ARA Santa Cruz, TR-1700

ARA Santa Cruz, TR-1700

ARA Santa Cruz, primeiro TR-1700 argentino em provas de mar na Alemanha no final dos anos 80

O sistema com reator de baixa potência foi oferecido para equipar submarinos diesel-elétricos do porte do TR-1700, a classe do ARA Santa Cruz e ARA San Juan

Perfil com corte do submarino TR-1700 argentino, classe “Santa Cruz”. Comparar com o plano do submarino equipado com AMPS(N) no final da matéria

O sistema de propulsão híbrida nuclear/diesel-elétrica denominado Naval Autonomous Marine Power Source AMPS(N) foi desenvolvido no Canadá pelo ECS Group of Companies. Basicamente, tratava-se de um pequeno reator nuclear capaz de manter uma carga contínua das baterias do submarino, oferecendo uma capacidade de produção de energia independente da atmosfera.

Extremamente silencioso, o sistema canadense utilizava evaporadores de freon e turbo-alternadores, em lugar dos geradores de vapor e turbinas de um submarino nuclear “puro” equipado com reator de água pressurizada. O AMPS(N) utilizava combustível nuclear com baixo teor de enriquecimento (20% de U-235) e água como refrigerante primário.

Este sistema seria instalado em um “plug” (seção de casco de pressão) com aproximadamente 7,8 metros de comprimento, o qual seria adaptado a um moderno submarino convencional de ataque com capacidade oceânica, acrescentando cerca de 250 toneladas ao deslocamento submerso. Segundo informes na época que em que o sistema foi oferecido, um submarino de 1.700 toneladas novo ou convertido equipado com uma versão do AMPS(N) capaz de produzir uma potência útil de 500 kW, poderia manter uma velocidade de cruzeiro submerso de aproximadamente 8 nós, pela duração de uma patrulha, sustentando toda a carga de serviços de bordo e mantendo as baterias carregadas.

Um submarino de propulsão híbrida (SSn) teria uma autonomia de imersão virtualmente ilimitada, pelo menos em relação ao combustível do seu reator compacto. Entretanto, ao contrário de um reator de água pressurizada, que produz energia elétrica em abundância, o sistema híbrido não seria capaz de renovar o suprimento de oxigênio no interior do submarino, através da decomposição da água do mar por eletrólise.

Os custo de aquisição, operação e manutenção do sistema AMPS(N) seriam consideravelmente inferiores aos de um reator de água pressurizada do tipo usado em um submarino nuclear de ataque (SSN).

Planos do submarino TR-1700 com o plug de propulsão híbrida AMPS (N) inserido no casco, entre o motor elétrico e os motores diesel

FONTE: Revista Segurança & Defesa/COLABOROU: Alexandre Fontoura

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