Navio ‘Ulusoy 5’ chega ao Rio vindo do Haiti com material das Forças Armadas

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Ulusoy 5, chegando ao Rio de Janeiro. Foto: Sérgio Luiz Cardoso de Souza

Ulusoy 5 chegando ao Rio de Janeiro. Foto: Sérgio Luiz Cardoso de Souza

O navio tipo RO-RO (Roll-on/roll-off) ‘Ulusoy 5‘, 19.690 grt de bandeira turca (Ulusoy Ro/Ro Isletmeleri AS (Ulusoy Ro/Ro Management SA, Istanbul, Turquia) chegou ao Rio de Janeiro no dia 16 de novembro por volta das 15 horas e atracou no Terminal de Contêineres para descarregar todos os equipamentos do Exército Brasileiro que foram usados na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH).

O navio partiu de Porto Príncipe no último dia 30 de setembro transportando todos os equipamentos e viaturas empregadas pelas Forças Armadas brasileiras na missão.

Estão sendo repatriados 203 contêineres, nos quais foram acondicionados os materiais das diversas classes em caixas de madeira, 235 veículos, 12 break bulks (cargas fracionadas) e 25 trailers pertencentes à Marinha e ao Exército.

Essa fase final da repatriação do material do Contingente Militar Brasileiro (CONTBRAS) foi coordenada pela Subchefia de Operações de Paz (SChOpPaz) da Chefia de Operações Conjuntas (CHOC) do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) do Ministério da Defesa, a quem cabe a tarefa de planejar e coordenar a desmobilização do pessoal e do material das Forças Armadas empregados em Operações de Paz.

Ao longo desses 13 anos de missão, os efetivos de militares, bem como os quantitativos e os tipos de equipamentos empregados, foram periodicamente ajustados visando atender aos diversos cenários enfrentados pelos 26 Contingentes do Brasil que passaram pelo Haiti.

O processo de desmobilização foi iniciado no dia 31 de agosto, em Porto Príncipe, quando uma cerimônia marcou a despedida do Contingente Brasileiro da MINUSTAH. O primeiro voo transportando os militares chegou ao Brasil no dia 23 de setembro, seguido por mais três aeronaves, totalizando o retorno ao território nacional de cerca de 90% dos militares.

A etapa final de desmobilização estava programada para 15 de outubro, com o encerramento das medidas de repatriação de pessoal e material.

Foto: Sérgio Luiz Cardoso de Souza

COLABOROU: Edson de Lima Lucas / FOTOS: Sérgio Luiz Cardoso de Souza

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Uhtred Ragnarsson

Pergunta: o Bahia não poderia fazer tal transporte? Ou a carga excedia a capacidade do mesmo?

MO

e o custo para isto tudo *no caso de se mandar um NDD para isto ?)

Bavaria Lion

Esse navio serve tanto quanto o ocean para a marinha. Até pq, o caralhal não voa.
Então se comprarem o ocean, provavelmente, o setor “estratégico” da marinha vai ter que começar a usar fralda geriátrica no cérebro.

Ozawa

16 de outubro… Ou seria a chegada dos que não chegaram…

MO

Uia era um FV 2100 da Mercandian …. que mundo pequeno, o bom filho a casa torna …

MO

Vessel Name: ULUSOY 5 IMO Ship No: 8501464 Call Sign:TCUV
Flag: Turkey Port of Registry: Istanbul Status:In Service / Commission
Group Beneficial Owner: Ulusoy Denizyollari, Location Turkey
Shipmanager: Ulusoy Ro/Ro Isletmeleri, Location: Turkey
Shiptype: Ro-Ro Cargo Ship
Operator: Ulusoy Ro/Ro Isletmeleri Location: Turkey
DOC Company: Ulusoy Ro/Ro Isletmeleri, Location Turkey
Registered Owner: Ulusoy Lojistik Tasimacilik, Location: Turkey

Nonato

Mandar o Bahia seria caro?
Parece que muitas coisas são mais baratas com navios mercantes…
Tudo que é militar os preços vão lá para cima.
Esse navio fez o mesmo serviço provavelmente por um preço baixo…
Não sei onde cabe os 235 veículos.
Nas nossas fragatas não cabe…
Muito dinheiro para navios pequenos e pouca carga paga, diferente dos mercantes.
Baratos e são burros de carga…

Carlos Alberto Soares

Foi paggo pela ONU, ponto.

camargoer

Olá Colegas. Se fosse para evitar desembolsos, poderiam ter deixado tudo lá como doação para o Haiti (rs). O que fosse crítico, como equipamentos para comunicação criptografada e coisas assim, bastava cavar uma vala e colocar fogo em tudo. Talvez assim muita gene ficaria satisfeita. Que tal?

Dalton

Uhtred… . a capacidade de carga do navio acima é maior que a do “Bahia”…basta comparar a tonelagem de ambos, então um navio “apropriado” pode fazer em uma viagem o que outro precisaria de mais viagens…mas, não é apenas isso…navios de guerra são construídos com seus espaços internos voltados para outras coisas como acomodações, para tripulantes e tropa embarcada e esse pessoal todo precisa de muita comida, além de espaço para armas, munições, etc, etc. . Também trata-se de um navio “RO/RO” que é ideal para transporte e desembarque de veículos, já que os veículos entram e saem do navio… Read more »

Delfim Sobreira

Deixar de ter belonaves para ter cargueiros ? Terceiriza !

carvalho2008

US Navy e Royal Navy usam isto costumeiramente…..na realidade, possuem estruturas hibridas para admisnistrar apenas isto. . A RFA ( Royal Fleet Auxiliary) é como uma estatal, que fica com os encargos dos navios de logistica, transporte e suprimentos, possuindo frota propria para isto e ainda podendo complementar mediante fretes no mercado. . Tripulação civil, mas com grande parte de ex componentes da Royal Navy…as tripulações são consideradas auxilires da primeira linha e durante a vida profissional estão totalmente habituados aos procedimentos militares. . Os americanos possuem coisa parecida, mas não com o mesmo vigor e versatilidade dos britanicos…na realidade,… Read more »

carvalho2008

Quando vivo mostrando opções de plantas hibridas ou mercantes para uso militar, não trata-se de simples gambiarra adaptativa de terceiro mundo. Existe uma infinidade de vieses co-relacionados e interdependentes extremamente importantes para alavancagens de uma política nacional e capacitação de uma marinha de guerra.

Dalton

“Os americanos possuem coisa parecida, mas não com o mesmo vigor e versatilidade dos britanicos…na realidade, foi a RFA que ganhou a guerra das Malvinas….trabalho impecavel”.
.
Carvalho…
.
Você tem ideia do tamanho e composição do “MSC” e das Forças de Pré posicionamento dos
EUA? É uma pergunta sincera, pois os britânicos não possuem nada parecido e não possuíam
nada parecido ainda mais em 1982em plena guerra fria.
.
abraços

EParro

Dalton 18 de outubro de 2017 at 10:01
carvalho2008 18 de outubro de 2017 at 9:52

Mas Dalton, se o conceito que o carvalho2008 apresentou da RFA é este mesmo, isto parece bem interessante. Ou não enxerguei o quadro todo?
Mal comparando, seria como se a Marinha do Brasil tivesse um GTA (da FAB), mas que desse uma rendazinha (hahahahahaha)?

Forte abraço

carvalho2008

Correto Mestre Dalton, escrevi quase me arrependendo deste período…mas a estava focado em uma comparação do tamanho do pale destas sobre o numero de operações e tamanho das respectivas marinhas….como a US Navy é imensamente maior, a MSX é por consequencia maior, mas o nivel intrinsico da participação da RFA com relação a Royal Navy tenho ao menos por impressão propria ser maior do que a MSC para com a Us Navy. . Agora, maldade sua contra a RFA heim mestre…?!! rzrz…principalmente em 1982….eles possuem isto desde antes da WWII (salvo engano) e ela carregou o piano com excelencia, no… Read more »

carvalho2008

Mestre Eparro, . Que eu saiba eles não tem fonte de receita com frete civil….mas para o caso brasileiro é justamente ai que defendo a fugura de linguagem que voce usou…. . Não tenho uma Marinha Mercante nacional, então eu poderia unir as duas coisas….criou um modelo similar a RFA/MSC, na qual ficam a cargo do suporte logistico da MB, aproveito a evolução das tecnologias atuais e promovo plantas hibridas com aptidão mercante e militar e subsidio o ingresso desta estatal numa fração de ( chute uns 20% a 40%) dos fretes da cabotagem ( O Brasil quebrou esta reserva… Read more »

Bardini

Falando em adaptar um Ro/Ro para uso militar, uma concepção canadense: http://dgpaapp.forces.gc.ca/en/defence-policy-review/docs/ottawa/mccoy-submission.pdf
.
É um navio interessante…

carvalho2008

Pelo desenho parece ser um classe Point. . Os EUA estão em um projeto com o Ex Cragside ( Point Class) mas é mais ambicioso, focado em prover uma base de operações desdobradas de operações especiais anfibias a partir deste navio. opera com Blackhawks, Kiowas, Apaches, Ospreys, Sea Stallions e Little Birds, 45 dias de mar e mais de 250 tripulantes fixos, podendo chegar a até 500 combatentes….pode abastecer e reabastecer no mar a si e a outras embarcações, possui instalações para comando e controle…o estranho é que virou um navio fantasma, misterioso, já esta em operação e foi desdobrado… Read more »

Dalton

Carvalho… . mas também não é justo fazer a conta sobre proporcionalidade se a Royal Navy não possui um bom número de combatentes de superfície…eram 25 à menos de 10 anos atrás, agora, são apenas 19 e o número de submarinos de ataque que era de 10 ficará restrito à apenas 7 e como não há pessoal suficiente, lembrando que a US Navy tem dado uma ajuda nessa questão… mesmo os 3 navios anfíbios “LSDs” passaram à RFA enquanto os similares porém mais capazes da US Navy continuam comissionados. . Mesmo assim pelos meus cálculos…dos 278 integrantes da chamada “Frota… Read more »

carvalho2008

Pô mestre Dalton, uma forma romantica de dizer….nós aficionados na verdade gostamos muito de falar das ferraris….mas não falamos dos bastidores…da escuderia….da equipe….para mim, uma guerra se pudesse ser nominada em numeros, possui 70% a 80% de logistica e 20% a 30% de desempenho de armas….não adianta voce ter a melhor das armas….quando chega no terceiro dia de combate, o que interessa é o folego…..e quem da o folego é o planejamento e logistica….foi tudo pro espaço….ganha a persistencia…

Dalton

Carvalho…
.
eu escrevi acima que uma coisa depende da outra…a “RFA” sozinha não teria feito o governo argentino render-se, só isso. Estou perfeitamente ciente da importância da logística, apenas,
não concordo que vença a guerra sozinha.

Angelo

Interessante conceito de navio mercante como apoio logístico . Só que acho que deva ficar afastado do conflito.E “haja CONTRALTO em caso de ataque de torpedos.
Afloat Forward Staging Base.
https://www.youtube.com/watch?v=1HW75DniAu4

Angelo

Os amigos sabem se o LST 80/120 DAMEN podem navegar nos rios da amazonia pelo risco dos troncos de arvore na água ou estou falando bobagem . Desculpem a pergunta leiga pois não conheço sobre navegação nesta região.
Damen LST 120
https://www.youtube.com/watch?v=jCTPSoaUtwk

XO

Agnelo, como esse navio abica na praia, os eixos e hélices são protegidos… ponto a favor… mas o calado é grande… só poderia operar na calha principal… no Negro, ele não passaria de Velho Airão… no Solimões, não chega nem perto de Tabatinga… trria de ver o custo-benefício… abraço…

Uhtred Ragnarsson

@Dalton

Grato pela explicação!

Bardini

Acho que pensando no meio fluvial, mais vale pensar em um Empurrador e bolar barcaças “multi emprego”, que sirvam para várias aplicações logísticas, até mesmo pousar um helicóptero e etc…

carvalho2008

Este é o link do desenho que os americanos adaptaram no Ex Cragside do mesmo modelo de navio desta reportagem.
comment image

MO

Este navio não é inglês ? vejo direto em fotos dos cara de Gibraltar, inclusive um deles faz rota com as Falklands

Fernando

Já desvia pra África que logo mais é lá que vamos desembarcar em mais uma missão pra ONU