Navios Asiáticos: navios de desembarque de carros de combate atestam qualificação da indústria naval indonésia
Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
O grupo de Comunicação Elshinta, da Indonésia, divulgou, nesta quinta-feira (30.11), uma imagem da inspeção feita no dia anterior (29.11), por uma delegação do Ministério da Defesa local, à linha de produção dos navios de desembarque de carros de combate (Landing Ship, Tank – LST) classe Bintuni, no estaleiro PT Daya Radar Ulama (PT DRU), de Jacarta.
A Marinha indonésia contratou cinco navios dessa série, e recebeu o primeiro – Teluk Bintuni (520) – este ano. Os demais devem ser entregues, gradualmente, a partir de meados de 2018.
As embarcações têm 120 m de comprimento, 18 m de boca máxima e 6.000 toneladas de deslocamento.
A vistoria desta semana possivelmente tem a ver com a história da fabricação da unidade cabeça-de-série, que não transcorreu isenta de problemas.
Encomendado em dezembro de 2012, o LST com indicativo visual 520 foi lançado ao mar em tempo recorde, mas a 27 de setembro de 2014 precisou voltar ao estaleiro, devido a problemas detectados pela Marinha que precisavam ser corrigidos…
A Marinha indonésia também opera cinco navios-doca multipropósito classe Makassar (de 11.394 toneladas a plena carga) – dois deles de projeto modificado, que integram a subclasse Banjarmasin.
Capacidades – Movidas por dois propulsores diesel, que acionam dois eixos, as embarcações Bintuni foram concebidas para transportar quatro lanchões tipo LCVP (Landing Craft, Vehicles, Personnel) , 10 tanques e um destacamento de 350 homens (equivalente a um batalhão de infantaria leve) – além dos seus 108 tripulantes.
A velocidade máxima das unidades classe Bintuni não é alta – 16 nós –, mas em marcha reduzida para 12 nós elas têm a capacidade de percorrer 13.334,4 km (7.200 milhas náuticas).
Esses navios são equipados com dois radares e armamento de tubo para sua autoproteção, o mais importante deles uma peça Bofors 350AFD, de 40 mm. Além disso, possuem um convoo à ré dotado de hangar, que suporta a operação de helicópteros de até 10 toneladas de peso na decolagem (os indonésios usam o Super Puma).
Crescimento – Nesse momento, o PT DRU fabrica 17 barcos tipo LCU para o Exército indonésio, além de barcos de fiscalização para o Ministério dos assuntos Marítimos e Pesca.
A indústria naval da Indonésia foi uma das que mais cresceu, no Sudeste Asiático, nos últimos 20 anos. Atualmente ela fabrica, além dos LST, submarinos – em cooperação com as indústrias da Coreia do Sul e da Alemanha – e fragatas de desenho europeu.
Os chefes navais indonésios têm feito contatos com as nações sul-americanas do Pacífico. Eles já visitaram as instalações da companhia chilena Asmar (Astilleros y Maestranzas de la Armada) e, mês passado, convidaram representantes da Força de Submarinos do Peru a participar de um simpósio, em seu país, sobre salvamento submarino.
Em primeiro lugar parabéns ao excelentíssimo Roberto Lopes pela matéria. A indústria naval indonésia é um exemplo a ser seguido.
Esse navio 520 tem a aparência horrível.
O visual não transmite qualidade…
Nonato meu fio, o visual não atesta qualidade ?? então modelo magricela só na capa e Fremm UQTR são uma jaca se for baseado na aparencia
Nonato, vc é 10 !!!!
kkkkkk
projeto derivado da segunda guerra, naviio projetado pela necessidade do pais de um navio para suprir suas forças espalhadas em centenas de ilhotas, o navio, não tem capacidade de lançar veiculos em alto mar, como o Bahia, visto que a Indonésia sua maior necessidade era suprir as ilhas, então esta de perfeito estado para eles, esses navios não teriam tamanha necessidade na MB, a não ser para algumas areas do amazonas
Que os amigos acharam da estrutura do navio da primeira foto?
Kfir, a estrutura do casco mal dá pra ver, mas a da superestrutura é do padrão longitudinal de construção.
para comparação o nassco em construção
http://worldmaritimenews.com/wp-content/uploads/2013/09/NASSCO-Inks-Contract-for-Two-LNG-Carriers.jpg
Nunão
Muito obrigado pela gentileza em responder, eu tinha achado que para um navio de uso militar deveria ter algo mais reforçado, mas se esta dizendo que é padrão acredito.
Kfir, só quis dizer que é padrão longitudinal X padrão transversal.
De qualquer forma, hoje na maioria dos navios o “padrão” é longitudinal.
Sobre ser mais reforçado, é sempre necessário um equilíbrio entre espessura de elementos estruturais, da chapa, perfis, pilares, espaçamento entre cavernas, e o peso final de todo o conjunto. Pela foto, eu pelo menos não posso ver exatamente se é mais ou menos reforçado que outros navios do tipo.
Rogério Rufini, para lançar veículos ao mar eles tem as LPD Makassar class, estas 5 LST Teluk Bintuni class foram desenvolvidas para transportar os blindados do Exército, e foram desenhadas para poder levar os Leopard2A4 e Leopard Revolution que não cabem nos LST antigos. Como os blindados do Exército não são anfíbios, não tem necessidade desembarcar no mar. Vejam este vídeo do teste do Teluk Bintuni, a comporta dianteira foi amassada no lançamento onde encalhou e tiveram que empurrar com um trator, mas foi corrigido depois. No vídeo mostra o interior em detalhes, não conheço navios, mas parece bem acabado,… Read more »
Rogério Rufini 1 de dezembro de 2017 at 16:40
Para lançar veículos e lanchas de desembarque perto da costa eles têm, segundo o autor, 5 Makassar. Outros sites indicam 4 Makassar.
Eita, respondemos simultaneamente…
Realmente EduardoSP, mas a resposta bateu…. A Indonésia tem atualmente 5 LPDs, mas só 4 são Makassar, a primeira é um pouco mais antiga, um modelo sul coreano anterior a Makassar class, que hoje é o navio hospital deles, o KRI Dr. Soeharso. Ja iniciaram agora em 2017 a quinta Makassar class, com as duas do Peru construídas pelos peruanos em parceria com os sul coreanos e as duas das Filipinas construidas pelos indonésios, serão 9 Makassar class operando em 3 países. . Em relação as LSTs, não são cinco encomendadas, são uma em uso a KRI520, duas em testes… Read more »
Esse aqui esta mais apresentável e deve ser só um pouco mais caro
https://www.youtube.com/watch?v=WcpJEEoYcEE
Jr, a Coreia do Sul anunciou que vende dois tipos ddenavios para este tipo de operação, as Makassar class barata para usuários com pequeno orçamento e este modelo maior que vc mostrou que realmente é superior, mas caro e não exportou nenhum, é muito mais caro.
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Rogério Rufini, as LST não tem docas alagáveis como as LPD, mas podem lançar e recolher ao mar os veículos anfíbios dos Indo Mariner de fabricação russa e ucraniana, veja neste vídeo.
. https://m.youtube.com/watch?v=YjYyy-j3U5Q
Amigo Nonato!
E esse dai?
http://www.polandatsea.com/the-mcmv-kormoran-commences-sea-trials/
kkk
Quando se fala em Indonésia, já se fala de um parceiro de sucesso do projeto sul-coreano. No oriente, a referência que veio pra brigar em qualidade e ganhar em prazo de entrega é coreana e japonesa. Os coreanos conseguiram vários barcos bons e baratos, como o novo tanker da Royal Navy e a classe de destroyers KDX. Os japoneses construíram os Izumo em tempo recorde, detém a segunda melhor tecnologia de laminação de aço do mundo, e, deverão ser a referência em um futuro para todos que escolherem utilizar um “NAe anfíbio”, pois, quem constrói no tempo que constrói um… Read more »
ScudB, esse polonês tá show de bola.
Esse indonésio parece ser da idade da pedra.
A rugosidade do casco me lembra o desenho dos Flintstones ou a pele de dinossauros…
Os poloneses também têm o projeto de um tanque muito moderno no design.
A qualidade do acabamento não garante mas diz muito sobre a capacidade do fabricante.
Não basta à mulher de César ser honesta. Ela tem de parecer honesta…
Nonato,repara que este navio que o scub mencionou ,tbm está com essa face enrugada.Tbm acho feio e me passa a impressão de ser um casco frágil
Prezados,
Inicialmente, obrigado ao Roberto Lopes pela excelente matéria.
Nossos NDCC também desembarcam os carros de combate na praia ou no porto e não no mar. Para desembarque no mar, utiliza-se navios dotados de doca alagável.
Abraços
Luiz Monteiro, na verdade esta matéria é uma tradução de um artigo indonésio, mas não é plagio, está citada a fonte no texto de forma honesta.
De qualquer forma, obrigado ao Roberto Lopes e o PN por trazer o assunto, é bom conhecer os navios produzidos na Ásia.
. http://m.elshinta.com/news/128746/2017/11/29/pengerjaan-proyek-5-kapal-lst-sesuai-rencana
Quanto a construção ondulada e aparencia ultrapassada do estaleiro, a PT Daya Radar Ulama (PT DRU), de Jacarta constroi estes navios no chão, sobre a areia e terra compactada nos barrancos a beira das baías, colocam blocos de concreto e aço e vão construindo em cima, depois de pronto colocam tubos de borracha inflados nos espaços que ja deixam livre desde o início da construção e ao inflar os tubos o navio sobe, retiram os blocos e o navio corre para o mar. Esta é uma forma antiga de se construir a ceu aberto e sem a necessidade de grande… Read more »
O estaleiro PT Daya Radar Ulama agora constroi navios de até 17,500 LTDW como este “crude oil tanker” para sua estatal de petróleo PT Pertamina.
Vejam o lançamento deste petroleiro filmado por um drone, notem o local da construção, um barranco a beira da baía na unidade de Lampung.
. https://m.youtube.com/watch?v=HFtXi3HoFfA
Eu copiei do texto principal da matéria o nome do estaleiro e agora vi que está errado, por tabela errei também nos meus dois posts acima.
O nome correto do estaleiro é PT Daya Radar Utama, e não “Ulama” como está no primeiro parágrafo.
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Sim, o caso é o comparativo a MB. Eles 7sam esses novos até para uso civil , em apoio a ilhas remotas
bill! Aquela “enrugada” de que você fala é uma deformação causada por soldagem. Ocorre sempre na direção do soldador. É normal e diz muito sobre a sua construção. A classe Bintuni parece ter uma construção bem simples. Bem “arroz com feijão”. Você pode ver fotos de navios da Royal Navy e comparar. Aqueles são profissionais de verdade! Alemães ,franceses e russos também fazem bonito! Abs…