A Leonardo Helicopters informou ontem que o primeiro helicóptero Super Lynx Mk21B da Marinha do Brasil realizou seu primeiro voo em Yeovil, Inglaterra.

A aeronave AH-11B Super Lynx N-4001 é a primeira de 8 aeronaves sendo modernizadas e as três primeiras devem ser entregues em 2018.

A Leonardo anunciou o contrato com a Aviação Naval da Marinha do Brasil em julho de 2014, para uma grande atualização de meia-idade de oito helicópteros Lynx Mk21A. O contrato, avaliado em mais de US$ 160.000.000 (€ 117 milhões), inclui a substituição dos motores da aeronave com o produto CTS800-4N da LHTEC, aviônicos de navegação, displays e suíte de missão. Um pacote de suporte e treinamento abrangente que inclui um dispositivo de treinamento de voo também está incluído no contrato.

Seguem mais fotos do AH-11B Super Lynx N-4001 no seu primeiro voo e também quando estava na linha de montagem.

Histórico dos helicópteros Lynx na MB

Com o propósito de prover os meios aéreos integrantes do sistema de armas das Fragatas Classe “Niterói”, foi criado em 15 de maio de 1978, o 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque Anti-Submarino (HA-1), tendo sido ativado em 17 de janeiro de 1979.

O Esquadrão inicialmente contou com nove aeronaves Westland Sea Lynx Mk-21, designadas na MB como SAH-11 Lynx. Em 1995, as 5 aeronaves SAH-11, remanescentes do lote inicial, foram enviadas para o fabricante, para serem modernizadas na nova versão Westland Super Lynx 100 Mk-21A, passando a ter, junto com as 9 novas aeronaves, a designação AH-11A Super Lynx.

Helicópteros Lynx da MB no início das operações na MB

Em virtude da aquisição pela MB de novos navios e da flexibilidade que o Lynx demonstrou em operação, o Esquadrão recebeu a apartir de 1997, uma missão mais abrangente e teve a sua designação alterada para 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (HA-1), permanecendo assim até os dias atuais.

O HA-1 executa, preferencialmente, missões de esclarecimento e ataque a alvos de superfície (ASuW) utilizando o míssil ar-superfície Sea Skua e ataques vetorados a alvos submarinos (ASW) com torpedos e cargas de profundidade, podendo ainda ser empregado em diversas outras missões a bordo dos meios da Esquadra.

O 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (HA-1) participou das operações aéreas pela Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL), cujo Comando da Força Tarefa Marítima (MTF) está a cargo do Brasil.

Super Lynx no Líbano armado com míssil Sea Skua

O Super Lynx do HA-1 compõe o Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) das fragatas e corveta, capitânias da MTF, provendo o apoio aéreo durante as patrulhas, com o objetivo de impedir a entrada de armas ou material conexo por via marítima para o Líbano.

O Super Lynx pode ser armado com até quatro mísseis ar-superfície Sea Skua, para missões ASuW, além de realizar operações de VBSS (Visit, Board, Search and Seizure), MIO (Maritime Interdiction Operations) e SAR (Search and Rescue).

As aeronaves do HA-1 empregam o imageador térmico (FLIR) Star SAFIRE III, sensor passivo adequado na identificação positiva de alvos, tanto no período noturno como diurno, gerando imagens com o máximo de detalhamento a uma distância segura para a aeronave, além de possuir equipamento de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE/ESM – Electronic Support Measures) Orange Crop/Racal MIR II e o potente radar 360° Seaspray 3000.

Lynx a bordo da fragata Defensora, na primeira fase das operações na MB
Lynx pousando na fragata Independência
Lynx N-3020
Helicóptero Super Lynx armado com mísseis Sea Skua e fragata Liberal ao fundo
O editor Alexandre Galante quando era tripulante da fragata Niterói, ao lado de um Lynx em 1988, durante os primeiros ensaios com míssil Sea Skua
Subscribe
Notify of
guest

12 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments