Maersk Luz - 01 set 2011 - 3

ClippingNEWS-PAA Maersk Line, o maior grupo mundial de transporte marítimo de contêineres, está se beneficiando da aparente fuga rumo à segurança que se seguiu ao pedido de falência de sua concorrente sul-coreana Hanjin. A empresa dinamarquesa incorporou novos clientes em rotas comerciais significativas.

Jakob Stausholm, diretor de estratégia e de transformação da Maersk, disse que o grupo abriu uma rota transpacífica a fim de absorver a demanda formada pelos clientes da Hanjin.

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“Neste exato momento, estamos observando uma grande demanda da parte dos clientes, que tentamos atender”, disse Stausholm. “Muitos clientes buscam soluções da nossa parte.”

Outro dirigente da Maersk afirmou: “Os clientes querem uma empresa financeiramente sólida, e é por isso que estão nos procurando.”

O pedido de falência da Hanjin Shipping repercutiu sobre todo o setor de transporte marítimo de contêineres, que amarga uma baixa recorde das taxas de frete em meio a um excesso de capacidade crônico.

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Em termos do número de contêineres envolvido, a falência da Hanjin é mais de seis vezes maior que a de qualquer outra do setor marítimo até agora, de acordo com a provedora de dados de transporte marítimo Alphaliner.

Isso levou Gerry Wang, o diretor executivo da empresa de arrendamento de navios porta-contêiner do armador canadense Seaspan, a dizer à Bloomberg que “as consequências da [falência da] Hanjin Shipping são como as da [falência do] Lehman Brothers para os mercados financeiros”. A Seaspan gere quatro navios para a Hanjin e tem outros três afretados para o grupo sul-coreano.

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M/V Cosco Vietnam, de propriedade da Seaspan, afretado a Cosco

Dezenas de navios da Hanjin – a sétima maior linha de contêineres do mundo – estão parados no mar, portando uma carga estimada em US$ 14 bilhões.

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Stausholm minimizou o impacto da falência, argumentando que colapsos desse tipo são normais quando as empresas enfrentam dificuldades, como é o caso, atualmente, de muitas do setor de transporte marítimo de contêineres. “Não deveríamos encarar isso como tão dramático”, disse ele. “Está certo que se trata de um setor muito competitivo, e está certo que as taxas de frete alcançaram uma baixa recorde de todos os tempos. Mas, quando as empresas não estão gerando fluxo de caixa, fica difícil continuar.”

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FONTE: Valor, via Portos e Navios

Fotos: Silvio Roberto Smera e Marcelo ‘MO’ Lopes

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