EUA transferem cutter da classe ‘Hamilton’ ao Vietnã
HONOLULU – A Guarda Costeira dos Estados Unidos transferiu um “cutter” de grande autonomia para a guarda costeira do Vietnã durante uma cerimônia em Honolulu, no dia 25 de maio.
O navio, rebatizado CSB 8020, deverá melhorar a consciência do domínio marítimo da guarda costeira do Vietnã, aumentar sua capacidade de executar operações de aplicação da lei marítima e realizar operações de busca e salvamento e outras operações de resposta humanitária.
“Este cutter fornece um símbolo concreto e significativo da Parceria Integral dos EUA com o Vietnã”, disse o vice-almirante da Guarda Costeira dos EUA, Michael J. Haycock, comandante assistente para aquisição e diretor de aquisição. “A Guarda Costeira tem a honra de ver este navio continuar a preservar a paz global e a prosperidade como parte da guarda costeira do Vietnã”.
O CSB 8020 foi transferido para a Guarda Costeira do Vietnã pelo governo dos EUA através do programa Excess Defense Articles. O EDA oferece equipamentos militares em excesso aos países parceiros e aliados dos EUA em apoio aos seus esforços militares e de modernização da segurança.
FONTE: U.S. Coast Guard
E pensar que este mesmo navio participou da Guerra do Vietnã tendo como missão principal impedir ou dificultar o envio de material do Norte para o Sul do Vietnã , na época armado com
um canhão principal de 127 mm que foi substituído por um de 76 mm durante período de modernização iniciado no fim dos anos 80.
Essa é a única classe de navio americanos dotada de um sistema de controle de tiro para o canhão provido de radar.
Outras característica pouco comuns a navios de guarda costeiras (fora dos EUA) é o radar de busca aérea de longo alcance e o Phalanx.
Belíssimo navio! Queria um desse pra mim, e poderia deixar com o Phalanx…….assim eu ajudava a MB, rsrs
Cometi um equívoco!! A classe “Famous”, de média autonomia (Medium endurance cutter) também utiliza um radar de controle de tiro para o canhão de 76 mm (Mk-75). Interessante sobre a Guarda Costeira Americana é sua classificação de navios acima de 65 pés de “cutter”. Abaixo de 65 pés (e 50 t) é chamado de “boat” (barco). Além da dimensão os “cutters” têm em comum o fato de todos terem rampas traseiras para embarcações e todos serem dotados de armamento estabilizado e de controle remoto (76 mm, 57mm, 25 mm, .50). Todos os classificados como “high endurance” são dotados também de… Read more »
Ah! Os “high endurance” também são dotados de um Phalanx e de sistemas de defesa antimíssil soft kill.
“O EDA oferece equipamentos militares em excesso aos países parceiros e aliados dos EUA em apoio aos seus esforços militares e de modernização da segurança.”
É irônico ver esta notícia sabendo que até décadas atrás o Vietnã esteve em guerra contra os Estados Unidos e hoje, graças a um inimigo em comum e mais poderoso tornou-se um país “parceiro e aliado.
Irônico é ver a mágoa que a esquerda brasileira tem dos EUA por conta do apoio deste à Revolução Militar de 64. Mágoa esta que foi disseminada para uma legião de abestados através de lavagem cerebral imposto pela cultura marxista impregnada no tecido social brasileiro, enquanto vemos o Vietnã se tornando um aliado dos americano.
Esses navios são lindo! Admiro muito a USCG! Existe um filme espetacular chamado “Anjos da Vida”, com Kevin Costner, sobre o treinamento dos Mergulhadores de Resgate.
Mas, voltando ao nosso amado país, poderia a MB repassar para uma futura Guarda Costeira as lanchas distritais, os NPa de 200 e 500 ton, além dos NaPoc Amazonas e ficar somente com as escoltas e outros meios?
Nino, Excelente observação. . Só reforço que, a bem da verdade, foram os EUA que saíram de suas terras e tomaram parte num conflito fora de sua alçada. Algo semelhante ao que pode vir a ocorrer com a Coréia do Norte e vem ocorrendo no Oriente Médio. . Independente do argumento que possa ser aventado, como a “defesa da liberdade”, não é lícito a qualquer país uma ação unilateral de caráter bélico. . Iniciar uma guerra ou dela tomar parte sem que haja motivo legítimo deveria ser algo além de reprovável pela ONU. De fato, deveria levar à sanções ao… Read more »
Bosco, Se tornar aliado dos EUA, ou mesmo parte daquele país, não é sinônimo de nada. Me lembra alguns que afirmam que se o Brasil tivesse sido colonizado por franceses, holandeses ou ingleses estaria melhor… ignoram totalmente a condição das ex-colônias daqueles países, lembrando apenas onde houve colonização de povoamento, onde os europeus foram, em geral fugidos, formar uma nova nação.. . Sobre a ação dos EUA, foi mais uma intromissão daquele país em outro Estado soberano. Os problemas de um país devem ser resolvidos internamente. E, salvo dados que desconheço, nunca houve risco real do Brasil se tornar satélite… Read more »
kkkkkkkkkkkkkk so rindo
Uboot, Eu não disse que há vantagens ou não de ser aliado dos EUA. O que disse foi que enquanto somos magoadinhos com os EUA por conta dele ter ficado do lado dos militares em 64 o Vietnã, após o mesmo período da Guerra do Vietnã, é chamado de “aliado” dos EUA. Fiz apenas uma constatação factual. Quanto às ex-colônias das potências ocidentais, discordo totalmente. Muitas dessas ex-colônias se tivessem sido protegidas da cobiça ocidental por uma redoma mágica estariam pior do que estão hoje. Por exemplo: a Índia. Hoje há 300 milhões de indianos na classe média e meio… Read more »
Bosco,
Sobre o cutter, lhe parece um bom projeto para as necessidades brasileiras? Qual seria a real utilidade da rampa numa embarcação desse porte?
Uboot,
A rampa traseira facilita as operações de lançamento e recuperação de embarcações (RHIB, botes infláveis, etc) e permite que sejam lançadas sem que haja necessidade de reduzir a velocidade do navio e recuperar em velocidade bem maior que de forma tradicional.
Esse cutter tem tudo que é preciso para um navio patrulha oceânico mas o custo de operação não deve ser barato. Pra nós a classe Amazonas tá de bom tamanho. O “defeito” da Amazona é só não ter rampa traseira que eu considero muito útil.
Bosco,m Sobre os EUA, posso até concordar contigo de que a imagem dos EUA no Brasil não é das melhores. Porém, não foi apenas com 64 que os EUA ganharam essa fama… Eles inventaram a política do porrete e depois o soft power na América… Logo, pela proximidade (em todos os sentidos), é a primeira potência que devemos ter cuidado ao tratar. . De qualquer forma, os EUA apenas buscam garantir seu way of life e isso tem custo. Não adianta querer ser a maior potência do globo e ter as mesmas posições e ações que o Brasil. Se o… Read more »
Uboot, Os EUA é o saco de pancada do politicamente correto porque é a nação mais poderosa da terra, tanto em termos militares quanto econômicos. E nem é a mais maléfica se formos ver a história recente de outros países. Antes da SGM o Reino Unido era a bola da vez, junto com a Alemanha. Antes ainda era a França. Podemos regredir até chegarmos ao Egito dos faraós e antes ainda, até os acadianos. Quando os EUA ruir como a superpotência dominante outra vai ocupar o lugar e será julgado por suas ações e por suas omissões. O mundo é… Read more »
Uboot e Bosco, para nós o que compensa como patrulha é o NpaOc-BR. Ninguém falou mais nisto e as Tamandarés parecem que viraram realidade, sendo os NpaOc-BR no mesmo casco. Será que desistiram?
Belo texto, Bosco…uma curta aula de história.
Só acrescentaria ao que o Bosco escreveu que o Vietnã do Sul era aliado dos EUA assim como
o norte estava nos braços da China e URSS. Estava-se em plena guerra fria e o chamado
efeito dominó ou seja se cair um país para o comunismo os vizinhos irão cair também era uma
preocupação…ao menos sob o ponto de vista daquela época.
Agora, passado mais tempo, o Vietnã tornou-se aliado americano…
Afinal, quem ganhou a guerra então?
Dá pra pensar…
É lamentável que estejamos tão atrasados em construção naval. Nem sequer conseguimos reter a tecnologia pela qual pagamos tão caro ao tempo de Ishikawagima e Verolme. É o desastre do crescimento tipo voo de galinha: curto e direcionado para baixo.
Céus, mais do mesmo lero-lero eterno que aprendemos equivocadamente nas aulinhas de ‘história’ da tia Teteca. Obrigado Bosco, e Dalto por jogarem uma luz aqui.
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Mas é sempre bom lembrar que a política americana para o Vietnã foi inspirada na experiência da Guerra da Coréia e pautada pela Teoria do Dominó. Nunca houve uma tentativa americana de invadir o Vietnã do Norte e eliminá-lo da face da Terra, mas sim em garantir a sobrevivência do Vietnã do Sul ante à agressão proveniente do Norte.
Uboot… . O inicio da colonização nas Américas teve por parâmetro a exploração do território… . Falando dos americanos especificamente, o primeiro assentamento bem sucedido ( Jamestown, Virgínia ), era uma colônia de exploração, que viria a prosperar com o plantio de Tabaco no século XVII… Salvo melhor juízo, a primeira onda de colonizadores cujo propósito era tão e somente constituir um assentamento, e que deu certo, veio somente com a travessia do ‘Mayflower’, em 1620, constituindo o que hoje é Plymouth. As tentativas antes destas duas, no século XVI, falharam… . “Sobre a ação dos EUA, foi mais uma… Read more »