LRASM demonstrado a partir de lançador naval semelhante ao do Harpoon

Além da encomenda do primeiro lote de produção do LRASM lançado do ar, a Lockheed também anunciou nesta tarde que realizou, pela primeira vez, a demonstração com sucesso de um LRASM modificado a partir de lançador usado em navios.

Até recentemente, o único míssil que os navios da Marinha dos EUA podiam disparar contra navios inimigos era o velho Harpoon, com alcance na faixa de 70 a 150 milhas (dependendo do modelo), que é muito pouco frente às mais recentes armas chinesas e russas.

No ano passado, o Escritório de Capacidades Estratégicas do Pentágono solicitou a modificação do míssil Standard SM-6, originalmente projetado para defesa antiaérea e antimíssil, para atacar navios. O SM-6 tem melhor alcance do que o Harpoon – “mais de 200 milhas” – mas também tem uma ogiva muito menor. O Harpoon entrega quase 500 libras (250 kg) de explosivos em comparação com os 140 libras (70 kg) do SM-6, que é mais adequado contra aviões e mísseis de cruzeiro, mas muito pouco para avariar ou afundar um navio inimigo.

Agora, o LRASM virá com um longo alcance – “mais de 200 milhas” novamente – e uma enorme ogiva, 1.000 libras (454 kg). O LRASM subsônico, portanto mais lento que o SM-6, que atinge Mach 3.5 para atingir mísseis inimigos. Mas a Marinha deliberadamente optou por um míssil mais lento, mais furtivo e inteligente. O LRASM é projetado para navegar de forma autônoma em torno do radar e das defesas inimigas, com suficiente inteligência artificial a bordo para mudar o curso sem supervisão humana ou orientação por satélite.

Veja abaixo no gráfico o alcance das armas russas e chinesas, em comparação com as da Marinha dos EUA:

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August

Simplesmente o melhor míssil naval na atualidade

Emmanuel

Eu seria mais cauteloso. Diria que é um DOS mais mortais da atualidade.
Não vejo nenhum como o mais mortal. Todos têm as suas qualidades e defeitos.
Acredito que não adianta ter um míssil com 300nm de alcance se o seu inimigo tem um sistema de defesa capaz suficiente de anulá-lo.

Abraço.

EParro

Olá Bosco;

a) será que a própria marinha americana teria meios de se contrapor a este míssil?
b) um sistema CIWCS pode fazer frente a u míssil deste tipo?

Agrade, antecipadamente, sua atenção.

Saudações sessentistas.

Bosco

Eparro, Os americanos apostam nesse conceito stealth para penetrar as defesas navais mais consistentes. Se um B-2 daquele tamanho é altamente furtivo aos radares de controle de tiro, de iluminação, próprio do míssil, etc. , imagina-se que algo 100 x menor utilizando essa tecnologia tenha conseguido algo realmente difícil de detectar e rastrear. Até onde eu entendo a única arma americana que pode fazer algo seria o Phalanx, já quando o míssil está muito próximo do navio faltando 4 ou 5 segundos para o impacto. Mas aí entra outra questão, o radar do Phalanx opera na banda K e é… Read more »

Corsario137

Um enxame de LRASAM, 4-6 unidades, trabalhando em cooperação contra um alvo, deve ser um pesadelo para qualquer defesa aérea, mesmo as de ponto.

Acredito que uma solução shorad que utilize sensores eletro-óticos para a detecção do alvo seja o meio “mais eficaz” de se contrapor a uma ameaça como o LRASM. O problema é a quantidade de mísseis que deverão ser enfrentados…

Alex Nogueira

Por ter tecnologia stealth avançada, creio que não vão liberar tão cedo para exportações, mesmo para aliados de 1º nível.

August

Alex o UK vai substituir o harpoon por esse míssil

Emmanuel

Alguma possibilidade do Brasil utilizar esse míssil nos seus futuros meios de superfície?

EParro

Bosco 28 de julho de 2017 at 12:12

Bem, parece que a “novidade aí” vai ser um “osso duro de roer”.

Agradeço a atenção;
Forte abraço

Leandro Costa

É China… Rail gun, laser, míssil antinavio com AI e Stealth… É mais do que um ‘e aí? Tudo bem?’

Emmanuel

Mas Galante, dentro do arsenal europeu existe algo parecido?
Agradecido.

Marcelo

Emmanuel, procure na web por Perseus missile MBDA.
August, creio que a Franca e o Reino Unido tem um acordo para desenvolver este missil, que tera versoes de Cruzeiro para ataque ao solo e anti navio.

Nikiti

O oniks ss-n-26 tem o alcance de 320nm mach 2.5+ e na tabela aí em cima ele está marcando um pouco mais de 150nm.

O ss-n-27 klub também está marcando menos que a versão russa 3M54K que é de 270-400nm

Esta errada a tabela ou se levou em conta as versões de exportação dele?

Abraço

Emmanuel

Valeu Marcelo.

Bosco

Emanuel e Marcelo, O Perseus será furtivo mas supersônico, ou seja, seu nível de furtividade será muito menor. Sem falar que até agora ele é só uma promessa. Em o projeto sendo levado adiante, algo operacional só sairá dentro de uns 10 anos, sendo otimista. Além do mais é difícil a um míssil supersônico ter o nível de autonomia que o LRASM terá. Um míssil supersônico deve ser designado contra um alvo de maneira a mais precisa possível e não pode se dar ao luxo de ficar procurando alvos. Em termos de furtividade o míssil europeu que mais se aproxima… Read more »

Bosco

Ter alcance grande é muito bom mas só funciona se tiver meios de encontrar, identificar e designar os alvos. Mísseis supersônicos precisam de uma designação mais aprimorada porque eles não têm tempo de procurarem alvos ou fazerem grandes correções de curso. E só ligam seus radares quando a uns 20 km dos alvos. Mesmo esses grandes mísseis supersônicos de longo alcance tendo grandes e potentes radares (se comparados a mísseis de dimensões menores) e mesmo os alvos sendo gigantescos refletores (com RCS mais de 1000 m²) eles evitam ligar seus radares muito longe para não alertar a defesa dos navios.… Read more »

Jacinto

O pensamento dos EUA na questão do alcance de seus misseis anti-navios era o de que não adianta ter um míssil com alcance de 1000km se os sensores dos navios não são capazes de designar alvos nesta distância. Com este pensamento, a versão anti-navio do Tomahawk foi (salvo engano meu) cancelada e eles ficaram com o Harpoon e suas “pernas curtas”. Mas agora estamos vendo um movimento para alongar o alcance dos mísseis confiando em que ele é capaz de designar, por si mesmo, seus alvos com base em alguns elementos de inteligência artificial. É uma evolução notável porque é… Read more »

_RR_

Apenas complementando as informações dos colegas… . O LRASM aparentemente possui orientação por IIR – DSMAC e radar ativo, garantindo uma bem vinda redundância, que o torna praticamente imune a contra-medidas convencionais. . Estou com o Corsário137… Apenas um CIWS com orientação IR/IIR – eletro-óptica poderia engajar essa ameaça com maiores chances de sucesso. É isso ou os DTs terão que trabalhar com consideravel energia para poderem localizar o que quer que seja… . No mais, creio que o laser vem a se tornar a alternativa de resposta mais efetiva, emitindo um feixe que seja capaz ao menos de prejudicar… Read more »

_RR_

Aliás, outro ponto interessante a destacar: novos mísseis subsônicos estão a adquirir a capacidade de realizar manobras diversivas enquanto engajam ( RBS-15 Mk.3 já é dotado desse artifício ), o que pode reduzir ainda mais a eficácia do engajamento a distância. Sobra, portanto, um sistema que possa acompanhar o alvo ou elimine essa vantagem. . Esse habilidade aumenta a importância de sistemas ‘soft kill’, visto que as manobras dos mísseis comprometem grandemente a defesa no circulo externo. . Não creio que comprometam em demasia a defesa no circulo interno, visto o míssil ter que alinhar com o alvo na fase… Read more »

Corsario137

Lembrando que subsônico não é sinônimo de devagar. Um míssil desses a 800km/h passa numa velocidade tal, que é um piscar de olhos. Se ele se utilizar de alguma estratégia de aceleração como um mergulho na final, aí é mais difícil ainda.

Eu fico com os americanos nesse quesito, inteligência nesse caso vale mais que velocidade.

August

Vcs esquecem que o míssil manobra coisa que os mísseis anti-navio de hj já fazem isso por si só já aumenta as chances em favor do lrams

August

Nenhum míssil subsônico ou supersônico hj passa totalmente impune pelos cwis

Bosco

Há diretoras de tiro dotadas de sistemas EO (TV, IIR) tanto para canhões quanto para mísseis de defesa de ponto, mas o alerta ainda é 99,99% realizado através dos radares de vigilância, mesmo no caso do Phalanx Block IB. E se conseguiram um nível de furtividade tal a ponto do míssil ser literalmente “invisível” aos radares banda X e K que em geral são os que dão os alertas de aproximação de ameaças sea-skimming? Já há navios dotados de sistemas de vigilância a base do IRST, mas podem ser contados nos dedos das mãos. E ainda assim não duvido que… Read more »

Bosco

Um míssil subsônico se for detectado e rastreado pode se tornar presa fácil dos CIWS mas os supersônicos são presa fácil de tudo que o navio tem. Mesmo tendo reduzida assinatura radar eles não são stealths (VLO) e têm altíssima assinatura térmica. Ou seja, eles são presas potenciais dos mísseis guiados por radar (ativo e semi-ativo), por diretoras EO dotados de câmera térmica, por canhões com DT radar, por canhões com DT-EO, por mísseis guiados por seeker IR, etc. São também detectados por aviões radar (AWACS, AEW, etc) e radares de caças e podem ser engajados a distância devido ao… Read more »

Juarez

Ou seja Bosco:
Não tem milagre, nem pod mágico, o que se tem é uma linha tênue que será vencida por quem tiver melhor treinamento e doutrina operacional.

G abraco

_RR_

Bosco ( 28 de julho de 2017 at 20:05 ); . Apenas complementando seu comentário… . Dificilmente haverá um míssil supersônico que mantenha sua velocidade nominal quando cair para baixa altura. Aí, você tem um míssil enorme, que vai a pouco mais que Mach 1, com uma “tocha” queimando atrás… . Interessante que os russos não apostam todas as fichas em conceitos que visam mísseis integralmente supersônicos. O 3M54K, que já está se tornando padrão nos navios russos, vai a velocidade sub-sônica e acelera somente na fase terminal, fazendo tudo em ‘sea skimmig’ ( poderia ir a até uns 5… Read more »

Bosco

RR, Também acho o conceito do 3M54K o mais acertado hoje para penetrar as defesas navais e este conceito deve ser explorado no futuro ficando mais sofisticado, talvez sem que seja necessário a separação do estágio terminal supersônico. Lembrando que já houve algo parecido no passado, o míssil “Tacit Rainbow”. Ele era um míssil antirradar que utilizava uma turbina e ficava circulando em a uns 400 km/h esperando o radar inimigo ligar e aí ele acionava o motor foguete e acelerava contra a Mach 1. http://www.ausairpower.net/USAF/000-Tacit-Rainbow-1A.jpg Nessa foto dá pra ver o bocal do motor turbo acima e o bocal… Read more »

Bosco

Na verdade os próprios russos não acreditam que a velocidade supersônica seja melhor para penetrar as defesas de navios individuais bem defendidos. Há um equívoco por parte do Ocidente em acreditar nisso. A velocidade supersônica foi o modo que os russos (e antes, os soviéticos) acharam para penetrar as defesas providas por um porta-aviões, ou seja, quanto mais rápido melhor para um míssil atravessar toda a aérea coberta pelos caças e pelos AEW, não dando tempo dos caças chegarem aos aos mísseis e intercepta-los. Imaginem se mísseis gigantes com 500 km de alcance e ogivas de 1 toneladas, com RCS… Read more »

Bosco

Nesse contexto o míssil antinavio hipersônico será muito bem vindo e deverá mexer com a doutrina da USN relativa à defesa de seus navios com porta-aviões. Nunca será tão obrigatório atirar no arqueiro e não na flecha depois que estiverem em uso mísseis hipersônicos.
Vale salientar que a defesa de ponto contra mísseis supersônicos (e hipersônicos?) da USN está já bem estabelecida há anos com o RAM.

_RR_

Bosco ( 29 de julho de 2017 at 13:27 ); . Concordo. . Se fosse apostar que os americanos iriam introduzir uma nova tecnologia de mísseis anti-navio, seria em algo como AGM-136 ( certamente seria mais em conta que o RATTLRS )… Mas tudo indica que eles realmente não acreditam que velocidade seja a solução, nesse instante da história… . Os americanos certamente entendem que estarão lutando em condições de obter superioridade aérea em qualquer situação longe da costa inimiga, o que lhes garante superioridade no mar, e enfrentando vasos menores e em menor quantidade. Então podem se dar ao… Read more »

_RR_

Bosco ( 29 de julho de 2017 at 14:20 ); . A questão é localizar o arqueiro… E essa necessidade, ao contrário do que muitos pregam, entendo que irá aumentar substancialmente a importância do porta-aviões e dos vetores embarcados, que terão de ir mais longe. . Se o míssil hipersônico se tornar realidade, a chance será abate-lo a longa distância, ou dificilmente haverá tempo para engajar múltiplas ameaças com o uso de mísseis sup-ar. Se ele passar pela camada externa, a melhor defesa se torna “não ser visto” pelo seeker ou, melhor dos casos, lançar mão de um outro artifício… Read more »

August

Vale lembrar que a us baby tem um míssil supersônico que são os SM-2er que podem ser utilizados como anti-navio como já foram na operação Praying Mantis em 1988 contra o Iran o sm-6 tbm vai ter essa capacidade

August

Us navy * kkkkk

HMS TIRELESS

O fato é que o LRASM, entrando em serviço, vai criar uma séria dificuldade para as marinhas russa e chinesa, mas especialmente para essa última. A versão aerotransportada, instalada em bombardeiros B-1B baseados em Guam, tem o potencial de confinar a Marinha chinesa ao Mar da China. E o efeito ainda pode se multiplicar com a instalação da arma nos aviões embarcados nas Alas Aéreas dos NAes.
.
Ademais alguns especialistas defendem que a ogiva, atualmente de 450kg, poderia ser reduzida aumentando o alcance da arma para 1.000 milhas.
http://breakingdefense.com/2014/11/47-seconds-from-hell-a-challenge-to-navy-doctrine/