PLA Navy rumo a Djibouti

PLA Navy rumo a Djibouti

O acordo da China com Djibouti permite a presença de até 10 mil soldados no país até 2026

Os navios que transportam pessoal para a primeira base militar chinesa no exterior partiram para começar a construir as instalações em Djibouti, já que as forças armadas modernizadoras do país ampliam seu alcance global.

Os navios de guerra partiram de Zhanjiang no sul da China para criar uma “base de apoio” na nação no Chifre da África, informou a mídia estatal na terça-feira.

O acordo da China com Djibouti garante sua presença militar no país até 2026, com um contingente de até 10.000 soldados, de acordo com a revista de assuntos internacionais The Diplomat.

A posição de Djibouti na borda noroeste do Oceano Índico alimentou a preocupação na Índia de que se tornaria uma das “cordas de pérolas” (“string of pearls”) da China de alianças e recursos militares que tocam a Índia, incluindo Bangladesh, Myanmar e Sri Lanka.

A China iniciou a construção de uma base em Djibouti no ano passado. Será usada para reabastecer os navios da marinha que participam em missões de paz e humanitárias nas costas do Iêmen e da Somália, em particular.

Será a primeira base naval do país na China, embora Pequim a descreva oficialmente como uma instalação de logística.

A agência de notícias estatal Xinhua não disse quando a base começaria as operações.

A agência Xinhua disse que o estabelecimento da base foi uma decisão tomada pelos dois países após “negociações amigáveis ​​e concorda com o interesse comum dos dois lados”.

“A base assegurará o desempenho das missões da China, como escolta, manutenção da paz e ajuda humanitária na África e no oeste da Ásia”, afirmou.

Conquista “Landmark”

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, disse que a base permitirá que a China faça “novas e maiores contribuições” para a paz em África e no mundo e beneficiaria o desenvolvimento econômico de Djibouti.

Djibouti, que é do tamanho do País de Gales, está na entrada sul do Mar Vermelho na rota para o Canal de Suez.

A pequena e estéril nação entre a Etiópia, a Eritreia e a Somália também hospeda bases americanas, japonesas e francesas.

O People’s Liberation Army Daily disse em um comentário de primeira página que a instalação era um marco que aumentaria a capacidade da China de garantir a paz global, especialmente porque há tantas forças de paz da ONU na África e estava tão envolvido em patrulhas antipiratarias.

O Global Times estatal, com sede no estado, disse em um editorial que não havia nenhum erro em que essa fosse, de fato, uma base militar.

“Certamente, esta é a primeira base estrangeira do Exército de Libertação Popular e vamos basear as tropas lá. Não é um ponto de reabastecimento comercial. Faz sentido, há atenção da opinião pública estrangeira”, disse o artigo.

FONTE: Agências Internacionais

SAIBA MAIS:

NOTA DO PODER NAVAL: conforme o que foi divulgado em 2014, Djibouti é a primeira das bases planejadas pela China no exterior, segundo o mapa abaixo:

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