Mastros do ARA San Juan navegando na cota periscópica. O mastro mais largo é o esnorquel, que permite ao submarino renovar o ar ambiente e acionar os motores diesel para recarregar as baterias

Mastros do ARA San Juan navegando na cota periscópica. O mastro mais largo à direita é o snorkel, que permite ao submarino renovar o ar ambiente e acionar os motores diesel para recarregar as baterias

Entrada de água pelo mastro de renovação de ar pode ter causado curto-circuito nas baterias

Altas fontes navais revelaram ao jornal argentino La Nación, que o comandante do submarino ARA San Juan informou o problema e que o mesmo havia sido corrigido e que estava indo para Mar del Plata sem mudanças materiais ou pessoais.

Aparentemente, a entrada de água através do tubo de snorkel poderia ser a causa de um curto-circuito na bateria, anteriormente relatado.

Gabriel Galeazzi, capitão de navio de Mar del Plata, confirmou na segunda-feira que o submarino informou à base naval sobre a falha elétrica. No entanto, o porta-voz da Armada, Enrique Balbi, negou.

“Na última comunicação telefônica por satélite, na quarta-feira passada, às 7h30, o submarino informou que ainda navegava em imersão, sem novidades quanto ao pessoal e material, para Mar del Plata. Navegando por vários dias, estava no meio da viagem e não relatou nenhum problema de bateria ou de qualquer tipo”, disse Balbi.

O Ministério da Defesa argentino ainda não revelou a lista de nomes dos tripulantes e disse que é para a “proteção de dados pessoais”. Balbi, porta-voz da Marinha, disse que a lista foi apresentada à Justiça e está guardada. “Não vamos revelá-la por respeito aos membros das famílias”, insistiu.

Enquanto isso, à medida que os dias passam sem notícias do ARA San Juan, a preocupação é com a capacidade de oxigênio do submarino.

Embora vários registros técnicos navais indiquem que a ARA San Juan tem capacidade para 38 pessoas, o navio estava com 44 membros da tripulação a bordo, incluindo sete mergulhadores de combate (buzos tácticos), o que aumentou a preocupação considerando possíveis problemas que poderiam surgir em caso de eventual problema com o oxigênio.

“Estive por vários anos no submarino ARA San Juan e uma vez fomos aos Estados Unidos com uma tripulação de 50 pessoas”, disse ao La Nacion o porta-voz Balbi, que também é submarinista.

NOTA DO PODER NAVAL: Tendo em vista que as missões de submarinos normalmente são secretas, compreende-se a dificuldade de obtenção de informações verdadeiras sobre o que realmente aconteceu com o ARA San Juan e qual a missão que realizava, pois somente ontem revelou-se que o submarino levava sete mergulhadores de combate além da tripulação.

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