A releitura do PROSUPER
MB quer de 12 a 16 escoltas novos até 2030, mas teme que dinheiro para a compra emergencial de navios usados precise sair da verba das corvetas classe ‘Tamandaré’
Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
A Marinha do Brasil (MB) está repensando suas chances de obter novos Meios de Superfície.
A cúpula da Força estima que, nos próximos 20/22 anos, poderia incorporar até 16 escoltas, entre fragatas e corvetas, mas comissionar esses navios é apenas uma parte do problema. A outra é como se manter atuante nas próximas décadas – na condição de única esquadra, no Atlântico Sul, de alguma capacidade regional –, com um número tão pequeno e tecnologicamente defasado de embarcações.
Congelado ao final do primeiro governo Dilma Roussef, o PROSUPER (Programa de Obtenção de Meios de Superfície), nos debates internos mantidos pelos altos chefes navais, já vem sendo “flexibilizado” (para se usar um termo que está na moda).
Nessas conversas, as fragatas de deslocamento especificado em 2009 “a partir de 6.000 toneladas”, vêm sendo, ocasionalmente, substituídas por navios de 4.500 toneladas – porte aproximado de uma FCN (Fragata Classe Niterói).
Mas até o plano do atual Comandante da Marinha, almirante Leal Ferreira, de manter as Niterói em uso como patrulheiros oceânicos está em xeque.
Tendo decidido, no primeiro semestre, revitalizar alguns sistemas de três unidades da classe Vosper Mk. 10 selecionadas pela MB na década de 1970, a chamada “Alta Administração Naval” (Almirantado + Comandante da Marinha), diante das exigências de patrulhamento e adestramento de seu pessoal, já vislumbra a necessidade de melhorar a performance de uma quarta unidade.
Solução a curto prazo para a questão do “cobertor curto” na Força de Superfície seria comprar três ou quatro escoltas de segunda mão, mas o Almirantado – principal órgão de assessoria de Leal Ferreira – teme que o dinheiro requerido por essas aquisições precise (por instrução do binômio Ministério da Defesa/Área Econômica do governo) sair da verba que está sendo cuidadosamente amealhada para o programa prioritário das Corvetas Classe Tamandaré (CCT).
Assim, a ordem é, por enquanto, negar – e de forma peremptória – que a MB esteja planejando a compra de navios usados.
Opções — Dois mil e dezessete foi o ano em que a Marinha tirou da sala o “bode” representado pelo porta-aviões São Paulo (A-12) – unidade que, no início dos anos de 2000, encheu os corações dos aviadores navais brasileiros de expectativas, e depois maltratou-os, ao revelar-se, do ponto de vista operacional, uma tristíssima (e explosiva) decepção.
Leal Ferreira teve a coragem de negar à indústria naval francesa um plano de modernização do porta-aviões valorado em 1,5 bilhão de dólares, e, mais recentemente, de rebater a ideia de aproveitá-lo como porta-helicópteros (para que os franceses pudessem faturar entre um terço e a metade das centenas de milhões da pedida inicial).
Agora, o cenário que se abre à “Alta Administração Naval” contempla três possibilidades que precisam ser medidas dos ângulos militar e financeiro:
- Um 1º lote de quatro CCTs + outro lote de quatro CCTs;
- Um lote de quatro CCTs + a reativação do PROSUPER no capítulo que prevê a construção de cinco fragatas polivalentes de 6.000 toneladas; e
- Um lote de quatro CCTs + de quatro a seis fragatas de 4.500 toneladas para entrarem em operação nos anos de 2020, e de quatro a seis fragatas de 6.000 toneladas para serem comissionadas na década de 2030.
A opção que for escolhida precisará, claro, aguardar a melhoria das circunstâncias econômicas.
A ambição por navios maiores conta com um crescimento anual do Produto Interno Bruto acima dos 3 pontos percentuais, mas a incerteza das previsões econômicas no país ainda é enorme.
Em setembro passado, diante do anúncio feito pela área do Planejamento do descongelamento de 12 a 15 bilhões de Reais para que a máquina federal pudesse fechar o ano, o Ministério da Defesa animou-se com a perspectiva de receber cerca de 1,3 bilhão de Reais (de 300 a 400 milhões de Reais para a Marinha).
Semana passada o montante previsto para ser liberado despencou para o patamar dos 7,51 bilhões, em meio a demandas urgentíssimas das áreas da Saúde e da manutenção de estradas.
Perguntas — E mesmo na esquematização de caminhos mencionada acima, há dúvidas, ou questionamentos que precisam ser respondidos.
- Por exemplo: em que medida quatro corvetas de 2.790 toneladas, da série Tamandaré, poderão contribuir para a salvaguarda da Amazônia Azul (4.489.919 km²de área, formada por mais de três milhões de km² de Zona Econômica Exclusiva e mais 950 mil km² de plataforma continental)?
- Já que os navios com a configuração definida para a Tamandaré são considerados úteis pelo Comando de Operações Navais (CON), não seria obrigatório para a Força Naval dispor de um segundo lote desses navios?
- Outro exemplo: conseguirá a Marinha, no curto espaço de 20/22 anos, superar suas atuais deficiências financeiras, tecnológicas e de infraestrutura para fazer vingar um planejamento que prevê navios do porte de 6.000 toneladas?
- Poderá a MB contribuir para a motivação e o equipamento de um ou dois estaleiros que sejam requeridos para a tarefa?
O mais provável é que a resposta a essas indagações esteja fora do ambiente militar. Recolhida a algum grupo de estudo interministerial de Desenvolvimento Econômico (para a indústria naval) e dependente da capacidade de avaliação estratégica do governo federal.
Se Dilma não tivesse engavetado o ProSuper, poderia hoje temos o projeto pelo menos na metade. Creio que o ProSuper no Brasil leve 3 décadas.
Se a MB quer tanto o Ocean, deve ter escoltas apropriadas.
Ainda bem que o ProSUB tá de boa (até o momento) e próximo ano, veremos um sub convencional.
Ao meu ver 4 navios escoltas em compras de oportunidade seria ideal e quem sabe o proSuper no final da próxima década.
R$ 30 bi dá ??? Porque foi esta quantia que o desgoverno pagou à banca só no mês passado de juros da dívida pública de Us$ 1 Trilhão.
Sds.
É duro viver em um país em que existe apenas planos de governo ao invés de planos de Estado. É muito difícil planejar qualquer coisa de médio à longo prazo com tantas variáveis incertas.
Baschera 29 de novembro de 2017 at 13:03 Ele pagou juros justamente porque pegou emprestado de alguém. Se der calote e não pagar o Real vira farinha igual o peso argentino ou a moeda Venezuelana. E outra, porque o GF pega dinheiro emprestado? Porque o GF arrecada MENOS do que GASTA. Se a conta não fecha ele tem que pegar empréstimo, e ninguém empresta de graça. A pergunta agora é: -Nossa Marinha viva ainda no conto de fadas do Brasil Puthentphia ou já caiu na real e vive no Brasil que não consegue pagar nem as dívidas que já possui?… Read more »
Pelo jeito a coisa esta dividida em: . Cenário ruim: Um 1º lote de quatro CCTs + outro lote de quatro CCTs; >Deve custar menos de U$ 4 bi. . Cenário menos ruim: Um lote de quatro CCTs + a reativação do PROSUPER no capítulo que prevê a construção de cinco fragatas polivalentes de 6.000 toneladas; > Deve custar menos de U$ 7 bi. . Cenário favorável: Um lote de quatro CCTs + de quatro a seis fragatas de 4.500 toneladas para entrarem em operação nos anos de 2020, e de quatro a seis fragatas de 6.000 toneladas para serem… Read more »
Bola 7 na caçapa do meio, Rui Chapéu! Muito bem dito! A pindaíba é jogo cantado desde a conversa da marolinha. Náo escutou quem não quis. E, se for mais longe, Roberto Campos já dizia que, na Constituição de 88, mãe de boa parte dos privilégios corporativistas, havíamos criado um país que não cabia no orçamento.
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COMENTÁRIO EDITADO. NÃO USE O ESPAÇO PARA PROPAGANDA POLÍTICA.
Belíssimo artigo. Ainda ontem estava lendo sobre as possibilidades do Brasil exportar submarinos mas agora, vai o balde de água gelada na cabeça, e acordo do sonho tão mirabolante. Devemos enfrentar a realidade e admitir que o que a MB precisa imediatamente de um programa de emergência, visando comprar para ontem o mínimo de 6 escoltas usadas, visando a sua incorporação imediata, e ao mesmo tempo a condução acelerada de outras 12. Isso poderia ser feito em parceria com a Coréia, ou poderíamos até mesmo encomendar um lote de KDX a eles. Outro elefante branco de 15 toneladas aqui na… Read more »
Baschera, posso até concordar que há uma distorsão nesse assunto de juros que vai além do cenário econômico. Mas. Estado só se ajoelha perante a banca pelo seu perfil pantagruélico, que exige drenar a maior parte dos recursos do sistema financeiro para pagar privilégios corporativistas.
Já que vão ter de gastar de qualquer jeito para reconstruir a Força de Superfície, que coloquem um pouco a mais e que se faça de uma vez um casco de Fragata, na casa das 4.500t… Transformem isso aí em um “Type 054A Brasileira”… . Pensem em algo como: Um lote de 6 Fragatas Emprego Geral 4.500 toneladas + Um lote de 6 Fragatas Emprego Geral 4.500 toneladas + Um lote de (ao menos) dois Contratorpedeiros AAW. . Se estes doze navios custarem na média U$ 600 mi a unidade, sendo pessimista, gastamos pouco mais de U$ 7 bi. De… Read more »
Well…welll.wellll……………….Entra Governante vermelho sai vermelho entra governante azul sai azul e nossa marinha cada vez mas definhando por décadas desde que os milicos entregaram o governo a traidores (Vermelhos e Azuis o que somos obrigados a votar)….em breve teremos uma marinha igual ao do Sudão que serão barcos de pesca com Arco flechar.
Isso só vai acabar quando tivermos governantes comprometido com o Pais e que sejam realmente verde/Amarelo.
Fora isso a Marinha afunda e agradece.
O Brasil está muitíssimo mal. A bordoada da corrupção somado a péssima administração dos governos do PT, somado ao desvio para manutenção do poder em várias esferas e gastos absurdos, deixou nossa nação em frangalhos. Pior! Ainda tem esse exemplo em 26 estados e DF e mais milhares de municípios. Defesa não é prioridade por aqui…. A MB tá no sal pra resolver essas questões… Só Deus sabe omqmsera da FAB e MB. O EB, q tem projetos e meios mais baratos, ainda consegue respirar com dificuldade. Se não aparecer uma compra boa de oportunidade, o risco da nossa MB… Read more »
30 bi em 12 anos =2,5 bilhões por ano nao é um quantia alta da pra pagar.
Eu acho q n sai e nada novo ate terminar essa 1 fase do PROSUB (4 scorpene + base completa de itaguaí ).algo novo em relação a meios de superfície na MB ,so a partir de 2023 ,ate la e aproveitar ao máximo compras de oportunidades de navios semi-novos (navios com 12 a 20 de uso …) ..As CV-3 depende do momento politico q hj praticamente vive clima pre eleitoral . so com milagre …ai q entra a SAAB .se ela entrar com negocio nos moldes do FX-2 .. otimo .cria-se um empresa bi-nacional ,apresenta uma nova CV-3 algo com… Read more »
Já viram né? Adeus Ocean! Eu queria saber por que a MB não poderia receber , pelo menos , 50% dos royalties do petróleo? Sendo que este dinheiro só poderia ser usado na manutenção e reequipamento da Força. Teríamos uma continuidade em projetos, além de criar uma base industrial e intelectual que se auto alimentaria, seja com PMG ou novas aquisições/construções. Meu Deus, é tão difícil pensar desse modo? Por isso, temos que colocar um empreendedor no lugar dos políticos! Mas não adiantará nada se não mudarmos a cultura da Sociedade que não enxerga um palmo na frente do nariz… Read more »
Agnelo, ai realmente jaz o problema do Brasil. O maior problema que temos e que estamos atolados nessa areia movedica do tempo da guerra fria. Hoje os viloes sao os Vermelhos, amanha sao os Fascistas, etc, etc. Eu vou ser ousado, e concordarei com o Soldat. O cancer real que o Brasil padece e a corrupcao. Paises avancados como a Alemanha por exemplo, possuem ate mesmo pertidos comunistas no seu parlamento, assim como os fascistas declarados do Alternativa Fur Deutschland, governam juntos, e a Alemanha vai a frente, como sempre, na poli position da Europa. Devemos terminar de uma vez… Read more »
Mas cortar na própria carne ninguém quer né? Olha o tanto de carreira que ganha próximo dos 20 mil (iniciais), olha juízes ganhando 300 mil por mês, olha a MB com 60 mil homens, olha a população revoltada com a reforma da previdência… Sobre essa última, é só fazer conta que fica fácil de ver que todo aposentado vira um funcionário público. O cara passa 30, 35 anos pagando 8- 15% do salário, depois fica mais 30 anos vivendo de aposentadoria querendo receber 100% do que recebia antes. Pra piorar, depois que morre, pode ser que deixe o benefício para… Read more »
Caro João Moita, a corrupção é somente um das mazelas brasileiras entre tantas outras. Se eu fosse enumerar tudo, você iria ficar com raiva de mim. E eu tomaria um espaço e um tempo grande demais.
O que importa dizer, é que cedo ou tarde vamos ter de enxergar o ambiente subaquático como a arena da segurança nacional em todo Planeta. Nesse dia, todos vão ceder, apoiar e aplaudir.
Um abraço!
Marcelo Andrade, Porque a União, Estados e Municípios disputam a tapas os royalties do pretróleo. Se a União que é quem possui mais, tem 30%, nunca que a MB terá 50%. . Acredito que o Ocean será comprado. É um valor muito baixo para um navio enorme, capaz e relativamente novo. Com US$ 100-120 milhões não dá para comprar nem um NaPaOc Amazonas (quanto mais uma escolta) então será um dinheiro muito bem gasto no Ocean. Também acho que em 2018/2019 serão comprados os dois navios caça-minas suecos. . No mais, só as Tamandarés e algumas escoltas usadas serão compradas… Read more »
Enquanto não tivermos coragem para eliminar muitos paradigmas (estabilidade do servidor público, diferenças do regime previdenciário do setor público e do setor privado, foro privilegiado, ensino superior gratuito, tributação excessiva e confusa, oneração do setor produtivo, empresas estatais e por aí vai), não desenvolvo qualquer esperança acerca dos cenários vislumbrados acima, além da incredulidade no lançamento de um subnuc, a despeito dos pesados investimentos sem retorno que os contribuintes já fizeram neste programa.
Quase todos as classes já no final da vida útil, sem nem um projeto sério de substituição.
A solução para a marinha, em um país que não se planeja nada, são botes infláveis. Já temos até o “vento estocado”.
Senhor Roberto fico feliz em achá-lo aqui no naval.
Skyraider, E as Forças Armadas tem que repensar muita coisa também. Quando se faz uma pesquisa, qualquer tipo de pesquisa, os números relativos costumam ser até mais importantes que os absolutos. Assim, pode não ser tão importante saber que o PIB dos EUA é maior que o da Suiça, afinal a população do primeiro é muito maior que o do segundo. Sendo assim, o que importa mais é o PIB per capita. Nessa linha de raciocínio, quais são os números relativos da MB e da FAB? Quantos marinheiros temos por vasos de guerra? Quantos militares na FAB por aeronave? Podemos… Read more »
Dica: Nunca usem o PIB para comparação de poder militar ou poder econômico. ———————————————– “A maneira tradicional de se calcular o PIB de um país é por meio da seguinte (e extremamente simples) equação: PIB = C + I + G + X – M C representa os gastos do setor privado, I representa o total de investimentos realizados na economia, G representa os gastos do governo, X é o total de exportações e M, o de importações.” —————————— G representa gastos do governo. Se derem carta branca pra Marinha comprar o que quiser, de Porta aviões, subnuc, heli, e… Read more »
Concordo com o Fila. Enquanto as Forças Armadas não começarem a cortar na carne diminuindo os seus quadros, cortando pensões e apoiando uma reforma da previdência dos militares todo esse choro por mais dinheiro (o orçamento das forças armadas é enorme!) não vai causar nenhuma comoção esse desmantelamento todo. O que falta não é verba mas sim melhor uso do dinheiro público!
E isso vale tb pra o executivo, legislativo, judiciário, MP… Usamos muito mal o dinheiro.
Aliás no Brasil corporativismo é quem manda!
Não seria melhor investir em porta-aviões e navios anfíbios antes de tudo, já que isso abriria as portas para dizer que sem escoltas esses navios não valem muita coisa e assim conseguir maior pressão política para a compra de escoltas adequadas?
Ten Murphy,
Isso só mostraria o tamanho da incompetência de uma Marinha.
A solução está em “virar uma GUARDA COSTEIRA mesmo, enquanto não houver “dim…dim…” não existe nenhuma fórmula mágica….. a Fada sininho existe somente nos filminhos da Disney….. O que sobra é transformar as três “Niterois”, que tem algum GAS ainda em OPV, transformar as outras em “peças” ou mandar para Alang. Deixar uma Greenhalg como “treinamento”a outra viar “peça”, tudo que não funciona …….”manda para sucata” (vai sobrar mais um pouco de verba….agindo como empresa privada, ainda tem que reduzir os 85.000 militares, que não se sabe o que fazem dentro da MARINHA, para uns 15.000 que E O QUE… Read more »
Rafael Oliveira 29 de novembro de 2017 at 14:51
Marcelo Andrade,
Porque a União, Estados e Municípios disputam a tapas os royalties do pretróleo. Se a União que é quem possui mais, tem 30%, nunca que a MB terá 50%.
Ué, então dos 30% da União, que seria pra isso mesmo, ficaria 15% para a MB!
Infelizmente perdemos a oportunidade de ter algumas dessas belezuras de FREMM Italianas… E o problema do Brasil é a gestão do dinheiro público, arrecada-se muito e gasta-se muitíssimo mal, não adianta, se depender dos atuais governadores e dos futuros candidatos estamos ferrados… vão continuar gastando mal e criando impostos e taxas para suprir o rombo. Quando chegam no poder não se aguentam de tanta bajulação e de tantas “oportunidades” de meter a mão e quando o candidato é honesto, ou o próprio partido amarra ou é engolido pelos desonestos, que são maioria. Hoje mesmo estava vendo que completou um ano… Read more »
O fato é o seguinte: NÃO TERÁ DINHEIRO para planos ambiciosos em nenhuma das FFAA se o Estado brasileiro não voltar a caber em si mesmo. Ou seja: terá que ter reforma da previdência, reforma tributária, reforma fiscal e especialmente, reforma administrativa para diminuir o número de funcionários públicos, seus rendimentos e suas aposentadorias aos padrões da aposentadoria ordinária do INSS para os não-funcionários públicos. Enquanto isso não for feito, seja agora, seja em 5, 10, 20, 40, 80 anos… as FFAA serão reequipadas na base do “vamos ver”, com compras de ocasião e programas eventuais e bem limitados…
Ten Murphy ( 29 de novembro de 2017 at 15:54 ), Não se constrói a casa começando pelo telhado… Um NAe é simplesmente uma das obras de engenharia mais complexas jamais construídas… Se estivéssemos falando de um vaso convencional de umas 40000 toneladas, então pode por aí, por baixo, uns 12 anos pra sair alguma coisa e uns US$ 7 bilhões de investimento. Nesse instante da história, precisamos de mais escoltas que de um NAe… — Quanto a vasos anfíbios e de apoio… O NDM ‘Bahia’ dá um caldo por mais umas duas décadas, pelo menos… Não é problema por… Read more »
Bingo, Bardini. CCT já era. Nada de casco com menos de quatro mil toneladas.
“BrunoFN 29 de novembro de 2017 at 14:14
Eu acho q n sai e nada novo ate terminar essa 1 fase do PROSUB (4 scorpene + base completa de itaguaí ).algo novo em relação a meios de superfície na MB ,so a partir de 2023 ,ate la e aproveitar ao máximo compras de oportunidades ….”
Tem que escolher, arroz e feijão ou mistura ! Os doi não dá.
Outra, Mansueto ou Veloso estão de olho.
O presidente da República da Coréia, Lee Myung-bak, chega ao Brasil trazendo na bagagem uma oferta para a Marinha. A Hyundai, que além de montar carros é um dos cinco maiores construtores mundiais de navios, quer construir no Rio de Janeiro quatro destróieres da classe KDX2 — embarcações extremamente bem armadas e equipadas, que deslocam 5.200t — ao custo unitário de US$ 420 milhões. Como atrativo extra, ofereceram a doação de 10 pequenas corvetas da classe Pohang, de 1.200t.
NÃO TEM O QUE PENSAR… é só pedir o preço para hj
http://www.naval.com.br/blog/2008/11/19/coreia-oferece-navios-ao-brasil/
Porque não construir mais fragatas da classe Niterói aqui no Brasil?
Porque são um projeto de mais de 40 anos, precisaria de um projeto novo.
Nunão, você consegue dizer/chutar mais ou menos por cima quando os Escoltas atuais dão baixa?
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Estou tentando montar uma tabela aqui pra especular, mas não lembro de cabeça a situação de todos os navios.
O plano do Bardini é o mais lúcido.
Excelente artigo. Talvez, ainda que provisoriamente, a MB devesse se concentrar em comprar um número menor de navios, de forma a manter um poder adequado de dissuasão respaldado pela modernidade. Quatro fragatas de 6500 Ton, mais uma série de patrulhas oceânicos e ponto…
Isso aí, mais os Scorpenes, e poucos seriam os aventureiros a nos ameaçar. Infelizmente, não há dinheiro pra 8… 12 navios… Humilde opinião de leigo.
Na minha opinião não dá nem pra chutar, Bardini, porque devido a toda essa incerteza de se conseguir ou não recursos para novos navios, são feitos e refeitos planos para modernizar parte dos atuais. Já foram debatidos aqui no PN diversos prazos, mas eram de planejamentos que nessa altura do campeonato já foram refeitos, então pouco acrescentariam além do chute.
Desculpe jogar água no teu chope, mas vc vai perder tempo fazendo essa tabela nas atuais circunstâncias.
De qualquer forma, vc pode pensar em baixa nos próximos cinco anos, com grande dose de certeza, nas duas fragatas classe Greenhalgh. Some a corveta Jaceguai para o caso de não se conseguir verbas pra terminar decentemente seus últimos reparos nos motores auxiliares, pois há mais de ano eu a vejo com um gerador dentro do hangar (e nem estou falando de reparos extensos como foi com a Julio de Noronha). E aí vc tem uma força que, em menos de dez anos (cinco pra trás em relação a hoje e cinco pra frente) terá reduzido suas fragatas e corvetas… Read more »
PS – fui otimista em relação às duas Greenhalgh e a Jaceguai durarem mais cinco anos se as coisas continuarem no pé em que estão. Além do que estão mais empurrando água do que realmente servindo para dissuasão, com vários sistemas e armamentos importantes já muito defasados e descontinuados (por exemplo os Sea Wolf das Greenhalgh).
Os comentários de Gustavo Garcia 29 de novembro de 2017 at 15:48 e Fábio Mayer 29 de novembro de 2017 at 16:56 são irretocáveis. E alinhados ao que venho escrevendo há tempos em várias matérias na Trilogia. Abraço!
Baseado no planejamento “menos ruim”, o que tu acha Nunão:
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Será que é mais ou menos por aí, ou tem que ajustar muita coisa?
Parabéns pela tabelinha, Bardini! O XO e o LM podiam nos ajudar a tornar a tabelinha mais fiel 🙂
Vai ter que ajustar sim, a cada seis meses pelo menos rsrsrsrs
E provavelmente individualizar cada navio das classes.
Mas foi um bom trabalho. Imprime e enquadra!
Pelo visto, as prioridades elencadas pela MB ( nessa ordem: submarinos, corvetas classe ‘Tamandaré’, e NAe ) poderão ser reconfiguradas a qualquer instante… Por mais que o atual CM não deseje a baixa de mais dos meios disponíveis, o uso dos vasos mais performantes da Esquadra nos últimos anos ( e aqui estou apenas especulando, deixo claro… ) em missões de longo curso ( UNIFIL, por exemplo ) parece estar conduzindo a um efeito acelerado de desgaste; o que era de se esperar… Esse “brainstorming” da MB nos últimos meses, conforme atesta várias matérias do gênero nos últimos meses, não… Read more »
Ps – Bardini, estou de saída agora, mais tarde vejo de novo a tabela e faço uma análise mais profunda.
Nossa… É só um esboço sem vergonha, rsrsrs.
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Eu queria individualizar o tempo de vida dos Escolta que se tem, mas não consigo chutar e a MB não é nada transparente quanto a isso. Se fosse, seria muito mais fácil montar uma tabela dessas.
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Não sei se é falta de visão por parte da MB, mas uma tabela dessas, se bem montada, poderia ser de grande ajuda para viabilizar alguns trocados para reequipamento. Não tem argumento mais forte e fácil de ser compreendido.
Muito se comenta que o programa dos NAE Queen Elizabeth quebrou a Royal Navy, mas o pessoal se esquece que a MB já tem o seu “Queen”, e ele se chama ProSUB. O que falta construir na base naval em Itaguaí é justamente o complexo nuclear que, a grosso modo, equivale a uma usina nuclear (pois manipula o combustível nuclear). Lembrando-se que a construção de Angra 3 se arrasta por mais de duas décadas, vê se o tamanho da encrenca ($$$). Com esse “dinheiro” a MB conseguiria facilmente comprar toda a frota citada pelo Bardini, e ainda sobraria um troco.… Read more »
Aceito qualquer ajuda, pra fazer uma Mk II