando então aproveita-se a ocasião para uma manutenção de maior monta e modernização e conforme os planos o próximo período de reabastecimento será iniciado em setembro com duração aproximada de… Read more »
Dalton, quanto ao porte, é o que tinham recursos para fazer e fruto de uma visão pragmática de mundo e dos recursos disponíveis. Simplesmente ele pode embarcar até 40 aeronaves e a marinha francesa dificilmente teria mais que isso. Quanto à propulsão, ele usa o reator K-15, mesmo dos SSBN Le Triomphant. A questão dos reabastecimentos realmente o coloca em desvantagens com alguns outros reatores atuais, como os britânicos que são de única carga para a vida toda. Os franceses pesaram os constrangimentos operacionais, os custos em P&D e outros e coisa e tal. Decidiram que era “dos males o… Read more »
Delmo… talvez meu comentário tenha passado a impressão de crítica ao “CDG”, mas, muito pelo contrário ele é um dos meus navios favoritos tendo até um modelo do mesmo , meu ponto é que para um NAe ser minimamente eficiente deve-se esquecer navios com tonelagem inferior ao “CDG”, principalmente quando trata-se de NAes com catapultas. . Nem mesmo vejo como desvantagem o fato do “CDG” ter que ser reabastecido mais vezes durante sua vida útil quando comparado com um NAe da US Navy. Verdade que o NAe da US Navy necessita ser reabastecido apenas uma vez , porém, outros períodos… Read more »