Fragata ‘União’ abre para visitação pública em Salvador – BA
A Fragata “União” (F45) atracará no Porto de Salvador nesta sexta-feira (13), às 13h45, após cumprir seis meses de missão no litoral do Líbano, e estará aberta à visitação pública nos dias 14 e 15 (sábado e domingo), das 14h às 17h.
A capital baiana é o primeiro porto brasileiro na viagem de volta da Fragata “União” que, de março a setembro de 2017, foi o navio capitânia da Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (United Nations Interim Force in Lebanon – UNIFIL).
No Líbano, a “União” atuou em operações de interdição marítima, com o objetivo de impedir a entrada de armas ilegais, drogas e contrabando naquele país. A FTM da UNIFIL também contribui para o treinamento da Marinha libanesa, de modo que, no futuro, a mesma possa conduzir suas atribuições de forma autônoma.
A FTM-UNIFIL foi criada em 15 de outubro de 2006, em atendimento à Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, por solicitação do governo libanês, tendo a peculiaridade de ser a única Força Naval componente de missão de paz da ONU.
Desde fevereiro de 2011, a Marinha do Brasil comanda a FTM-UNIFIL que possui um Estado-Maior multinacional e sete navios, de seis diferentes nacionalidades: Alemanha, Bangladesh, Brasil, Grécia, Indonésia e Turquia.
FONTE: www.jornaldamidia.com.br
É impressionante ver estas “Old ladies” voltando de uma comissão tão importante no exterior …
É bonito mas surreal ao mesmo tempo.
Somos um país que não merece os recursos marítimos que temos …
O casco desses navios, estaria obsoleto … não daria pra trocar todo o miolo incluindo motores, turbinas, sistemas eletrônicos e deixar -las modernas novamente? ou produzir cascos iguais….
São navios que apesar de ultrapassados são lindos,uma pena que nunca houve a intenção de se desenvolver classes sequenciais a essa fragata,acho que o nosso país há uns 20 anos atrás perdeu uma oportoportunidade de ouro de desenvolver uma geração 2 desse navio,mas o tempo passou não é mesmo…
Quando a classe Niterói entrou em serviço em meados dos anos 1970 foi pioneira em diversas tecnologias, mas o Brasil não deu continuidade à onda de inovação proporcionada pela construção de duas unidades no país, além do Navio-Escola Brasil que empregou o mesmo casco.
A Marinha preferiu investir no projeto de navios menores e mais baratos, as corvetas classe Inhaúma, que acabaram sendo problemáticas.
A corveta Barroso, versão melhorada da classe Inhaúma, levou 14 anos para ficar pronta e agora a Marinha persegue o objetivo de construir mais quatro corvetas classe Tamandaré, que será uma Barroso aperfeiçoada.
Linda a União. Que a nossa Gloriosa MB consiga se ajustar neste mar turbulento que passa nosso pais.
Não sei se o Brasil poderia evoluir o projeto Vosper Mk10, se nem os britânicos, detentores do projeto, o fizeram…
Agora pra mim é devolver o Cesare Battisti pra Itália em troca da participação no programa FREMM deles e construção de umas 4 por aqui… Eles já lançaram 7 desde 2011…
Eu prefiro a ideia de viabilizar a construção das 4 corvetas classe Tamandaré. Se os testes com as primeiras unidades mostrarem-se positivos, seria o caso de começar um novo projeto, usando o mesmo formato de casco e com melhorias pontuais na configuração geral, para um navio de maior comprimento e boca, com o deslocamento de cerca de 6.000t pretendido pela MB. . Nessa tonelagem, poderia incorporar propulsão CODLAG com turbina para aumentar a geração em velocidade de pico, hangar para duas aeronaves, mais silos verticais, canhão principal de maior calibre, um canhão antiaéreo adicional, e mais contêineres para mísseis mar-mar.… Read more »
Nunão a fragata Defensora ja começou testes ou provas de mar?
Fabio, também vou dar tchauzinho pra ela da próxima vez que for ao Rio, ok?
Francamente o nosso nível de desespero por tonelagem bruta é tão intenso, que penso que a MB deva renunciar parcialmente um projeto nacional e eleger um de prateleira que se aproxime dos seus requisitos.
Minha escolta preferida, desde que o PRO SUPER começou até se transformar em PRA SEMPRE é a Fremm Italiana… Construir 2 lá e 2 aqui, e sem prejuízo das corvetas nacionais, mas aquelas antes dessas…
Aliás, não sei onde vc mora, mas recomendo que visite o Rio de Janeiro um dia, tipo num feriado prolongado, férias e, se puder, aproveite para ir ao espaço cultural da Marinha, incluindo o passeio à Ilha Fiscal, e à parte externa do Museu do Amanhã. . Esses lugares oferecem vistas ótimas do AMRJ, e aí vc poderá ver belas imagens atracadas da Jaceguai, da Julio de Noronha, da Defensora, verá submarinos no dique e na oficina e, quem sabe, até no cais. Há anos eu vejo esses navios por lá, vez por outra um deles até sai do cais,… Read more »
Ozawa, minha preferida no início do Prosuper era a Zeven Provincien, mas aoa poucos a FREMM italiana ganhou minha preferência.
.
Por mim construiria só uma aqui e quatro na Itália, pois a “linha de montagem” delas na Fincantieri estava azeitadissima até a última vez que pesquisei a respeito, e o custo-benefício deve ser mais vantajoso. Só depois desse primeiro lote pensaria num outro construído inteiro no país.
Obs – o penúltimo comentário é pro Fabio, o último pro Ozawa.
O que acho atingível para os dias de hoje para a MB são compras de oportunidade mas, de navios não velhos demais, de no máximo 23 anos e de boa qualidade de armamentos e conservação. Assim a MB poderia buscar parceiros internacionais para novos desenvolvimentos como as Tamandarés com certa tranquilidade. Contudo, teria que dar muita sorte de encontrá los, ainda mais com a eliminação do Chile da Copa do Mundo pelo Brasil a vingança será implacável.
Certo, Nunão, 3 x 1 lá…
4 Freem (Italianas) já estariam de boníssimo tamanho para nossos requisitos operacionais, especialmente eventuais comissões da ONU como o Líbano. E, insisto, as Tamandaré o quanto der…
Tenho absoluta certeza que a estatura econômica e geopolítica do Brasil reclama e sustenta, sim, uma esquadra dessas dimensões. Mas, por favor, esqueçam de vez essa “coisa” de asa fixa e NAe…
No resto estamos de acordo e me atrevo a dizer que 80% do blog…
Ozawa 13 de outubro de 2017 at 19:21
Concordo com quase tudo, pois um(s) NAe é muito importante para a soberania de um país, mas ele deveria ser pensado de forma calma para ser simples (no que der), ser desenvolvido em parceria com outro país de modo que tenha economia em escala. Mas seria um projeto para daqui a uns 10 há 15 anos (ha não ser for com uma parceria com um país que tenha domínio da tecnologia).
Lembro do meu finado tio ex MB falando com orgulho das Niterói contruidas no “estado da arte” e como não deviam nada para nenhuma outra escolta de outra Marinha.
Isso na metade dos anos 80
Depois vieram os governos civis ( ou quadrilhas civis) e acabaram com tudo….
E como é linda essa escolta
Museu flutuante 🙁
Já visitou alguma vez?
(é pergunta mesmo, não é pegadinha ou sabão)
Lindo navio!
Fernando “Nunão” De Martini 13 de outubro de 2017 at 17:05
Boa ideia!
A evolução da tecnologia naval pós modernização das Niterói não foi assim tão radical. Há 5 itens relativamente ultrapassados (mas longe de serem ineficazes). O primeiro é o radar de busca aérea 2D. Hoje, em regra se utiliza radares 3D rotativos para esse tipo de navio. Outro quesito “fora de moda” é a arma BOROC antisubmarino. Sem falar que uma arma desse tipo ao meu ver seria mais útil em países de mares fechados. Os mísseis Exocet Block 2 tem perna curta. O sistema de míssil Barracuda não oferece defesa contra ameaças simultâneas (o que obriga que o radar seja… Read more »
Pena que as belonaves não atracam mais em Recife. Lembro que até meados dos anos 90 Recife era parada obrigatória dos navios da MB que zarpavam pro exterior. Ou quando se iniciava as operações UNITAS . Era muito bom ir visitar os navios. Hoje não passam mais por aqui, seguem para a Bahia e depois Fortaleza. Bons tempos que não voltam mais.
Ótima análise, Bosco. Nada que não possa ser solucionado nas Niteróis enquanto elas aguentarem o batente. Valeria a pena corrigir as deficiências que você apontou nas seis, já a incorporação de novas e modernas unidades ainda não está na linha do horizonte. Quanto a Tamandaré, aponto mais um desacerto: a permanência do Bofors 40 como CIWS.
A revitalização das FCN busca, basicamente, recuperar o que já existe… existe a possibilidade de adotar o MAGE Mk-3 e o link STERNA, mas isso depende da finalização do desenvolvimento destes… não esperem mais do que isso… abraço a todos…
Nossas Vosper Mk 10 derivam muito da famosa classe 21 britânica e esta classe, agora, se encontra no Paquistão com 4 unidades ainda em operação como as nossas…
Marujo,
Eu até gosto do Trinity, mas sem dúvida um par de Milleniuns ou um par de Dardos não seria ruim.
Eu gosto de canhões de maior calibre para a defesa de ponto, com maior alcance e projéteis de fragmentação. Me parecem mais efetivos que os CIWS de menor calibre e alta cadência.
Eu penso a mesma coisa, Bosco. E acho bem adequada a combinação que se planejou para a Tamandaré de um 76mm no convés de proa e um 40mm sobre o hangar, cobrindo amplos arcos. . Para uma eventual e futura fragata de maior porte que seguisse mais ou menos a configuração da Tamandaré (mesmo formato de casco, mas em proporção maior de boca e comprimento, evidentemente) em caso de optarem por um canhão principal de maior calibre (127mm, por exemplo), eu acrescentaria ao 40mm do hangar um segundo 40mm à vante da superestrutura do passadiço. Ali na posição em que,… Read more »
Xiiii, falei na Defensora, sem querer… Daqui a pouco o Souto vai perguntar de novo das provas de mar…
Nunão,
Exatamente! Se uma futura fragata optar por um canhão de 127 mm seria interessante um outro CIWS à vante e aí eu acrescentaria um segundo diretor de tiro radar/OP.
Já na Tamandaré o 76 mm dá conta do recado. O “problema” é que só tem um diretor de tiro radar e o outro é OP, mas ainda assim é bem equilibrada.
A vosper é um charme. Não fosse o problema de manutenção da propulsão…
Também há várias controvérsias acerca do estado real dos cascos. Quem souber, fale.
Saudações a todos.
Um belo alvo.
Ja deu o que tinha que dar! hoje sou até a favor da produção das type 23 e como são lindas! e lembrar que o Brasil perdeu pro Chile.
Roberto, não entendi, vc gostaria que fragatas Tipo 23 voltassem a ser construídas? . São boas fragatas, mas às vezes (não estou dizendo que seja seu caso, só aproveitei a deixa) não entendo tanta admiração pelo projeto, que a meu ver perde para outros da mesma época, bem mais equilibrados. . As fragatas Tipo 23 concentram à vante do passadiço seus principais armamentos ASuW e AAW (canhão de 114mm, mísseis Harpoon e Seawolf) em cerca de 20 e poucos metros de seu comprimento total. Nos cerca de 100m restantes, só hangar, sensores, e lançadores de torpedos ASW, além de um… Read more »
Maldito corretor!!!!
“estes tamulá” (onde que esse corretor inventou isso?!? ) = estão lá
Meus amigos, só não entendo uma coisa: por que a MB podendo derivar uma nova plataforma das Niteróis, preferiu fazer da Barroso, com capacidade oceânica mais limitada. O acréscimo no peso não a tornaria tão mais cara assim, pois aço é o que há de mais barato na construção naval militar.Falta se ambição?
Marujo, segundo o livro do almirante José Carlos Coelho de Sousa, “Uma história das fragatas”, o Ministro da Marinha que sucedeu ao almirante Adalberto Nunes, o almirante Geraldo A. Henning, tinha considerável objeção às fragatas classe Niterói, não gostava delas, e pensou inclusive em vendê-las à Arábia Saudita.
O almirante Henning decidiu que a Marinha deveria continuar a construção de escoltas, mas de menor porte, daí surgindo o Programa das Corvetas classe Inhaúma e depois a Barroso.
Concordo com muitos aqui, as linhas das “Niterói” são belíssimas, pena mesmo não darmos continuidade atualizando o projeto e construindo aqui mais escoltas. Agor o tempo já passou.
Também sou a favor das FREMM italianas, belíssimos navios, pena que o caso Cesare Baptiste, melou toda a negociação que havia com a Fincanttiere. Brasil petista preferiu asilar este terrorista ao invés de entregá-lo à Itália, comprando uma briga que não é nossa!!
Mas no caso dos boxeadores cubanos que solicitaram asilo aqui, foram extraditados sem piedade!!! Dois pesos e duas medidas!!!
Só de curiosidade, é uma classe Niterói que ilustra o logo do Poder Naval?
Sim Leonardo
Me parece que é a Niterói F 40
Gostaria de saber da galera mais gabaritado no assunto
Como sairiam as Niterói com seus Aspide, MBDA Exocet e as Greenhalgh, Barroso em um conflito contra escoltas modernas hoje???
Nunão o Boroc da fragata defensora esta funcionando?
Rodrigo,
Se sairiam mal.
Os navios mais modernos (e nem vamos colocar os navios russos e chineses na equação) podem nos atacar 3 x mais distante do que nós podemos atacá-los e podem se defender de um ataque de saturação de forma bem mais eficaz que nós com nossos Trinity, Sea Wolf e Albatroz.
Souto – cortando a proa do Nunão, o Boroc está descontinuado na MB…
Bosco – em princípio, é isso mesmo… a comparação de poder combatente dos nossos meios e outros, modernos, nos coloca em inferioridade… mas, dependendo da situação tática e havendo apoio de ANV e submarino, esse gap poderia ser diminuído…
XO há possibilidade da vinda de navios usados para MB?obrigado pela resposta acima.
Com o BOROC descontinuado, não seria possível a instalação do SeaCeptor no lugar, em substituição do MSA Aspide, permitindo assim aumento no convoo/espaço para lancha de abordagem?
Isso seria viável em termo de vida remanescente da plataforma?
Souto – o EMA está estudando o assunto… se vai acontecer, não sabemos… Batman – quando a gente fala em trocar ou incorporar outro sensor/sistema, temo de saber: o sensor ou sistema pode ser integrado ao sistema de combate ??? A geração de energia tem reserva para aguentar esse novo sistema ??? Onde seria armazenado o míssil ??? O lançador do SeaCeptor é leve o bastante para o convés aguentar seu peso ??? Causa algum problema de estabilidade esse novo peso alto ??? Outras perguntas devem existir, isso eu tirei rápido da minha experiência como Oficial Armamentista… Quanto ao convoo,… Read more »
Bosco
Que dureza
Obrigado pela explicação