Exercício naval Malabar de Índia-EUA-Japão é uma mensagem para a China
A mensagem para a China é a mesma que para o resto do mundo, que é seguir as normas internacionais em vez de aumentar o número de submarinos chineses no Oceano Índico
Por Gaurav C Sawant
Aviões de combate F/A-18 Super Hornet se alinham ao longo do convés de 4,5 hectares do porta-aviões USS Nimitz da US Navy, navio de guerra de 98 mil toneladas, no Golfo de Bengala.
O navio navega a cerca de uma centena de milhas náuticas na costa de Chennai. Um após o outro, uma dúzia de aviões são catapultadas para o céu em menos de dois minutos cada. O objetivo é dominar os céus à medida que os aviões P-8A e P-8I Poseidon dos EUA e da Índia realizam operações de reconhecimento marítimo e de guerra antissubmarino de longo alcance para dominar os mares.
Vinte e um navios, incluindo dois submarinos e mais de 100 aeronaves e helicópteros dos EUA, Japão e Índia estão atualmente realizando o exercício naval mais complexo no Golfo de Bengala, com o objetivo de perseguir submarinos inimigos.
“Este é o exercício mais complexo realizado pelas três marinhas em conjunto. O INS Vikramaditya, porta-aviões da Índia com sua aeronave MiG-29K e aeronaves de reconhecimento P-8I estão participando neste exercício pela primeira vez. A Força Marítima de Auto-Defesa do Japão também enviou a mais poderosa plataforma de armas, o JS Izumo, com nove helicópteros de guerra antissubmarino pela primeira vez.
Uma mensagem para a China beligerante
“A Marinha dos EUA tem este porta-aviões, submarinos da classe Los Angeles, destróieres e cruzadores, aviões de combate, helicópteros e aviões P-8A para exercícios conjuntos de caça de submarinos e domínio do mar”, diz um alto oficial participando como observador.
Embora em registros oficiais os três países insistam que as operações são sobre interoperabilidade e colaboração para trabalhar em conjunto, desde alívio de desastres de ajuda humanitária até a pirataria, sob a superfície eles admitem que o exercício é uma tentativa de enviar um sinal a um agressor cada vez mais beligerante, a China.
O objetivo é dar um xeque-mate na China. “O exercício destina-se a promover a coordenação militar e militar e a capacidade de planejar e executar operações táticas em ambientes multinacionais. Haverá exercícios de tiro real, operações “cross-deck” com helicópteros e guerra antissubmarino”, diz o Contra-Almirante William Byrne, Comandante do US Carrier Strike Group.
Submarinos chineses no Oceano Índico
A mensagem, para a China, ele insiste, é a mesmo que para o resto do mundo, que é seguir as normas internacionais. A Marinha Indiana está buscando helicópteros de guerra antissubmarino no mercado e prestará atenção nas capacidades dos helicópteros MH-60R ASW.
Os submarinos da Marinha Chinesa estão cada vez mais à espreita na região do Oceano Índico. “Precisamos de uma melhor tecnologia e mais plataformas para acompanhar a crescente pegada do Dragão. Esse exercício é um passo na direção certa”, acrescenta. À medida que as marinhas refinam sua interoperabilidade, a mensagem não está perdida.
Hoje, as três poderosas forças marítimas estão operando na região do Oceano Índico. Amanhã, se necessário, as três marinhas junto com seus aliados também podem operar em alto mar — do Mar Árabe do Norte ao Mar da China Meridional.
FONTE: India Today
Forma-se a impressão de que todos estão se preparando para guerra. No entanto, quanto mais armas menos guerra. Por outro lado, o cérebro humano desenvolve exatamente aquilo em que ele é focado. Quem pensa em guerra um dia termina desencadeando-a. Quando será?
Parabéns, Poder Naval, excelente matéria.
O rápido crescimento militar da China, o lançamento de porta-aviões e uma marinha oceânica cada vez mais numerosa e poderosa, está a provocar o realinhamento das alianças militares na Ásia. a Índia está cada vez mais a modernizar-se e a comprar material de guerra sofisticado dos Estados Unidos. É uma aproximação militar e politica, daí o Japão também participar, só falta mesmo a Coreia do Sul. A China aproximou-se do Paquistão, aliado tradicional americano. O domínio do Golfo Pérsico, do Oceano Índico em geral e do Pacífico volta a ser muito importante. Os estreitos de Ormuz e de Malaca voltam… Read more »
Bom dia e desde quando destituir governos a força è lei Internacional? E se a China e a Rússia se unirem perante essas ditas leis internacionais o que será que pode acontecer????
Exercicio impressionante. Pode-se dizer que a China teria imenso trabalho com Japão, Índia e Austrália antes mesmo dos Estados Unidos entrarem no teatro de operações. E sabemos que mesmo com o aumento do tamanho da marinha chinesa, ainda assim ela tomaria uma surra da US Navy.
Tuga, ninguém falou em destituir governos. E as leis internacionais são acordadas também por Rússia e China. Se eles simplesmente as ignorarem acabarão se tornando Estados párias. Existiriam consequências. Da mesma forma que sugeriu isso de Rússia e China, qualquer país pode simplesmente tomar a atitude que achar necessária para garantir a sua soberania.
Essa formação de F/A 18 Super Hornet e Mig 29K é muito bela. E os Mig são mais bonitos. O que não quer dizer mais efetivos.
Mensagem até o Brasil passa, agora se importar com a mensagem, duvido. Nem devem ter considerado. Ainda mais num país comandado por um demente que está arruinando os EUA.
Agora, em relação as fotos… que coisa linda. Formação mto bela com os Mig. Sou suspeito em falar, pois pra mim o avião mais belo (em todos aspectos) sempre será o F-18SH. Quem já pôde ver ele voar de perto, nunca mais se encanta com F-16 e afins.
A situação está tensa por lá, parece que a China está disposta a tomar o Bhutan para ela do mesmo jeito que está fazendo com as ilhas no sul do mar da china. Não sei o que chineses acham que vão ganhar arrumando conflito territorial com todos os países da região, só vão conseguir uma aliança de vários países contra eles.
Interessante notar que os Mig29K não diferem muito em tamanho quando comparados aos SH, ao menos visualmente. Realmente o design cresceu com o tempo.
O USS Nimitz é um dos 2 NAes que tiveram seus esquadrões com 4 aeronaves E-2Cs trocados por esquadrões com 5 aeronaves E-2Ds…uma aeronave à mais e também mais avançada.
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O outro NAe operando o E-2D também está em missão, trata-se do USS Ronald Reagan baseado
no Japão que encontra-se participando de um exercício com os australianos.
Admiral Dalton, . Interessante a opção da US Navy em reforçar em 20% (nº de aeronaves) seu esquadrão AEW enquanto reduziu ao longo do tempo seus esquadrões de caça e ataque (de 5 para 4) e até mesmo o número de caças por esquadrão. . Há motivos para isso (sempre há). . Talvez – quem sabe – passa pela ‘modernidade’ do E-2D usar seu novo sistema Cooperative Engagement Capability para engajar mísseis de cruzeiro além do horizonto dos navios com mísseis Standard SM-6 disparados de várias plataformas (Burkes e Ticos) ligados através de um sistema de controle de fogo integrado.… Read more »
Ivan… . Assim como 4 E-2Cs não estavam dando conta os 5 EA-18G também não dão para uma situação ideal de ter 3 EA-18G no ar ao mesmo tempo operando com 1 E-2C/D …estudos foram feitos nesse sentido, mas, para se ter 3 no ar quando necessário, seria necessário um esquadrão com 8 aeronaves…3 no ar, 3 se preparando para substituir o primeiro grupo e duas em manutenção. . O problema é encontrar dinheiro para 3 aeronaves extras não apenas para as 9 Alas Aéreas, mas para os esquadrões expedicionários que operam a partir de terra e que se revezam… Read more »
Admiral Dalton, . Pelo que tenho lido e de acordo com seus argumentos, com os quais concordo, a US Navy tem observado a necessidade de aumentar os meios destinados a guerra eletrônica. . Em que pese um único EA-18G Growler ser capaz de desempenhar uma importante missão de reconhecimento eletrônico (literalmente farejando os sinais inimigos), sua missão de ataque envolveria mais aeronaves do mesmo tipo, inclusive para triangulação. O número que você indicou – três aeronaves – é o mesmo que tenho lido nos textos da internet. Assim sendo, cada ala aérea (Air Wing) seria capaz de despachar apenas um… Read more »
A medida que o poderio chinês crescer países com Índia e Japão irão cada vez mais procurar boas relações com a China e se afastar dos EUA, é uma lógica pragmática, é oque está acontecendo com as Philipinas, é oque aconteceu a tempo atrás com o Paquistão, um por um os últimos aliados dos EUA na Ásia irão se aproximar da China, o Iraque está se afastando dos EUA e se aproximando da Rússia, essa parceria entre China e Rússia é um poder sem precedentes, os países nessa região não terão como ter uma posição antagônica à chineses e russos,… Read more »
A China é que é beligerante? Sem esta. Quem invade países “para levar a democracia? A China? Não. Quem lançou as primeiras bombas desnecessariamente sobre civis em agosto de 1945? Foi a China? NÃO. Quem teve o território invadido na Segunda Grande Guerra? Foi o Japão? Não. Vamos acabar com esse trololó hipócrita de que a China é o vilão da história. Todos estamos carecas de saber que os arrogantes EUA estão por trás de tudo que é nocivo ao mundo. São uma toupeira, governados por um TOUPEIRÃO que com seus seguidores amestrados acham que numa guerra total algum deles… Read more »
Camillo Abinader
Japão e Índia com “boas relações” com China?
Japão e Índia estiveram em guerra com a China não faz muito tempo, no na Guerra Sino Japonesa nem houve um tratado de paz ou pedidos de desculpas, e tem litigio de territórios, ilhas Senkaku (assim chamadas pelos Japoneses), e Arunachal Pradesh (assim chamada pelos indianos).
Eu vejo mais ódio entre chineses e japoneses, chineses e indianos, do que alemães e outros europeus que foram invadidos pela Alemanha nazista.