F-35B de testes decola armado de rampa “ski jump”

A BAe Systems divulgou hoje foto do F-35 BF-2 de testes pilotado por Peter “Wizzer” Wilson decolando de rampa “ski jump” armado com bombas Paveway IV e mísseis ar-ar ASRAAM nas asas pela primeira vez, na Naval Air Station Patuxent River, EUA.

Essa será uma das configurações usadas pelos F-35B do Reino Unido que vão operar a bordo dos navios-aeródromo classe “Queen Elizabeth”.

O Reino Unido anunciou em janeiro de 2017 que vai comprar um total de 17 aviões de combate F-35B entre 2020 e 2022 — e a aquisição do modelo A do caça supersônico furtivo também não foi descartada.

Segundo o Ministério da Defesa (MoD), entre janeiro e dezembro de 2020, a Royal Navy receberá três F-35B, com esse número aumentando para mais seis entregues em 2021 e oito em 2022.

No ano passado, o então Ministro de Compras de Defesa, Harriet Baldwin, confirmou que nenhuma decisão ainda foi tomada pelo governo quanto ao fato de se manter no modelo B planejado ou misturá-lo com uma compra de F-35A.

O F-35B será o componente de asa-fixa dos porta-aviões classe “Queen Elizabeth”

Fontes disseram que o Reino Unido espera ter 40 F-35s até o ano de 2023, sugerindo que o MoD espera que Lockheed entre em plena produção naquele ano. No momento, as entregas para todos os clientes de F-35 são oficialmente classificadas como “produção inicial de baixa cadência”, o que explica a pequena quantidade de aeronaves recebidas pelo Reino Unido.

O F-35B é a versão de decolagem curta e pouso vertical (STOVL) do caça supersônico furtivo. É otimizado para ser operar a partir de pistas curtas (ou seja, porta-aviões sem catapultas, como os novos da Grã-Bretanha) e formará a parte crítica da futura capacidade de ataque dos porta-aviões do Reino Unido. Em contraste, o F-35A é projetado para ser operado apenas a partir de aeródromos em terra e não pode ser embarcado em porta-aviões.

No total, o Reino Unido planeja comprar 138 F-35s, embora o Ministério da Defesa tenha sido vago quando concluirá essa compra. Em fevereiro deste ano, o Reino Unido tinha sete jatos do tipo, todos baseados nos EUA para testes e trabalhos de validação. Naquele mês, a compra de mais três F-35Bs no lote 10, para entrega à RN em 2018, foi anunciada pelos EUA. Cada aeronave custa cerca de US$ 120 milhões, embora o preço exato seja ainda um mistério.

O HMS Queen Elizabeth, novo navio-aeródromo britânico de 65 mil toneladas, será capaz de transportar cerca de 36 F-35s, embora ele rotineiramente embarcará apenas 12 aviões. O Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA fornecerá inicialmente meia dúzia de F-35Bs para testes no navio britânico, que deverá visitar o Mar da China Meridional no final de 2020.

Shipborne Rolling Vertical Landing

A Royal Navy está trabalhando para que seus F-35Bs possam retornar ao navio com mais combustível e armas do que normalmente poderiam, pousando verticalmente nos conveses de seus dois novos porta-aviões. No caso da configuração usada pelo F-35B na abertura dessa matéria, ele não poderia voltar para bordo com o armamento e teria que alijar as bombas para pousar.

Para conseguir pousar com mais peso, a Royal Navy está treinando uma aproximação com velocidade baixa de 57 nós para fazer um pouso de rolamento na área de pouso e decolagem do navio, em vez de um pouso puramente vertical. Oficialmente, esta manobra híbrida, que usa a sustentação das asas da aeronave e o empuxo de seu motor e do “lift fan”, foi apelidada de “Shipborne Rolling Vertical Landing”, ou SRVL.

O vídeo abaixo mostra o pouso SRVL sendo praticado no simulador do F-35B.

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