Vazaram documentos secretos dos submarinos ‘Scorpene’
Documentos com 22.400 páginas marcados como “Restricted Scorpene India” vazaram, informou o jornal “The Australian”.
A mídia indiana também está repercutindo a notícia em vários jornais.
Entre as milhares de páginas vazadas estão dados secretos sobre os sensores, sistemas de comunicação e navegação do Scorpene. Cerca de 500 páginas tratam do sistema de lançamento de torpedos.
Informações sensíveis como limitações, otimização de desempenho e discrição acústica também estão nos documentos. O vazamento das informações pode deixar os submarinos Scorpene mais vulneráveis aos inimigos.
A DCNS da França disse que estava ciente dos artigos publicados na imprensa australiana e que “as autoridades de segurança nacional” tinham aberto um inquérito sobre o assunto, sem dar mais detalhes.
Acredita-se que o vazamento possa ter passado por empresas do Sudeste Asiático antes de eventualmente ser enviado para uma empresa na Austrália, disse o jornal.
O vazamento coloca em risco o novo contrato da DCNS para fornecimento de submarinos à Austrália, já que muitas tecnologias do Scorpene estarão presentes nos novos submarinos australianos.
O vazamento é mais problemático para a Índia, mas também para a Malásia e para o Chile, que usam uma variante do Scorpene. O Brasil deve começar a operar seu primeiro Scorpene a partir de 2018.
Entre as informações secretas dos documentos estão:
- As capacidades furtivas dos seis novos submarinos Scorpene indianos
- As frequências em que os submarinos coletam dados de inteligência
- Os níveis de ruído dos submarinos em várias velocidades
- Profundidades de mergulho, alcance e autonomia
- Dados magnéticos, eletromagnéticos e infra-vermelho
- Especificações do sistema de lançamento de torpedos do submarino e do sistema de combate
- Velocidade e as condições necessárias para o uso do periscópio
- Especificações de ruído do hélice
- Os níveis de ruído irradiado quando submarino vem à superfície
Veja abaixo algumas das páginas vazadas, mas com alguns dados censurados pelo jornal australiano: