Reino Unido já foi grande exportador de navios de guerra
Nos últimos anos, França, Alemanha, Espanha, Rússia e China têm conseguido muitas exportações de navios de guerra. Mas nos anos 1960/70, era o Reino Unido que se destacava com projetos bem-sucedidos para marinhas de pequeno e médio porte.
O famoso estaleiro britânico Vosper Thornycroft soube aproveitar os diversos desenvolvimentos tecnológicos, especialmente o advento das turbinas marítimas a gás, derivadas das turbinas aeronáuticas, que dispunham de alta proporcionalidade potência-peso.
O estaleiro britânico conseguiu fornecer navios de guerra sob medida para diversos países, entre eles as classes Mk 1 (adquiridos pelas Marinhas de Gana e Líbia), Mk 3 (Nigéria), Mk 5 (Irã), Mk 7 (Líbia), Mk 9 (Nigéria) e Mk 10 (Brasil).
A Vosper também produziu fragatas Type 21 e destróieres Type 42 para a Royal Navy, entre outros inúmeros navios.
Uma das Type 21 não foi afundada na Guerra das Malvinas?
Foram construídas 8 fragatas Type 21, das quais 2 foram a pique nas Malvinas: a HMS Ardent (F184) e a HMS Antelope (F170). As demais foram descomissionadas da Royal Navy entre 1993 e 1994 e posteriormente vendidas ao Paquistão.
Atualmente, não há mais nenhuma fragata Type 21 em serviço no mundo.
Gostaria que o autor fizesse uma breve comparaçāo entre as indústrias britânica, francesa, italiana e alemã, nesse mesmo período, décadas de sessenta, setenta e oitenta.
Inglaterra 10 x 0
Décadas se passaram e a MB continua tendo uma força de superfície quase 100% Britânica
Rafael M. F. 29 de Janeiro de 2018 at 20:55
Uma das Type 21 não foi afundada na Guerra das Malvinas?
Uma, não: a Royal Navy perdeu DUAS fragatas Type 21 nas Malvinas. A HMS Ardent (F184) e a HMS Antelope (F170). As seis unidades restantes foram vendidas ao Paquistão entre 1993 e 1994, sendo que duas já foram desativadas.
If it wasn’t for the nips..
Interessante que ao mesmo tempo temos Mk 10 (que é prima próxima da Type 21) e Type 22. E espero que estejamos prestes a adquirir algumas Type 23 nos próximos anos. Os navios ingleses de 2ª mão tem sido uma boa forma de manter nossa Marinha operacional, já que os navios novos são muito caros.
Como diz o texto !!!
Já foram um dos maiores construtores do mundo !!!
Hoje tão vendendo o almoço pra comprar a janta com a crise do Brexit !!!
Mas um dia a fase ruim passa e eles voltam com força total.
O Brasil tem muito a ganhar se aliando aos britânicos.
Estão doidos por parcerias…
A União europeia tenta humilha-los, isola-los.
Japão e Brasil seriam ótimos parceiros…
Nonato 29 de Janeiro de 2018 at 23:05
A Inglaterra é que resolveu sair da Comunidade Européia. Quem sai de um clube não pode esperar ser tratado da mesma forma e ter as mesmas prerrogativas de quem permanece no clube. Até mesmo como efeito didático para outros membros que eventualmente pensem em sair.
A CE faz muito bem em ser rigorosa com a Inglaterra, escolheram, agora aguentem as consequências.
Se eu estiver errado me corrijam, mas o Reino Unido já teve mais de 5 mil navios no auge da Segunda Guerra.
O que levou o Reino Unido a perder mercado???
Será que foi, o programa de desmonte dos sindicatos (mão de obra especializada) e os cortes feitos pela Thatcher?
Sim Tiger e as fusões dos estaleiros.
OFF TOPIC:
http://www.defenseworld.net/news/21862/Iranian_Destroyer_Sinks_After_Crashing_into_Breakwater#.WnAal7Q-euV
Enquanto isso o sistema de saúde estatal inglês (NHS) não para de drenar recursos e mais recursos do orçamento publico.
Antes o NHS era um dos orgulhos britânicos, hoje em dia começa a se parecer mais com o nosso SUS:
2017:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/servico-de-saude-britanico-sofre-crise-humanitaria-diz-cruz-vermelha.ghtml
2018:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/01/frio-lota-hospitais-e-ministro-britanico-pede-desculpas-por-falta-de-leitos.html
http://br.rfi.fr/europa/20180110-premie-britanica-responde-no-parlamento-sobre-falhas-na-saude-publica
A Type 26 concorre nos programas australiano e canadense de aquisição de novas fragatas.
No caso da concorrência da classe Tamandaré, ainda acredito que a BAE tem boas chances, não só pelo fato de a MB operar navios de origem britânica, mas também porque a empresa é a fabricante dos, em tese, selecionados radar artisan 3D e do bofors 40mm (sem falar no canhão principal, que poderia ser o mk 45 também da BAE).
espero que de britanicos tiveram azar com o frances sao Paulo uma boa tambem seria pegar dos ching lings e botar technologia da saab ou do tio Jacob kk
O principal motivo para o desmonte dos estaleiros britânicos, assim como de boa parte da indústria ocidental, foi a concorrência asiática, com preços menores, em boa parte, por custos de mão-de-obra bem mais baixos do que dos trabalhadores sindicalizados ocidentais.
Para nós o Reino Unido continua um grande exportador de navios de guerra … de segunda mão – um verdadeiro esteio da nossa Marinha (vide Minas Gerais, de ótimas lembranças, as Greenhalg que seguraram enquanto puderam, o Ocean que espero ser nossa capitânia por uns 20 anos, mais algum??). Compramos deles também bons NaPaOc que outro país não quis (os Amazonas). Os NaPaOc que eles usam, Classe River B1, já estão saindo do serviço ativo, não seria o caso de comprar alguns?? (se comprarmos o Clyde, ele tem que ir para a Amazônia, ficar bem longe de Buenos Aires).
Mercenário 30 de Janeiro de 2018 at 5:52
“No caso da concorrência da classe Tamandaré, ainda acredito que a BAE tem boas chances”
O único produto que vi da BAE que possa entrar na concorrência é a Khareef Class Corvettes, que navega no Oman, mas parece um pouco menor do que o exigido. Outra hipótese seria a própria Tamandaré projeto brasileiro. De qualquer forma fica a torcida, quem sabe eles descobrem uma mágica parceria para fabricar corvetas a preço competitivo aqui no Brasil, fornecendo para nossa Marinha e talvez até exportando?? (tudo está em aberto,tudo pode acontecer…)
“Décadas se passaram e a MB continua tendo uma força de superfície quase 100% Britânica” . Nem tanto Jr…até meados da década de 90 a predominância de meios ainda era de origem norte americana…alguns contratorpedeiros remanescentes que chegaram na década de 1970 mais as 4 fragatas classe “Garcia” e as 4 corvetas classe “Inhaúma” que não são de projeto britânico faziam companhia às 6 fragatas classe “Niterói. . Os navios “anfíbios” eram então todos de procedência norte americana, “Rio de Janeiro”, “Ceará” e “Mattoso Maia”. . A partir da segunda metade da década de 90 o equilíbrio começou a mudar… Read more »
Nilson,
Todos os concorrentes têm a opção de atenderem ao projeto brasileiro da Tamandaré.
E boa parte acredito tenha condições de apresentar projeto próprio que atenda ou supere os requisitos da MB. Inclusive a BAE, com modificações da classe Khareef (ou, quem sabe, algo próximo do projeto deles para a Type 31e). Não custa “lembrar” que a empresa produz navio maiores e mais complexos, isto é, detém conhecimento técnico para atender o objeto da concorrência.
Não fosse desta forma, dificilmente haverá algum estaleiro cujo projeto anterior já atenda, sem qualquer modificação, os requisitos específicos postos pela MB.
Concordo em quase tudo, Mercenário. O problema que vejo para a BAE é que a concorrência exige que os projetos não-Tamandaré tenham pelo menos uma unidade em serviço, e as Type 26 e 31 ainda não foram lançadas. Por isso levantei que o produto próprio disponível deles seria apenas a Khareef. Confesso ter uma grande simpatia pelos britânicos, pela qualidade e parceria que já temos com eles, mas não sei se terão produto, sinergia com algum estaleiro brasileiro ou preço.
E oque aconteceu ao estaleiro britânico Vosper Thornycroft ? Ainda existe?
O estaleiro de Woolston foi fechado em 2004 e em 2008 a Vosper virou VT Group, depois se juntou com a BAE Systems, hoje é BAE Systems Maritime.
Meu pai Eterno, vendo essas fotos chega a dar uma agonia.
Continuamos na década de 1970 e não conseguimos sair;
Que tristeza!!!
Ainda é, porem se tornaram os construtores mais caros.
Os britânicos, não tem fragatas de porte pequeno na sua marinha que pode servir como base para um navio de exportação para paises menores, unica coisa que eles tem são uns projetos modernos de OPV, que inclusive serviram de base para fragatas leves/corvetas para a Malasia e alguns paises do golfo persico e tbm a Royal navy não tem mais subs convencionais e por causa disso não investiram mais no mercado de exportação de subs convencionais como a França fez, um erro.
Nilson, Para ter certeza de todos os contornos da concorrência da Tamandaré só com acesso ao RFP. Ademais, não discordo do teu ponto de vista. O que quero dizer é que praticamente todos os estaleiros que desejarem apresentar proposta envolvendo o próprio projeto deverão adaptá-lo. A proposta da BAE para a Type 31e que citei como exemplo, pode ter sido adaptada da classe Khareef. Aliás, este projeto, com alguns ajustes, presumo que possa atender os requisitos da MB. A Gowind padrão, só para citar um exemplo, para atender os requisitos, deverá sofrer modificações. Da mesma forma, salvo engano, a Fincantieri… Read more »
Mercenário 30 de Janeiro de 2018 at 18:32
“Para ter certeza de todos os contornos da concorrência da Tamandaré só com acesso ao RFP. ”
Concordo plenamente, vamos ficar em agradáveis especulações até as propostas poderem vazar ou sair a short list. Aí sim, vai ser um caldeirão por aqui!!!
Obrigado Galante…
Aí veio o Partido Trabalhista e seus sindicalistas apoiados pela KGB e acabaram com a indústria britânica. Só não foi pior que os incompetentes fizeram aqui no Brasil com Engesa e cia.