Marinha dá prazo para a volta de uma ‘Niterói’ e duas ‘Inhaúmas’
Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
O aguardado ano de 2018 não reserva aos militares da Marinha do Brasil (MB) – e aos civis entusiastas da Força Naval – apenas (a) a escolha do estaleiro estrangeiro que irá assessorar a indústria naval brasileira na construção de quatro corvetas classe Tamandaré, (b) a incorporação do porta-helicópteros de assalto anfíbio HMS Ocean, (c) a retomada da construção do navio-patrulha (classe Macaé) Maracanã (P72), (d) o recebimento dos primeiros helicópteros de combate Lynx modernizados na Inglaterra, ou (e) o lançamento ao mar do submarino (classe Scorpene) Riachuelo (S40).
Em mensagem ao Poder Naval, o Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM) informou que o setor operativo da MB terá, ainda este ano, o reforço de três unidades de escolta: a fragata (classe Niterói) Defensora (F41) e as corvetas (classe Inhaúma) Julio de Noronha (V32) e Jaceguai (V31).
Segundo o relato da Marinha para o PN, “a Corveta Julio de Noronha concluiu, majoritariamente, os serviços previstos para o seu Período de Manutenção Geral, cabendo ressaltar a realização satisfatória dos testes do novo sistema de propulsão, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM).
Atualmente, o navio se prepara para realizar a verificação de alinhamento de sensores, com previsão de transferência do meio ao Setor Operativo no primeiro trimestre de 2018”.
Mais reparos – À volta da Julio de Noronha seguir-se-á o retorno da corveta Jaceguai, que, de acordo com o CCSM, “após iniciar um extenso programa de adestramento e exercícios, concluiu um Período de Manutenção em 2016, que permitiu a realização de missões de curta duração.
Nessas comissões foram identificadas outras necessidades de reparos, ora em execução, visando a aumentar a confiabilidade de sistemas de máquinas do navio e do sistema de combate, para retomar as atividades de adestramento no mar no primeiro semestre de 2018”.
A unidade que parece mais atrasada em seu processo de reintegração à rotina operacional da Força é a “Deusa” – como o pessoal de Marinha gosta de chamar a fragata Defensora.
O navio se encontrava fora de operação há exatos cinco anos, desde que, a 8 de janeiro de 2013, estando atracada no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, foi atingida pelo braço de um guindaste que despencou sobre a proa de três embarcações da classe Niterói (as duas outras eram a Independência e a União).
“A Fragata “Defensora” concluirá o Período de Manutenção Geral no primeiro semestre de 2018”, diz o comunicado da Marinha, “com previsão de retomada das operações no segundo semestre deste ano, reforçando a capacidade da Esquadra brasileira, que passará a dispor de mais um navio escolta plenamente operacional”.
Revitalização – O Poder Naval lembra que a reintegração dessas unidades à rotina planejada pelo Comando de Operações Navais poderá contribuir para que três ou quatro unidades da classe Niterói sejam retiradas temporariamente de serviço e submetidas a um processo de revitalização (que não pode ser confundido com modernização) dos sensores e da propulsão.
A ideia é que esse atendimento possibilite aos navios permanecer em serviço pelo menos até meados da próxima década.
A princípio, apenas a Niterói (F40) e Constituição (F42) – por problemas nos motores – estão fora do agrupamento de embarcações elegíveis para essa remodelação.
Nota do Editor: os grifos em negrito são de responsabilidade do articulista.
Qual o problema no motor das f40 e f42? A defensora já recebeu essa remodelação?
Não falaram do ndcc Mattoso Maia,ele vai voltar quando?
Fabio, a situação do Mattoso será definida até o final do ano… abraço…
Cabe ressaltar que a F41 já estava imobilizada quando do infeliz acidente com o guindaste…
Obrigado XO as fragatas classe Niteroi que não serão reviatlizadas
servirão com patrulhas???
Fabio, a ser definido… abraço…
O CFN irá receber mais CLAnf este ano…
A F40 e a F42 estão sem propulsão?? Deve ter valido muito a pena ter mandado para o libano, agora ficamos sem escoltas, ótima visão administrativa dos meios…
Bardini a CFN vai receber ate o fim do ano os 21 clans restantes.
Qual foi o dano causado por esse acidente com o guindaste?
Diego, não é isso que o texto diz… o que pode ser inferido é que o estado da propulsão não as privilegia para a revitalização… e a F40 não cumpriu Líbano… abraço…
XO… que bom que vc é um cara paciente. Tem comentário que é preciso contar até dez antes de responder. Abs!
a classe de submarinos é SBR, e não escorpene ✌
Nauta, o nome é Scorpene (perdeu o acento), não Escorpene. O SBR é um submarino modificado para a Marinha do Brasil, mas não deixa de ser um Scorpene.
Noticia muito boa, retorno de operação de meios em manutenção … muito feliz. Grato pelo retorno da MB CCSM
Caro Nunão, “tamujunto”, rsrsrsrs….
XO 17 de Janeiro de 2018 at 15:26
Fernando “Nunão” De Martini 17 de Janeiro de 2018 at 15:33
Argumentar contra os fatos é um grande trabalho de peliguismo e puxassaquismo… tipico para alguns…
Contra que fatos estou argumentando, Diego? Por favor especifique. Porque seu comentário não tem fatos, ele tem uma interpretação errada a partir do texto e uma alusão errada a partir dos fatos.
E “peliguismo” ( que diabos é isso?) e “puxassaquismo” definitivamente não estão na minha biografia. Se estivessem, eu não teria escrito nem metade das matérias e nem dos comentários que já fiz na trilogia, disponíveis pra quem quiser ver.
Experimente rever seus conceitos e atitudes, e pensar um pouco no que escreve, nunca é tarde.
Poderia-se tentar transformar a F-40 num NaPOc . Retiram-se as turbinas, o armamento anti-aéreo e anti-submarino. Talvez o anti-navio também, deixando o canhão principal, o 40mm e acrescentando algumas .50
Menor tripulação, mais conforto. Vai depender do estado da estrutura.
Fernando “Nunão” De Martini 17 de Janeiro de 2018 at 15:52 Voltando ao meu primeiro comentário e a noticia: Se informa que ocorrera alguma manutenção em alguns dos meios e complementa que F40 e F42 não vão participar por problemas na propulsão… se estão com problemas na propulsão devem ter sofrido algum desgaste adicional, ou estou errado? no caso da F42 alguém sabe qual foi o desgaste evitável que a tirou de operação? creio que o senhor tem uma ideia más prefere omitir, até entendo o porque… más aviltar a racionalidade das pessoas é triste,e para alguém tido como especialista… Read more »
Diego, “se estão com problemas na propulsão devem ter sofrido algum desgaste adicional, ou estou errado? “ Você escreveu que estavam sem propulsão, o que é diferente. “no caso da F42 alguém sabe qual foi o desgaste evitável que a tirou de operação?” A matéria não diz que o navio está fora de operação. Diz que, devido a problemas nos motores, a princípio não se prevê passar pela mesma revitalização da propulsão. Navios com muito tempo de uso podem se desgastar de formas diferentes de outros, por razões diversas: falta de verbas quando chega a vez de fazer a manutenção… Read more »
Nuñao. Estamos juntos, bola para frente.
Valeu, Romulo.
Em 99% das vezes eu relevo, mas de vez em quando experimento dar corda pra ver até onde o sujeito vai, depois de xingar e fazer insinuações sem pé nem cabeça.
Nunão qual é o problema da F-40 Niteroi é o mesmo da F-42?
“Fabio Souto em 17/01/2018 às 16:50
Nunão qual é o problema da F-40 Niteroi é o mesmo da F-42?”
Velhice.
“…cabendo ressaltar a realização satisfatória dos testes do novo sistema de propulsão, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM)”
Este novo sistema de propulsão, desenvolvido pelo IPqM, teriam mais informações sobre ele ? Ou poderiam indicar alguma leitura disponível sobre ?
“Roberto Bozzo 17 de Janeiro de 2018 at 16:53
Este novo sistema de propulsão, desenvolvido pelo IPqM, teriam mais informações sobre ele ?”
Deve haver algum engano no texto do CCSM ou na transcrição. O IPqM não desenvolveu, até onde sei, um sistema de propulsão. O instituto trabalha com desenvolvimento de sistemas de controle, entre eles, controle de máquinas:
https://www.marinha.mil.br/ipqm/grupo_sistemas_digitais
Nunão, agradeço a informação e o link disponibilizado. Todos os sistemas listados no link que passou são utilizados nos meios da MB ? Pergunto pois eu não sabia (e acredito que muitos aqui) desta quantidade de sistemas nacionais que, com certeza, se comprados no exterior aumentariam muito o valor das unidades; apesar das dificuldades impostas pelas condições que conhecemos, os institutos nacionais desenvolveram sistemas que trazem boa independência às forças armadas do país.
Roberto, o SIGP (Sist Integrado de Gerenciamento de Plataforma) ainda não, está no início… os demais estão em uso de forma mais ou menos abrangente…
Um que não vi é o CISNE (Centro Integrado de Sensores Para Navegação Eletrônica)… é um console que apresenta carta náutica digital e informações de outras fontes – radar, giro, hodômetro… é um ECDIS, mas queremos certificá-lo como WECDIS… já opera no Sabóia, Liberal, dentre outros… tem um grande potencial, pois é dual… abraço…
XO 17 de Janeiro de 2018 at 17:54
“é um ECDIS, mas queremos certificá-lo como WECDIS…”
XO, desculpe-me, mas pode traduzir as siglas para um leigo ???
A paciência e educação do Mestres Nunão e XO, são exemplos para nos, leitores da trilogia a tantos anos.
#tamojunto
excelente noticia pouco a pouco, a MB recupera capacidade operativa, se a RN vender duas type 23 a nos esse ano será muito bom pra recuperarmos capacidade da força, parabéns a administração da MB.
Navegar é preciso! avante MB sempre em prontidão!
Roberto, desculpe… Electronic Chart Display and Information System… e Warship Electronic Chart Display and Information System… abraço…
Para Nunão e XO. Para todos em geral na página. Parabéns Nunão e XO. Só tenho uma matéria publicada aqui (entrevista com o Galante), mas visito o site de quando em vez. O que mais me impressionou no site, além da dedicação da turma dos comentários (todos em geral parecem estudar de verdade os temas da defesa militar), foi a paciência do Nunão de Martini e do XO. A moderação da página é de alta qualidade. Meus cumprimentos aos moderadores dos debates que acontecem aqui. Que eu estendo a todos desta página sem exceção, pela dedicação a este tema, infelizmente… Read more »
“…. a 8 de janeiro de 2013, estando atracada no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, foi atingida pelo braço de um guindaste que despencou sobre a proa de três embarcações da classe Niterói (as duas outras eram a Independência e a União).” Quem trabalhou nos anos 70-80 no antigo “EISA”, Caneco, Ishikawajima, Verolme etc …. sabem o que é isso, morreu gente viu …. Os antigos sabem do que estou “falando” …. Fernando “Nunão” De Martini 17 de Janeiro de 2018 at 16:56 Kkkk, rindo a meia hora pelo menos rsrsrsrs …. Roberto Bozzo Colega tenho acompanhado suas… Read more »
Nunão e XO dando aula, como sempre! É muito bom poder ler os comentários de vocês. Quanto às fragatas, se pudermos realmente revitalizar 4 delas será incrível! Eu, particularmente, nem me importo tanto delas já serem “velhas”; estando navegando com SEGURANÇA e um mínimo de efetividade já está ótimo!! Não dá é pra botar em risco nossos marinheiros. Meu sonho pra 2018: a compra de 2 navios Type 23 da RN e mais 2 OHP da RAN. Poderíamos então ter 8 fragatas e 3 corvetas, além do Bahia e do Ocean. (Sem contar a Força de Submarinos, claro) – Boa… Read more »
XO 17 de Janeiro de 2018 at 20:31
Roberto, desculpe… Electronic Chart Display and Information System… e Warship Electronic Chart Display and Information System… abraço…
Valeu XO… abraços
Com esses meios voltando, como fica a lista completa e atualizadas dos meios operacionais?
Se eu não estou enganado, essas 2 OHP da RAN viraram recifes artificiais e já faz um tempo.
E tem site noticiando que as Type 23 descomissionadas, serão 5.
A MB que fique experta, para não ser surpreendida por Chile e/ou Paquistão.
Que bom, mais três navios pra reforçar a frota, magavilha !!!rs
diego 17 de Janeiro de 2018 at 15:46 Argumentar contra os fatos é um grande trabalho de peliguismo e puxassaquismo… tipico para alguns… Fernando “Nunão” De Martini 17 de Janeiro de 2018 at 15:52 E “peliguismo” ( que diabos é isso?) Caro Nunão, sem querer botar lenha na fogueira, mas “peleguismo” faz alusão à aproveitador, aquele que se beneficia de lago sem se esforçar, “vai nas costas dos outros’ – daí o termo peleguismo, derivado de pelego. Pelego é o couro de ovelhas, ainda com a lã, usado aqui no RS como parte das encilhas de montaria. Logo, como o… Read more »
Flanker, obrigado.
Mas eu sei o que é peleguismo. Perguntei o que era “peliguismo”, no pacote de perguntas ao referido sujeito.
Lamentável não termos fornecdor nacional de turbinas a gas para propulsão. Elas são muito compactas, possuem boa potencia e ocupam o minimo de espaço. Até os grandes navios de passageiros utilizam essa propulsão. Turbina a vapor sómente integrando propulsão nuclear.
Se fossemos reformar um NAER como o São Paulo teriamos que remover todas as caldeiras e tubulações e turbinas. Recolocar turbina a gás. Sobraria tonelagem para mais carga util. Teóricamente, eis que o casco do SP não recomenda. Já os motores Diesel não atingem as potencias requeridas para as altas velocidades de combate. O Graff Spee que o diga.
Mauricio…
.
existem outras duas “OHP” australianas que deverão dar baixa em 2019/2020…comissionadas em 1992 e 1993, ambas terão menos de 28 anos, teoricamente ainda em bom estado para serem aproveitadas por alguma nação interessada.
abs
OFF TOPIC…, mas nem tanto!!!!
Helicópteros Super Cobra do USMC serão vendidos para clientes internacionais:
(http://www.janes.com/article/77142/usmc-supercobras-to-be-sold-off-to-international-customers)
Dentinhos para o “BNS Oceano Atlântico”???? Será???? Ainda não???? Quem sabe????
Dalton,
Ok, mas não são mais OHP FFG-7 padrão, sofreram modificações e para piorar há somente 2 cascos ativos, com um terceiro podendo ser canibalizado para peças de reposição.
Creio não ser uma boa ideia, pelo menos para quem não é operador de FFG-7.
Duvido que as 6 Niterois voltem pra ativa acredito que no maximo 4 serao aproveitadas
XO ou NUNAO quais vantagens e desvantagens das type 23 e ohp australianas se tivessemos que escolher ? abraço
Leonel, A Tipo 23 tem propulsão CODLAG (combinação de geradores diesel, motores elétricos e turbinas a gás de média potência) que, embora seja em alguns aspectos mais complexa que a COGAG das OHPs, é mais moderna, mais flexível para as demandas da luta antissubmarino e de guerra de superfície, e mais econômica quanto ao consumo de combustível em cruzeiro. A das OHPs é mais simples e compacta, apenas duas turbinas a gás de alta potência, mas consome mais combustível. A propulsão das Tipo 23 também é dividida em mais de um compartimento (aumentando a capacidade de sobrevivência a danos na… Read more »
Gosto de acompanhar as notícias e os comentários, mas esses ataques a quem escreveu ou comentou são.muito chatos.
Faz parte do papel do editor publicar os fatos que ele tem como verídicos e colocar seus comentários e ponderacoes, desqualificar esse ator não traz nada novo para a discussão.
Eu vou lendo até entrar os sábios de direita e esquerda que acham que o mundo acabou ou começou em 2002.
Voltando ao tema a marinha me parece a força mais racional a lidar com seus recursos, tendo em um período ou outro a megalomania de tentar algo além do orçamento.
Valeu obrigado quem sabe sabe!!!!!!
Mauricio… . entendo seu ponto…só quis clarificar que além das duas que “viraram recifes artificiais”, as duas ambicionadas seja por marinhas ou entusiastas, são às que permanecem ainda em serviço e deverão ser retiradas tão logo os navios que às irão substituir sejam comissionados ou até mesmo um pouco antes…2019 está logo aí. . Quanto à modificações, é só deixar o lançador vertical MK 41 instalado no convés de vante em paz…assim como foi deixado o “Phalanx” no “Mattoso Maia” ou o “ASRoc” nos antigos cts da década de 70…não há obrigação de usa-los e consequentemente aumentar custos. . E… Read more »
Mauricio R. 18 de Janeiro de 2018 at 9:42
Uma boa pra MB(CFN) e para o EB hein.
Ou seja temos pouquíssimas escoltas na ativa, e das que estão quantas estão 100%? A maior parte deve tá se arrastando no mar, com muitos sistemas inoperantes ou incompletos .A Barroso logo vai precisar de uma revisão / atualização!
Carlos Alberto Soares 17 de Janeiro de 2018 at 21:53
Carlos Alberto, agradeço a dica, mas só pergunto quando realmente não tenho base de procura; a pergunta que fiz ao XO foi apenas no sentido de saber o significado da nomenclatura usada e, a partir daí, eu mesmo pesquiso na net, pois vou saber o que procurar.
Também acompanho seus comentários, são sempre elucidativos e me instigam a procurar na rede sobre os equipamentos de que fala. Abraço.
Badini e Fabio Souto,vocês sabem me dizer com essa chegada dos 21Clanfs restantes pra quantos Clanfs o CFN vai obter ?
Se possível me tirem uma dúvida sempre quis saber disso,qual o real poder de projeção do CFN é muiti pequeno ? Se o Galante poder sanar essa dúvida também.