INS Kalvari, primeiro Scorpene indiano

INS Kalvari, primeiro Scorpene indiano

O Mazagon Dock Shipbuilders Limited (MDL) da Índia entregou o primeiro dos seis submarinos diesel-elétricos classe Scorpene construídos sob licença para a Indian Navy (IN).

Batizado Kalvari, o submarino de 66 metros de comprimento foi entregue ao serviço em 21 de setembro, e deverá ser incorporado “em breve”, de acordo com uma declaração do construtor estatal de Mumbai.

O Kalvari foi lançado em outubro de 2015 e iniciou testes no mar em maio de 2016. Quase um ano depois, em março de 2017, o submarino testou com sucesso um míssil antinavio Exocet no mar da Arábia.

O submarino, que é capaz de guerra anti-superfície e antissubmarino, coleta de inteligência, lançamento de minas e vigilância de área, pode atingir uma velocidade máxima de mergulho de 20 nós e acomodar uma tripulação de 31, incluindo seis oficiais, de acordo com Jane’s Fighting Ships.

Os seis submarinos da classe fazem parte de um contrato INR230 bilhão (US$3,6 bilhões) assinado com o construtor naval francês DNCS (agora Naval Group), em outubro de 2005, no âmbito do programa de submarinos Project 75 da Índia. O MDL vem construindo os submarinos projetados pela DCNS sob licença em suas instalações em Mumbai.

Uma vez incorporados, os submarinos estarão configurados para formar o núcleo do braço de submarinos convencionais da IN e substituir os velhos submarinos das classes “Sindhughosh” e “Shishumar”.

A segunda unidade da classe Scorpene, o Khanderi, lançado em janeiro, está atualmente passando por testes no mar e deverá entrar no serviço no início de 2018. Os quatro submarinos restantes estão programados para o comissionamento em intervalos de um ano em um programa já atrasado por cinco anos.

Enquanto os torpedos Blackhead Alenia Sistemi Subacquei (WASS) planejados originalmente não foram adquiridos, os submarinos foram integrados para disparar os torpedos SUT existentes da IN até que um torpedo pesado de nova geração seja adquirido.

FONTE: Jane’s

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Carlos Alberto Soares

Sem torpedos de última geração ?

Carlos Alberto Soares
Carpophorus

A quantas anda a aquisição dos nossos Scorpene?

Bavaria Lion

O nosso insubmersível conseguiu a proeza de ser mais caro e pior que o indiano (lá eles usam um AIP local).

Parabéns aos envolvidos.

Roberto Bozzo

“Bavaria Lion 25 de setembro de 2017 at 19:12
O nosso insubmersível conseguiu a proeza de ser mais caro e pior que o indiano (lá eles usam um AIP local).

Parabéns aos envolvidos.”

Bavária, por gentileza, discorra sobre os motivos do por quê você acha que os nossos Scorpenes serão os piores. Não é a primeira vez que vc diz isso mas ainda não apresentou justificativas. Gostaria de conhecê-las.

Grato

Bavaria Lion

É verdade. O AIP deles ainda não está desenvolvido e está atrasado. Preferiram usar o PAFC (aplicação nova em submarinos) do que o “portátil” MESMA. Tentaram colocar o sistema pra funcionar e deu errado. E mesmo assim, os nossos insubmersíveis são mais caros. Quem vai instalar é o naval group.

http://www.thehindu.com/news/national/scorpene-submarines-to-get-indian-aip-modules/article19700162.ece

Bavaria Lion

Roberto Bozzo Primeiro: Serão os únicos sem nenhum sistema de AIP. Isso limita bastante o endurance submerso (os U-214 sul-coreanos bateram o recorde de um submarino não nuclear em endurance sem snorkel – 18 dias, tem matéria aqui no naval). Na medida que o submarino precisa snorkear mais vezes, fica mais vulnerável. O tamanho a ser construído (75 metros) é o maior da classe. Ele será o maior e mais pesado, porém, com lemes em “T” (únicos com esses lemes também) que limitam o movimento se comparado com os lemes em “X” (utilizado em submarinos convencionais pela primeira vez no… Read more »

Bardini

Vamos relembrar um pouco sobre o S-BR, então: http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2016/09/S-BR-corte.jpg . Nosso Scorpène é conta com 75 m e mais de 2.000 toneladas. Como todos os outros Scorpènes, apresenta leme em “+” Não tem AIP, mas foi adicionada uma seção que proporciona maior capacidade ao paiol de mantimentos, Tanques de Óleo Combustível e melhoria nas acomodações. O que gera aumento de autonomia. Conta com a maior capacidade de acomodação para tripulação da série, 35. Armamentos… Capacidade para: 18 Torpedos (F21) e/ou mísseis (SM-39), ou 30 minas. . Motorização MTU 12V 396 SE84: https://mtu-online-shop.com/print/3100721_MTU_General_WhitePaper_SubmarineChargingUnit_2011.pdf . Motor elétrico: Jeumont-Schneider EPM Magtronic 2,800 kW… Read more »

Karl Bonfim

Aí eu faço a pergunta: Se não teria sido mais barato, rápido se tivéssemos optado pelos submarinos alemães, como os da classe U-214 ou U-212, com construção aqui no Brasil com adaptações para a nossa realidade.

Delmo Almeida

Bavária, você está errado nos elementos apresentados. Nenhum Scorpene até hoje construído recebeu sistema AIP, seja o MESMA ou outro. O nosso é mais pesado, mas o módulo adicional já é previsto no projeto original, mas para uso diferente. Os torpedos adquiridos não são inferiores, são os F-21, novíssimo torpedo francês que foi desenvolvido pra entrar em serviço junto com os Barracuda. É o Estado da Arte em termos de torpedo. Leme em T? Até onde eu sei é em +, mas posso estar errado… . Quanto a ser superior ou inferior aos alemães, é uma questão de análise, por… Read more »

camargoer

Olá a todos… de novo esta discussão sobre Scorpenes x IKL? Sugiro aos colegas que ainda estão curiosos que busquem post anteriores onde encontrarão muitas informações interessantes, inclusive sobre as razões da MB em optar pelo Scorpene, sobre os custos envolvidos na construção dos submarinos e no custo para construir itaguaí, sobre os custos do Labgene em Aramar, sobre o reator multipropósito e por fim, sobre o financiamento externo sobre parte do projeto e sobre o desembolso do tesouro para a outra parte.. além de detalhes sobre a modificação do projeto do Scorpene para atender à demanda da MB.

Roberto Bozzo

Bom, pesquisei apenas no Naval sobre o assunto, portanto se houver alguma informação incorreta, me avise por gentileza. “Primeiro: Serão os únicos sem nenhum sistema de AIP. Isso limita bastante o endurance submerso (os U-214 sul-coreanos bateram o recorde de um submarino não nuclear em endurance sem snorkel – 18 dias, tem matéria aqui no naval). Na medida que o submarino precisa snorkear mais vezes, fica mais vulnerável.” Os nossos terão 71 mts (não os 75 que vc citou) exatamente para aumentar o endurance para 60 dias (como solicitado pela MB), além de melhorar a habitabilidade para os submarinistas. ://www.naval.com.br/blog/2010/05/06/novas-pistas-sobre-o-s-br-o-novo-submarino-convencional-brasileiro/… Read more »

Carlos Alberto Soares
marcos

O tempo é o senhor da verdade.
Lá na frente saberemos se é bom ou não.
Só sei que quando a coisa começa mal…

Augusto

Eu não sei pra que usa o f-21 se a MB já tem os mk48 que já são muito modernos

Bavaria Lion

Bozzo Sobre as medidas, existem muitas fontes, mas a maioria fala em 75m. Realmente não se compara Uboot com insubmersível. Essa liga de metal é utilizada em face da frança não deter o conhecimento do HY-100, nem da família de ligas HY. O HLES-80 é uma liga belga (Mittal), e é um paliativo em relação ao que se pode ter. Pelo composto, ele não é semelhante (nem em densidade nem em perfil magnético) nem ao HY-80, quanto mais ao 100. Os japoneses conseguiram ligas interessantes (Ns110) embora, via de regra, um pouco menos duráveis, a partir do NS80 da SSAB… Read more »

Dalton

Augusto…
.
o “MK-48” não é compatível com o sistema francês que obviamente já virá instalado a bordo
dos futuros submarinos e que também permitirá o lançamento de mísseis anti navios através
dos tubos de torpedo…algo inédito por aqui, mas, mesmo os dois submarinos de projeto alemão da marinha chilena foram adaptados para também lançar o “exocet”…o que é muito bom quando se tem um vizinho como o Peru.

Bardini

“Essa liga de metal é utilizada em face da frança não deter o conhecimento do HY-100…” Fala sério. Pq os franceses não teriam acesso a HY-100??? A ArcelorMittal é certificada pra fazer esse aço até para os projetos das FFAA dos EUA… Assim como também é certificada para fazer HSLA-80 para US Navy. . “Pelo composto, ele não é semelhante (nem em densidade nem em perfil magnético) nem ao HY-80, quanto mais ao 100.” . Parabéns, você descobriu que o que se busca nesses aços são níveis de resistência semelhante a série HY, mas com melhor soldabilidade e outros fatores… Read more »

_RR_

Karl Bonfin,

Os alemães não ofereceram um pacote tão completo quanto os franceses. Esse é o ponto.

A experiência francesa com submarinos nucleares também foi determinante para o fechamento do PROSUB com estes.

Bavaria Lion

Bardini Vê o link que eu postei acima. O NS80 japonês tem a densidade do que seria um HY-114. Mas essa densidade é explicada em relação a libra por polegada² de pressão suportada. Além da densidade, existe o requisito de ser não magnético, ou o grau de magnetismo da liga, além disso (densidade suportada) tem o peso e a ductibilidade da liga. E ainda além disso, tem a necessidade de se pagar pela propriedade intelectual que resulta na fórmula da liga de aço, além de matéria prima específica. Então, a dificuldade da solda é compensada pelo menor grau de magnetismo,… Read more »

EParro

Bavaria Lion 26 de setembro de 2017 at 10:14 Bem, achei este aqui: http://www.nwitimes.com/business/steel/local-steel-used-in-navy-ships/article_ce989093-2f64-5032-9799-6302bf8b25bc.html “ArcelorMittal USA plate was used to make the USS Illinois submarine, a 377-foot-long vessel that can travel at more than 25 knots while submerged. The $2.7 billion Virginia-class submarine, which weighs 7,835 tons, was commissioned in December and can be used against submarines, surface ships and mines, as well as for surveillance and covert strike missions. A Virginia-class is a nuclear-powered attack submarine. ArcelorMittal plates are used throughout the hull, including the nuclear reactor, of a ship that’s capable of being submerged to extreme depths for… Read more »

JAIRO GUAREZI FILHO

Cara vc esta profundamente enganado, a série hy não é nada moderna, na verdade é datada de 1890, e tem um projeto de liga bastante obsoleto. O hles é datado de 1980, e não atingiu seu auge militar, principalmente por conta do fim da guerra fria. Contudo não há dúvidas quanto a sua maior aplicabilidade em diversos meios civis e militares principalmente por conta de sua maior economicidade e praticidade. A questão é que ainda falta conhecimento extensivo sobre suas características de tenacidade em condições reais de uso, muito por conta da timidez dos maiores estaleiros, de substituir o já… Read more »

Bavaria Lion

Eparro

A Mittal pode ter vendido a série HY, uma vez que já comprou a licença para outros fins há algum tempo, ou podem ser mesmo aços HSLA, ou o que seria inédito, HLES.
E sim, a empresa belga é tradicionalíssima no desenvolvimento de aços. Se eles não dizem qual a liga que estão usando, não dá para saber. Pelo menos em comunicações oficiais, o que eu sei é que usam a série HY.

(http://everyspec.com/MIL-SPECS/MIL-SPECS-MIL-S/download.php?spec=MIL-S-16216K.011494.PDF)

Saudações

EParro

Bavaria Lion 26 de setembro de 2017 at 11:39

Compreendo!
Acredito que interpretei mal seu texto sobre a Mittal. Pareceu-me que ela era uma “tonha” em termos de produtora de aço.

Agradeço a atenção

Bavaria Lion

Eparro

Saudações

Roberto Bozzo

Bavaria “Essa liga de metal é utilizada em face da frança não deter o conhecimento do HY-100, nem da família de ligas HY. O HLES-80 é uma liga belga (Mittal), e é um paliativo em relação ao que se pode ter. Pelo composto, ele não é semelhante (nem em densidade nem em perfil magnético) nem ao HY-80, quanto mais ao 100.” Tem certeza que a frança não domina o HY-100 ? ://pubs.rddc-drdc.gc.ca/BASIS/pcandid/www/engpub/DDW?W%3DAUTHOR+%3D+%27Bird%2C+J.%27%26M%3D8%26K%3D511913%26U%3D1 Pelo que pesquisei na internet, a nomenclatura HY e HLES dizem respeito as mesmas propriedades do aço, ou seja, HY-80 é igual ao HLES-80. HY é a nomenclatura… Read more »

Bavaria Lion

Bozzo

São aços diferentes. O HY é Krupp, embora utilizado largamente pelos EUA. Tanto que no site da própria ancelor mittal tem um comparativo entre aços, embora sem dados e nada técnico.

http://industeel.arcelormittal.com/products/protection-steels/naval-grades/

Mas não, não são os mesmos aços, a frança não tem matéria prima e os royaltes para produzir o HY (80, 100 e 130 só mudam pela densidade do limite de escoamento, são a mesma liga).

Saudações.

Bardini

“Bavaria Lion” . “Isso é o que eu sei como entusiasta e amador, mas tem um bocado de material aí na internet. Quem pesquisa acha…” . Tem um bocado de informação na internet. Se você não sabe o que interpretar ou não entende o mínimo de Ciência dos Materiais, Metalurgia etc, fala o amontoado de baboseira sobre aços e outras ligas. ___________ “A Mittal pode ter vendido a série HY, uma vez que já comprou a licença para outros fins há algum tempo, ou podem ser mesmo aços HSLA, ou o que seria inédito, HLES.” . “O HY é Krupp”… Read more »

Roberto Bozzo

Bavaria

Falei que são a produtos iguais, nomes diferentes pois achei em um blog de fisica falando disso, mas se está errado, desculpe.

Roberto Bozzo

Bavaria, segue documento da Industeel, subsidiária da Acelor, onde diz que o aço HLES-80 oferece caracteristicas similares ao HY-100…

http://image02w.seesaawiki.jp/d/e/doramarine/bb9306865d3af821.pdf

Portanto, não creio que seja algo desabone o “insubmersível”, como vc diz…

Almeida

Até especialistas em metalurgia naval temos aqui, fantástico!

Meu problema com os S-BR não é se são franceses ou alemães, HY100 ou HLES80, é o preço que pagamos. Compara aí com os indianos.

Bardini

Compare o que eles compraram e o que nós compramos… . – Contrato de construção de quatro Submarinos Convencionais (S-BR), dividido em pacote de materiais, construção e suporte logístico; – Contrato de construção do primeiro Submarino de Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR) e é dividido em pacote de materiais e serciços para o seu desenvolvimento e sua construção; – Contrato de aquisição de trinta Torpedos F21 e cinquenta despistadores de torpedo; – Contrato para projeto e construção do Estaleiro, da Base Naval e da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM); – Contrato para administração do planejamento e da Coordenação do… Read more »

Bavaria Lion

Bardini Baboseira, blablabla, lenga lenga. Fica feliz aí no teu mundo. A série HY, no documento que mandei anteriormente, tem se mostrado mais resistente, leve e dúctil para o trabalho com grande pressão (submarinos é onde existe a maior pressão), apesar de ter a solda mais difícil. A USN não teve grana durante 6 décadas para fazer isso? Eu tomei por base um arquivo que o próprio Bozzo compartilhou novamente quando da discussão. Eu procuro entender por meio da minha concepção. Se você acha limitada, ou, desleal, ou qualquer coisa, te vira, o problema é teu. Não tenho problema de… Read more »

Mazzeo

Senhores, Nosso sub é razoavelmente diferente dos outros scorpenes, e (espero) os erros aprendidos com a construção e operação dos Subs malaios e chilenos impactará sobre a construção dos mesmos. A falha dos nossos, no meu ponto de vista, foi o processo de aquisição,com ingerências politicas maiores que as usuais. Maiores que usuais pois não estamos comprando Corsinhas para um ministério, mas um meio de aquisição cara, de operação cara, que dependerá de uma linha de suprimentos internacional e pode ser cortada por desavenças regionais e principalmente, da capacidade de dissuasão frente a um possível ataque ao pais ou a… Read more »