Concepção em 3D da corveta classe Tamandaré projetada pelo CPN

Concepção em 3D da corveta classe Tamandaré projetada pelo CPN

Concepção em 3D da corveta classe Tamandaré

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, presidirá, no próximo dia 19, o lançamento da segunda etapa do Projeto “Corveta Classe Tamandaré”.

O evento (aberto à imprensa) terá lugar na Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro, e contará com a presença do Comandante da Marinha, almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira, do diretor-geral do Material, almirante de esquadra Luiz Henrique Caroli, e do diretor de Gestão de Programas da Marinha, vice-almirante Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar.

O detalhamento do evento encontra-se abaixo.

Na primeira fase do programa das corvetas foi feita uma chamada para as empresas que dispusessem de capacidade e experiência comprovadas, nos últimos dez anos, em construção de navios militares de alta complexidade tecnológica, com deslocamento superior a 2.500 toneladas.

Segundo o Poder Naval pôde apurar, a Marinha do Brasil (MB) já tem mais de uma dúzia de propostas de estaleiros na Europa e na Ásia, aptas, em tese, a colaborar no programa da Corveta Classe Tamandaré.

Em 2018 os chefes navais selecionarão as três propostas que melhor se adaptem aos requisitos elaborados pelo Centro de Projetos de Navios da MB para a nova classe.

Ainda no ano que vem os estaleiros que tiveram suas propostas incluídas nessa short list serão convidados a oferecer uma proposta final (melhorada no preço) – também conhecida por BAFO (Best and Final Offer). Finda essa etapa a Marinha espera anunciar a empresa vencedora.

O certame prevê que os navios serão construídos em estaleiro brasileiro com assistência da companhia fabricante estrangeira.

Eis o texto do comunicado divulgado na tarde desta sexta-feira (15.12) pelo Centro de Comunicação Social da Marinha sobre o evento da próxima terça-feira, dia 19:

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA

Brasília, em 15 de dezembro de 2017.

AVISO DE PAUTA

Marinha do Brasil inicia a segunda etapa do

Projeto “Corveta Classe Tamandaré”

No dia 19 de dezembro, a Marinha do Brasil realizará, no contexto do Programa Estratégico “Construção do Núcleo do Poder Naval”, o lançamento do Projeto “Corveta Classe Tamandaré” ao mercado de defesa nacional e internacional. O evento será realizado na Escola de Guerra Naval (EGN).

O projeto visa à aquisição, por construção, de quatro navios de superfície de alta complexidade tecnológica.

O evento será dividido em três fases:

1) 14h30 – Abertura (Auditório Tamandaré):

Mesa Principal:

• Ministro da Defesa – Ministro Raul Jungmann
• Comandante da Marinha – Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira
• Diretor-Geral do Material da Marinha – Almirante de Esquadra Luiz Henrique Caroli
• Diretor de Gestão de Programas da Marinha – Vice-Almirante Petronio Augusto Siqueira de Aguiar
• Diretor-Presidente da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) – Vice-Almirante (RM1) Francisco Antônio de Magalhães Laranjeira

2) 15h30 – Intervalo e Saída do Ministro da Defesa acompanhado das demais Autoridades – Antes da saída da EGN, o Ministro da Defesa atenderá a imprensa.

3) 16h – Entrevista Coletiva (Mezanino do Auditório “Tamandaré”):
Participantes:
• Diretor de Gestão de Programas da Marinha
• Diretor-Presidente da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON)
• Representantes da FGV e do BNDES

Subscribe
Notify of
guest

108 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Roberto Bozzo

Interessante… o que eles vão comunicar ? Ou será apenas o lançamento “oficial” do programa ?

marcos

Eu pensei que o projeto era nosso, baseado em um navio já pré existente.

marcos

Roberto Bozzo:
Alguns processos públicos são exigidas certas formalidades, incluindo aí a apresentação presencial pública do lançamento – não sei se é esse o caso.

marcos

É afinal, a Corveta terá qual deslocamento, velocidade, alcance, sistemas e armamentos?

Roberto Bozzo

Marcos, o projeto das Tamandaré é da MB, mas os estaleiros podem apresentar projetos próprios desde que atendam os requisitos da marinha.

Manuel Flávio

Em entrevista recente, o Alte Caroli declarou que o RFP ainda não havia sido enviado. A MB planejava encaminhar o RFP até o final do ano.
Não especificou o prazo que os fabricantes tinham de responder, mas isso nunca é menos de 3 meses.

Roberto Bozzo
Walfrido Strobel

Jungmann aumentou sua aparição ao público nas ultimas semanas, não é o padrão dele que é discreto, será que vai se candidadar a algum cargo eletivo no ano que vem?

Airacobra

Ja to vislumbrando ai Coreia do sul apresentando a classe Daegu, a China com a type 54a, inglaterra com a Type 31, entre outros, todas por um valor abaixo da CCT e a CCT original indo pro saco

Ozzy

Creio que a MB aceitará alterações no projeto desde que a empresa aceite compartilhar a propriedade intelectual com a gente. Usarmos um projeto pronto do estaleiro estrangeiro, mesmo que um pouco superior ao da Tamandaré, sem termos a propriedade intelectual seria uma quebra da própria ideia central do programa , que é gradualmente ir desenvolvendo uma tecnologia nacional de projeto de escoltas, que tem uma evolução histórica Inhauma-Barroso-Tamandaré.

camargoer

Olá Walfrido. Li em algum lugar que ele cogita ser candidato á governador do RJ. Até hoje ele foi eleito apenas para a câmara dos deputados por Pernambuco e para vereador de Recife. É complicada a situação do Jungmann. Pela direita, ele teria que convencer a esquecerem eu passado no PCB, pela esquerda ele teria que se distanciar de Temer e convencer a esquecerem que foi ministro do FHC e aliado do Roberto Freire. Parece bem complicada a situação porque ele nem é mencionado nas pesquisas para governador do RJ nem PE. Ele também não aparece em nenhuma pesquisa para… Read more »

Walfrido Strobel

Airacobra, se apresentarem um produto similar ou superior por preço mais baixo, é lucro para nós pagadores de impostos.

Flávio Henrique

Eu já comentei aqui que a oferta “camarada” do HMS Ocean deve ter a ver ou com as Tamandare ou com as type 31e ou qualquer outro projeto, futuro, de compra da MB

Marcelo

Se não levarem 14 anos para construírem cada uma como foi com a Barroso, tá no lucro!!!

Guilherme

Alguém duvida que o “estaleiro” a ser escolhido PELA empresa estrangeira nunca tenha feito um único navio? Como foi o caso da Odebrecht e a DCNS. Provavelmente, está empresa estrangeira irá adquirir parte do capital da empresa brasileira. A opção de construir aqui é apenas metade do caminho da independência. A outra é ser construído por um ESTALEIRO de verdade e por uma empresa com capital brasileiro, caso contrário, apenas pagaremos o dobro do preço de uma compra normal para acontecer o msm com a Helibras, que só fabrica aqui o que o gov bras. compra, as exportações até para… Read more »

Gustavo

Essa história de construírem no Brasil é que me preocupa. Nosso país tem um péssimo histórico de atrasos na construção naval. Não seria o caso de encomendar algumas construídas no exterior? Dessa forma as corvetas construídas no Brasil ajudarão o país a adquirir o conhecimento e as feitas no exterior chegariam mais rápido, já que precisamos delas para ontem.

Ozawa

A MB quer sentir o BAFO dos representantes dos estaleiros não do Jungmann…

Bavaria Lion

Airacobra 15 de dezembro de 2017 at 18:08

Gostaria muito que estivesses correto. Mas vão construir isso aí.

Mário Heredia

Eita sô, que tamanduá danado de caro

Ozzy

Essa corveta russa por 150 milhões de Trumps só se for peladinha, só o casco e os motores.

diego

A MB, como a maioria das instituições publicas e do estado, agindo com total descaso com o dinheiro publico. Só um comparativo entre as forças a FAB e EB são mais pé-no-chão com projetos arrojados e adequados a realidade, já a MB… na verdade me parece que muita gente vai lucrar com esse projeto só que para defesa pratica e técnica muito fraca com a realidade do mundo tando hoje quando daqui 15 a 20 anos quando deve entrar em operação…

diego

…. detalhe tbm é aquele: projeto nacional. Vamos verificar o que é de nacional nisso, quase nada! Por exemplo o radar aéreo, ao invés desenvolver uma versão do SABER 200 naval não, vai de projeto de radar chipado britanico, entre outros…

diego

… lembrei, e o A-Darter naval?? à é melhor mandar o investimento para os cofres da rainha que já tem tudo prontim e chipado, aqui é Brasil colonia mesmo, e a galera defendendo a grande tecnologia do projeto nacional… aonde, tudo vem na caixa e só plugar os cabos… uhumm vai vir alguns entendidos dizer que não é bem assim… veremos!

Roberto Bozzo

A gente vem pro blog pensando em adquirir conhecimento, debater sobre algo interessante que outros debatedores possam ter colocado e vê só choradeira, só critica…. nem sabem qual exatamente serão os motores, mas a Tamandaré será um lixo… já explicaram várias vezes aqui do porquê as corvetas russas serem mais baratas e mais armadas, mas sempre tem um pra fazer comparação de alhos com bugalhos… outro acha que tudo que é comprado fora é chipado, é bloqueado ao apertar de um botão a milhares de quilômetros de distância… Aí, se a MB resolve comprar tudo de prateleira, criticam também; nada… Read more »

Nonato

Estranho esse evento. Nem é um debate nem dura o dia todo.
Nem é uma apresentação pura e simples.
Mas representa um passo nessa Tamandaré.
O pessoal enche a boca de Tamandaré. Existem tantas fragatas mundo afora mas dão a entender que essa é especial.
Não sei o que tem de especial.
Dessas quatro, poderia ser uma boa construir duas lá fora para adiantar e baratear e duas aqui.

Marcos

Nonato 15 de dezembro de 2017 at 22:18
Estranho esse evento. Nem é um debate nem dura o dia todo.

É como eu disse lá no começo: tem eventos, e não se é esse o caso, que é obrigatório essa apresentação pública.

XO

Diego, a CCT deverá ser equipada com alguns equipamentos desenvolvidos na MB: o MAGE Defensor Mk 3, o link de dados STERNA (novo link da MB, em substituição ao YB) e o CISNE (Centro Integrado de SIstemas p asra Navegação).
Sobre radares, decidiu-se que não seria adequado instalar um protótipo de um sensor dessa importância no navio… no entanto, vamos continuar as pesquisas com vias ao desenvolvimento de um radar de busca volumétrica…

Ribeiro

Marcos 15 de dezembro de 2017 at 23:03 Bom dia Marcos e aos demais… Não creio que seja isso Marcos, pois nem isso é mais obrigatório… a “apresentação pública” se dá mais de forma eletrônica nos processos de licitações públicas… respeitando prazos… No que está proposto para este evento, com mesa de autoridades (que implica apresentações, cerimonial, hino, etc…) não é prática de licitações públicas… Claro que não conheço o protocolo (ou seja lá como se chame) da MB para licitações… Posso estar enganado, mas parece mais uma cerimônia para “pompas” dos almirantes ou de cunho político para civis, no… Read more »

camargoer

Olá Walfrodo. Tive um comentáio retido sobre a súbita popularidade do ministro da defesa. Fiz uma procura sobre as pesquisas de intenção para gov. de Pernambuco e Rio de Janeiro e ele nem é mencionado. Considerando que ele só venceu para dep.fed. pelo PE e para vereador por Recife, acho que você está certo na tentativa dele de faturar alguma popularidade pensando em 2018.

Burgos

Que venham as Tamandarés !!!
To nem aí pro mimi que tão achando caro pq a do Ucraniano é mais barato ou Bla Bla Bla e etc e tal !!!
Negocio é meter a cara no projeto e sair do papel !!!
E se tem gente querendo se promover com tudo isso, pois então deixem também, estão fadado ao sucesso ou a derrota caso o projeto não saia do papel.

camargoer

Caro Burgos. Sem fazer juízo de valor se o ministro está certo ou não, também acredito que o melhor seja a construção destas 4 corvetas no Brasil com um índice de nacionalização igual ou superior ao da Barroso (acho que foi 60%). Esse programa vai custar entre 1,4 e 1,5 bilhão de dólares (ou quase 5 bilhões de reais). Isso pode significar uma injeção de uns 500 milhões de reais por ano na economia (considerando o índice de nacionalização, o cronograma e o cambio).

marcos

Ribeiro:
Os chamados “processos de consulta pública” são exatamente dessa maneira.
Há alguns outros processos que também são assim.
De qualquer modo, dado o valor, uma apresentação formal é perfeitamente cabida, até porquê ficará aberto questionamentos por parte da imprensa.

Walfrido Strobel

Camargoer, ele pelo jeito não tem muitas chances como Gov. ou Senador, se fosse se candidatar a Dep. Federal teria alguma chanche e continuaria na política, podendo assumir funções no executivo se convidado.

JT8D

Interessante interpretar tudo pelo prisma político. No Brasil, a incompetência é tão generalizada que se alguém começa a cumprir suas obrigações é “porque está querendo aparecer”

JT8D

Mais uma coisa: achar que alguém vai ganhar alguma eleição nesse país por favorecer a área de defesa é no mínimo cômico

camargoer

Olá JT&D. Um político faz as coisas por razões políticas. Não há nada de errado nisso. Quem cumpre as obrigações profissionais sem a preocupação eleitoral são os funcionários de carreira concursados ou não, civis ou militares. O Jungmann é ruim de voto. Recebeu 36.866 votos em 2014, ficando como apenas como suplente de deputado federal por Pernambuco.

camargoer

Olá JT&D. Não sei se fazer uma campanha baseada em defesa nacional garantirá uma vitória eleitoral, mas um bom argumento é dizer que os contratos militares para a construção de navios ou aviões garantiram empregos e investimentos. Isso tem um bom apelo local. Também haveria a possibilidade de algum apoio financeiro das empresas contratas para o caixa de campanha.

Bardini

É ruim de voto, mas adora usar uma GLO pra aparecer…

camargoer

Riso. Olá Bardini. Sem falar no GTE.

JT8D

camargoer 16 de dezembro de 2017 at 11:20
Camargoer, não quero entrar em divagações e polêmicas, mas as atribuições de um ministo da defesa são claras, seja ele originalmente um político, um militar, um empresário ou que quer que seja. E “político” em tese não deveria ser uma profissão, mas uma situação transitório de um cidadão como outro qualquer que foi eleito para representar uma parcela da população por um tempo definido pelo mandato. Você me desculpe, eu sei que não estamos na Suecia, mas eu procuro não me render à mediocridade

Guizmo

Olhando a longo prazo, estamos fazendo grandes avanços: 5 submarinos, sendo 1 nuclear, 36 caças de alto desempenho, contrato para corvetas, milhares de blindados (guarani), 2 mísseis anti-superfície, porta-helicóptero, sistemas eletrônicos, helicópteros, etc…..

Talvez as quantidades, o tempo e o tipo do equipamento nao seja do “gosto” de um ou outro, mas é inegável que teremos FFAA de projeção em 15 anos

camargoer

Olá JT&D. O cargo de ministro é essencialmente político. Cabe a ele negociar no congresso, articular o setor produtivo em torno de ações ministério, defender publicamente o governo a que pertence. Você citou a Suécia mas lá o ministro da defesa também é um político, inclusive tendo sido eleito para o parlamento sueco. É comum que um político busque ganhos eleitorais de suas atividades e ao contrário do comentário do Galante, isso não faz o Jungmann melhor ou pior do que outros ministros.

JT8D

camargoer 16 de dezembro de 2017 at 11:46
Para encerrar da minha parte: todos nós temos motivações e ambições. Se ele quer votos, eu quero um salário justo e, assim por diante, todos temos interesses. ISSO NÃO IMPORTA. O que importa é se ele cumpre a contento suas atribuições. Se ele faz isso para se eleger ou para ir pro céu, é problema dele e de mais ninguém

camargoer

Caro JT&D. Eu disse o mesmo, não o contrário e ainda cuidando para não emitir nenhum julgamento moral ou de valor sobre o Jungmann.

Alisson Mariano

Boa tarde, XO. As corvetas não receberão o SICONTA?

Marcos

Estão com saudades é do Celso Amorim, do Jaques Wagner e do Aldo Rebelo.
Poderiam recriar um Ministério para cada Força e colocar cada um desses como Ministro.

Agnelo

O ministro Jungmann entende de Defesa e tem conduzido bem a pasta.
Abraçou a esquerda nacionalista , e nao essa q tem dividido nossa sociedade.
Pensa Defesa como instituicao de Estado e não de Governo, o q é essencial.
Em relação ao estado de PE, junta-se duas coisas. Desenvolvimento naquela região e o voto dele.
Celso Amorim, mesmo tendo carreira de Estado, não pensou Defesa assim, e o Jobim era um fanfarrão…

Rennany Gomes

Acho que estamos no caminho certo, se vamos atrasar o passo ou desviar o rumo no meio só o futuro dirá, mas as compras de oportunidade dos últimos anos o Prosuper e o Prosub tendem a elevar a MB a outro patamar.

Paulo Marcellino Nunes de Araujo

Nenhum comentário. Quero receber publicações por e-mail, se possível.

camargoer

Olá Rennany, A despeito das críticas (quase sempre adjetivas) ao ProSub e às CCT´s (que são os programas em andamento), concordo que a MB está avançando. Incluo também o Labgene em Aramar como outro programa importante. Estou bastante ansioso para ver o lançamento dos SBR´s.