Visitamos o USS Nautilus, primeiro submarino de propulsão nuclear

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Por Franz Neeracher (Reportagem e Fotos)

Quase na metade do caminho entre as cidades de New York e Boston, mais precisamente no Estado de Connecticut, situa-se a pequena cidade de Groton.

Além de ser uma importante base de submarinos nuclear de ataque (SSN), a cidade abriga uma das duas fábricas de submarinos nos EUA; a outra situa-se em Newport News, Virginia.

Infelizmente a Base Naval não pode ser visitada; mas nem por isso deve-se perder a oportunidade de visitar essa cidade, pois lá fica o “The Submarine Force Museum”, tendo como atração principal o primeiro submarino nuclear de ataque operacional, o USS Nautilus (SSN 571).

Para obter mais informações, tanto sobre o museu como sobre o USS Nutilus, utilize esses links:

Interessante que ao visitar o submarino, o visitante entra pela proa, vai até o centro e deixa o submarino novamente pela proa.

Entre os vários submarinos museus que existem espalhados pelo mundo, sempre entra-se pela proa e/ou popa e pode-se andar por quase todos compartimentos.

No Nautilus, o compartimento entre o centro e a popa é fechado para visitantes por motivos de segurança, pois é lá que ficava todo o compartimento de máquinas e o reator nuclear.

Apesar deste ter sido removido e todos os resíduos terem sido eliminados, as autoridades resolveram não permitir a entrada de visitantes.

A entrada é franca e o museu oferece vários atrativos como biblioteca, loja de souvenirs entre outros.

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Câmara de resgate submarino que era usada antes do surgimento do DSRV (Deep Submergence Rescue Vehicle)
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Torpedos Mk.14 e Mk.35
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Torpedo Mk.48 e foguete antissubmarino SUBROC
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A vela do Nautilus
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Painel com fotos no Museu
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Bonecos simulando tripulantes reparando uma tubulação do Nautilus
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Bonecos simulando o uso de máscaras de oxigênio usadas em caso de incêndio a bordo
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Compartimento de manobras do Nautilus
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Distintivos de submarinistas
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Cozinha
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Escotilha estanque entre compartimentos
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Compartimento de manobra
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Escada que leva ao convés inferior
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Camarote do comandante
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Camarote de oficiais
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Escotilha estanque entre compartimentos
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Praça D’Armas
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Beliches de tripulantes
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A prancha que liga o USS Nautilus ao cais
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Os visitantes entram e saem pela proa do submarino
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ALEX SP

Coisa linda de se ver.

Gustavo Borges

Eu gostaria de ver um Typhoon preservado como museu mas acho difícil que isso um dia ocorra.

Rafael M. F.

“Underway on Nuclear Power”

ney

Nao é permitido ver tudo por ter parte da tecnologia nuclear roubada da Russia.

XO

Really ???

Luciano Baqueiro

Primeiramente, não podiam ter escolhido um melhor nome p/ ele. Gostaria de saber qual o intervalo p/ recarga do combustível nuclear e se houve melhoras nesse quesito durante sua vida operacional, tanto c/ relação a este como se trocou o primitivo reator ou se pelo menos ele sofreu atualizações. Uma coisa que me chamou a atenção foi que mesmo sendo o 1º do tipo no mundo só foi descomissionado em 1980 ( segundo o link do Wiki ).

Guizmo

O nome do submarino sempre me chamou atenção. Primeiro porque sempre fui fã de 20 mil léguas, segundo pq fala muito do espírito americano. Sem fazer juízo de valor, mas é uma constatação. Os EUA nomeiam seu projeto militar mais disruptivo dos anos 50 com o nome de uma “personagem” da literatura de Verne, francês do séc 19. Isso por si já é incrível. Em países cujo viés estatal é mais forte, como o Brasil, os nomes de projetos dessa magnitude fatalmente homenageiam pessoas ou batalhas. De novo, não estou fazendo críticas, apenas relatando fatos. Sobre o preconceito que o… Read more »

Rafael M. F.

Convém lembrar o feito mais extraordinário do Nautilus: atingir o Polo Norte por baixo da calota polar.
.
O extraordinário desse feito está no fato de que eram águas não-mapeadas, com o navio valendo-se apenas do sonar, bússolas convencional e giroscópica e INS.

Leo Barreiro

Senhores Desculpa a ignorância, mas por que tem o distintivo do Brasil? Ele no passado veio nos visitar?Outra dúvida que tenho é em caso de guerra e um submarino nuclear é atingido por um torpedo ou mesmo afundado por um navio de superfície, ocasionaria em uma catástrofe em águas internacionais e até mesmo nas águas do país atacante ou do “atacado” …. Correto? Isso não seria um ataque nuclear?? E por favor, o que são aqueles dutos ligados ao submarino? Agora a pergunta que não quer calar…… Se ele tinha tecnologia Russa, por que os russos não fizeram primeiro??? KKKKKK… Read more »

control

Srs Só para comparar: Este submarino foi o primeiro sub nuclear e levou apenas perto de 3 anos para ser contruído e lançado ao mar; e seu reator foi desenvolvido e entrou em operação em cerca de 8 anos. Nós estamos estudando e desenvolvendo nosso submarino nuclear desde a década de 80, lá vão quase 4 décadas e ainda não construímos um único reator e acabamos comprando um casco do dito cujo por uma fábula de dinheiro. Por que não conseguimos desenvolver o reator, visto que pelo menos parte das informações para tanto são públicas? Porque não desenvolvemos o casco… Read more »

Jmgsboston

Ney, mas se o Nautilus foi o primeiro…… Não seria o contrário? O segundo a ser construido é que teve a tecnologia roubada? Alias so não visitei o Nautilus ainda nem sei por que.

Guilherme Poggio

Olha só que programa legal para se fazer!

Parabéns pelas fotos Franz.

Grande abraço

Bardini

control 30 de outubro de 2016 at 21:06
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Orçamento para derrotar Comunista…
No limits…

Humberto

Control, Vou deixar os meus pitacos. 1- Os EUA na segunda grande guerra montaram o projeto Manhatan que foi o projeto mais caro de toda história, do mesmo sairam as bombas nucleares, várias usinas nucleares e principalmente muita gente preparada (acho que eram mais de 100 mil pessoas envolvidas no projeto). 2- Com o final da segunda grande guerra os americanos tiveram acesso aos submarinos alemães e os grandes submarinos japoneses, com a expertise de milhares de engenheiros navais americanos mais os alemães importados a coisa ficou bem mais fácil. 3- Finalmente os americanos são uma potencia financeira e militar,… Read more »

control

Srs Jovem Humberto Dinheiro: Estamos queimando ~10 bilhões de doletas para obter um casco; Mão de obra: Tivemos décadas para formar (o Tio Sam não teve). Necessidade: a MB sacrificou as escoltas e o A12 para ter o dito casco. Portanto é muito prioritário. Experiência: Os IKL no AMRJ. Conhecimento: Tivemos décadas para formar pessoal com conhecimento em reatores e alguma coisa aprendemos com Angra. Vontade: Provavelmente aí que a coisa pega. Parece que queremos o subnuc mais para marketing, porque parece bacana e corresponde a uma potência. Ou talvez seja nossa cultura de Macunaima: O importante e curtir a… Read more »

Dalton

Parabéns pela matéria Franz e comentando rapidamente em cima dos comentários: . Quando visitei o “Nautilus” 10 anos atrás havia em uma parede/tabique uma cópia do livro de Julio Verne, em francês da primeira edição… uma senhora homenagem. . O fato de haver apenas “manequins” representando homens caucasianos não significa que tripulantes afrodescendentes não estivessem a bordo desde o início e não eram apenas “taifeiros e/ou cozinheiros” já que é possível ver fotos de taifeiros caucasianos a bordo do “Nautilus” desde que foi comissionado, mas, certamente, os afrodescendentes eram e continuam sendo minoria a bordo, uma explicação sendo que constituem… Read more »

Luciano Baqueiro

Caro Dalton obrigado pelas suas informações. Perguntei sobre os intervalos de recarga do Nautilus pensando no caso do nosso 1º sub nuclear, pois já li que ele teria que ser recarregado a cada 2/3 anos. Se ele for realmente construído ( digo isso de maneira bem pragmática, pois os obstáculos políticos, tecnológicos e financeiros são colossais ) e se esta informação for confirmada, teríamos uma situação aparentemente semelhante ( considerando o período inicial americano ), mas c/ um intervalo de uns 70 anos … Que ele pelo menos seja seguro p/ a tripulação e o meio ambiente, AMÉM !

Airacobra

Na oitava foto vemos dois “bonecos” fazendo o uso de EPR (mascaras), sendo que um usa a MSA, usei muito esse tipo de EPR de sistema fechado, ao termino do reagente jogavamos a lata no mar e rolava uma explosão. Lembro também das “mascaras” de escape ELSA, que haviam em cada beliche dos CTs, NDDs e Mattoso Maia, nenhum navio da MB hoje tem nada parecido, então em caso de um incendio que alague de fumaça uma grande área os tripulantes já era, pois as “mascaras” disponiveis são para os grupos de CAV e não para toda tripulação, cada um… Read more »

Jota

Boa tarde à todos. Humberto 31 de outubro de 2016 at 0:42 ” … 1- Os EUA na segunda grande guerra montaram o projeto Manhatan que foi o projeto mais caro de toda história, …” Humberto , eu também achava a mesma coisa , mas recentemente , lendo a Wikipedia do B29, me deparei com isso: “.. It was the single most expensive weapons project undertaken by the United States in World War II, exceeding the cost of the Manhattan Project by between 1 and 1.7 billion dollars.” Na minha opnião , os EUA consideravam seriamente a possibilidade de eles… Read more »

Dalton

Luciano…. . só agora vi sua resposta…veja que o que escrevi refere-se apenas à evolução dos submarinos de propulsão nuclear da US Navy que utilizam urânio altamente enriquecido, ou, High Enriched Uraniun – HEU…assim também são os submarinos russos e britânicos. . Os submarinos franceses podem até necessitar de reabastecimento mais seguidamente pois utilizam urânio de baixo enriquecimento ou Low Enrich Uraniun – LEU, mas, seguramente os franceses dominam melhor essa tecnologia. . Os futuros submarinos de propulsão nuclear da marinha brasileira, se de fato forem construídos seguirão o exemplo francês, mas, o que já li sobre o assunto é… Read more »

Luciano Baqueiro

Obrigado amigo, ref aos 2/3 anos foi o que li, mas também não quis me aprofundar nisso, apenas pensei em fazer uma comparação, afinal o SN 10 Alvaro Alberto será/seria o nosso Nautilus. Desculpe pelo abuso.
Abs.

Dalton

Nenhuma necessidade para desculpa, muito pelo contrário…meus amigos de carne e osso não dão a mínima para navios e/ou assuntos relacionados à defesa, não que eu veja algo errado nisso, mas, aqui no PN é possível debater, aprender e eventualmente “ensinar” sobre assuntos que genuinamente aprecio e aqui os que menos sabem sobre defesa sabem muito mais que a grande maioria.
abraços