PROSUB – o complexo de Itaguaí visto de cima
A transferência realizada recentemente de seções já unidas do SBR-1 (futuro submarino Riachuelo – S 40) da UFEM para o estaleiro, com fotos divulgadas pela Marinha do Brasil, levou muitos leitores a perguntarem sobre a localização dos diversos setores do grande complexo de Itaguaí, construído dentro do programa de submarinos (PROSUB) da Marinha do Brasil.
Na imagem acima, que faz parte de folder da Marinha sobre o programa, vê-se a localização das diversas instalações: a UFEM (Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas) localizada ao lado da já existente NUCLEP e, cerca de cinco quilômetros na direção do mar, o conjunto de Estaleiro e Base Naval (EBN) para submarinos, dividido em área Norte e área Sul, ambas interligadas por um túnel.
Clique na imagem para ampliar e baixe o folder (arquivo pdf) clicando aqui.
E como seria a defesa anti aerea dessa base ?
Ela é bem desprotegida em relação a misseis de cruzeiro, um sub inimigo conseguiria facilmente lançar alguns.
Tenho parentes em Itaguaí e essa base empregou muita gente de lá. A cidade cresceu muito depois da construção da base.
Tenho até um parente que foi pra frança fazer um curso pela DCNS.
Guilherme Santos 18 de Janeiro de 2018 at 21:06
Não conheço todos os países que possuem a capacidade de lançar misseis de cruzeiro de seus submarinos. Mas dos países que lembro nenhum deles quer lançar misseis em bases no Brasil, não num período menor ao que as Forças Armadas precisariam para preparar uma defesa.
Newport News Shipbuilding parece bem desprotegida também.
Parece-me que a “proteção” surgirá quando houver uma necessidade real e imediata.
Lembrando ainda que os cascos e as seções em construção podem ser “guardados” no túnel em caso de eventual deflagração de conflito, 700 metros de túnel devem dar para proteger uns 5 subs, principalmente se tiver a parte nuclear sendo montada. A propósito, pelo que entendi o túnel construído pelo Eike Batista passa transversalmente e sobre o túnel da Marinha??
Tenho a mesma impressão Nilson, espero que alguém com mais conhecimento esclareça a duvida.
Pela foto divulgada não conta com nenhum tipo de defesa,por ser uma área militar sensível seria alvo estratégico a ser atingido em caso de conflito(guerra) ,mas como nosso Pais prioriza abastecer de recursos os esquemas políticos não deve ter sobrado verba para prover esta área militar de algum tipo de defesa
“Marcelo em 19/01/2018 às 09:52”
Marcelo, o complexo ainda é uma obra em andamento, quando estiver pronto e totalmente ativado como base é bastante provável que se desdobrem no local frações do Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea (Fuzileiros Navais), para defesa de ponto.
E, mesmo quando estiverem por lá, é pouco provável que você consiga ver as baterias numa foto (lembrando que a imagem do post é parte foto, parte ilustração para mostrar as instalações como um todo). Modernamente, baterias antiaéreas (canhões e mísseis) são móveis, transportadas em veículos leves, caminhões, e visam passar o mais despercebidas possível.
A defesa é feita pelos caças da Base Aérea de Santa Cruz, da FAB, próxima ao local.
Porém, acredito que seria interessante contar com artilharia antiaérea no local, inclusive de médio alcance – aparentemente isso não é prioridade de nenhuma das nossas FAs.
Lembro que a MB pretende colocar navios caça-minas em Itaguaí para protegê-la. Mas eles ainda precisam ser adquiridos, dado que os da classe Aratu são limitadíssimos.
Já tive a oportunidade de visitar várias bases navais em diferentes países…..nunca ví nem nunca escutei ou lí de baterias anti-aéreas protegendo as devidas instalações navais….
Alguém sabe quando a quilha do submarino nuclear será batida?
A defesa é fornecida pela fab,visto que a base aerea de santa crua encintra-se a pouco menos de 15 km em linha reta do local. E qnd estiver em operacao,creio que um batalhao de fuzileiros equipados com rbs70 vao ficar estacionados na regiao
CVN76,
Interessante.
As bases que visitou eram exclusivas de submarinos?
Imagino que as bases que contam com navios, eles próprios façam a defesa antiaérea.
O lugar mais seguro para um submarino é o fundo do mar.
Um MRBM, ou SLBM poderia devastar toda essa base.
No meu cenário geopolítico, um conflito entre EUA e a Russia, colocaria o Brasil na lista dos alvos estratégicos dos ICBMs. russos.
Bela matéria…
@Rafael
Algumas eram exclusivas de submarinos como Groton e Point Loma nos EUA.
Algumas eram mistas como Norfolk e Pearl Harbour (EUA), Toulon (França) ou Devonport (Inglaterra).
Outras não tinham submarinos como Mayport (EUA), Kiel (Alemanha) ou Portsmouth (Inglaterra).
Navios quando estão na base, muitas vêzes nem munição tem ou pouca coisa…..boa parte da tripulação não está a bordo….os sistemas não estão ativados….ou os navios estão fazendo algum tipo de manutenção…..ou seja, pelo menos em tempos de paz, defesa aérea em bases militares é praticamente inexistente…..:-)
Não é prioridade comprar todo um sistema de defesa para a Base de Submarinos…
O que a MB tem de comprar é uma Fragata, equipada com um sistema de Defesa de Área.
Os deslocamentos dos sub base naval x profundidade de imersão devem ser cobertos por uma fragata AAé, principalmente os SN.
Muito obrigado pelos esclarecimentos, CVN76. Espero um dia conhecer uma fração dessas bases rsrs.
Na mosca, Bardini!! Pra quê melhor cobertura aérea que fragatas com capacidade AAW “estacionadas” nas proximidades da base??
Gustavo, se não me engano, submarinos não tem quilha igual a navios, vc deve estar se referindo ao primeiro corte de chapa.
Tem cavernas e anéis. Me corrijam os engenheiros navais do blog!
“No meu cenário geopolítico, um conflito entre EUA e a Russia, colocaria o Brasil na lista dos alvos estratégicos dos ICBMs. russos.”
Então Tadeu, não vai fazer muita diferença ter ou não defesa anti-aérea né?
De fato, os submarinos atuais não tem quilha. Tinha esquecido desse detalhe.
Quanto a defesa aérea o Brasil precisa adquirir alguns Patriots ou S-400. Deixar essa função apenas aos Gepards não dá.
Gustavo, não são só Gepards, a antiaérea tem outros equipamentos como os BOFI-R 40mm guiados por radar, além de mísseis de defesa de ponto Igla e o recentemente incorporado RBS-70. Está muito longe do ideal, mas a pretensão de obter mísseis antiaéreos de médio alcance ainda existe, apesar do programa do Pantsir ter sido cancelado. É de se esperar que, num futuro não muito distante, essa lacuna voltará a ocupar a lista de prioridades mais urgentes. Sobre quilha, apesar dos submarinos não terem, pode-se usar o termo “batimento de quilha” de forma genérica como cerimônia de início da construção. Mesmo… Read more »
Então, a minha pergunta era relacionado a isso. A defesa aérea da base em caso de guerra provavelmente será pelos IGLAS, RBS, e os GEPARDS. Acho um pouco fraco, porém por enquanto não tá ruim. Mesmo assim ter uma base dessa sem nenhuma proteção para misseis de cruzeiro é tipo ter uma ferrari e não trocar o óleo haha. Não importa se não há nenhum país com misseis de cruzeiro querendo atacar o Brasil, a questão é que não sabemos o futuro e as forças armadas tem o dever de se preparar para qualquer cenário de guerra. Nosso país não… Read more »
me corrijam os que conhecerem a estratégia nacional de defesa, mas a Defesa Aérea e a Defesa Ante Aérea são de responsabilidade da FAB e do EB respectivamente?