K130

K130

BERLIM — A agência alemã de compras de defesa (BAAINBw) anunciou no dia 12 de setembro que adjudicou um contrato de cerca de 2 bilhões de euros (US$ 2,4 bilhões) ao consórcio ARGE K130 de construtores navais liderado pelo Lürssen Werft GmbH & Co. KG para a construção de cinco novas corvetas K130 a serem entregues de 2022 a 2025.

A agência disse que o contrato daria à Marinha Alemã mais navios de guerra comprovados para acompanhar suas maiores responsabilidades dentro da aliança da OTAN.

O consórcio também inclui ThyssenKrupp Marine Systems GmbH e German Naval Yards Kiel GmbH, que iniciaram ações legais para serem adicionadas ao grupo de construtores.

Em julho, o regulador de concorrência da Alemanha, o escritório federal de cartéis, disse que não bloquearia movimentos da Luerssen e Thyssenkrupp para expandir o consórcio depois de não encontrar evidências de preocupações antitruste.

As empresas decidiram unir forças depois que um tribunal alemão confirmou um protesto dos estaleiros navais alemães contra a decisão do ministério de criar uma competição aberta para as corvetas, uma decisão que foi então contestada pelo ministério.

Maquete da corveta alemã K130

FONTE: Reuters

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Ádson

E agora, Tamandaré tá fora de preço?

Rafael Oliveira

Tamandaré está em linha com as corvetas mais caras do mundo (alemãs e francesas e, quiçá, britânicas).

Thom

Incheon sul coreana é melhor que essa. Já as tamandaré…

Ricardo Rademacker

Cada um dos navios saíra por USD 480 milhões. A FFG classe Tamandaré estão com uma curva de custos estimada em USD 350 milhões. E bom lembrar que cerca de 60% dos custos de um moderno navio de guerra e relativo aos sistemas de armas e sensores.

_RR_

Pois é… US$ 480 milhões por cada corveta… E as anteriores, lançadas na década passada, já custaram a fábula de US$ 300 milhões…

Bem… Não tem mágica mesmo… Ainda mais em se tratando de Alemanha…

Mudando de pato pra ganso, acho belíssima essa corveta alemã. É provavelmente o design mais belo dos anos 2000 ( os alemães definitivamente não são adeptos dos “quadrados”… ). Tivesse um hangar e seria perfeita…

igortepe

Não seria melhor comprar as corvetas do Brasil direto da Alemanha. Pretendem fazer 5 unidades, se o Brasil encomendar 6 unidades financiadas por bancos Alemães, o preço poderia cair devido a economia de escala?

Bardini

Quase o preço das F-125 que compraram…

Karl Bonfim

5 corvetas K130 por 2 bilhões de euros ou 2,4 bilhões de dólares?
São 400 milhões de euros ou 500 e tantos milhões de dólares por unidade.
Caras heim?!
Quanto custa uma corveta Tamandaré mesmo?

Matheus de Oliveira

Sem VLS? Não seria melhor retirar aquele lançador de mísseis detrás do canhão principal e colocar um sistema de VLS antiaéreo, para defesa de ponto/área?

Bavaria Lion

Coisa pra quem pode. A K-130 está entre as melhores corvetas do mundo, senão a melhor. Depois, o batch 2 provavelmente vai ser bem parecido em capacidade com a Sa’ar israelense (um mini destroyer). O preço caro dela, que já tem vasos vendidos pra fora, não justifica o preço caro da tamandaré, que muito provavelmente não vai vender pra outros países, que tem grande probabilidade de atrasar, superfaturar, vir desdentada, enfim… o fator brasil. Para quem pode pagar mais numa K130 do que numa Incheon (terceira economia do mundo e maior da europa), pode pagar. Assim como pode pagar 5… Read more »

Marcos

Os problemas do estaleiros brasileiros:
1) Prazo de entrega: mas a culpa é do GF que não paga em dia;
2) Preços: quando você começa a trazer de fora os vários sistemas que não fabricamos por aqui, já na chegada começas a cobrança de taxas, impostos, burocracia.

Marcos

Quanto ao preço da Corveta alemã, qual o recheio?

Bosco

Matheus, Pela lógica se fossem instalar um VLS seria para o míssil ESSM, já utilizado pela Alemanha, mas exigiria ou um radar AESA banda X com 4 “antenas” ou 2 radares iluminadores. Custo alto e complicado. Sem falar que poderia não ter espaço. Outros mísseis de lançamento vertical navais de defesa de ponto/área curta seriam: Umkhonto, Sea Ceptor, VL-MICA, Aster 15, Barak 1. Tirando o Barak 1 que exigiria pelo menos 2 sistemas de controle de tiro radar/EO os outros poderiam ser instalados sem maiores complicações, mas seriam mais um tipo de míssil no inventário da Alemanha e no frigir… Read more »

Bavaria Lion

Bosco, eu acredito especialmente nesse ESSM com AESA banda x.

Rafael Oliveira

Corvetas caríssimas, em parte pelo custo da mão de obra alemã, em parte pelo jogo político que divide em encomenda entre vários estaleiros para não desagradar nenhum deles e respectivas regiões.
Há opções que oferecem mais por menos, como a Milgem turca ou a Formidable francesa (Lafayete encomendada e adaptada para Cingapura). Até a Tamandaré se sair do papel pelo valor planejado tem um melhor custo-benefício que a K130.
Israel só comprou porque tem o cupom de desconto (33%off) dado pela Alemanha.
Duvido que algum outro país compre a K130.

Dalton

A marinha alemã substituiu cerca de 20 embarcações velozes equipadas com mísseis por apenas
5 corvetas…então nada mais justo que outras 5 corvetas sejam construídas, ao menos cada corveta quando todas as 10 estiverem em serviço, estará substituindo de fato duas das embarcações que deram baixa o que é bem mais adequado.

Augusto

Sobre o preço da f-125 em comparação com essas k-130, não acho que seja um absurdo não, a f-125 nem tem mísseis AA, só o RAM, única coisa que a faz ser uns 200 milhões mais cara que a k-130 é seu radar e sistema de combate além da maior tonelagem essa última nem tanto. O sobre a produção da K-100 em vários estaleiros como alguns dizem, o que isso tem a haver com o custo final ? Como vcs chegaram a esse resultado ? Pelo que eu sei de economia a descentralização da produção reduz custos não aumenta.

Bosco

Bavaria, O ESSM tem em tese a vantagem de ser mais resistente às ECMs, embora na sua função antimíssil isso seja desnecessário tendo em vista que mísseis antinavios não implementam ECM (até agora). Quem faz isso é o navio e o míssil implementa ECCMs. A combinação do ESSM com um radar AESA banda X resolve o principal “problema” do ESSM que é poder atuar contra um ataque de saturação, engajando vários alvos simultaneamente, que de outro modo ficaria limitado ao número de radares iluminadores. Só de curiosidade, o radar APAR de algumas fragatas europeias pode guiar 32 ESSMs ao mesmo… Read more »

Rafael Oliveira

Augusto. Não se trata de descentralizar a produção de peças e obter ganho de escala. A montagem final dos 5 navios iniciais foi feita em 3 estaleiros diferentes. Ou seja, em vez de um estaleiro e seu pessoal se especializarem nisso, 3 equipes tiveram que se especializar, sendo que uma delas montou apenas um. Houve perda de escala e excesso de pessoas treinadas e capacitadas para fazer a montagem. Lembro também que o primeiro lote da K130 teve uma série de problemas que atrasaram bastante a entrada em operação dos navios. A frota teve que ficar parada por anos. As… Read more »

Carlos Alberto Soares

Essa é de patrão.
Sem viadagem, papo de corveta pesada, papo de fragata leve e outras bobagens.
Essa é CORVETA.
_______________________

Ainda tem gente ai pra cima misturando CORVETA com FRAGATA, meu D’US.

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Comparar essa Corveta com a Tamanduá ?
PERGUNTEM AO MO !

Bavaria Lion

Pois é Bosco. Segundo li na época da Sa’ar, o batch 2 deve ser esperado com essas capacidades, mais algumas inovaçoes na propulsão…

Carlos Alberto Soares
Bavaria Lion

http://www.navyrecognition.com/index.php?option=com_content&view=article&id=3029 “Saar 6 class corvettes will be heavily armed: They are set to be fitted with up to 40x (most likely 32x) VLS cells for surface to air missile system Barak 8 by Israel Aerospace Industries (IAI) and C-DOME naval point defense system by Rafael, 16x anti-ship missiles and the MF-STAR multifunction AESA radar by IAI. The main gun is set to be a 76mm Oto Melara Super Rapid (possibly with Strales guided rounds). In addition, Saar 6 will be fitted with 2x Rafael’s Typhoon remote weapon stations and two 324mm torpedo launchers. Saar 6 corvettes will have hangar space… Read more »

Bosco

Bavaria, Essa versão da Sa’ar é mais letal ainda que uma dotado de radar AESA banda X e mísseis ESSM. O radar dessa Sa’ar é AESA banda S (não tem capacidade de iluminar mísseis guiados por radar semiativo) tem capacidade de “vetorar” os mísseis até a proximidade dos alvos que depois ativam seu sistema de orientação autônomo, que no caso do Barak 8 é radar ativo e IIR e no C-Dome é por radar ativo. Esses mísseis não requerem iluminação do radar AESA do navio porque na fase terminal eles ativam seu radar próprio. Só de curiosidade, em até 2020… Read more »

leonel testa

qual o peso dessa corveta ?

Nunão

Leonel, são cerca de 1800t de deslocamento.

Nunão
Bavaria Lion

Bosco

Exato. Essa Sa’ar 6 é monstruosinha. Eu imagino que as alemãs usarão ESSM porque agora a Thales está na jogada, porém, se tem capacidade de operar com o Barak, que requer um sistema mais complexo e maior fisicamente, logo cabe o ESSM.

Eu acredito que utilizar os equipamentos da Sa’ar literalmente não seria nada mal, rsrsrs, porém, agora a Thales é “da casa”, por isso que vão utilizar Thales/MBDA, e se tiver sonar rebocado deve ser da Atlas Technik.

Saudações.

Marcelo Andrade

Pessoal,
Acompanhando todos estes lançamentos recentes de navios dá pra ver que os valores estão indo à estratosfera!!! Não é mais coisa para amador!!

Tirando as russas e chinesas, está tudo acima dos 400 milhões!!!!

Que pena que o Brasil perdeu o bonde lá na década de 70!!! Poderíamos estar neste seleto clube!!

dumont

Bosco, todas as considerações e opções sobre a configurações dos meios me parecem bastante interessante. Como o Sr. sempre menciona, tudo é uma questão de balanço… Em relação a Barroso alguns pontos chamam atenção: 1) Ausência de CIWS dedicado (ou redundante, em relação ao 76mm) cobrindo o setor frontal nas corvetas da classe tamandaré. A K130 possui grande capacidade CIWS; 2) Por outro lado a classe tamandaré introduz um VLS… Acho a opção alemã mais condizente com uma corveta (embora 2 sistemas RAM me pareçam exagero). Entretanto, me parece que a opção pelo VLS favorece a proteção de embarcações sob… Read more »

Bosco

Dumont, Sem duvida o sistema Sea Ceptor da Tamandare será mais capas de oferecer proteção a outras embarcações que a dupla de lançadores RAM e o 76 mm tendo em vista o alcance do míssil no limite do horizonte radar (25 km). E sem dúvida a maior falha da Barroso é não ter defesa antimíssil (hard kill) no setor frontal. O canhão Mk-8 tem função AA mas é medíocre na função de defesa antimíssil. Acaba que o sistema soft kill tem que assumir essa difícil função. Em relação aos dois lançadores RAM (somando ao canhão 76 mm SR) realmente é… Read more »

Bosco

Só pra complementar, o RAM “aspira” aposentar o CIWS Phalanx. E o RAM Block II com o dobro do alcance é plug-and-play com quem já tem os lançadores Mk-49 e SeaRAM. Apesar de ter diâmetro maior ele cabe na mesma célula de um RAM convencional.
Claro, o navio que já tenha o RAM “convencional” e optar no futuro pelo RAM Block 2 deverá fazer alguma atualização de software do seu sistema de combate.

carvalho2008

Moderação, por favor tem um comentario meu preso.

Ádson

Resumo da ópera: estou me apaixonando pela Tamandaré.

Ivan

O mapa, sempre o mapa. . No link um mapa simplório para nos situar por onde é que Alemanha alcança o mar, área que – em uma análise inicial – é a prioridade de sua marinha. . Metade de sua costa é voltada para o Mar Báltico, um mar fechado que se comunica com o oceano através dos estreitos Skagerrak (entre o sul da Noruega, a Bohuslän sueca e a Jutlândia dinamarquesa) e Kattegat (entre a Dinamarca e a Suécia). Dividindo a região costeira deste mar – em sentido horário – estão: Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Estónia, Letônia, Lituânia, Polônia… Read more »

Ivan

Em tempo.

Uma visão (mapa é claro) da localização das bases navais alemães.
comment image

Bavaria Lion

Ivan A sua colocação é perfeita. Porém o amigo levou em consideração apenas o recheio. O barco tendo uma estrutura boa, um bom design de casco, e principalmente, um aço forte para blindagem pode ser “recheado” ao gosto do cliente. Um exemplo disso é a Sa’ar 6 que está equipada como um “mini-destroyer”. Outro indicativo que o recheio é todo doméstico de Israel é que a venda de cada vaso saiu a “apenas” 107 milhões de euros. (http://www.globes.co.il/en/article-israel-signs-430m-deal-for-german-patrol-vessels-1001035494). Não está explicitado, mas provavelmente o batch II da K-130 deve ter um recheio que justifique esse preço todo. E numa análise… Read more »

Carlos Alberto Soares

Ivan 20 de setembro de 2017 at 16:25
Show.
________________________________________

Bavaria Lion 20 de setembro de 2017 at 19:43
Muito bom.
Ligas, silício e alumínio naval fazem a diferença.
O segredo da fórmula:
1) Qual é a fórmula ? rsrs
2) Quem tem a melhor fusão ? rsrs
3) Quem tem o melhor laminador ? rsrs
4) As anteriores e mais umas coisinhas que os Alemães, Japas e Âmis são feras,
pela ordem.

Dalton

Bavaria… . só complementando…a classe “Los Angeles” foi construída com o HY-80…com exceção de duas unidades os SSNs 753 e 754 onde foi utilizado parcialmente o HY-100, para testar o mesmo para projetos futuros e que teoricamente permite que eles possam mergulhar um pouco mais fundo que os demais “Los Angeles” que ainda formam a espinha dorsal da força de SSNs. . Os SSBNs classe “Ohio” também foram construídos com o HY-80, coube ao USS “Seawolf” introduzir para valer o HY-100 com alguma dificuldade seguido por outras duas unidades da classe e por todos os submarinos da classe seguinte a… Read more »

Bavaria Lion

Dalton

Exato. Nesses casos, a liga é a mesma, “só” muda o limite de escoamento entre HY-80, 100 e 130. O 110 é composto de uma nova liga.

Saudações.

Bavaria Lion

Carlos

Muitos anos de expertise… realmente algumas coisas são incomparáveis. Dizem que a mittal conseguiu uma boa liga com o HLES-80 (que é a base do scorpene e do S-80), o indicador é o reino unido ou os EUA utilizarem. Porque se aguenta profundidade de subnuc, em diesel-elétrico fica tranquilo.

Saudações.

Rubio
Bavaria Lion

Rubio

Será que alguém finalmente teve bom senso?
Seria ótimo um financiamento externo (direto com bancos coreanos), eles construindo estaleiros no brasil (têm demandas de submarinos e navios militares e falta espaço lá).
Se eles ainda estão com a mesma disposição de 2008, seria ótimo, maravilhoso.
Produzindo aqui (com padrões tecnológicos de lá) corvetas, fragatas, destroyers e LPD’s… para suprirem as vendas externas da Coréia.

Os futuros marinheiros, assim como os futuros pilotos da FAB, teriam vetores para sonhar novamente.

Saudações.

Bavaria Lion

Um adendo

Poderiam os coreanos também entrar como construtores da Tamandaré.
Se eles embarcarem, teremos duas certezas de início: o projeto é viável, e, será entregue no prazo, sem extrapolar o limite de gastos.

Na torcida.

Rubio

Bavaria

Espero que sim…

Se puder incluir aquele míssil anti-navio deles também seria bom rsrsrs como será que está o desenvolvimento do MAN-1?

Bavaria Lion

Rubio

Não tenho a mínima idéia de como anda o MAN-1. Eles usam o Haesong (https://en.wikipedia.org/wiki/SSM-700K_Haeseong), que em alguns lugares diz que é uma versão do Harpoon.
Eu acredito que o RBS-15 é mais jogo, se for inovar, senão, manter o foguetão exocet pra ter compatibilidade com o resto da frota.

Saudações.

Bavaria Lion

O link do Rubio já gera um post bacana, aliás. Materia quentinha de hoje.

Bardini

A série HY é beeem antiga. Foi sendo estudada ao longo de décadas, mas já tem material semelhante no mercado com melhor custo-benefício. A própria US Navy tem pesquisas e outras opções a caminho para os submarinos (não lembro a sigla do aço de cabeça). Os americanos já começaram a trocar o HY-100 na construção dos meios de superfície lá trás, na construção dos Porta Aviões (CVN-74 se não me engano) com boa quantidade de HSLA-100. Antes disso já estudaram e aplicaram boas quantidades de HSLA-80 nos Escoltas (Ticos, AB…), substituindo o HY-80… . Fazer navio hoje com série HY,… Read more »