Antes de a Armada Argentina anunciar que o submarino ARA San Juan tinha desaparecido na quarta-feira, 15 de novembro, o submarino reportou em seu último relatório uma avaria das baterias, como revelou um chefe dessa força na segunda-feira.

De acordo com Gabriel Galeazzi, chefe da base naval de Mar del Plata, o San Juan “estava cobrindo uma área de patrulha no sul (Atlântico) e quando o dano é relatado, uma rota direta para Mar del Plata é colocada”.

O navio partiu de Ushuaia na segunda-feira, 13 de novembro e sua última comunicação ocorreu na quarta-feira, dia 15, a 240 milhas (cerca de 430 km) do Golfo de San Jorge.

De acordo com o porta-voz da Armada Argentina, Enrique Balbi, a rota que o submarino ARA San Juan fez de Ushuaia a Mar del Plata teve coincidiu com o limite da zona econômica exclusiva da Argentina.

Nas cartas marítimas às quais a Univision Noticias teve acesso, ela coincide com o início de uma zona de grande profundidade que atinge até 6.200 metros, conhecida como declive continental.

 

Correntes oceânicas
O submarino desapareceu em uma área através da qual atravessa a corrente das Malvinas, um forte fluxo de água que se origina na fronteira entre a Antártida e a América do Sul e sobe até a foz do rio da Prata.

No ARA San Juan estavam 44 membros da equipe, incluindo a primeira submarinista na América Latina. Nessas imagens, tiradas de vídeos publicados pela Marinha argentina, você pode ver a vida dentro do submarino.

FONTEUnivision Noticias

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luiz antonio

Essa informação só foi divulgada agora? Haja paciência com essas noticias desencontradas ou fornecidas em “conta-gotas”.
As buscas de salvamento, creio que devam ser replanejadas para resgate. Na minha leitura o sub demorará um bom tempo para ser localizado. Se for localizado. Essa notícia praticamente liquida o assunto.

Danilo José

Era só o que faltava abismo abissal de 6200 metros de profundidade, Deus guarde a tripulação deste submarino, pois o desfecho não se mostra nada otimista.

Fernando "Nunão" De Martini

“luiz antonio 22 de novembro de 2017 at 17:29
Essa informação só foi divulgada agora? Haja paciência com essas noticias desencontradas ou fornecidas em “conta-gotas”.”
.
Não, Luiz Antonio. Aqui mesmo já havíamos divulgado que o submarino fez seu último contato numa região perto do limite entre uma área de baixa profundidade e outra de alta profundidade, onde em relativamente pouca distância se passa de cerca de 200m para 1000m, e daí pra leste, cada vez mais fundo.
.
É só prestar atenção nos textos:
http://www.naval.com.br/blog/2017/11/19/sinais-podem-ser-do-sepirb-segundo-submarinista-ouvido-pelo-poder-naval/

Roger

Nooossa… Difícil escrever ou esperar algo depois de ler esta notícia.
Agora para aqueles que creem, só restam duas situações:
– Orar ou acontecer um milagre.

bit_lascado

Agora no Twitter os boatos são que acharam uma boia com radiobaliza e que há embarcações rumando pra área. Receio ser mais fake news.

Gabriel OLiveira

Meu deus,mas a pergunta que fica é eles continuaram navegando proximo desse precipicio sabendo dos problemas a bordo ou afastaram-se desse precipicio,quanto a armada argentina faltou mencionar que eles navegavam a beira de um precipicio.

Ivanmc

É muita profundidade mais de 6000 metros.

Fernando "Nunão" De Martini

Gente, que surpresa é essa… Parece que descobriram a América ao saber isso…

Essa informação de que estariam provavelmente no limite da plataforma continental já era divulgada desde o início, quando mostraram a região da perda do contato. Publicamos mapas etc.

Só faltava “desenhar”, como se diz, o que foi feito nessa ilustração da matéria…

Ivan

‘Só faltava “desenhar”…’
.
Faltou não!
O Naval está de parabéns com os excelentes e pertinentes mapas e “desenhos” que ilustraram os textos.
Agora se ao ler os textos e ver os ‘desenhos’ alguém ainda fica com dúvida… é outro problema.
Sds.

Jose de padua

Existe a possibilidade desse forte fluxo de agua.ter levado o sub para longe das áreas de busca?

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é, Ivan.

Aqui no PN desde sempre já gostávamos de mapas, mas você é um cara que fez o site ficar ainda mais atento e “mapento” pra essa necessidade.

E sobre o assunto em questão, no link que passei mais acima dá pra ver que desde domingo (dia 19) o Poder Naval mostrava um mapa com as profundidades e atentava, na matéria, para essa característica da região:
http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/11/Isob%C3%A1tica.jpg

Eu acho que o pessoal anda lendo as matérias com muita ansiedade e pressa, querendo logo comentar. E perde boa parte do conteúdo.

Ivan

http://go.grolier.com/map?id=mgof006&pid=go . O mapa linkado acima é do Atlântico Sul, com uma perspectiva de profundidade e tons de azul. Observem que a plataforma continental, em tons mais claros, é muito menor no Brasil que na Argentina, notadamente no nordeste brasileiro. . Uma definição ‘internética’: “As plataformas continentais têm em média uma extensão de 70 a 90 km (mas podem atingir centenas de quilômetros) e uma profundidade de 200 metros. A plataforma continental apresenta um declive suave e termina com o talude continental, onde o declive é maior.” . São fatores importantes tendo em vista a vulnerabilidade do continente americano às… Read more »

Junior

Certamente não se deram conta da gravidade da situação , caso contrario teriam declarado emergencia e mandariam a tripulação para os botes ou tentariam permanecer a superficie aguardando socorro .
Quanto a localização , penso que durante o contato ainda não tinham uma situação grave em mãos , se tiveram algum tempo navengando antes de algo pior acontecer certamente rumaram para mais proximo do continente onde a profundidade é menor , é so observar no mapa que uma linha reta para mar del plata leva diretamente para a profundidade de 200mts .

Ivan

Pois é Nunão.
Somos todos ‘Mapentos’. 😉

Blindmans Bluff

Mapentos de plantao!

Fernando "Nunão" De Martini

#somostodosmapentos

GUPPY

E lembrar que fui eu o primeiro a chamar o conterrâneo Ivan de “mapento”…

Leandro Alves

Há algum motivo específico para que os submarinos patrulhassem no limite da plataforma continental? (Observei que ela está em concomitância com a zona econômica argentina, seria esse o único motivo?)

Algum entusiasta, geógrafo e/ou oceanógrafo poderia informar qual a profundidade da plataforma continental que margeia a argentina?

Que Deus não nos desampare.

bit_lascado

Mea culpa! Foi mal Galante

Ivan BC

Ivan 22 de novembro de 2017 at 18:02
kkkkk é o mapento mesmo!

carcara_br

Pelo visto essa história terminará com o pior final possivel…
Quem sabe no futuro não se descobre o que realmente aconteceu, ou ao menos a localizaçao do que sobrar do submarino.
.
Algumas dúvidas
1 – é normal submarinos navegarem pelas bordas da plataforma continental ou foi apenas coincidencia?
2- justamente por ser uma região de borda e com correntes maritimas fortes, pode este acidente ter sido provocado pela açao desta última, ao inves de uma explosao catastrófica?

Salomon

Desde o início se sabia disso. Ele estava ciscando bem no limite do talude, uma enorme “descida” para as regiões pelágicas. Com a avaria devem ter feito tudo para mudar a derrota para oeste.

Audax

Uma coisa é certa. Esse acidente depois de assimilado, se é que isso é possível, vai abrir a Caixa de Pandora da ARA. Acusações, revelações é um monte de sujeira como em todo acidente. Falta de recursos e complacência de muitos. Triste.

Jefferson Ferreira

A verdade é que desde o começo a FAA não sabia onde estava o submarino, por incompetência ou para esconder a desinformação soltaram notas e mais notas conflitantes… Que no final só serviu para atrapalhar as buscas!

Espero que um dia encontre esse submarino!

Juarez

C-295 retornando para Bahía Blanca!!

Geowally

Leandro Alves 22 de novembro de 2017 at 18:42 Acho que é um pouco unir útil com agradável, a segurança do talude com a delimitação da área econômica. Agora, quanto a profundidade, o talude continental é repleto de rios submarinos que descem em direção ao abismo, alguns destes rios são muuito grandes e profundos. Um submarinista experiente saberá disto. A constituição do talude é em geral de substrato granítico coberto por sedimentos, entrecortados por falhas de direção NE/SW. Alguns rios submarinos podem também se encaixar nestas falhas, como seria se o Rio Paraíba (SP) estivesse abaixo do nível do mar. Estas… Read more »

Geowally

Leandro Alves 22 de novembro de 2017 at 18:42
Só completando, cair em uma região com esses “rios” seria igualmente perigoso devido a diferenças na água quanto a salinidade e temperatura. Afetaria a flutuabilidade da embarcação.

Abraço

Leandro Alves

@Geowally
Obrigado pela resposta.

Que essas perdas possam trazer melhorias para as futuras navegações.

Burgos

Pior !!!
Além de receber essa triste notícia já naveguei até Ushuaia e o mar não é bom por essa região e as águas são gélidas.
Agora é contar com a sorte.
Vai que o Comandante do Sub conseguiu guinar para sentido da Costa Argentina e tenha conseguido navegar por mais algum tempo e tenha saído do talude e esteja sobre a plataforma Continental (200m).
“Esperança é a ultima que morre”
Sds

Leandro Alves

@Geowally
Chega ser assustador saber das condições exíguas de sobrevivência subaquáticas e as profundidade de operação do submarino, das rotas normais e da costa (essa informação ainda carece de fontes, mas me disseram que é algo até uns 200 metros)

Felipe Wozniak

Primeira vez que comento aqui (Apesar de visitar há muito tempo…) Onde se encontra o Felinto Perry? Venho acompanhando seu trajeto há alguns dias no MarineTraffic, mas hoje “travou” próximo da costa de Santa Catarina (“Vessel out of range”).

Carlos alberto soares

Fernando “Nunão” De Martini

Haja çaco com tanta …. (vc sabe o que eu quero afirmar).

___________________________

Juarez ? É o Martinez ?

Julio

uma dúvida : sem bateria um submarino não pode subir à superfície?

Ozawa

Pouco importa porque o ARA San Juan fazia essa rota. Ele é um submarino militar e executa missões no limite, ou além do usual, do civil, do mundo dos comuns. Nada do que ele estava fazendo importa para a sua busca e resgaste, exceto o ponto do último contato. Nenhum país do mundo abriria informações militares classificadas, portanto acho um exagero querer que a Armada Argentina divulgue rotinas e procedimentos que utiliza e virá a utilizar novamente com seus barcos segundo as diretrizes de Defesa que possui. E discordo da tese que eventual ocultação dessas informações incorram, dolosamente, no prejuízo… Read more »

Carlos alberto soares
Carlos alberto soares

El día que el ARA San Juan sorprendió a la Armada de Estados Unidos

http://www.lanacion.com.ar/2084583-el-dia-que-el-ara-san-juan-sorprendio-a-la-armada-de-estados-unidos

Burgos

Felipe;
Na meu ultimo acesso no marine traffic ele estava passando ao largo de Florianópolis navegando em sentindo sul com a velocidade de 7,4 nós.

Maykon

Cara, submarino tem que ser igual avião, constatou problema?! Nem saia do chão, ou melhor, do porto.

Daniel

Se o submarino caiu nesse “abismo” infelizmente não há mais nada a fazer.
Que Deus os tenhas e que Deus conforte as famílias.
Sem mais.

Eduardo Holanda

A Agence France-Press reporta que Marinha Argentina disse que um barulho foi ouvido horas depois do ultimo contato com o Submarino. A AFP usou o termo ”Breaking” para essa notícia, mas não sei se isso é muito relevante.

Alex

As fontes internas do PN não conseguem não conseguiriam nos dizer por onde anda o Felinto Perry? Pq o Marine Traffic travou desde ontem, o satelite esqueceu do Perry.

Felipe Wozniak

Sim, isso mesmo, Burgos.

Leandro Alves

@Ozawa
O Brasil dispõe de um navio de resgate submarino, o tão desqualificado pelos usuários dos comentários, NSS Felinto Perry (Ás de Copas). Coaduno com sua posição acerca de informações militares, assim como dito por acima, entretanto, suscitou me um indagação:
Quantas forças navais possuem um navio especializado nesse tipo de SAR?

Alex

Como ele estava no limite da fossa mas navegando para fora dela qdo fez o ultimo contato, muitas chances q tenha afundado a menos de 200 m de profundidade.

will

a ultima provavel fake news
INVESTIGAN UNA “ANOMALÍA HIDROACÚSTICA” DEL DÍA DE LA DESAPARICIÓN DEL ARA SAN JUAN

http://ultimahoradiario.com.ar/?p=34710

will
Rodrigo Tavares

6200 metros de profundidade

Meu Deus

Cássio

Concordo com os colegas acima. Acredito que o comandante, quando se viu com o problema das baterias, talvez tenha rumado a oeste em direção a Comodoro Rivadavia. Não somente porque era mais perto, mas também sabendo que ao afundar encalhariam numa área mais rasa. Acompanhando o Marine Traffic, dá pra perceber que tem um monte de navio ao sul de Mar del Plata procurando e ninguém acha o submarino. Enquanto o caminho até Comodoro Rivadavia está vazio, sempre com menos de meia dúzia de pesqueiros. Seria melhor despachar alguns pra essa região mais rasa. Talvez até mesmo o Poseidon.

Nonato

Esse entendimento do primeiro pôster, contestado por Nunão. Quando vi o título da matéria pensei tratar-se de uma informação nova, pela forma como foi escrita. Submarino desapareceu em local tal… Na verdade, a notícia apenas informa, para quem não sabia, ou complementa, para quem já tinha alguma noção, a situação do relevo marinho na região… Muitas notícias, às vezes, não trazem conteúdo totalmente novo. Mas nunca é demais relembrar ou, para quem não sabe, aprender mesmo. É horripilante… O risco de ser tragado para as profundezas do oceano… Coisa de filme de terror… Ou de monstros… Agora se como Bosco… Read more »