‘Belfast’ será o nome da segunda fragata Type 26 da Royal Navy
A segunda fragata Type 26 da Marinha Real, será chamada HMS Belfast, anunciou o First Sea Lord, Almirante Philip Jones, em 27 de setembro.
A futura HMS Belfast continuará com o nome do antigo cruzador leve HMS Belfast (C35) que lutou na Segunda Guerra Mundial e na Coreia.
O antigo Belfast é agora um navio museu no Pool of London, como parte dos Museus da Guerra Imperial, e tem permissão para arvorar o White Ensign da Royal Navy.
Todas as oito fragatas Type 26 a serem construídas para a Royal Navy terão nomes de cidades, por issos serão conhecidas como “City Class”. A primeira será a HMS Glasgow.
“Como nação insular, somos totalmente dependentes do mar para a nossa segurança e prosperidade”, disse o almirante Sir Philip Jones, First Sea Lord, em julho deste ano, quando anunciou o navio principal na classe. “A ‘City Class’ confirma o vínculo histórico entre os navios de combate da Royal Navy e nossos grandes centros de comércio e indústria”.
As fragatas Type 26 são 18,3 metros mais longas e 2.000 toneladas mais pesadas do que as suas predecessoras e serão equipadas com sonar de casco e rebocados, mísseis de defesa antiaérea Sea Ceptor e um canhão principal de 5 polegadas.
Os navios também terão uma baia de missão para contêineres que transportam equipamentos para tarefas específicas, como socorro de desastres e contarão com uma plataforma de voo grande o suficiente para receber um Chinook — embora os helicópteros Merlin e Wildcat da Fleet Air Arm sejam mais comuns.
Três navios da classe estão atualmente sob encomenda de um contrato de £ 3,7 bilhões entre o Ministério da Defesa do Reino Unido e a BAE Systems.
Curioso é que na época do predecessor HMS Belfast (C35) uma fragata antissubmarino (ou CT de escolta, ou até mesmo os CTs de esquadra mais modestos) tinha deslocamento cerca de 10 vezes menor que um cruzador leve como ele.
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Já o novo Belfast, uma fragata atualissima multiemprego mas com a mesma ênfase antissubmarino, deve ficar só umas 2000 ou 3000t a menos que o velho e imponente cruzador que embarcava uma dúzia de canhoes de seis polegadas.
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Apenas uma curiosidade.
Me parece que o design não é tão stealth.
Quanto à furtividade de navios, pouco se fala na redução do alcance de detecção…
Alguém tem ideia?
Um navio desse porte, convencional, seria detectado, grosso modo, a que distância? 200 km? Com a provável redução da assinatura radar, cairia para uns 130 km?
Porque navios não são tão stealth quanto aviões podem ser.
É a type 26 parece menos stealth do que as fremm por exemplo.
talvez seja por ser um pouquinho diferentes nos tamanhos …. no deslocamento então, ….
Nunão… . de fato o cruzador Belfast era imponente…comparei o modelo que tenho com o de um modelo do cruzador classe “St Louis” que viria a ser o “Tamandaré” e apesar de similares em tamanho a maior superestrutura e chaminés além de uma boca ligeiramente maior conferem ao navio inglês essa “imponência”e ele não faz feio perto de um “Cleveland” também. . Acredito que a diferença entre deslocamentos que você citou como curiosidade seja maior já que parece que você utilizou 11.500 toneladas para os cruzadores básicos tipo “Town”, enquanto o “Belfast e seu irmão perdido durante a guerra eram… Read more »
Se comparados ainda à fragatas como uma classe River da vida, a diferença aumenta ainda mais.
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Mas enfim, tipos distintos de navio, épocas diferentes. Nos faz realmente imaginar se determinados tipos de navio tivessem continuado seu desenvolvimento de forma relativa aos atuais, mas acho que acabaríamos com pouquíssimas diferenças entre os projetos, ou pelo menos no que podemos ver entre as Ticonderoga e ops AB. Mas realmente gostei da homenagem à Belfast.
Bonita homenagem ao Belfast !!!, navio que deu o tiro de misericórdia no Bismarck.
Nonato,
Pode não ser tão furtiva quanto uma Visby, mas certamente tem elementos de furtividade no design.
A BAE, vale lembrar, inicialmente integrou o Projeto “Horizon” juntamente com o Naval Group e a Fincantieri, que deu origem à Type 45 e à classe Horizon. Neste projeto, salvo engano, já se buscava furtividade.
A Type 26 é maior e tem mais deslocamento do que a FREMM francesa e pouco maior do que a italiana. Particularmente, acho o desenho mais imponente.
Verdade, Dalton. Escrevi de cabeça, o Belfast de fato deslocava mais que os primos mais velhos. Quando puder visitar Londres, onde nunca fui, certamente estará perto do topo da minha lista de passeios.
Prezado Nonato,
Quase 100 anos antes do surgimento de aeronaves stealth, já existiam meios navais stealth – os submarinos.
Abraços
Prezado Nonato, Quanto à sua pergunta sobre distância para detecção, existem diversas variáveis. Inicialmente, saliento que um meio naval possui assinatura radar, térmica e acústica. A assinatura ao radar vai depender, inicialmente, do deslocamento do navio. Além disso, deve ser levada em consideração a capacidade do radar inimigo e da altura em que ele estiver instalado no meio naval inimigo. Se o radar estiver em uma aeronave, a detecção se dará a uma distância muito maior e irá variar de acordo com a capacidade do radar que está buscando o alvo. A assinatura térmica (calor produzido) de um meio naval… Read more »
É só ampliar as imagens e observar bem os detalhes que se percebe a preocupação em reduzir a assinatura radar. Por exemplo, os ângulos das formas em superfícies altas que normalmente geram bastante retorno, como os mastros, chaminés e as asas do passadiço. . Porém, sempre haverá áreas que refletirão mais, onde a mudança da forma prejudicaria outras características funcionais. Mas como serão relativamente poucas em relação ao todo, o efeito final de fazer um navio de mais de 6000t aparecer na tela do radar como algo bem menor, e detectado muito mais perto, será atingido. Os números obviamente são… Read more »
Já que estavam falando e comparando os tamanhos…
Muito obrigado Roberto…irei ver sim amanhã com calma, até porque tenho muito interesse e admiração pelo Japão e seu povo. . E já que fez uma sugestão, ainda tenho um exemplar do livro “Guerra e Soldado, o diário de um combatente japonês” de Ashihei Hino, que se passa durante o conflito com a China e mostra o lado humano do combatente japonês, algo pouco visto e o livro chegou a ser comparado ao “Nada de novo no Front” que inclusive virou filme…acho que você iria gostar também…é um livro muito raro…mas…se um dia você tiver a oportunidade, leia. . grande… Read more »
Ainda considero muito mais imponente os cruzadores pesados da Classe Des Moines
Lendo sobre o Belfast, eu que sou fã dos grandes turbohélices, não tem como eu não me lembrar do Short Belfast dos anos 60, o grande quadrimotor da faixa do A400M que só teve 10 unidades construídas.
Sofria com sua falta de potencia:
Short Belfast payload de 35 tons, MTOW de 104 tons e 4 motores Rolls-Royce Tyne R.Ty.12, Mk. 101 turboprop, 5,730 shp
A400M payload de 37 tons, MTOW de 142 tons e 4 motores Europrop TP400-D6 turboprop, 11,000 shp.
Voou na RAF até 1976 e na aviação comercial de carga até 2010.
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Victor… . o “Des Moines” era um cruzador pesado até um pouco maior que o “Baltimore”, mas, a US Navy teve ainda algo maior…a classe “Alaska” que apesar de ter o direito de ser classificada como cruzador de batalha, com 9 canhões de 305 mm e deslocando boas 35.000 toneladas quando completamente carregado, foi classificado como “grande cruzador” apenas. . O “Alaska” e seu irmão “Guam” viram pouco serviço na guerra e passaram muitos anos na reserva depois e não foram preservados enquanto o “Salem” da classe “Des Moines” pode ser visitado hoje em dia. . Então, justamente por ser… Read more »
Na primeira metade do século passado, principalmente em torno da Segunda Guerra Mundial, os cruzadores seriam basicamente: – Cruzador Leve – canhões de 6″ (polegadas), ou 152mm de calibre; – Cruzador Pesado – canhões de 8″ (polegadas), ou 203mm de calibre; – Cruzador de Batalha – canhões de 12″ (polegadas), ou 305 mm de calibre, mas havia variações de 10″ a 14″ (polegadas). . Curioso é que houve variações com cruzadores blindados ou outros baseados em navios mercantes armados. Porém os de maior interesse para nós são aqueles com corpo de pesado e canhões (até 15 em 5 torres triplas)… Read more »
Ivan…só para chatear 🙂
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os cruzadores de batalha britânicos, “Hood”, “Renown” e “Repulse” possuíam canhões de 15 polegadas e não consigo recordar-me de nenhum com canhões de 10 polegadas no período
que você citou.
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Uma outra classificação para cruzadores…seriam os “AA”…os britânicos converteram alguns antigos da Primeira Guerra antes de partirem para a classe “Dido” e a US Navy entrou com a classe “Atlanta”…inicialmente com 16 canhões de 5 polegadas e variantes com 12 canhões.
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Quanto ao “Newport News” ele foi desmantelado…mas…ainda é possível visitar um da classe
que é o “Salem” que mencionei acima.
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abs
Admiral Dalton,
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Como sempre, tem razão.
Os canhões começavam com 12″ (polegadas).
Lembro sempre dos classe Invincible, protagonistas de batalhas memoráveis na WWII.
Salvo engano eram os:
Invincible;
Inflexible;
Indefatigable;
Indomitable.
Não lembro de outros na classe.
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Os canhões de 15″ (polegadas) estavam presentes naquele 3(três), mas acho que foram só eles.
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Abç.
Ivan.
Falha de digitação.
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Os Invincible se destacaram na WWI e não na WWII.
É o danado do smartphone que tem vontade própria.
Ivan… . na verdade os alemães preferiram ao menos no início os canhões de 11 polegadas tanto para seus encouraçados quanto para seus cruzadores de batalha que combateram na Primeira Guerra (1914-1918). . Durante a Segunda Guerra, o “Scharnhorst” e o”Gneisenau”, dois de meus navios “favoritos” estavam armados com canhões de 11 polegadas…mas…apesar de serem chamados de cruzadores de batalha por alguns, na verdade eram encouraçados com armamento “leve” por conta de Tratado com o Reino Unido e depois da famosa “Corrida no Canal” quando o “Gneisenau” foi danificado, foi previsto que os 9 canhões de 11 polegadas seriam trocados… Read more »
Admiral Dalton, . É sempre um privilégio conversar com o amigo. Aprendo sempre, muitas vezes apenas lendo o que escreve sem participar. . Sim, lembro dos “Scharnhorst” e ”Gneisenau”, mas entendo que eram mesmo cruzadores de batalha. Os alemães, que são quase sempre cuidadosos com seus produtos industriais, foram meticulosos no projeto de compartimentação dos seus cruzadores de batalha, como observado na Batalha da Jutlândia (Skagerrakschlacht) quando os seus resistiram mais que os britânicos. . Mesmo com meia dúzia de canhões de 15 polegadas, seriam ainda assim poder de fogo em um corpo mais ‘franzino’ (em que pese a compartimentação).… Read more »
Ivan, de fatos há publicações que classifica os três “encouraçados de bolso” alemães da IIGM como cruzadores de batalha, mas, quando comparados com outros – mesmo os seus sucessores nas carreiras de construção, da classe Scharnhorst – eles tinham uma característica que os deixavam atrás: eram bem mais lentos, com 28 nós de vel. máxima, pois foram desenvolvidos para grande autonomia, com motores diesel ao invés de propulsão a vapor, pensados para ser incursores de longo alcance. Vale lembrar que em outras classes de cruzadores os alemães experimentaram propulsão combinada, com motores diesel em um eixo e vapor em dois,… Read more »
É verdade Nunão. . Mas 28 nós ainda era suficiente para evitar combate com os couraçados mais antigos da Inglaterra que poderiam ser enviados para águas distantes, mas não dos cruzadores de batalha. . Pelo que lembro, os mais modernos ‘Battleships’ britânicos durante a WWII eram os classe King George V: HMS King George V (1940), HMS Prince of Wales (1941), HMS Duke of York (1941), HMS Howe (1942) and HMS Anson (1942). Mas mesmos esses tinham como velocidade máxima 28,5 nós. . Por outro lado, os 3 (três) classe Deutschland (que inclui o Admiral Graf Spee) tinham características próprias,… Read more »
os Deutschland, eram encouraçados de bolso ou poderiam chamar de Encouraçados ligeiros (ligeiro, tal como mosso minas no tamanho, não em velocidade)
Mas a classificação acho que se aproxima deles com a comparação com os cruzadores de batalha, teoricamente maiores ue vos cruzadores pesados
Mas se fosse hoje, pela empreçça seria tudo Fragata …. kkkkk
Com certeza, Ivan, podia escolher entrar em combate ou não com navios mais poderosos e mais lentos. Mas os 28 nós e o grande alcance em velocidade de cruzeiro relativamente baixa, com seus motores diesel, eram insuficientes para escolher entrar ou não em combate com outros cruzadores leves ou pesados, capazes de 32 nós ou até mais. E o Graf Spee, por exemplo, foi posto em xeque por três cruzadores britanicos, dois leves e apenas um pesado – é claro, teve todas as circunstâncias do combate ter causado danos, de não ter fugido à distância que ainda lhe daria chances… Read more »
Ivan… . livros que possuo dão a seguinte explicação: ” os próprios alemães não sabiam como chama-los. Originalmente foram classificados como “navios blindados”. Em fevereiro de 1940…ou dezembro de 1939 segundo outras fontes, os alemães mudaram essa designação sem sentido para o mais apropriado “Schwere Kreuzer” cruzador pesado e assim passaram a ser chamados os 2 sobreviventes já que o “Graf Spee” havia sido perdido em dezembro de 1939. . Com uma blindagem relativamente “fraca”…fica difícil classifica-los como “cruzadores de batalha” já que em muitos casos perdiam até para um cruzador pesado nesse quesito, enquanto um cruzador de batalha deveria… Read more »
Amigos,
Obrigado pelas ponderações.
Acredito que os classe Deutschland representam um capítulo a parte no livro dos cruzadores.
Mas é melhor parar por aqui e voltar para a novíssima Belfast.
Forte abraço,
Ivan.
Kkkkk… 🙂
My last shot… . O termo “cruzador de batalha” acabou se tornando um anacronismo, já que partia-se do princípio de que teria canhões de encouraçado e uma blindagem relativamente fraca para se ter maior velocidade, porém, os novos encouraçados sendo construídos na década de 1930, eram velozes o suficiente. .. Os “Deutchland” com seus raquíticos canhões de 11 polegadas…para um encouraçado e uma blindagem fraca, apesar de serem chamados no início de “navios blindados” eram comparáveis em tamanho a muitos cruzadores pesados dos anos 30 e em alguns casos até menores quando comparados com o “Admiral Hipper”da própria marinha alemã… Read more »
O Sea Ceptor não é de muito curto alcance pra essa fragata?
Não deveria ser o Aster 30?