Há 73 anos, o submarino U-199 era afundado ao largo do Rio de Janeiro

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Catalina Arará atacando o submarino alemão U-199 ao largo do Rio de Janeiro – Reprodução de pintura de Álvaro Martins

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Catalina “Arará” atacando o submarino U-199 – Reprodução pintura de Álvaro Martins

Em 31 de julho de 1943, o submarino alemão U-199 foi surpreendido na superfície ao largo do Rio de Janeiro, atacado e afundado na posição 23º54’S – 42º54’W, por cargas de profundidade, por um avião americano PBM Mariner (Esquadrão VP-74 – Marinha dos EUA) e dois aviões brasileiros (Catalina “Arará” e Hudson), resultando em 49 mortos e 12 sobreviventes.

O Catalina (modelo PBY-5) que atacou e afundou o submarino alemão U-199 foi batizado como Arará, em 28 de agosto de 1943, numa cerimônia realizada no aeroporto Santos Dumont, e ganhou mais tarde na fuselagem uma silhueta de submarino para marcar o feito.

PBY Arará

O nome Arará foi dado em homenagem a um dos navios afundados pelo submarino alemão U-507. O avião também recebeu na cauda a inscrição: “Doado à FAB pelo povo carioca”.

Refletindo bem o espírito da época, a cerimônia de batismo do Arará teve canções patrióticas e discursos inflamados. Entre os presentes estava o comandante do navio mercante Arará, José Coelho Gomes, e a tripulação do Catalina. O hidroavião foi batizado com água do mar por uma menina – Miriam Santos – órfã de seu pai, o Segundo-Comissário Durval Batista dos Santos, morto na ocasião em que o Arará (o mercante teve 20 mortos) foi afundado, no momento em que prestava socorro às vítimas do Itagiba, no dia 17 de agosto de 1942.

Arará

Outra cerimônia seria repetida um mês depois no Rio Grande do Sul, com o batismo de outro Catalina, com o nome de Itagiba, navio mercante afundado em 17 de agosto de 1942, com 38 mortos, entre tripulantes e passageiros. Entre os sobreviventes, estavam os soldados dos Sétimo Grupo de Artilharia de Dorso, alguns dos quais foram lutar na Campanha da Itália em 1944.

A guarnição do Catalina na ocasião do afundamento do submarino U-199 era a seguinte: Comandante José Maria Mendes Coutinho Marques, Piloto Luiz Gomes Ribeiro, Co-piloto José Carlos de Miranda Corrêa. Tripulantes: o Aspirante Aviador Alberto Martins Torres e os Sargentos Sebastião Domingues, Gelson Albernaz Muniz, Manuel Catarino dos Santos, Raimundo Henrique Freitas e Enísio Silva.

U-boat IX D
U-boat IX D

O submarino U-199

Ao longo da Segunda Guerra a Alemanha nazista produziu mais de 1.500 submarinos, essas embarcações ficaram conhecidas como U-Boats, termo originado da palavra alemã Unterseeboot (barco debaixo-d’água). Com essa arma a Alemanha praticamente estrangulou o comércio marítimo da Inglaterra.

Quando o conflito torna-se mundial, o esforço de guerra alemão necessitou enviar seus submarinos a pontos mais distantes. É neste cenário que surgem submarinos melhores e maiores.

Em 1942 a Alemanha lançou o U-boat tipo IX D com o objetivo de bloquear ainda mais o fluxo de matérias primas necessárias ao esforço de guerra de seus inimigos. Os submarinos do tipo IX D 2 (de longo alcance) da 12º flotilha – Bordeaux, começaram a operar em novembro de 1942. Eram capazes de executar patrulhas de ataque em regiões afastadas da América do Sul,  atingindo assim importantes portos como Santos e Rio de Janeiro.

UboatIXD

Em suas patrulhas, eram abastecidos em alto mar por unidades submarinas de apoio, chamadas “vacas leiteiras”, estendendo assim, ainda mais, seu raio e tempo de ação.
Mas com a entrada dos Estados Unidos na Guerra e devido ao forte desenvolvimento da aviação de patrulha, que se instalou no Brasil em bases como Aratu, Salvador e Rio de Janeiro, tudo mudaria.

O U-199 foi construído nos estaleiros AG Wesser em Bremen e comissionado em 28 de novembro de 1942. Ele era um submarino modelo IX D2 (longo alcance), com dimensões de 87,58 metros de comprimento por 7,5 metros de boca, deslocava submerso cerca de 1.800 toneladas.

Possuía velocidade de cruzeiro de 20,8 nós na superfície, propulsado por dois motores diesel e 6,9 nós quando submerso, com dois motores elétricos. Podia transportar 24 torpedos de 533 mm, para 4 tubos de proa e dois de popa ou 44 minas. Sua tripulação podia variar de 55 a 63 homens.

Foi lançado em julho de 1942 e começou a operar em novembro do mesmo ano. Considerado na época como um submarino de última geração, seu comandante Capitão-tenente Hans Werner Kraus pretendia fazer no sudeste brasileiro uma devastação semelhante a que o Capitão Schacht do U-507 fizera 11 meses antes na costa sergipana.

O U-199 em missão

Comandante do Capitão-Tenente Hans Werner Kraus
Comandante do Capitão-Tenente Hans Werner Kraus

O U-199 partiu do porto de Berger em Kiel, Alemanha, para sua primeira missão na América do Sul no dia 13 de maio de 1943. Sua tripulação consistia de 61 homens e estava sob o comando do Capitão-Tenente Werner Kraus, tendo como guarnição sete oficiais, dois guardas-marinha, seis suboficiais e 41 marinheiros.

Cruzou o equador no início de junho, mas a forte disciplina de Kraus não permitiu que seus homens celebrassem a travessia do equador, por considerar que a festa distraia os tripulantes na travessia do Atlântico de Freetown a Natal.

Durante a travessia o U-199 foi avistado por um avião Hudson A-28 americano, porém ele estava desarmado e não houve combate.

A 200 milhas do litoral do Brasil, Kraus recebeu ordens de interceptar e destruir navios inimigos, somente então houve a comemoração pela travessia do Equador. Após a celebração, o U-199 mudou o curso para contornar a costa do Brasil.

No dia 18 de junho de 1943, o U-199 chegou à sua área operacional entre o sul do Rio de Janeiro e São Paulo e foi adotada a tática de permanecer submerso durante o dia, em profundidade de periscópio (20 metros), elevando o periscópio a intervalos regulares para reconhecimento.

Durante o patrulhamento desta área, o comandante Kraus ficou frustrado com o baixo número de alvos. Poucos cargueiros, espanhóis e argentinos, países neutros no conflito, cruzavam o litoral.
Após alguns dias de patrulha o comandante Kraus recebeu autorização do alto comando alemão para trocar a área de patrulha.

Na noite do dia 26 de junho, o U-199 avistou o navio mercante americano Charles Willian Peale, que navegava escoteiro (sozinho) a 50 milhas do Rio de Janeiro. O U-199 lançou um torpedo de proa, mas este errou o alvo. Não se sabe porque o comandante Kraus desistiu do ataque.

No dia 3 de julho, o U-Boat estava na superfície, quando por volta das 21 horas foi localizado por um avião BPM Mariner da Marinha Americana, pilotado pelo tenente Carey. O avião começou a circular, procurando com seus faróis o submarino na superfície.

O comandante Kraus imediatamente ordenou toda velocidade à frente e mandou guarnecer as armas do convés. O Mariner mergulhou para o ataque, porém, para surpresa dos alemães, chocou-se violentamente com a superfície explodindo.

Após sua captura e interrogatório, os tripulantes do U-199 declararam não terem atirado no avião e que embora tenha sido feita uma busca na superfície, não foram encontrados sobreviventes.

Ainda com a presença de poucos alvos, o comandante Kraus decidiu, sem ordens da Alemanha devido ao silêncio de rádio, alterar novamente a área de caça, agora para o sul do Rio de Janeiro, ampliando a linha de patrulha para 300 milhas.

No dia 4 de julho, o U-199 navegava na superfície, em sua nova área. Durante a noite, localizou a esteira do navio brasileiro Bury. O comandante Kraus posicionou o U-199 e disparou três torpedos dos tubos dianteiros. Dois torpedos erraram e o Bury, imediatamente respondeu com uma salva de tiros de canhão de seu deck. Os navios cargueiros na segunda metade da guerra também eram guarnecidos com dois canhões – proa e popa. O Bury sofreu avarias e embora o U-199 tenha comunicado ao comando alemão seu afundamento, o vapor chegou ao porto do Rio de Janeiro.

Após a ação frustrada, o comandante Kraus decidiu mudar novamente a área de patrulha, pois deduziu que o Bury informaria a posição do ataque e aviões de patrulha seriam enviados à sua caça.

No dia 25 de julho, por volta das 9:00 horas, o comandante Kraus localizou pelo periscópio o cargueiro inglês Henzada. Esse cargueiro de 4.100 toneladas navegava escoteiro (sozinho) de Santos para o norte e a apenas 10 nós, um alvo perfeito.

Foto do Henzada ou outro navio da mesma classe
Foto do Henzada ou outro navio da mesma classe

O U-199 disparou 3 torpedos da proa, porém todos falharam. O comandante reposicionou seu submarino à frente do Henzada e aguardou o momento de um novo ataque. Às 12 horas o comandante ordenou o disparo de dois torpedos de proa, um deles atingiu o vapor no meio, partindo o navio em dois e provocando seu afundamento em menos de dez minutos.

Finalmente na madrugada do dia 31 de julho, o U-199 aproximou-se da zona fortemente patrulhada da entrada da Baía de Guanabara no Rio de Janeiro. Seu objetivo era atingir a linha de 100 fathons (192 metros), submergir e espreitar a passagem dos navios na saída do comboio JT 3 (Rio de Janeiro- Trinidad) prevista para aquele dia. A ação da espionagem alemã nos principais portos do Brasil já era conhecida na época e embora alguns de seus agentes tenham sido presos, muitas informações de trânsito de embarcações foram passadas aos submarinos do eixo.

U-199Flyover
U-199 fotografado sob ataque do PBM Mariner

O ataque ao U-199

Por Alberto Martins Torres, veterano do 1o. Grupo de Caça da FAB (10.12.1919-30.12.2001)
Do livro: Overnight Tapachula

“…Após a decolagem, no sábado, fui efetivamente para o beliche onde me estendi. Passada menos de meia hora, o Miranda pediu que eu fosse pilotar porque desejava completar com o major Coutinho Marques a plotagem de nossa rota após Cabo Frio. Fui para o posto de pilotagem. Nem bem se passaram uns 10 minutos após eu haver assumido os comandos, chegou um cifrado da base:

Atividade submarina inimiga, coordenadas tal e tal…Miranda plotou o ponto na carta e traçou o rumo(…). Coloquei o Arará no piloto automático e no rumo indicado, em regimen de cruzeiro forçado, com 2.350 rotações e 35 polegadas de compressão. Eram aproximadamente 08:35 da manhã.

U-199 navegando em círculo depois do primeiro ataque com cargas de profundidade do PBM americano
U-199 navegando em círculo depois do primeiro ataque com cargas de profundidade do PBM americano

Havia alguma névoa e o sol de inverno ficava a três quartos da cauda, por bombordo, portanto em posição favorável a nós na hora do ataque. Foram testadas todas as metralhadores e, das quatro cargas de profundidade que levávamos, armamos três, no intervalômetro, para uma distância de 20 metros entre cada bomba, após ser acionada a primeira.

O intervalômetro é graduado em função da velocidade no mergulho, para ser verdadeiro o escapamento escolhido. As cargas de profundidade já eram reguladas para detonarem a 21 pés de profundidade, ou seja, aproximadamente 7 metros da superfície. Essa regulagem era considerada ideal porque mantinha as bombas para detonarem dentro da faixa em que a experiência já demonstrara ser eficiente o ataque a submarino por aeronave, isto é, desde o momento em que está navegando na superfície até no máximo 40 segundos após o início do mergulho. Com o submarino na superfície, as bombas detonariam logo abaixo de seu casco perfeitamente dentro de seu raio letal.

O U-199 abre fogo com suas antiaéreas no momento em que é alvo de strafing por parte do Catalina
O U-199 abre fogo com suas antiaéreas no momento em que é alvo de strafing pelo PBM americano

Minutos antes das nove horas avistamos o nosso objetivo, bem a nossa proa. Navegava a toda velocidade em rumo que cruzava o nosso. Assim o víamos em seu perfil completo, levantando grande vaga de espuma com sua proa afilada. Seguia num rumo aproximado de leste para oeste, enquanto nós vínhamos de norte para sul, em ângulo reto. Estávamos a uns 600 metros de altitude.

Iniciamos o mergulho raso, eu nos comandos e Miranda no comando das bombas. Foram reiteradas as instruções para que, quando fosse dada a ordem, todas as metralhadoras deveriam atirar, mesmo as sem ângulo, segundo a doutrina, para efeito moral. Já a uns 300 metros de altitude e a menos de um quilômetro do submarino podíamos ver nitidamente as suas peças de artilharia e o traçado poligônico de sua camuflagem que variava do cinza claro ao azul cobalto. Para acompanhar sua marcha havíamos guinado um pouco para boreste, ficando situados, por coincidência, exatamente entre o submarino e o sol às nossas costas. Até então nenhuma reação das peças do submarino.

U-199 voltando à superfície após tentar mergulhar depois do primeiro ataque
U-199 voltando à superfície após tentar mergulhar depois do primeiro ataque

Quando acentuamos um pouco o mergulho para o início efetivo do ataque, o U-199 guinou fortemente para boreste completando uma curva de 90 graus e se alinhou exatamente com o eixo da nossa trajetória, com a proa voltada para nós. Percebi uma única chama alaranjada da peça do convés de vante, e, por isso, efetuei alguma ação evasiva até atingir uns cem metros de altitude, quando o avião foi estabilizado para permitir o perfeito lançamento das bombas. Com todas as metralhadoras atirando nos últimos duzentos metros, frente a frente com o objetivo, soltamos a fieira de cargas de profundidade pouco à proa do submarino.

Elas detonaram no momento exato em que o U-199 passava sobre as três, uma na proa, uma a meia-nau e outra na popa. A proa do submersível foi lançada fora d’água e, ali mesmo ele parou, dentro dos três círculos de espuma branca deixadas pelas explosões. A descrição completa sobre a forma por que as cargas de profundidade atingiram o submarinos me foi fornecida em conversa que tive com o piloto do PBM, tenente Smith, que a tudo assistiu, de camarote, e que inclusive me presenteou com uma fotografia do U-199 que, lastimavelmente não consigo encontrar.

Nós abaixáramos para pouco menos de 50 metros e, colados n’água para menor risco da eventual reação da antiaérea, iniciamos a curva de retorno para a última carga que foi lançada perto da popa do submarino que já então afundava lentamente, parado.

Nesta passagem já começavam a saltar de bordo alguns tripulantes. Ao completarmos esta segunda passagem é que vimos um PBM americano mergulhado em direção ao objetivo. Depois saberíamos de onde viera. Transmitimos com emoção o tradicional SSSS – SIGHTED SUB SANK SAME – em inglês, usado pelos Aliados para dizer: submarino avistado e afundado – e ficamos aguardando ordens, sobre o local. Em poucos segundos o submarino afundou, permanecendo alguns dos seus tripulantes nadando no mar agitado. Atiramos um barco inflável e o PBM lançou dois. Assistimos aos sobreviventes embarcarem nos três botes de borracha, presos entre si, em comboio. Eram doze. Saberíamos depois que eram o comandante, mais três oficiais e oito marinheiros”.

Sobreviventes do U-199 depois do afundamento do submarino
Sobreviventes do U-199 em balsas lançadas pelos aviões depois do afundamento do submarino. 12 tripultantes foram resgatados pelo USS Barnegat

Leia o relatório em inglês feito após o interrogatório dos sobreviventes do U-199 clicando aqui.

Outros submarinos afundados na Costa Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial

Submarinos afundados na Costa Brasileira durante a II Guerra Mundial

(Distância do Litoral em Milhas)
U-199 (RJ)
30 milhas
U-128 (AL)
32 milhas
U-591 (PE)
33 milhas
U-598 (RN)
60 milhas
U-164 (CE)
80 milhas
U-507 (PI)
100 milhas
U-161 (BA)
120 milhas
U-513 (SC)
120 milhas
U-662 (AP)
180 milhas
U-590 (AP)
200 milhas
Arquimede (FN)
115 milhas

FONTES: Poder Naval /  www.naufragiosdobrasil.com.br / www.uboatarchive.net

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Antonio Carlos Jr Zamith

Um dia glorioso para o brasil essa data. Meu avô era da marinha de guerra durante a 2ªGM como radiotelegrafista. Fez muito serviço de comboios e enterrou cadáveres de civis vítimas dos submarinos fascistas que acabavam nas praias. Depois de mim vai ter quem acuse os sionistas yankees e ingleses de terem afundado a minha marinha mercante do brasil. aqui é crime propaganda nacional-socialista. Devia ser crime também negar os crimes deles como holocausto judeu, conluia com Stalin e os afundamentos dos navios do Brasil sem declaração de guerra e depois desta. Hoje no Brasil tem fascista mestiços by iluminados… Read more »

Renato de Mello Machado

Guerra é guerra se você é militar e tem ordens a cumprir e não cumpre é você quê vai para a vala.Nos regimentos alemães tinham informantes da Gestapo,SS e o demônio junto. Se não a família na Alemanha ia para a vala também.

John Paul Jones

Esse comandante perdia torpedos pra cacete rs …..

Soldat

Sensacional a Historia.

É esse comandante erá muito ruim para sorte dos cargueiro ou era um senhor sem muita sorte para ser comandante de um caçador!!.

Não entendi afinal quem afundou o Sub, foram os Âmis ou foi o Arara?, achei o testo meio dúbio???.

Da a entender que foram os Âmis para variar!!!

Bruno

Somente um avião da U.S Navy atirou e um da FAB, mas quem realmente decidiu o destino do U-199 foi o Arará com 4 Bombas de profundidade, estou produzindo uma obra entre em contato.

Gelson Jorge Emerim

Eu estava para comentar sobre a má pontaria deste comandante alemão. Devem ter enviado para cá os últimos de suas turmas.
Brincadeiras à parte, esta fase revela o quão vulnerável é o nosso litoral ainda mais sabendo da situação precária em que está a MB.
Dá o que pensar…

Nonato

Interessante ver como já há 70 anos havia esses avanços.
Comunicação via rádio. Mas imagino que dava para interceptar. Talvez fosse tipo código morse codificado…
Esses torpedos eram ruins, hein.
Não sei como os aviões avistavam submarinos à noite…

Rafael M. F.

Em tese o comandante não deveria afundar com o navio?

Gelson Jorge Emerim

Nonato,
só para lembrar que os alemães usaram o “Enigma” para comunicações criptografadas. Uma máquina interessante que data de 1918 e de funcionamento eletro-mecânico. Seu sistema de chaves e tabelas foi um verdadeiro quebra-cabeças para os Aliados. E realmente foi bem quase até o final da guerra.

Mahan

Um semi submersível tipo Colombiano poderia infiltrar-se e realizar atentados lançando drones desses que se compram por aí?

yluss

Soldat, quem afundou foram os brazucas, conforme o relatório oficial da marinha americana no link do texto, do qual extraio trecho:
” U­199, (Kapitänleutnant* Hans Werner Kraus) the first 1,200­ton U­boat sunk from
which prisoners have been taken, was sighted and attacked at 0718 P, 31 July 1943 in 23
0 45’S., 42 0 57’W. by U.S. Mariner aircraft. At 0902P the same day a Brazilian Catalina
aircraft attacked and sank her. At 1200P, U.S.S. Barnegat recovered 12 survivors, including
the captain.”

Sds o/

yluss

Complementando… esse relatório oficial é muito legal de ler… quanto detalhe, quanto informação para aprender sobre como era o aprontamento desses subs e muitas outras infos interessantes para os entusiastas como eu…

Valeu Galante pelo post e especialmente, pelo link 🙂

Eduardo Ramos

Existe mais alguma ocasião em que os os aviões da FAB atacaram os submarinos inimigos ?

Dalton

Falando em falta de sorte …no inicio da guerra o U-56 lançou 3 torpedos contra o encouraçado HMS Nelson e todos os 3 o atingiram, mas, não explodiram. A decepção foi tamanha que o comandante entrou em depressão e teve que ser substituído passando um tempo como instrutor. . A bordo do encouraçado, estava presente nada mais nada menos que Winston Churchill,apesar de não ser do conhecimento dos alemães na ocasião. . Os submarinos do eixo foram enviados para o Atlântico Sul pois estavam sendo literalmente dizimados no Atlântico Norte e esperavam encontrar um campo de caça menos protegido por… Read more »

Dalton

Só a título de curiosidade o último navio brasileiro torpedeado foi o “Campos”, um pequeno e velho mercante de quase 50 anos em outubro de 1943 navegando sozinho do Rio de Janeiro para o porto de Rio Grande, foi o sétimo e último navio brasileiro torpedeado em 1943. . Com exceção do “Taubaté” metralhado por aeronave alemã no Mediterrâneo em 1941 quando o Brasil ainda era neutro, 23 navios brasileiros foram atacados por submarinos em 1942, cerca de metade deles no Atlântico Norte e a maioria dos demais torpedeados enquanto navegavam sozinhos próximo à costa. . Os números falam por… Read more »

gengisduEduardo Pereira

Eta nós , história é bom demais sô!!! Obrigado por compartilharem o seu saber!!!

Gustavo

Poderia virar filme. Alguém já pensou nisso ?

edson marques da silva

Lembrando que já nessa época os melhores e mais experientes capitães de submarinos assim como suas tripulações pereciam na batalha do Atlântico norte.
O almirante Doenitz refutava veementemente qualquer ameaça de quebra do código ULTRA pelos aliados como era sugerido por seus comandantes.

edson marques da silva

Corrigindo, Almirante Karl Donitz comandante da Kriegsmarine

Marcelo Andrade

Para quem quiser saber a história da decodificação do código ultra e das enigmas assistam ao filme: O Jogo da Imitação” onde conta a história da vida do cara que decifrou os códigos nazistas Alan Touring.

_RR_

Amigos, . É possível dizer que a Kriegsmarine já havia perdido a Batalha do Atlântico antes mesmo dela começar… . Os alemães nunca tiveram vasos em quantidade suficiente para impor um impacto decisivo. E o fato é que a produção desses meios nunca alcançou patamares desejáveis no início da guerra. . A produção de submarinos entre 1939 e 1940 foi tão limitada em quantidade que não proporcionou qualquer incremento substancial de poderio. E esse era o momento no qual os aliados estavam mais vulneráveis, que era quando ainda estavam readequando seus próprios meios… Foi somente após a nomeação de Doenitz… Read more »

horatio nelson

historia desconhecida para 99,3% do povo brasileiro…q triste verdadeiros brasileiros q se deram ao seu país, a patria tudo se dá e nada se pede

Guizmo

Que história incrível……posso imaginar o terror dentro do U_boat quando as 3 cargas explodiram…e a excitação da tripulação do Arará ao concluir com êxito o ataque…..coisas da guerra

Guizmo

Galante, esse seu email @naval funciona ou tem outro? Queria te mandar um arquivo….

Guizmo

Ok. Talvez fique no spam, não sei, tem ppt anexo. Abs

DanTO

Excelente matéria. Sr.horatio nelson, Verdadeiros brasileiros… Ora, e os demais não o são? Senão todos, ao menos a maioria esmagadora daqueles que participaram daquela guerra não tinham muita noção do que estava em jogo, tanto assim que o regime vigente oscilou entre EUA e Alemanha durante muito tempo e não eram poucos os que, aqui, defendiam formas de regime idênticas às adotadas por Alemanha e Itália. A bem da verdade, até nos EUA e na Inglaterra havia bastante simpatizantes dos regimes do dito Eixo; mais até: havia patrocinadores dos tais regimes. A Democracia como conhecemos é algo recente (apesar do… Read more »

Rafael M. F.

Eduardo Ramos 1 de agosto de 2016 at 8:33
.
Houve sim. Em 22 de maio de 1942 um B-25 da FAB atacou um submarino alemão entre o Arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas. Além desse, houve outros, mas o único com sucesso foi contra o U-199.
.
Link: http://www.rudnei.cunha.nom.br/FAB/br/patrulha.html

Rafael M. F.

Curiosidade: um dos tripulantes do Arará – o Asp. Alberto Martins Torres – seria o piloto com o maior número de missões na FAB no TO da Itália – 100 missões redondo.
.
Outra curiosidade: o Cmdt. Torres era avô do ex-ator Jonas Torres – que interpretou o famoso personagem infanto-juvenil Bacana na série “Armação Ilimitada”, sucesso na TV dos anos 80.
.
Vale recordar que o ex-ator Jonas Torres também foi paraquedista do US Army.

Franklin de Paula

Sinto-me vibrante com esta história e renovado meu espírito patriótico.

horatio nelson

danto pode até ser q não tinham noção mais deram as suas vidas por alguma coisa…quem perde o sangue pelo seu país pode ser chamados de “verdadeiros brasileiros“…agora quem oscilou entre eua e alemanha não pode ser chamados de “verdadeiros brasileiros“…e na epoca da 2ggm a população era sim muito mais inteirada e por dentro de tudo o q acontecia…os q serviam ao país eram veradeiras celebridades…