Piloto que sobreviveu viu caça caindo ‘de barriga’ na água, diz Marinha

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AF-1M (1)

Capitão Fonseca Júnior concedeu entrevista 2 semanas após acidente. Colisão resultou em desaparecimento de aeronave e piloto no mar do RJ.

ClippingNEWS-PAO piloto de caça da Marinha que sobreviveu a uma colisão há duas semanas no litoral de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio, viu a outra aeronave cair “de barriga” na água, mas não viu se o piloto dela conseguiu ejetar, segundo informações do Capitão de Mar e Guerra Fonseca Júnior, Chefe de Estado Maior do Comando da Força Aeronaval. Na primeira entrevista após o acidente, concedida nesta terça-feira (9) na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, o capitão relatou o que a instituição já sabe sobre a queda do caça e sobre o desaparecimento do piloto.

“O outro piloto viu a aeronave caindo na água. A aeronave entrou basicamente de barriga na água”, explicou o comandante, que também disse não acreditar que a aeronave tenha se partido em vários pedaços. “Ela pode ter partido alguma parte dela, mas ter se desintegrado totalmente eu não acredito”, disse. Questionado se o piloto sobrevivente conseguiu ver o outro se ejetar, o comandante respondeu: “Ele não conseguiu ver (se o outro piloto se ejetou)”.

Leia a matéria completa no G1 clicando aqui.

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Delmo Almeida

E aquela notícia de que ele teria visto o piloto ejetando???

Glasquis 7

O serviço de informação da Marinha está de parabéns.
Primeiro informou que o piloto tinha se ejetado, agora informa que não sabe se ejetou ou não. Não informa como bateram, se foi de lado ou por cima, não informa em que estado ficou o caça que retornou, nem mostra imagens do mesmo. Em fim, estão de parabéns.

danilojfsn

Só fazem aumentar o que todos já desconfiam faz tempo, com os recursos que tem a força naval não é capaz de efetuar nenhuma de suas atribuições e a mais séria delas diga-se de passagem que é as missões SAR ou seja resgate, isso sim entristece e muito quem admira o trabalho dos militares, mas continuo acreditar que a culpa é do comando que autoriza uma modernização em uma aeronave de 50 anos de uso, e do ministério da defesa que devia fazer os senhores deputados e senadores a enxergar que um país sem defesa é um país totalmente despreparado… Read more »

Luiz Antonio

Bom dia a todos. Entendo que a declaração do militar na reportagem foi equilibrada e responsável. Existem enormes diferenças entre a realidade e os filmes de Hollywood que ao contrario destes últimos as buscas são tremendamente difíceis, desgastantes tanto físicas como emocionais e comentar aqui no conforto do lar é muito fácil. A MBB corrigiu a primeira Nota Oficial através da segunda como sendo “….com a provável ejeção do piloto e queda de uma delas no mar.”, portanto não vejo nenhum descaso e muito menos irresponsabilidade em tudo isso. Alguém daqui sabe em detalhes as condições do solo marinho para… Read more »

Glasquis 7

Luiz Antônio, “A rigor a MBB não tem a obrigação de publicar nada que considere como informação classificada e se alguma informação pode fornecer subsídios onde possam ser identificadas praticas exclusivas da MBB é critério desta tornar público ou não.” O problema está em que ela não declarou esta, como informação classificada e foi ela mesma que correu (e por isso o erro) a informar que o piloto tinha se ejetado. Se ela informa-se que a operação de resgate corria em segredo seria diferente mas. foi ela mesma que passou as informações que dão margem a conjecturas. Por isso postei… Read more »

Rinaldo Nery

Muito estranho esse acidente. Omissão de informações e informações desencontradas. Comunicação Social nunca foi o forte da MB.

Airacobra

Concordo plenamente Rinaldo Nery, desde que vi um 1T RM2 da comunicação social chamando uma Fragata classe Niterói de Navio Patrulha há 4 anos atras joguei a toalha.

MO

P 39 escrevinhou: “Concordo plenamente Rinaldo Nery, desde que vi um 1T RM2 da comunicação social chamando uma Fragata classe Niterói de Navio Patrulha há 4 anos atras joguei a toalha.”

kkkkkk … viu só, vcs terão saudades do MO … kkkkkkkkkkkkkk

Luiz Antonio

Prezado Glasquiz 7 Em meus comentários procurei ser realista, principalmente porque foi um acidente no mar. Alguns colegas questionaram e compararam este acidente com acidentes ocorridos em terra. Afiinal destroços em terra se movimentam apenas quando saqueadores os carregam ou as equipes os removem, bem diferente em um ambiente no mar, instável, aleatório e agressivo. Creio que no inicio as informações foram precipitadas pelas Notas Oficiais da forma como foram redigidas (tentaram explicar o que não sabiam, prato cheio para leigos como eu inclusive). Certamente as investigações seguirão a linha do CENIPA cujo objetivo é conhecer as causas com isenção… Read more »

Delmo Almeida

Luiz Antonio, informação classificada é uma coisa que deve conviver com o princípio constitucional da transparência. Esse mesmo princípio já declara a exceção de questões de segurança nacional. Dois aviões se chocarem no ar em treinamento é relativamente normal (entenda que não é um absurdo), é reflexo das situações extremas em que nossos militares precisam treinar para proteger a nação. Mas não dizer nada é bem diferente. Mostrar se o avião que retornou ficou muito destruído e o piloto conseguiu trazer a fera, mostra que temos um herói, mas se afetou pouco a outra aeronave, também não há nada de… Read more »

Delmo Almeida

Faltou a palavra “falha” depois da última virgula.

Glasquis 7

Luiz Antônio,

É justamente por isto que dou meus “parabéns” ao serviço de comunicação pública da Marinha. As suas palavras são eloquentes.

“Creio que no inicio as informações foram precipitadas pelas Notas Oficiais da forma como foram redigidas (tentaram explicar o que não sabiam, prato cheio para leigos como eu inclusive).

Quanto ao profissionalismo dos pilotos ou das equipes de busca, nada a questionar, mesmo por que acidente em exercício é, ao meu ver, um risco plausível e decorrente do nível de esforço ao que os pilotos são submetidos.

Luiz Antonio

Delmo Almeida Suas considerações são interessantes porém eu apenas quis ressaltar que conjecturas são válidas porém a divulgação de informações sem bases reais da ocorrência seriam levianas por parte dos responsáveis, mesmo porque esta em jogo a vida de uma pessoa e seus familiares. Enquanto nós comentamos aqui com uma serie de variáveis, existem pessoas sofrendo pela perda de um ente querido. Neste exato momento uma pessoa esta desaparecida, quase certamente morta e me incomoda o fato, neste momento, de criticar este ou aquele órgão, ou as equipes embarcadas de busca. Um F-5 caiu em Santa Cruz (ou pousou sozinho… Read more »

Delmo Almeida

Luiz Antonio, não é só isso diferencia o âmbito civil do militar. As causas ainda não foram descobertas e nem é essa a questão. Divulgar isso afeta a segurança nacional? Depende da causa e isso eles só saberão quando a investigação for concluída. Em outros casos de acidentes ao redor do mundo, o público é informado do que aconteceu nos limites que não vão gerar prejuízos. Ex.: o acidente ocorreu por uma falha no motor esquerdo da aeronave, fazendo com que ela perdesse altitude enquanto ainda estava muito baixo. Divulgam até um pouco mais como no caso do A400M que… Read more »

Luiz Antonio

Delmo Almeida
Concordo com seus argumentos e os fatos que relatou, porém quero lembrar que as causas que você mencionou foram divulgadas realmente na conclusão das investigações…….um ou dois anos depois dos acidentes (tempo normal diga-se de passagem) e não 15 dias após como é o caso deste acidente no RJ.
Lembrete: ninguém divulgou as causas de quedas de F-117 por exemplo, nem do B747 cargueiro da USAF no Afeganistão, etc etc.
Podemos argumentar de varias formas, mas prevalecerá os interesses militares pode ter certeza, seja de segurança nacional ou não.
Abraços

Celso

Luiz Antonio, so para te aclarar e informar….a queda do 747 (que nao era da USAF) no Afeganistao foi amplamente divulgada e sobre isso nao existem mais duvidas. Ja sobre o F 117…..me recordo so de hum e foi abatido sobre a Bosnia-Servia se nao me falha a memoria . Sds

Jota

Boa tarde à todos. Como ainda não existe uma explicação oficial de como ocorreu o choque nem detalhes dos danos na aeronave que escapou , só podemos conjecturar. Dado isso , a chance do choque ter sido diretamente no canopi do avião acidentado é grande. Pode explicar a possível não ejeção. Um subindo ,depois da manobra de ataque rasante e outro voando nivelado , na cobertura . Caso a aeronave tenha caido de barriga e permanecido com parte das asas intactas , já li em alguma descrição de acidente aéreo no mar (sinceramente não me lembro aonde) que logo após… Read more »

Delmo Almeida

Luiz Antonio, concordo com você de que as conclusões não devem ficar sendo veiculadas 15 dias depois do acidente. Mas as FFAAs brasileiras não divulgam nem 15 dias nem 15 anos depois. Vivem se espelhando nas normas de transparência da URSS.

Juarez

Conjecturando……colisão da parte superior da aeronave do lider com a aparte inferior da fuselagem do ala, que fez com que este perdesse dois tanques, e com a colisão a parte superior central e dianteira da fuselagem do A 4 que são respectivamente o canopy e a corcova são destroçados, o para quedas é liberado, mas não há ejeção, isto explicaria o para quedas laranja visto pelo salva vidas em ponto de observação na praia.

G abraço

Juarez

elmo Almeida 10 de agosto de 2016 at 14:19 Luiz Antonio, informação classificada é uma coisa que deve conviver com o princípio constitucional da transparência. Esse mesmo princípio já declara a exceção de questões de segurança nacional. Dois aviões se chocarem no ar em treinamento é relativamente normal (entenda que não é um absurdo), é reflexo das situações extremas em que nossos militares precisam treinar para proteger a nação. Mas não dizer nada é bem diferente. Mostrar se o avião que retornou ficou muito destruído e o piloto conseguiu trazer a fera, mostra que temos um herói, mas se afetou… Read more »

Rinaldo Nery

Isso me fez lembrar de um Lynx que colidiu com a serra, próximo a Casimiro de Abreu, retornando de um voo de avaliação de NVG, com técnicos estrangeiros a bordo (franceses, se não me engano). Creio que foi em 1988,1989, talvez. Parece que houve uma indicação falsa do ADF (a Macega não possuía VOR naquela época), e os pilotos aproaram a serra. Um deles havia cursado a EPCAR (foi meu veterano). Como a relação FAB/MB naqueles tempos não era muito boa, a MB não solicitou nenhum apoio SAR à FAB. Mais de 20 dias se passaram para que os destroços… Read more »

Rinaldo Nery

O BQano era Clementino, acho. Da turma de 78. Muito gente boa.

Thor

Boa noite a todos!

Cel Nery, por gentileza, corrija-me se eu estiver errado, mas nos voos de elemento, em ala, o líder não está sempre acima e o ala numa posição mais atrás e inferior?
obg

Thor

Prezado Juarez,

Permita-me perguntar, quais seriam os meios e o auxílio de pessoal da FAB especializados no assunto, que foi até o presente momento “dispensado”, como vc mencionou?

Grato,

Rinaldo Nery

Sim, Thor. Se for formatura básica, o que não deveria ser o caso naquele tipo de treinamento. Em cobertura o ala manter-se-á evoluindo livremente num cone de 60° a 1.000 ft atrás do líder. Que seria o mais indicado.
Desconheço os procedimentos do VF-1, mas na 2a ELO reuníamos somente para o regresso, em formatura rota (relativa de 45°, 03 aviões afastado e líder no horizonte). Reunião em básica somente para o tráfego de pilofe ou procedimento IFR para pouso na ala. Por isso minha dificuldade em entender as causas do acidente.

EduardoSP

Um dos problemas das FFAA é a comunicação com a sociedade. Em geral adoram uma postura arrogante, como se os assuntos a elas afetos fossem uma coisa fechada, que somente os iniciados tem condições de compreender. Desprezam a opinião pública e se escondem de críticas por meio dessas notas que não esclarecem nada.
É depois vem se queixar que a sociedade não os valoriza e não quer dar mais dinheiro para ser gasto com bem entendem.

Delmo Almeida

As FFAAs brasileiras são muito bairristas ainda, simplesmente não querem conversar. Quando a MB comprou os A-4 e o São Paulo, a FAB se recusou em treinar e eles tiveram que aprender com o Uruguai e a Argentina. Me encontrei com executivo da indústria de defesa que negocia com as três FFAAs, mas principalmente com a FAB, ele me olhou por uns segundos, baixou a voz e disse: você sabe que até hoje é assim, né??? . A compra dos helicópteros de ataque da FAB e agora do exército. A compra dos veículos Piranha III do CFN na época que… Read more »

Walter Luiz Saint Martin

As conjecturas do Juarez sobre a possível colisão são bem coerentes. Explicam com clareza os prováveis efeitos sobre o canopi e o para-quedas do avião desaparecido. Também esclarece como o tanque do sobrevivente foi arrancado. O colega Jota também contribui com um elemento chave, a aquaplanagem. Mesmo com partes das asas destruídas, a aeronave é feita para “planar” em um fluido pouco denso (ar). Tal comportamento se acentua na água salgada (mais denso). A presença do para-quedas aberto também contribuiu para aumentar a área de arrasto. Adicionando as já mencionadas correntezas e o mas agitado, temos uma combinação perfeita para… Read more »

Jorge Alberto

A alça de ejecao dos A-4 ficam acima da cabeca? Nao entre as pernas?

Juarez

Thor 10 de agosto de 2016 at 20:38

Prezado Juarez,

Permita-me perguntar, quais seriam os meios e o auxílio de pessoal da FAB especializados no assunto, que foi até o presente momento “dispensado”, como vc mencionou?

Grato,

Prezado Thor, todos meios mobilizáveis pelo Salvaero. Como tu és da casa, creio não ser necessário listar quais.

G abraço

Juarez

Cel Nery, vamos fazer um teatro, eu e o senhor: O senhor é o lider, eu sou ala, posicionado na posição 4 horas do seu eixo, voamos a 250 kts, 150 pés, vamos reunir após o ataque, o senhor inicia um piloff suave a direita e eu,o ala, em função até da pouca ‘prática” estou focado no painel da aeronave e e não percebo sua manobra, então para tentar evitar o choque, puxo o manche e seu avião e entra embaixo do meu, arrancando um tanque sub alar e o center tank, destruindo seu canopí, sua corcova, iniciando uma queda… Read more »

Airacobra

Juarez, boa noite, quanto ao “teatro” citado por você, se o lider fez um piloff suave a direita estando o ala as 4 horas do eixo do lider antes do inicio da manobra, quando o lider estivesse na frente do ala teoricamente ele estaria um pouco mais alto que o ala correto? Então a logica para evitar o choque seria o ala picar e não cabrar como ocorrido na referida “peça”, mas no caso essa é uma causa hipotética, pois até o momento não sabemos o que se sucedeu na realidade e mesmo que esse tenha sido o realmente o… Read more »

Luiz Antonio

Boa noite a todos.
Apenas como informação, apesar de todos aqui já devem saber, a aeronave AF1B 1011 era o protótipo do programa de modernização do AF-1 e deveria retornar a Gavião Peixoto no final do programa para receber as últimas atualizações. Essa informação foi obtida de uma revista de assuntos militares que coincidentemente estava folheando e a foto mostra claramente o “1011” como protótipo. Coisas que as vezes chamamos de “destino”.
Sds

Juarez

Airacobra 11 de agosto de 2016 at 21:18 Juarez, boa noite, quanto ao “teatro” citado por você, se o lider fez um piloff suave a direita estando o ala as 4 horas do eixo do lider antes do inicio da manobra, quando o lider estivesse na frente do ala teoricamente ele estaria um pouco mais alto que o ala correto? Então a logica para evitar o choque seria o ala picar e não cabrar como ocorrido na referida “peça”, mas no caso essa é uma causa hipotética, pois até o momento não sabemos o que se sucedeu na realidade e… Read more »

Vagner

Prezados,
Não há meios do SALVAERO “dispensados” pela MB, senão, vejamos:

– desde o dia do acidente e nos dias subsequentes (até agora) já foram contabilizadas muitas hrs de voo de ANV C-130 e He da FAB, além do EB e do Corpo de Bombeiros do RJ;
– foram feitos vários voos de P-3AM, em busca visual e, pelo menos na quinta-feira retrasada, a ANV fez busca MAD;

Abs

Juarez

Sim, isto se deu logo após o acidente, mas nos últimos dias apenas zzzzzzzzz um silêncio paira no ar…..

G abraço

Rinaldo Nery

Delmo, permita uma correção. Acho que seu amigo empresário paisano está meio desatualizado. Os aviadores navais, TODOS, passam pela AFA e fazem um curso “expedito” (como diz a MB) no T-25. Os melhores (por volta de 3) continuam no T-27. VÁRIOS fizeram o curso de caça no 2°/5° GAV. VÁRIOS voaram no 1°/4° GAV e agora nos Terceiros. Inclusive, um faleceu em Campo Grande devido desorientação espacial após a decolagem. Há, hoje, aviadores navais exercendo a função de instrutores na AFA. Meu filho foi aluno deles. Conheci aquele que perdeu a visão na colisão com urubu em Salvador. Na COPAC,… Read more »

Rinaldo Nery

Juarez, pode ter sido por aí. Mas a pergunta que não quer calar: pra que reunir em básica?

Juarez

Amigos, reavivo o assunto, pois acho que em memória do CC Igor devemos continuar insistindo junto aos marinheiros de plantão por aqui, que neste assunto simplesmente desapareceram do tópico.
Caros Alm LM, XO, John Paul Jones, Aircobra, Aericz chegou a hora de dizermos a verdade a todos aqui sobre ocorrido. Sei que todos os citados sabem exatamente o porque que a MB NÃO QUER ACHAR O A4, eu também sei.
Senhores lembrem do juramento que todos fizemos quando ingressamos na caserna.

G abraço