Marinha do Brasil fará inspeção técnica no HMS Ocean
O jornalista Roberto Lopes, colunista do blog Plano Brasil, noticiou que a Marinha do Brasil realizará uma inspeção técnica no porta-helicópteros de assalto anfíbio HMS Ocean, que será desativado pela Royal Navy no próximo ano e foi ofertado ao Brasil.
Segundo Roberto Lopes, o objetivo da inspeção técninca é concluir pela conveniência, ou não, de se comprar o navio, cujo preço foi avaliado em torno de 80 milhões de Euros.
Respondendo ao jornalista, a Marinha do Brasil enviou a seguinte nota:
Senhor jornalista,
Em atenção a sua solicitação, participo a Vossa Senhoria que, após a realização da visita inicial ao HMS “Ocean”, no mês de junho, está sendo planejada uma inspeção técnica, a ser realizada no mês de agosto, por uma equipe multidisciplinar, composta por 12 militares.
A realização dessa inspeção está condicionada a um parecer favorável da Alta Administração Naval, com base nos estudos preliminares ora conduzidos, considerando as informações coletadas desde o início de todo o processo. Na provável inspeção, é intenção que sejam realizados alguns testes operacionais nos sistemas e equipamentos de bordo, além de aprofundar os conhecimentos até então obtidos para concluir sobre a viabilidade de se prover uma adequada sustentação orçamentária e logística do navio, no Brasil.
O Ministro da Defesa está ciente de que o Reino Unido ofereceu o HMS “Ocean” para transferência ao Brasil. Os demais dados atinentes a uma possível futura aquisição serão levados ao Ministro após conhecidos e analisados os resultados das inspeções.
Atenciosamente,
FLÁVIO AUGUSTO VIANA ROCHA
Contra-Almirante
Diretor”
NOTA DO PODER NAVAL: A desativação do Navio-Aeródromo São Paulo (A12) em fevereiro de 2017 deixou a Marinha sem uma plataforma de operação para os aviões e helicópteros da Força Aeronaval. A aquisição do HMS Ocean possibilitaria o embarque de um maior número de aeronaves de asas-rotativas para operações de controle de área marítima e também para ações de desembarque anfíbio em apoio ao Corpo de Fuzileiros Navais. O preço de aquisição baixo e o custo de manutenção do navio não seria proibitivo, pois a construção do HMS Ocean empregou padrões da Marinha Mercante, justamente para baratear sua operação. Em nossa opinião, será uma ótima compra de oportunidade para a MB.
SAIBA MAIS
Habemus dinheiro?
Olá.
Se vai um “São Paulo” e se vem um “Ocean”?
SDS.
Vai ser escoltado pelo quê?
Espero que sim…
Comparar um HMS Ocean com aquele porta-aviões geriátricos não tem comparação Mauricio Silva…
Lembra do NAel Minas Gerais?!? Então… Vem seu primo distante…
O tristeza…
;-(
Hélio… . não estamos em guerra, portanto nenhuma necessidade premente de escolta para ele nas missões e exercícios que eventualmente virá a participar caso seja adquirido. . Mesmo navios anfíbios da US Navy tem operado independentemente como o LPD USS Arlington que fez uma jornada solitária até o Mar Báltico para exercícios e depois encontrou-se com navios de outras nações, inclusive a fragata “Constituição” para comemorar o centenário da entrada na I Guerra dos EUA. no mês passado ou o USS Mesa Verde, outro LPD que deixou o grupo anfíbio ao qual pertence para operar independentemente. . Se de fato… Read more »
Brasilzão só vivendo de xêpa.
Mas como foi dito aí em cima: Vai ser escoltado pelo que?
Ou vai servir somente pra brincar de tomada de cabeça de praia no Espírito Santo?
Pode ser considerada compra de oportunidade mas acho que estão colocando o carro na frente dos burros, isso porque até os bois estão estragados.
Bem sacado Luiz :)…só que o “Ocean” não foi um primo distante do “Minas” e sim da mesma classe “Colossus”.
O custo de manutenção do HMS Ocean é de £12.3 mlhões de libras anual…
“não estamos em guerra, portanto nenhuma necessidade premente de escolta para ele nas missões e exercícios que eventualmente virá a participar caso seja adquirido”.
Exatamente Dalton,e lembrando que nem para a guerra um navio é feito,também tem seu valor em tempos de paz,principalmente podendo ser útil para missões humanitárias…
Fico Abismado com a quantidade de “Almirantes especialistas no assunto” aqui nesse site, tudo é sucata para eles.
André RC,alguns não sabem a definição da palavra sucata ! Lembrando que temos sucatas de 40-70 anos…
Caso se confirme,Bahia e Ocean seriam os navios mais novos da MB,ficando atrás somente dos classe River(Amazonas…)
Manda soldar uma chapa da boa no convés e compra uns 12 Sea Harrier na mão do titio Sam pelo FMS e já dá pra esperar um Nae decente novo e o Gripen M .
Sinceramente eu prefiro que se opte por modernizar o A-12(ou vende pra China ,India pra modernizar e vir desfilar com ele aqui depois todo filé) que sabemos que ainda dá um caldaço e nosso problema é o descaso com a defesa.
Penso que é uma compra de oportunidade que não se deve deixar passar, porque compras de oportunidade, o “mercado de usados”, daqui para a frente será coisa do passado. Até as nações mais ricas estão usando seus Carros de Combate, Helicópteros, Caças e Navios até o osso. Reclamam das Niteróis quarentonas mas essa será a regra daqui para a frente no mundo inteiro, vide as novas Type 26 do RU que sairá a bagatela de mais de bilhão de libras, CADA!!! É só pensarmos no tamanho que a RN tinha em tempos de Guerra das Malvinas e o quanto pena… Read more »
Podia vir equipado com Os Helicópteros e um esquadrão de Harrier.
Seria possível operar o MI 35 nesta plataforma?
Almirante Dalton
Na ocasião da retirada do São Paulo a MB não teria mais uma esquadra. Este navio poderia substitui lo? Ou somente um outro PA?
CAROS AMIGOS PRECISO DE UMA ORIENTAÇÃO …. EU particularmente não entendeu muito de navios e sua tecnologias, mas gostaria de me orientassem … não seria mais eficiente adaptar a Nae São Paulo em um Porta Helicópteros ??? Porque a base aparente ser a mesma tem a pista de decolagem os elevadores etc, e acho que até dava para lançar uns Super Tucanos ?? Porque é um navio com um uso considerável se comprássemos qual a vida útil dele mais uns 20 anos ??? é isso que quero entender não da mesmo para reformar ou readaptar a Nae São Paulo e… Read more »
Não duvidaria de um segundo modfrag para as Niterói segurarem as pontas por mais um tempinho. Vejo uma possível aquisição do Ocean com bons olhos.
O F-35 é capaz de decolar do Ocean?
Real Adriano Madureira. Ao meu ver será uma ótima aquisição visando os padrões de experiência de operacionalidade tanto dos meios navais de superfície como dos meios de fuzileiros navais e entre outras como ações humanitárias. As pessoas não tem a percepção nem o entendimento que precisamos de navios com padrões que se enquadrem na vivência de cenário da nossa marinha, infelizmente essa galera é muito influenciada por Battlefield e videozinho de facebook.
André RC, Perfeita observação. . Nós temos dificuldade em entender que nem tudo que é “antigo” é velho. Isso porque, no Brasil, planejamento e manutenção (notadamente a preditiva) são exceções à regra. Tratamos tudo muito mal e queremos sempre o mais novo. É melhor ter um xing ling com câmera de 80M e que frita ovos do que um Nokia N8. Resultado: um país lotado de sucata e contas bancárias vazias… . Se a RN tratou bem o navio, se ele ainda detém tecnologia da mesma geração que o restante do mundo, por que seria sucata, segunda linha? Só porque… Read more »
É bom lembrar que se o Ocean der baixa ano que vem, ele estaria completando apenas vinte anos de operação e que de 2012 a 2014 ele passou por um período de reformas e manutenção bem extenso, portanto acredito que esteja mesmo em bom estado. A RN ainda o utilizaria não fossem os cortes do Defense Review de 2015 ante aos novos NAe’s.
Uboot. Quem não fabrica… compra (e não reclama)
hahahaha
É como diz Maquiavel “Os fins justificam os meios”. Politicamente falando as forças armadas não é levada a sério pelos governantes e nem pela sociedade então como uma andorinha só não faz verão, temos que tirar leite de pedra com oque encontramos no caso as compras de oportunidade.
Recomendo até um livro bom pare se entender um pouco a mentalidade do nosso Almirantado para essa galerinha Battlefield, o livro se chama “As Garras do Cisne” de ( Roberto Lopes) lá diz com clareza cada ponto do PAEMB.
Reportagens sobre o nosso embarque no HMS Ocean em 2010:
http://www.naval.com.br/blog/2010/09/20/passex-ocean-2010/
http://www.forte.jor.br/2010/09/21/passex-ocean-2010-cfn-e-royal-marines-operam-juntos-na-marambaia/
Eu acho excelente se concretizar a aquisição mas acho sim premente termos escoltas.
Ele aparece participando desse exercício em 8:29:
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https://youtu.be/T4VoYwvIKeY
Posso queimar a língua e assim espero para o bem da MB, mas, não iremos comprar esse navio, a inspeção técnica é para, além de outras coisas, avaliar o custo de aquisição e manutenção durante a vida operativa.
Não que não seja uma ótima compra mas, pelo o orçamento atual, acho que teremos um elefante branco parado no AMRJ consumindo reservas de que não dispomos.
Prefiro investir nas Corvetas e Submarinos e compras de oportunidade de escoltas maiores, enquanto as verbas não melhorarem.
Mas como eu disse, posso estar errado…
Bem que poderiam vir uns 4 apaches de brinde kkkkkkk
Mais um “provisório pra sempre”…
E assim seguimos na nossa comoda irrelevância.
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O navio em si se vier, vai acabar sendo útil para garantir a logística da próxima missão de paz da ONU, que será muito provavelmente na República Centro-Africana ou na República Democrática do Congo.
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Já em termos de agregar a capacidade de combate e poder de dissuasão da “Esquadra”… Melhor deixar pra lá.
Senhores, se o HMS Ocean vier para a MB, a capacidade de operar SH-16 Seahawk com mísseis Penguin e UH-15A com Exocet AM39, dará à Esquadra uma capacidade antinavio maior do que ter várias escoltas.
Bom, eu particularmente sempre achei que poderiamos ter algo mais flexivel, mesmo parecendo isto estranho para um navio que por natureza já é flexivel como anfibio….
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No entanto, parece ser uma boa oportunidade dificil de deixar passar em branco.
A Marinha do Brasil, já a mais de uma década, sofre de um curioso caso de “Almirantado Mariado”.
Bueno, eu vejo neste navio, uma possibilidade da Mb embarcar suas anva de asa rotativa e se exercitar full, conforme o Galante falou, porque hoje nenhuma das nossas escoltas pode opera com SH ou com as Kombis(a útima não faria muita diferença , não funciona mesmo), e o mais interessante é que me parece ser uma navio com baixo custo operacional, porque: Propulsão simplicíssima, CODAD sem frescuras ecogay elétricas(que só tem dado pepino e deixado os operadores na mão), tripulação, se comparado a de um NAE, eu sei não é justa, mas são menos de 300 tripulantes, e pouco mais… Read more »
Concordo com o Juarez, um bom navio, operando em conjunto com o Bahia, Garcia D’Avila, 1 sub e 2 escoltas formaria uma boa “task force” para operações anfíbias. Também seria muito útil em missões humanitárias. Até porque NAe e aviação de asa fixa embarcada na MB sabe-se lá Deus quando…
O Ocean é um antigo exemplo de como conceitos mercantes bem aplicados podem baratear um projeto de navio tanto na aquisição como operação.
Compra logo.
Pois a onde vamos por tantos marinheiros depois das várias baixas.
Já da para treinar a tropa.
Vamos ser os reis das operações anfibias. Não teremos Desculpas para não ser eficientes neste quesito.
Então compra logo.
Pois será um item a menos para pensarmos nos próximos 15 anos.
Alguém assina logo o cheque.
Abraços
Qual a diferença entre um navio desses e um “escolta”?
Isto é, seria possível instalar um bom radar (se é que já não o tem) e alguns lançadores de mísseis? Tanto antinavio quanto antiaéreo e um bom CIWS?
Tipo contêineres?
Tomara que comprem, daria uma ótima plataforma ASW e ASUW como o Galante falou
Balbino, me parece que o Ocean tem radar 3 D e 3 CIWS, sendo que o de proa poderia, eventualmente, ser substituído por um Pantsir ME. Um bom sistema de autodefesa quando operando sem escoltas, poderia engajar alvos aéreos e de superfície com mísseis e 2 metralhadoras 30 mm de seis barris.
Eu não sei nada de navios, mas acho muito simpático esse porta-helicópteros de assalto anfíbio HMS Ocean, caso comprem, espero que o nome continue o mesmo (Rs). MB, por favor, deixe o nome OCEAN fazendo o favor. Obrigado!
Pelo preço parece que vale a pena, os navios andam tão caros e esse tem apenas 20 anos de uso.
Abraço!
Pelo andar da carruagem, vão batizar o Ocean de Minas Gerais rs
Se estiver realmente bem conservado, e não for dar trabalho como o nosso “NAe de cabotagem”, penso que será uma ótima aquisição. É como o Galante disse: só de poder embarcar uma boa quantidade de Kombis, Seahawks e alguns Lynx já vai ser bem interessante. Põe 2 submarinos, 3 fragatas e 2 corvetas. Junta o Bahia também… Dá uma FT legalzinha, como citou o Sr. Adriano rsrsrsrsrs
Também gostaria de manter o nome, mas em bom português: “Oceano”
Alexandre Galante 5 de julho de 2017 at 20:56
O mais engraçado é que Minas Gerais não tem litoral kkkkkk
Sugestão de nome: Atlântico Sul.
“Off Topic”, mas nem tanto. Que venha! Ótimo aquisição! Mas a pretensão é daqui dez, quinze ou vinte anos, ou quem sabe quando, construirmos um NAe. Bem, sabendo disso, como anda o desenvolvimento do reator nacional? Existe alguma pesquisa na Marinha sobre eletromagnetismo? Ou isso também será deixado pra lá para daqui a vinte anos nôs darmos conta que temos propulsão nuclear mas não teremos como utilizar modernas catapulta que não necessitam de todo aparato de vapor, isso por falta de visão, investimento em tecnologia, planejamento e veremos se lá vai aparecer algo de “oportunidade”.
Ádson . O NAe certamente seria convencional, isso se vier a existir um dia. O navio na época do entusiasmo seria algo como um derivado da proposta da DCNS para o PA-2 francês. . Catapulta, a DCNS está tentando viabilizar com os americanos a eletromagnética, pq ai ela poderia oferecer em seus projetos não só para o Brasil como também para Índia e consequentemente a própria França. . Como vai demorar até um NAe brasileiro virar realidade, isso se virar, poderá vir a existir a proposta da China, que vem amadurecendo rápido. . Por mim, o correto seria ir de… Read more »
Marcelo, não é oceano o significado do navio, e sim seria Ochean
Perguntinha: o Ocean usa ao que parece, o sistema Phalanx. Alguma restrição ao Brasil ?
Dalton… Vou rebater o que vc escreveu lá em cima, sim não estamos em guerra, vc tem toda a razão, porém vamos nos recordar das Malvinas! Se a Royal Navy não tivesse as escoltas para enviar seu Nae o que faria? Esperaria uns 8 anos para que eles estivessem prontos e comissionados e depois rumaria para as Falklands? No caso da MB é uma vergonha, uma marinha que não consegue nem adquirir corvetas e fragatas e pensa em estudar a compra do Ocean???? Acho que os estrelados homens que tomam as decisões na MB deveriam ser submetidos a exame toxicológico,… Read more »