Guerra das Malvinas: O afundamento do destróier HMS ‘Coventry’
O moderno destróier britânico HMS Coventry, Type 42, foi afundado durante a campanha para a recuperação das Ilhas Falklands/Malvinas no dia 25 de maio de 1982, quando foi atacado por duas levas de jatos A-4B Skyhawk do Grupo 5 da Força Aérea Argentina.
O HMS Coventry foi atingido por três bombas de 250kg, sendo que duas explodiram provocando violento incêndio e embarque de água. O navio emborcou 20 minutos depois do ataque e afundou logo em seguida. 19 membros da tripulação perderam a vida e 30 saíram feridos.
A fragata HMS Broadsword (atual fragata Greenhalgh da Marinha do Brasil) estava acompanhando o HMS Coventry durante o ataque e também foi atingida por uma bomba no convoo, mas a mesma não explodiu.
O HMS Coventry foi o segundo destróier Type 42 afundado na Guerra das Malvinas pela Aviação Argentina. O primeiro foi líder da classe, o HMS Sheffield, afundado por um míssil Exocet AM39 lançado de uma jato Super Étendard da Armada Argentina.
As fotos em cores mostram o navio após o ataque dos Skyhawk. Na última imagem, a reprodução de uma pintura alusiva ao ataque.
pq os sistemas anti-aéreo não detectavam as aeronaves, e pq tantos armamentos falhavam? inacreditável a sequencia de erros nessa guerra
Fernando, Por incrível que pareça os navios britânicos estavam preparados para as ameças russas das décadas de 70 e 80 mas estavam completamente vulneráveis às táticas da SGM. Somando essas táticas à velocidade subsônica alta de um avião de ataque a jato e têm-se um quadro perturbador. Um destróier britânico típico da SGM tinha uns 20 canhões de 114, 40 e 20 mm para a defesa antiaérea enquanto o Conventry contava com um lançador de mísseis Sea Dart de grande altitude que não era adequado para alvos em nível ultra baixo, um canhão de 114 mm que também não era… Read more »
A.Conventry foi posicionada como armadilha e havia abatido o.Cap.Palaver, que voltava de San Carlos opos ataque ja buscando altitude para poupar combustivel, ele era chefe de operacoes do esquadrao, seus 4 companheiroa fizeram esse voo especial poucas horas depois, eles foram informados pelos observadores no Aerodromo Calderon em Peble Island.
correção: “ameaças soviéticas” e não “ameaças russas”.
O maior inimigo em potencial da Royal Navy em 1982 eram os submarinos soviéticos…para tudo o
mais ela teria a companhia da US Navy que a propósito, não parava de crescer e atingiria seu
ápice alguns anos depois…isso pode ajudar à explicar algumas situações ocorridas.
Prezados
Creio q um grande fator, foi a perda de AEW da RN. Isso foi solucionado com os Sea King AEW mais tarde. Se esse tipo de aeronave estivesse presente, a antecipação em verificar a ameaça poderia ter dado solução a muitos ataques.
Sds
Fernando, o buraco é bem mais embaixo… somente o Sea Wolflf era adequado para fazer frente às ameaças configuradas pelas aeronaves argentinas em perfil baixo de voo… o radar DT, nessa situação, fica oscilando levemente, por causa do retorno do mar, prejudicando a solução de tiro… o 4,5 tem baixa cadência para emprego AA… e o Zé Cat nem conta (embora tenha conseguido algum sucesso)… sem contar as ocasiões, por vezes no meio do combate, em que o pessoal tinha de ir nos lançadores e radares para retirar sal impregnado, o que impactava no correto funcionamento dos equipamentos… enfim… ambiente… Read more »
Four weeks in may… esse é o nome do livro…
Assim como a ARA foi para o combate antes do que previa, a RN também estava em processo de reformulação, na época tinha poucas unidades equipadas com o mísseis AA mais modernos, a combinação NAe VSTOL + Harrier era uma coisa nova e não tinha sido pensada para esse emprego. Uma coisa é projeto e teste outra coisa é emprego real. Só na hora do “vamos vê” é que se tem certeza que as tecnologias irão funcionar como previsto. Não foi à toa que o comandante do Conqueror optou por utilizar torpedos “burros” pra atingir o Belgrano, não confiava plenamente… Read more »
Agradeço aos colegas pelas resposas esclarecedoras. XO, “ambiente hostil, ameaças para as quais eles não estavam preparados” em plena guerra fria os britânicos não estarem preparados para enfrentarem ambiente hostil e uma ameaça inferior é estranho. Visto que eles tinham uma tradição de combate, principalmente naval, bem mais a frente doq os argentinos. Creio que se fosse um inimigo mais capacitado, em conhecimento estratégico e em equipamentos, a história teria sido diferente. Vale salientar que problemas foram enfrentados por ambas as forças, vide o caso das bombas lançadas pelos A4 que não explodiram, enfim, é só na hora do vamo… Read more »
Huelo rasante y huevos, muchos huevos amigos. Saludos!!
Fernando, quando a crise estourou, muitos militares britânicos tiveram de ir aos mapas saber onde era a tal ilha… o foco deles ficava no norte… quando cito ambiente hostil e as ameaças quero dizer que o intel deles era fraco para o teatro de operações e o inimigo a ser enfrentado… foram de certa forma surpreendidos…. só o profissionalismo os salvou ( um pouco de sorte também)… aos argentinos restou a coragem, o que não pode ser desmerecido, mas que não sustentou seu despreparo para uma campanha como aquela… abraço…