A Marinha e o desenvolvimento da Informática no Brasil
Na década de 1950, surge no Brasil o desejo de se desenvolver um computador nacional, aos moldes da indústria que surgia no exterior. Em 1961, alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) criam o primeiro projeto de computador em território nacional, que foi chamado de “Zezinho”.
Outras universidades começam a desenvolver seus próprios projetos: A Unicamp, com apoio da Marinha, lança o “Projeto Cisne Branco”. Na Universidade de São Paulo (USP), se desenvolve o “Pato Feio”. O nome é uma pequena piada, pois se a prioridade do Governo Militar era o Cisne Branco, o projeto da USP era o patinho feio da história. Fato é que o Pato Feio fica pronto antes, com o tamanho de uma geladeira e a memória de uma agenda eletrônica.
Na mesma época, a Marinha compra seis fragatas inglesas. Os sistemas de armas desses modernos navios de guerra eram todos controlados por computador. Dominar a tecnologia virou questão de segurança nacional. Os criadores do Pato Feio foram então contratados pela Marinha para desenvolver um novo computador, batizado de G10.
Fundação da COBRA
Em 18 de julho de 1974, nasce a Cobra – Computadores e Sistemas Brasileiros, no Rio de Janeiro, com o objetivo de desenvolver tecnologia genuinamente nacional. A primeira fábrica de computadores seria fruto da união da Marinha, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da fábrica inglesa Ferranti.
A equipe da empresa foi formada inicialmente por profissionais que vieram da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), da USP (Pato Feio) e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (RJ).
A criação da Cobra justificou-se tanto pela razão estratégica, de prover o Brasil de domínio tecnológico, quanto econômica, por real necessidade do mercado interno.
De início, a Empresa reproduziu aqui um computador da Ferranti. Com o conhecimento adquirido, foi possível desenvolver novas placas, alterar componentes e criar novos modelos de fabricação.
Anos 1980
Inicialmente a empresa produzia computadores da Ferranti. Com o conhecimento adquirido, novos modelos e placas foram produzidos, até ser produzido em 1980 o COBRA 530, o primeiro computador comercial totalmente projetado e construído no Brasil.
Outro modelo que foi muito popular no Brasil nos anos 1980 foi o COBRA 210, fabricado a partir de 1983 com um processador Z80, compatível com 8080 e dois drives para disquetes de 8 polegadas.
Em pouquíssimos anos, mais da metade do mercado nacional de informática já era constituído de produtos desenvolvidos e fabricados em solo nacional. A Cobra serviu de estímulo para a criação de várias outras empresas, tornando-se pedra fundamental do setor de informática no País. De mero consumidor, o Brasil passou a exportar para o Mundo sua tecnologia.
Foram vendidas cerca de seis mil unidades dos computadores da linha 500/530, um enorme sucesso comercial para época, com preços compatíveis aos praticados no mercado europeu.
O bom desempenho da Cobra e da nascente indústria nacional de informática fez com que, em 3 de outubro de 1984, o Governo Federal aprovasse a Lei da Informática, que instituiu a chamada “Reserva de Mercado”, dificultando as importações. O objetivo era proteger a produção nacional e atingir a soberania tecnológica.
Governos estrangeiros reagiram à reserva de mercado. Os Estados Unidos da América aumentaram tarifas sobre vários produtos brasileiros. Sob pressão, apenas três anos depois, o Governo Brasileiro cede e aprova a Lei de Software, em 1987, iniciando a abertura sem planejamento do mercado de informática do País.
Anos 1990
Vencedor das primeiras eleições presidenciais em três décadas, o Governo Collor aprova uma nova Lei de Informática, que representou uma abertura definitiva do mercado brasileiro, resultando no fechamento de várias fábricas e empresas do setor.
Ao mesmo tempo, os avanços tecnológicos da década de 90 e a popularização da Internet fez com que os bancos dessem um salto de qualidade na automação de seus produtos e serviços: surgiram caixas eletrônicos, cartões magnéticos, o código de barras e o Internet Banking.
Acompanhando a tendência do mercado, o Banco do Brasil adquire a maior parte das ações da Cobra, que passa a ser parceira na prestação de serviços de tecnologia. Grandes contratos são assinados, como o de “Assistência Técnica” e o de “Processamento Eletrônico de Documentos”.
Anos 2000
A empresa muda seu nome para Cobra Tecnologia e consolida-se como parceira estratégica do Banco do Brasil e também continua a atuar como provedora de soluções tecnológicas para administração pública federal, estadual e municipal.
O Governo Federal começa a estimular o uso de Softwares Livres, que são sistemas com código-fonte aberto e propriedade intelectual coletiva, como forma de reduzir a dependência das grandes empresas.
Em 2005, a Cobra assina contrato de prestação de serviços especializados em Software Livre para o Banco do Brasil. A Empresa colabora para o que foi uma das maiores migrações do mundo para sistemas abertos. Mais de 100 mil equipamentos do BB passaram a rodar com sistema operacional livre, o GNU/Linux, inclusive todos os Terminais de Autoatendimento.
Anos 2010
Em 2012, a Empresa se reposicionou e passou a se dedicar principalmente à prestação de serviços para o Conglomerado Banco do Brasil, em duas frentes: Serviços de Processos de Negócios (BPO) e Serviços de Tecnologia da Informação (ITO).
Em 2013, mudou seu nome fantasia para BB Tecnologia e Serviços (BBTS), como forma de demonstrar ao mercado sua proximidade e alinhamento com seu controlador, o Banco do Brasil, que detém 99,97% de seu capital social.
A BBTS conta hoje com um portifólio diversificado: Assistência Técnica, Monitoração, Segurança Eletrônica, Contact Center, Apoio Logístico a serviços bancários, Gerenciamento de Documentos, Impressão, Fábricas de Software e Testes, Software Livre, Gestão de Recursos de Telecomunicações e SMS Broker.
A Empresa terminou o ano de 2013 com um faturamento de R$ 616 milhões, quatro mil colaboradores e capacidade de atendimento em 3.600 municípios brasileiros, tendo a capilaridade pelo território nacional um de seus principais diferenciais competitivos.
Como “visão de futuro”, passou a perseguir ser reconhecida como principal e melhor parceira estratégica do Banco do Brasil na prestação de serviços tecnológicos.
FONTE: Wikipédia/Museu da Computação e Informática – MCI
SÓ QUE O BRASIL NÃO TEM COMPETÊNCIA DE PRODUZIR CHIPS DE VERDADE. PIADA……
De nada adiantou isso. Dependemos de tecnologia importada, a reserva foi um tiro no pé.
Me lembro bem disso. Eu tinha um ‘Apple IIe’ fabricado no Brasil pela CCE, o ‘Exato’. Nem HD tinha! Anos mais tarde, fui fazer um curso de extensão no CCE (interessante coincidência que só me dei conta ao escrever isso) da PUC-RJ. Metaleiro, cabelão em pé, corrente, botas, e tudo mais no meio daqueles mauricinhos, que na verdade não eram mauricinhos, e sim pessoas que já trabalhavam e iam para lá direto do trabalho. Mas lembro-me bem que foi lá nas aulas do curso de extensão da PUC-RJ que aprendi algoritmos de verdade. Eram quadros negros inteiros de algorítmos durante… Read more »
Interessante relato Leandro.
abs
Ou seja. começou bem mas aí veio a tal reserva de mercado ao invés de abrir, ampliar parcerias com a iniciativa privada, universidades e investimentos estrangeiros. Várias empresas que foram criadas na Zona Franca de Manaus eram mero montadores de dispositivos importados, com um gap tecnológico e de pelo menos uma geração. Trabalhava em banco nessa época e PC com chip 8080 era padrão desktop e caríssimos. vendidos por empresas como Dismac, Microtec e servidores eram com chip 386 enquanto em países avançados o 386 já eram desktop a muito tempo. Graças a contrabandistas que pessoas comuns compravam a preços… Read more »
Seria o Cmte José Vanni Filho ??? Ele foi meu segundo Comandante na V33… cara inteligentíssimo, 01 de turma, fez curso em Monterrey… boa gente…
Alguns criticam a reserva de mercado.
E aí?
Passaram-se 30 anos…
Muita coisa mudou… No que nossa indústria progrediu?
A Coreia e a China se desenvolveram, e o Brasil ficou para trás.
É uma área na qual o Brasil deveria investir…
Tecnologia rende muito dinheiro…
Nonato, o mais barato é investir na área de desenvolvimento de software e nem isto o (des)governo fez. O primeiro computador que eu aprendi a programar foi no TK85 que ligava na TV feito um videogame.. Depois passei para o CP500 que parecia uma registradora de supermercado. O primeiro computador que eu tive era da Gradiente.. A reserva de mercado teria sido interessante se ela tivesse sido provisória. Os computadores nacionais na época custavam uma fortuna e ja eram obsoletos no exterior, mas sempre tinha alguém que trazia um na mala em viagem ao Exterior. E ainda tem gente que… Read more »
O ponto chave é dominar a arquitetura de microprocessadores e pouquíssimos países dominam isso, praticamente é só os EUA seguido da Inglaterra com a arquitetura ARM que hoje equipa os celulares e outros dispositivos móveis mas são processadores menos potentes.
Rodrigo Martins Ferreira 28 de maio de 2017 at 20:17 Ma a reserva de mercado de informática foi algo gestado exclusivamente pelos militares? Acho que o problema maior aí foi a acomodação da indústria nacional (ou melhor dizendo, dos empresários do setor) perante a ‘facilidade’ que tinha em não ter concorrência… Não diferente da situação da indústria automobilística nacional, até então também sem concorrência dos importados, tanto que o Collor falou que os carros nacionais eram umas carroças…! Não que eu queira os militares de volta ao Governo, mas eu diria que, ao menos, eles tinham um Projeto de desenvolvimento… Read more »
Exatamente como o Rodrigo Martins disse, reserva temporária para fortalecimento da indústria. E o que deveria ser um impulso se tornou uma muleta e mesmo com tantas falências na época ou algum tempo depois, estamos vendo a mesma porcaria acontecer novamente só que agora, alguns “falidos” estão milionários, os amiguinhos do Estado com seu capitalismo de compadres, e não quebrados …
E nós continuamos errando nas mesmas coisas ,basta ver essa tentativa furada dos estaleiros nacionais da era Lula ,só prejuízo e corrupção.
XO, infelizmente não me recordo do nome completo dele. Usava óculos, cabelos castanhos claros e muito boa gente. Me parece o tipo de oficial que explica aos subordinados o por que de cada atividade e suas finalidades, objetivos, etc. Tipo de oficial que eu gostaria de ver sempre na MB.
Rodrigo Martins. Realmente, pode ser que a reserva de mercado tenha inconvenientes. Mas não ter indústria nacional também é um problema. E atualmente computadores não são nada baratos. Qualquer i3 custa 2, 3 mil reais. E querem empurrar uns Celeron, coisa de 15 anos atrás… Se fosse na época da reserva de mercado, diriam que tal política era a responsável. A China incentiva empresas locais, muitas das quais públicas. Aí vêm e compram nossas empresas de eletricidade… E nós achamos legal a abertura de mercado. Quanto aos estaleiros locais o problema não é o que se faz, mas como se… Read more »
Esse é assunto para dar treta mas colocar “militares brasileiro” e “desenvolvimento da informática” na mesma frase é pedir para forçar a amizade. Os militares com sua maldita reserva de mercado atrasaram por anos o desenvolvimento da TI no Brasil. Vivia-se de clones, contrabando e produtos de baixíssima qualidade. Tudo era cópia de produtos estrangeiros, não se desenvolvia praticamente nada aqui. O Unitron 512 citado ali, por exemplo, é um dos casos mais claros de pirataria brasileira. Tanto que é tido como um dos motivos da Apple ter demorado tanto para vir para o Brasil pois o Steve Jobs guardou… Read more »
Um detalhe, a lei que criou a reserva de mercado em 1994, também previa seu fim. Logo não foi exatamente o Collor quem acabou com a reserva. Desde a crise do petróleo em 1976, como forma de equilibrar a balança comercial, o governo militar proibiu a importação de diversos bens de consumo, entre eles veículos e equipamentos eletrônicos. Temos que entender a reserva como uma ferramenta e não um modelo. Muitas empresas sucumbiram e não conseguiam investir devido a inflação da época. Os componentes eram comprados em dolar e o produto montado vendido na moeda brasileira, que se desvalorizava diariamente.… Read more »
ELJ, . O que os militares poderiam fazer: – buscar produzir mais petróleo; – reduzir impostos, melhorar a infraestrutura, diminuir o custo trabalhista e etc para que o Brasil exportasse mais produtos e equilibrasse a balança comercial; – combater a inflação atacando seus fundamentos e não suas consequências; . Mas é claro que ele, em nome do nacional-desenvolvimentismo, agiu de forma simular ao governo petista e resolveu regulamentar, proteger e incentivar a indústria nacional, causando enormes prejuízos ao povo brasileiro. . Desculpa mas negar que essa política causou um atraso tecnológico no Brasil e citar um setor que não ficou… Read more »
Rafael Oliveira 31 de maio de 2017 at 12:03 “No mais, fiquei curioso, qual artigo da Lei 7232/84 previa o fim da reserva de mercado e qual a data estipulada para isso ocorrer?” Não seria o texto do artigo 8 inciso VI? Aliás, a reserva nem 8 anos durou, pois com a lei 8248/91 ela “se finou-se”. Em tempo, 1984 foi o último ano de governo militar, nos demais anos que houve reserva de mercado de informática, gozávamos de pleno regime democrático! E mais, como produzir mais petróleo e baixar impostos ao mesmo tempo? Com qual dinheiro investiriam na Petrobras?… Read more »
Eparro. . Esse inciso diz respeito apenas à manifestação prévia sobre as importações. A questão da tributação alta, da preferência pelo produto nacional, dentre outras medidas que criavam, de fato, uma reserva de mercado, continuaram existindo. A lei 8248/91 continuou e até mesmo reforçou os benefícios estatais para empresas fabricassem produtos de informática no Brasil. . Sim, gozávamos de um período democrático (pero no mucho, ja que ainda não tínhamos sequer uma Constituição democrática), mas era o Governo do Sarney, do qual não podíamos esperar muito, fora a parte que não é tão fácil sair revogando leis. Já pensou o… Read more »
BELISSIMA MATÉRIA QUEM É MÁIS VELHO, DEVE TER SENTIDO SAUDADES
Rafael Oliveira 1 de junho de 2017 at 7:42 “Se a gente levar em conta que na década de 80 haviam poucos direitos à população…” De qual década de 80 você está falando? Você sabe quando foi criado o FGTS e o que havia antes dele? Você sabe quando foi criado o INPS e o que havia antes dele? Você sabe de quanto era o IPI em 1963 e quanto era em 1970? E o ICM deste período? Na década e 1980 os bancos brasileiros planejaram, começaram e implantaram a automação bancária no país. Aliás, no Citibank só usavam Apple!… Read more »
Depois que eu vi um General de Brigada admitindo que a reserva de mercado foi um erro… Ai vem gente distorcer a realidade para dizer que ela fez bem. Se duvidam, procurem no Youtube a audiência pública sobre o novo decreto de produtos controlados. A audiência em si foi um lixo, uma verdadeira conversa de compadres e foram literalmente 3h jogadas no lixo, mas o General Neiva, pelo menos teve a hombridade em admitir que a atual reserva de mercado para armas nacionais está sendo tão ou mais errada que a reserva de mercado de informática e que o Exército… Read more »
Os computadores de Gradiente e CCE eram de um padrão japonês concorrente.
Assim como os Commodore e Amiga.
E que também não vingaram.
RodrigoMF 4 de junho de 2017 at 16:07
E algum banco grande abriu mão do mainframe? Aliás, algum banco grande abriu mão do COBOL? Os terminais de autoatendimento dos bancos são feitos onde e os software deles? Aliás, algum banco compra software ou hardware da China?
Meu, é certo que “reserva de mercado” coisa boa não é! Entretanto, é um artifício que, quando bem usado, pode resultar bem. A meu ver, a reserva de mercado de informática não foi esta desgraceira que você parece afirmar. Além do mais, olhar para trás e apontar erros, é sempre fácil.
Eparro, FGTS foi criado em 1966 para substituir a estabilidade decenal. Quem custeia é a empresa e não o governo (pelo contrário, acaba havendo uma poupança forçada usada para financiamento imobiliário e de infraestrutura). Não me referia a esse tipo de direito. Estava dizendo sobre outros direitos, aqueles que o Governo se obriga a fornecer, tomando dinheiro do povo por meio da tributação. Você falou no INPS. Não existia SUS e existe uma grande diferença entre eles: o último é para qualquer um que esteja no Brasil, enquanto o INPS e outros órgãos correlatos. Também só eram assegurados os 4… Read more »
Rafael Oliveira 4 de junho de 2017 at 18:07 Sinto discordar profundamente. Não fosse o governo criar a lei do FGTS não haveria a contribuição e a garantia ao trabalhador, coisa que não era líquida e certa antes. É, mas através do INPS as pessoas tinha acesso aos hospitais públicos sim. O estudo era obrigatório até ao 4º ano ginasial. Além de existirem os colégios técnicos profissionalizantes, que despejavam uma grande massa de trabalhadores para a indústria automobilística, todos os anos. Inclusive Lullinha (de maldita memória) fala disso até hoje. E aquele pai que não matriculasse seu filho no ginásio,… Read more »
Eparro. Líquido e certo nem o FGTS é. Um monte de trabalhador registrado quando vai sacar o FGTS descobre que faltam depósitos ou, às vezes, sequer foi feito um único depósito. É um direito mais ou menos, pois só saca se for dispensado sem justa causa e em circunstâncias especiais. E rende menos que a inflação. Ou seja, é um desinvestimento. Você provavelmente era de classe média e de uma cidade grande, por isso tem essa visão de que tudo funcionava perfeitamente. Mas é só verificar os números. Se os hospitais fossem bons e atendessem a todos, a expectativa de… Read more »
Rafael Oliveira 5 de junho de 2017 at 22:33 Sabe, sou da mesma década de seu pai, um pouquinho mais novo que ele. Eu vivi naquela época, ninguém me contou e também não li em nenhum livreto ou jornaleco esquerdista. Bem, vamos lá! O FGTS é garantido por lei ao trabalhador, eventualmente quem não faz este depósito está fora da lei, simples assim. Aliás, FGTS não é forma de investimento. Eu era da classe pobre, nasci no interior de São Paulo e mudei-me para o ABC. Meu pai, um matuto, só foi completar seus estudos, graças ao MOBRAL e ao… Read more »
Caro Eparro. O máximo que a taxa de escolarização pode atingir é 100%, então não tinha como durante o regime democrático crescer mais que durante o regime militar. O que eu quis apontar é que muita criança em idade escolar estava fora da escola durante o regime militar, contrapondo a sua falsa afirmação de que a evasão escolar naquele tempo era menor. Não, não era. Isso são dados oficiais daquela época e de agora. Sobre geração de energia, como eu disse, quando se parte de algo pequeno, duplicar, sextuplicar, é fácil. É muito mais fácil o Uruguai sextuplicar sua capacidade… Read more »
Rafael Oliveira 8 de junho de 2017 at 16:14 Quando você diz: “O máximo que a taxa de escolarização pode atingir é 100%, então não tinha como durante o regime democrático crescer mais que durante o regime militar.” isto parece uma falácia! Pois você não considera, em seu raciocínio, que a população cresce, as crianças nascem e precisam de escola e até hoje há déficit! Se houvessem seguido os PND, haveria superávit de vagas escolares (quem sabe 110% ou 115% fossem até viáveis), com vagas disponíveis para imigrantes. Mas a incapacidade administrativa deles nos brindou e nos brinda até hoje… Read more »
Eparro, Taxa de escolarização é o percentual de pessoas de 7 a 14 anos que estão na escola. Número de vagas disponíveis é outra coisa completamente diferente. O 1,4% que não vai a escola pode ser por “n” motivos, como problemas de saúde, crianças desaparecidas ou que entraram para o mundo do crime, e, claro, pessoas que simplesmente não vão à escola por irresponsabilidade dos pais – a sala pode ficar superlotada, mas o ensino fundamental não é negado a nenhuma criança/adolescente. Enfim, não é possível superar 100% de taxa de escolarização. E sim, concordo que os governos democráticos poderiam… Read more »
Com muito orgulho fiz parte da história da Cobra Computadores. Existe um livro, publicado pela empresa, que consta a minha trajetória como supervisor do Cat-Porto Velho-RO . Técnico de sistema II.
Proibir as pessoas de comprar computadores importados na década de 1980 deu muito certo para os donos dessas empresas que diziam que fabricavam computadores no Brasil. Na verdade, eles montavam os tais computadores “100% nacionais” com componentes importados. Era como se fossem os atravessadores exclusivos de informática para o Brasil, so que pior pq eles so “atravessavam” equipamento ultrapassado. E o gado brasileiro tinha que se contentar com tecnologia que ja estava obsoleta nos paises desenvolvidos a preços estratosféricos.