DSEI 2017: Reino Unido adia aposentadoria do míssil Harpoon
A RN adiou a decisão de retirar de serviço seus mísseis antinavio Harpoon e o movimento aliviará parcialmente uma lacuna de capacidade de mísseis antinavio na Marinha Real Britânica.
Os mísseis pesados antinavio Boeing Harpoon permanecerão em serviço nas fragatas Type 23 da Royal Navy (RN) depois que o Ministério da Defesa do Reino Unido adiou a decisão de retirar a arma em 2018 sem substituição.
Falando na exposição Defense and Security Equipment International (DSEI) 2017, realizada em Londres de 11 a 15 de setembro, fontes sênior da RN disseram ao Jane’s que os mísseis GWS 60/Harpoon Block 1C permanecerão em serviço pelo menos até 2020.
“Há um trabalho em andamento para examinar as opções para maior extensão em serviço do míssil”, disse uma fonte.
O Harpoon é um míssil antinavio de origem americana, produzido pela McDonnell Douglas/Boeing. Foi desenvolvido no início da década de 1970 como armamento para aeronaves, mas, adicionando um estágio de “booster”, acabou se tornando mais proeminente como míssil antinavio para navios e submarinos. O Harpoon pode ser considerado o principal míssil antinavio das nações ocidentais, embora o Exocet, Otomat e RBS-15 também sejam amplamente utilizados. O Harpoon é o principal armamento antinavio de muitas fragatas e destróieres da OTAN.
O Harpoon usa um radar ativo para rastrear e dectar navios inimigos. A navegação inercial é usada até que o míssil atinja a área alvo. Ao longo do tempo, a orientação foi melhorada, adicionando uma capacidade de reataque, navegação inercial GPS e um link de dados bidirecional nas versões mais recentes. O Harpoon também possui uma capacidade de ataque terrestre limitada. A versão SLAM de ataque terrestre usa a orientação de imagem infravermelha combinada com um link de dados. Ao longo de sua vida, o Harpoon provou ter uma taxa de sucesso de mais de 90%.
Creio que isso seria obvio, esta sem substituto no momento… ficar sem esse tipo de capacidade é impensável.
Sabia decisão
Queria que tivesse pelo menos metade das cabeças pensantes aqui no BR como tem lá na UK
Aqui tudo é difícil
Até pensar direito e fazer a coisa certa é difícil
Uma pergunta aos navegantes, grupos de batalhas centrados em porta-avioes é necessário as escoltas terem misseis anti-navios? Digo isso pq já vi na internet que ha canhões navais capazes de atirar munições guiadas a até 120 km, se não me engano a f-125 alemã usa esse canhão, se não me engano tbm os canhões das Burke podem disparar projetos guiados entre 45-60 km. Haja vista que balas são mais baratas que mísseis porque insistem em navios carrega-los porque não deixam só pro aviões a tarefa de carrega-los ?
Aproveitando o gancho…..afinal de contas, a FAB adquiriu e ou recebeu os tao decantados Harpoon block 2 para os seus P 3 br………..ninguem fala mais sobre isso a muito tempo.
Augusto, Ainda não está operacional nos Burkes munições guiadas de longo alcance para seu canhão de 127 mm. Muito provavelmente a munição Excalibur N5 permitirá um alcance na faixa de 50 km e deverá entrar em operação em breve. Munição de maior alcance, assistida por foguete, deverá ser a LRLAP 155 mm para o canhão AGS do DDG-1000 e a LRLAP 127 mm para o Mk-45 mod 4. Ambos conseguirão alcance superior a 120 km mas ainda não entraram em operação. Quanto à F-125, tem o canhão de 127 mm italiano que em tese pode disparar a munição Vulcano. Digo… Read more »
Boa pergunta Celso!!!!
O que encontrei de mais recente (dezembro de 2016) foi isso aqui:
news.usni.org/2016/12/22/boeing-wins-207m-international-harpoon-contract
Quanto Harpoon tem a FAB (Classificado?). Block II podem ser utilizados contra alvos em terra? Quantos Kg a cabeça de guerra? O orion tem chance de sucesso num ataque desse tipo? Uma missão hipotética?
DaGuerra,
A primeira questão eu não sei, mas em relação à segunda, a resposta é sim. Ele utiliza o sistema inercial combinado com o GPS, e funcionaria como uma bomba JDAM.
A cabeça de guerra é de 500 lb (230 kg), semiperfurante.
E sim, o Orion poderia atacar alvos em terra. Bastaria para tanto alimentar o processador do míssil com as coordenadas geográficas do alvo. O radar do míssil é inibido porque não serve para nada nesse tipo de ação.
DaGuerra, no link que postei acima fala da venda de 12 mísseis para o Brasil. Se já chegaram eu não sei…
Bosco mais antiga se atira só com as coordenadas do radar do navio ou por contato visual o que impede de essas munições não serem usadas contra navios a partir de sua localização e informações de rota, velocidade ?
qual o alcance dos harpoon disparado de navios ?
Augusto, Dentro do horizonte radar/visual os canhões podem ser utilizados, e nem precisa ser guiado, mas aí o alcance não passa de 30 km. Um navio que só dispusesse de canhões estaria vulnerável frente a um que opera com mísseis OTH (além do horizonte), que utiliza dados externos ao navio (helicóptero, avião patrulha, UAV, etc.) para designar alvos aos mísseis. Quanto aos canhões que lançam projéteis OTH guiados não bastaria que fossem orientados unicamente por um sistema inercial/GPS, tendo em vista que os alvos são móveis. Mesmo que um helicóptero mandasse as coordenadas do navio alvo e os dados de… Read more »
Diferente do Astra, esse míssil, pelas fotos, deixa muita fumaça, resíduos, etc.
Não entendo como esses mísseis não deixam danos nos navios, aviões, tanques.
E o igla? Lançado do ombro de um soldado.
Desafiam as leis da física e da biologia…
Nonato, Esse tipo de míssil está sendo lançado a dezenas e mesmo centenas de quilômetros do alvo, que está abaixo do horizonte visual/radar (além do horizonte), portanto, não importa se o míssil tem um booster (motor foguete de lançamento) que emite muita fumaça ou não porque o alvo não irá ver o lançamento. A uns dois quilômetros do navio o booster é ejetado e o míssil liga sua turbina,que não emite fumaça. Quanto a esse tipo de lançamento ser capaz de danificar o navio, o navio é todo metálico e não há ninguém nesse lado do navio. A chama do… Read more »
“…A chama do lançamento lambe o convés por menos…”
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Esse bosco…. 😀