Pentágono confirma existência do torpedo russo do dia do Juízo Final
Conhecido como Kanyon, foi projetado para eliminar os litorais do inimigo e torná-los inabitáveis por gerações
Um documento chave sobre armas nucleares nos Estados Unidos confirma que o governo russo está desenvolvendo a arma nuclear mais poderosa em mais de meio século. Uma cópia vazada da Revisão de Postura Nuclear do Pentágono afirma que a Rússia está desenvolvendo um “novo torpedo autônomo submarino intercontinental e com ogiva nuclear”.
A existência da arma, conhecida como Kanyon para o Pentágono e “Ocean Multipurpose System Status-6” para a Rússia, foi vazada pela televisão russa em novembro de 2015. Um teste envolvendo a nave-mãe submarina Sarov foi vazado em dezembro de 2016. O relatório da Revisão da Postura Nuclear, datado de janeiro de 2018, lista a arma como parte do arsenal nuclear subaquático da Rússia. Aqui está uma captura de tela, com Kanyon circulado em vermelho:
O Kanyon é supostamente um veículo subaquático autônomo (AUV – Autonomous Underwater Vehicle) de muito longo alcance com uma autonomia de 6.200 milhas, uma profundidade máxima de 3.280 pés e uma velocidade de 100 nós, de acordo com informações em documentos russos vazados.
Mas o que realmente faz o Kanyon um portador de pesadelo é sua carga útil: uma arma termonuclear de 100 megatons. A título de comparação, a bomba atômica que caiu em Hiroshima foi de 16 kilotons, ou o equivalente a 16 mil toneladas de TNT. A ogiva nuclear do Kanyon seria o equivalente a 100.000.000 toneladas de TNT. Isso é duas vezes mais poderoso que a Bomba Tsar, a arma termonuclear mais poderosa já testada. Se caísse na cidade de Nova York, uma bomba de 100 megatons mataria 8 milhões de pessoas e feriria mais 6 milhões.
O Kanyon é projetado para atacar áreas costeiras, destruindo cidades, bases navais e portos. A mega-bomba também geraria um tsunami artificial de 500 metros de altura que seguiria para o interior, espalhando contaminação radioativa com o avanço da água. Para piorar as coisas, há relatos de que a ogiva é “salgada” com o isótopo radioativo Cobalt-60. As áreas contaminadas ficariam fora dos limites de habitação por até 100 anos.
O Kanyon é projetado para contornar as defesas de mísseis balísticos americanas, principalmente os mísseis terrestres baseados no Alasca e na Califórnia. Embora o GBI seja destinado a combater um pequeno número de mísseis balísticos intercontinentais de países inimigos, como o Irã e a Coreia do Norte, a Rússia quer deixar bem claro que ainda poderia penetrar nas defesas dos EUA, mesmo que fossem ampliadas para lidar com armas nucleares maiores e mais poderosas de seus arsenais.
O alcance e a carga útil do Kanyon o tornam muito maior que os torpedos existentes. De acordo com o especialista em submarinos H.I. Sutton, o Kanyon tem 1,7 m de largura e 24 metros de comprimento, tornando-o duas vezes maior que um míssil balístico Bulava lançado de submarino. Sutton também acredita que o torpedo é propulsado por energia nuclear.
A Marinha Russa está testando o Kanyon de um submarino da classe “Sarov”. O Sarov, único de sua classe, não possui tubos torpedos, mas, em vez disso, carrega o AUV de ataque nuclear anexado externamente ao casco de pressão.
FONTE: Popular Mechanics